segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

HOMÍLIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DOS DIAS 07/12/2015 a 11/12/2015

ANO C



07 de Dezembro de 2015

Lc 5,17-26

Comentário do Evangelho

O tema central do evangelho de hoje é a fé. A fé dos que carregavam o paralítico impressiona Jesus. “Quem pode perdoar os pecados a não ser Deus?”, pensavam os escribas e os fariseus. Mais tarde, em razão disso e de outras afirmações de Jesus, os escribas e fariseus presentes vão acusá-lo de blasfemo. Jesus penetra os pensamentos dos escribas e dos fariseus, assim como Deus no Sl 139 conhece o mais profundo do coração do ser humano. No entanto, o passivo divino empregado – “teus pecados estão perdoados” – revela que o sujeito da ação de perdoar é Deus. É Deus quem perdoa e o mediador do perdão de Deus é Jesus. O perdão efetivo pode ser verificado pela cura: “levantando-se diante de todos, pegou a maca e foi para casa, glorificando a Deus”. O perdão, do qual Cristo é o mediador, liberta da enfermidade e solta a língua: no início do relato, nem uma palavra foi atribuída ao paralítico; no término do relato, no entanto, ele sai “glorificando a Deus”, pois reconhece na palavra de Jesus a ação de Deus.
Pe. Carlos Contieri, sj, em ‘A Bíblia dia a dia 2015’, Paulinas.
FONTE: PAULINAS

Reflexão

Nós temos muitas dificuldades para vermos os verdadeiros valores que devem marcar a existência humana e, por isso, não damos importância a eles e até mesmo fechamos o nosso coração à ação divina, dificultando a sua realização. É o caso do Evangelho de hoje, no qual a importância maior é dada para a cura do corpo, sem levar em consideração a cura espiritual e o julgamento de que esta é impossível. Os tempos messiânicos são a expressão da verdadeira hierarquia de valores, na qual os perenes estão acima dos temporais.
FONTE: CNBB

Comentário do Evangelho

MANIFESTOU-SE O PODER DE DEUS

A religiosidade de Israel ansiava por manifestações espetaculares do poder de Deus na história humana. As antigas tradições referiam-se a grandiosos gestos salvíficos de Javé, em favor de seu povo. Os profetas, por sua vez, referiam-se às ações que o Messias realizaria, quando de seu advento. Todas elas formidáveis!
O ministério de Jesus consistiu numa contínua manifestação do poder divino, sem, contudo, se enquadrar nos esquemas tradicionais vigentes. Já por sua origem e condição social distanciava-se das esperanças de um Messias de estirpe sacerdotal ou régia. Seu despojamento e sua opção pela pobreza impediam que o identificassem com o esperado Messias glorioso e poderoso.
O modo como manifestava o poder divino tinha alguns traços característicos: visava sempre recuperar a dignidade humana, de tantas formas aviltada; estava a serviço da libertação do ser humano, de toda sorte de opressão; buscava reconciliá-lo com Deus, por meio do perdão dos pecados; protegia-o da rigidez das tradições religiosas. Consistia em possibilitar ao ser humano caminhar com os próprios pés, liberto de todas as amarras que o impedem de pôr-se à disposição de Deus e do próximo. É a libertação para o amor!
O episódio da cura do paralítico, colocado diante de Jesus através de um buraco aberto no teto da casa, é uma das muitas maravilhosas manifestações do poder de Deus.
Oração
Pai, teu poder divino manifestou-se, de modo admirável, no ministério de Jesus. Torna-me também beneficiário deste poder que me abre para o amor misericordioso.
FONTE: dom total


08 de Dezembro de 2015


Lc 1,26-38

Comentário do Evangelho

O dogma da Imaculada Conceição foi definido pelo Papa Pio IX, em 1854, na bula Ineffabilis Deus, em que ele afirma que “A Virgem Maria (...) foi preservada imune de toda a mancha do pecado original”. No texto do anúncio do nascimento de Jesus a Maria, pelo anjo Gabriel, a jovem de Nazaré é apresentada como aquela que recebeu o favor de Deus. O favor de Deus a Maria é a sua eleição para ser, segundo a carne, mãe do Filho único de Deus.
A iniciativa da encarnação do Verbo é de Deus, mas, para ser plenamente humano, Deus conta com o consentimento livre de Maria; e com José, seu esposo, darão existência histórica e humana à Palavra eterna do Pai. Assim como a idade avançada de Zacarias e Isabel e a esterilidade desta não foram impedimento para a concepção de João Batista, do mesmo modo a dificuldade humana da virgindade de Maria será superada pelo poder divino na concepção de Jesus. Na resposta a Deus, Maria se confia plenamente ao Senhor. Nisso ela é modelo do discípulo: mulher que escuta a palavra e a põe em prática. Maria é a mulher totalmente entregue e disponível a Deus.
Pe. Carlos Contieri, sj, em ‘A Bíblia dia a dia 2015’, Paulinas.
FONTE: comece o dia feliz

Reflexão

Jesus se insere na história da humanidade e, ao fazê-lo, também passa a ter uma história. Ele é verdadeiramente homem e assume em tudo a condição humana, menos o pecado Ao comemorarmos a Imaculada Conceição da Virgem Maria, estamos comemorando um fato da história do próprio Cristo, pois a Imaculada Conceição de Maria está condicionada ao nascimento de Cristo, uma vez que Deus estava preparando o ventre digno de receber seu próprio Filho. Com isso, podemos perceber a ação do Deus que é Senhor da história e que, agindo na própria história da humanidade, conta com a colaboração de todos para a realização do seu plano.
FONTE: CNBB

Comentário do Evangelho

ALEGRA-TE, CHEIA DE GRAÇA

A saudação do anjo Gabriel surpreendeu Maria. Quem era ela senão uma humilde habitante de Nazaré, cidade sem importância das montanhas da Galiléia? Mulher sem maiores pretensões do que a de ser fiel a Deus; uma virgem já prometida em casamento a José, mas sem viver conjugalmente com ele, conforme as tradições de seu povo? Afinal, que méritos tinha para ser uma “agraciada”, “plena da graça” divina?
Maria estava longe de compreender o projeto de Deus a seu respeito. Sua humildade de mulher simples do interior não lhe permitia pensar grandes coisas a respeito de si mesma. Quiçá tenha sido este o motivo por que fora escolhida por Deus para ser mãe do Messias. Livre de toda forma de orgulho e autosuficiência, Maria podia abrir seu coração para receber a graça de Deus que haveria de torná-la templo do Espírito Santo. Ela tornou-se objeto da atenção divina, no seu anseio de salvar a humanidade. Deus queria contar com alguma pessoa disposta a se tornar “escrava do Senhor”, e permitir que a vontade divina acontecesse em sua vida, sem objeções. Foi para Maria que se voltaram os olhares de Deus!
Tudo quanto o anjo comunicara a Maria era grande demais para o seu entendimento, e superava sua capacidade de pô-lo em prática. Abriu-se para ela uma perspectiva nova, ao lhe ser prometida a assistência do Espírito Santo. Este seria a força que lhe permitiria levar a bom termo a missão divina que lhe fora comunicada pelo anjo.
Oração
Pai, plenifica-me com tua graça, como fizeste com Maria, de forma que eu possa ser fiel como ela ao teu desígnio de salvação para a humanidade.
FONTE: dom total


09 de Dezembro de 2015

Mt 11,28-30

Comentário do Evangelho

Jesus é não somente o sábio, mas a sabedoria de Deus que atrai todos a si para instruí-los na Lei de Deus. O “jugo” (ou fardo) é uma peça de madeira posta sobre o pescoço dos animais para equilibrar o peso que se impunha sobre eles. Entre outros significados, na Sagrada Escritura, o jugo se refere à Lei (Jr 2,20; 5,5). Jesus critica os escribas e fariseus porque eles amarram pesados fardos nos ombros dos homens (Mt 23,4). Com isso, Jesus os critica pelo modo como interpretam e impõem aos outros praticarem a Lei.
Na consideração de Jesus essa abordagem da Lei abate e oprime, pois tira a alegria de viver. Ora, a Lei de Deus é dom para preservar o dom da vida e o dom da liberdade. Daí que ela mesma não pode se tornar uma escravidão que submete as pessoas ao rigorismo estéril, incapaz de gerar vida. A Lei de Deus é um caminho para a vida e a liberdade (cf. Dt 30,16). A lei de Deus é a Lei do amor (cf. Jo 15,12). O amor faz viver, enche de alegria. Pelo amor tudo tem sentido e adquire o seu devido valor. O amor é a expressão máxima da vida cristã. O que alivia o peso do fardo que cansa e abate é o amor de Deus que, na plenitude dos tempos, se manifestou e se fez sentir na pessoa de Jesus Cristo.
Pe. Carlos Contieri, sj, em ‘A Bíblia dia a dia 2015’, Paulinas.
FONTE: comece o dia feliz

Reflexão

Existem pessoas que acreditam que a verdade da religião encontra-se num rigorismo muito grande, principalmente no que diz respeito às exigências morais e rituais. Com isso, a religião acaba por ser um instrumento de opressão. Jesus nos mostra que não deve ser assim. Ele veio ao mundo para trazer a libertação do jugo do pecado e da morte e que a verdadeira religião é aquela que liberta as pessoas de todos os pesos que as oprimem na sua existência. O verdadeiro cristianismo é aquele que não está fundamentado na autoridade e na rigidez, mas na humildade e mansidão de coração, por que o seu fundador, Jesus Cristo, manso e humilde de coração, é o Mestre de todo o nosso agir.
FONTE: CNBB

Comentário do Evangelho

EU VOS DAREI REPOUSO

Vindo a este mundo, Jesus deparou-se com uma humanidade marcada pela opressão, vítima do pecado e da maldade, e ansiosa de libertação. Esta realidade era patente, sobretudo entre os mais pobres daquele tempo. Ao mesmo tempo em que eram oprimidos pelos romanos, que ocupavam o País, eram vistos com desprezo pelos fariseus e mestres da Lei, por não se dedicarem à religião com a intensidade exigida. Ou, então, eram esmagados com o rigor de uma religião feita de observância escrupulosa de preceitos irrelevantes. Sua pobreza era vista, por alguns, como sinal de castigo divino, já que um dos sinais da bênção divina era, exatamente, a posse de muitos bens. Em suas aflições, não tinham a quem recorrer, pois os grandes do País só sabiam explorá-los, sem lhes oferecer nada em troca.
A presença de Jesus trouxe alento para os pobres. O Reino anunciado por ele fundava-se em relacionamentos fraternos e não admitia a opressão de uns pelos outros. Sendo um Reino de igualdade, ficava superada a visão classista que privilegia alguns e marginaliza os demais. No Reino, os pobres eram bem-aventurados e não malditos, como se pensava. Jesus, em suma, propunha-se a aliviar a carga pesada imposta sobre os mais fracos. Quem se aproximasse dele, haveria de encontrar repouso para as suas aflições.
Oração
Senhor Jesus, que eu saiba assumir, com alegria, teu jugo suave e possa encontrar, junto de ti, libertação e repouso para o que me aflige.
FONTE: dom total


10 de Dezembro de 2015

Mt 11,11-15

Comentário do Evangelho

Jesus tem João Batista em grande estima. Nosso texto do evangelho é a continuidade do episódio em que João Batista, da prisão, envia os seus discípulos para perguntar a Jesus: “És tu o que há de vir ou devemos esperar um outro?” (Mt 11,3). Tendo presente o relato evangélico, a dúvida de João é compreensível, pois Jesus não correspondia exatamente às exortações que ele fazia na sua pregação no deserto, próximo ao rio Jordão (cf. Mt 3,7-12), e, portanto, à expectativa de determinado modelo de Messias. “Aquele que vem” é uma designação cristã do Messias. Humanamente, não houve personagem tão grande, tão importante como João Batista, precursor do Messias.
É o grande personagem do passado de Israel. No entanto, o menor dos cristãos é maior que ele em dignidade, em razão de sua pertença ao Reino dos Céus que cria uma nova ordem nos critérios humanos, privilegiando os pequenos. O dito de Jesus supõe que João faça parte de outra etapa da história da salvação (cf. Lc 16,16). Efetivamente, desde João o Reino sofre violência: João é preso e decapitado, e Jesus será perseguido e crucificado. Com João, inclusive, vigora o tempo da profecia e da promessa; a partir dele, considerado como Elias, precursor do Messias, tem início uma nova etapa na história da salvação, o tempo do cumprimento da promessa com o advento do Filho de Deus.
Pe. Carlos Contieri, sj, em ‘A Bíblia dia a dia 2015’, Paulinas.
FONTE: comece o dia feliz

Reflexão

Um dos personagens mais importantes para a nossa reflexão durante este tempo do Advento é João Batista, o maior dentre os nascidos de mulher. João é o último profeta do Antigo Testamento, o mensageiro que é enviado por Deus para ser o precursor do Messias, aquele que tem como missão preparar os seus caminhos. Mas quem é do Reino dos céus é maior do que ele, todos aqueles que vivem segundo a nova aliança é maior que João, porque a nova aliança é a aliança perfeita, enquanto a antiga aliança é imperfeita.
FONTE: CNBB

Comentário do Evangelho

O MENOR NO REINO

A figura impressionante de João Batista deu margem para Jesus explicitar a dignidade dos discípulos do Reino. Sem sombra de dúvida, João foi uma figura ímpar. A radicalidade com que exerceu seu papel de precursor foi exemplar. Seu estilo de vida era uma clara demonstração de que não pactuava com mundanalidades. Sobretudo, possuía uma tal liberdade interior que o levava a não hesitar quando se tratava de denunciar o pecado e a injustiça, sem temer quem estava sendo denunciado. É compreensível que Jesus o tenha considerado o maior dentre os nascidos de mulher.
Apesar disso, o menor discípulo do Reino pode-se considerar como maior do que João Batista. Por quê? Porque o Batista permaneceu no âmbito da esperança. Preparou o advento do Reino em Jesus, sem ter-se tornado discípulo do Reino. Em muitos aspectos, o Reino superou suas expectativas e foi além do que ele pregava. Na pessoa de Jesus, esse Reino concretizou-se em forma de total senhorio de Deus e a conseqüente entrega amorosa de si mesmo ao serviço da humanidade. Daí a possibilidade de um discipulado mais consistente, não mais provisório, mas definitivo. Quem pôde descortinar o Reino anunciado por Jesus, foi muito maior do que quem permaneceu no imediatismo escatológico, próprio da pregação de João. Neste sentido, o menor discípulo do Reino é maior do que João.
Oração
Senhor Jesus, que a consciência da minha dignidade de discípulo do Reino me faça maior  no amor e no serviço ao meu próximo.
FONTE: dom total


11 de Dezembro de 2015

Mt 11,16-19

Comentário do Evangelho

O trecho do evangelho é a sequência do relato em que João Batista envia os seus discípulos a Jesus para perguntar: “És tu aquele que há de vir ou devemos esperar outro?” (Mt 11,3). A pergunta de João Batista revela a sua dificuldade de discernir e compreender o novo que se vai realizando na pessoa de Jesus. A resposta de Jesus, apoiada em Is 35,5-6, é suficiente para que João reconheça o “hoje” da salvação e que Jesus é o Messias esperado.
O convite de João Batista à conversão ganhou muitos adeptos, mas também muita rejeição entre os que o ouviam: os publicanos e pecadores receberam o batismo, ao contrário dos escribas e fariseus, para os quais suas próprias obras eram sua justificação (cf. Lc 18,9-14). Na aceitação rejeição do batismo de João por parte de seus contemporâneos é prefigurada a aceitação-rejeição de Jesus. As parábolas e referem e ilustram essa rejeição por parte dos chefes do povo. O que se denuncia é a “cegueira” daqueles que deveriam orientar o povo para Deus e estar atentos aos sinais dos tempos. A surpresa de Deus exige um discernimento permanente.
Pe. Carlos Contieri, sj, em ‘A Bíblia dia a dia 2015’, Paulinas.
FONTE: comece o dia feliz

Reflexão

Muitas pessoas ouvem as mensagens do Evangelho, mas não se sensibilizam com elas, não correspondem a elas, de modo que elas não provocam eco em suas vidas. O conhecimento da Palavra de Deus é muito importante, mas não é tão importante como a comunhão de idéias e valores que deve haver entre os homens e Deus. O conhecimento nos ajuda a realizar esta comunhão de modo que ele é um meio necessário para que possamos atingir o fim, mas o conhecimento não é a finalidade em si. Se ficamos apenas no conhecimento, não dançamos com as flautas nem batemos no peito com o canto fúnebre, não comungamos as idéias de Jesus.
FONTE: CNBB

Comentário do Evangelho

CRÍTICAS INFUNDADAS

Os destinatários da denúncia de Jesus eram todos os que não o acolheram, como também a João Batista. Isto é, os que, aferrados aos seus esquemas, fechavam-se para quem os questionava, propondo-lhes algo novo, mais condizente com a vontade divina. A incapacidade de converter-se era acobertada com críticas infundadas.
A austeridade de João foi taxada de possessão demoníaca, de loucura. Por seu modo fraterno de ser, Jesus recebeu a alcunha de comilão, beberrão e amigo de gente de má vida. Assim, ambos eram desmoralizados e desautorizados a se apresentarem como referenciais para o povo. A credibilidade dos dois ficava minada nas bases.
O testemunho de João exigia preparar-se para acolher o Messias vindouro, por meio de uma profunda transformação interior, em detrimento de certas práticas, ensinadas pelos líderes religiosos. Com isto, a imensa estrutura articulada em torno do templo e de suas instituições, bem como das sinagogas espalhadas pelo país, ficavam sem importância. E também seus mentores e propagadores.
Já o testemunho de Jesus era uma aberta denúncia ao segregacionismo preconceituoso da religião da época. Ele foi se colocar exatamente junto dos que eram marginalizados, fazendo-se solidário com eles. Mostrava, assim, onde e como a salvação estava acontecendo, e de que modo o Reino, de fato, irrompia na História.
Oração
Pai, que eu não me deixe bloquear pelas críticas, quando minha vida for um testemunho de serviço ao Reino, expressão de minha adesão a teu Filho Jesus.
FONTE: dom total


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