
Eusébio narra que em certo dia de festa, em que faltou o óleo necessário para as unções litúrgicas, Narciso mandou vir água de um poço vizinho, e com sua bênção a transformou em óleo. Conta também as circunstâncias que levaram Narciso a demitir-se das suas funções.
Para se justificarem de um crime, três homens acusaram o Bispo Narciso de certo ato infame. "Que me queimem vivo - disse o primeiro - se eu minto". "E a mim, que me devore a lepra", disse o segundo. "E que eu fique cego", acrescentou o terceiro. O desgosto de ser assim caluniado despertou em Narciso o seu antigo desejo pelo recolhimento e, por isso, sem dizer para onde ia, perdoou os caluniadores e saiu de Jerusalém em direção ao deserto. Considerando-o definitivamente desaparecido, deram-lhe por sucessor a Dio, ao qual por sua vez sucederam Germânio e Górdio. Todavia, os três caluniadores não tardaram a sofrer os castigos que em má hora tinham invocado, pois o primeiro pereceu num incêndio com todos os seus, o segundo morreu de lepra e o terceiro cegou à força de tanto chorar o seu pecado.
Alguns anos depois, Narciso reapareceu na cidade episcopal. Nunca tinha sido posta em dúvida a santidade do seu procedimento.; por isso, foi com imensa alegria que Jerusalém recebeu seu antigo pastor. Segundo diz Eusébio, continuou Narciso a governar a diocese até a idade de 119 anos, auxiliado por um coadjutor chamado Alexandre. Faleceu cerca do ano de 212.
São Narciso, rogai por nós!
São Narciso

São Narciso
Século I
Os registros da Igreja revelam que na diocese de
Jerusalém houve um bispo que foi eleito com quase cem anos de idade. E que ele
teria morrido com mais de cento e dezesseis anos. Um fato raro na história da
Igreja Católica.
Trata-se de Narciso, que não era judeu e teria nascido no ano 96. A lembrança
que se guardou dele é a de um homem austero, penitente, humilde, simples e
puro. Também que, desde a infância, demonstrando apego à religião, esperou a
idade necessária para tornar-se sacerdote.
Fez um trabalho tão admirável, amando os pobres e doentes, que a população logo
o quis para conduzir a paróquia de São Tiago. Como bispo, a idade não pesou,
governou com firmeza em um longo período marcado por atuações importantes e
vários milagres. Presidiu o Concilio em que se decidiu que a Páscoa devia cair
no domingo. Conta-se que foi também na véspera de uma festa de Páscoa que
Narciso transformou água em azeite para acender as lamparinas da igreja que
estavam secas.
Entretanto um fato marcou tragicamente a vida de Narciso. Ele foi caluniado,
sob juramento, por três homens. Um deles disse que podia ser queimado vivo se
estivesse mentindo. O outro, que podia ser coberto pela lepra se a acusação não
fosse verdadeira. Já o terceiro empenhou a própria visão no que dizia.
Embora perdoasse seus detratores, o inocente bispo preferiu retirar-se para o
isolamento em um deserto. Mas não tardou para que os caluniadores recebessem
seu castigo. Um morreu num incêndio, no qual pereceu também toda sua família. O
outro ficou leproso e o terceiro chorou tanto em público, arrependido do crime
cometido, que ficou cego.
O bispo Narciso não foi encontrado para reassumir seu cargo e todos pensaram que tinha morrido. Assim, dois outros bispos o sucederam. Quando o segundo morreu, Narciso reapareceu na cidade. O povo o acolheu com aclamação e ele foi recolocado para liderar a diocese novamente.
O bispo Narciso não foi encontrado para reassumir seu cargo e todos pensaram que tinha morrido. Assim, dois outros bispos o sucederam. Quando o segundo morreu, Narciso reapareceu na cidade. O povo o acolheu com aclamação e ele foi recolocado para liderar a diocese novamente.
A última notícia que temos desse bispo de Jerusalém está numa carta escrita por
santo Alexandre, na qual cita que o longevo bispo Narciso tinha completado
cento e dezesseis anos, e, como ele, exortava para que a concórdia fosse
mantida.
São Narciso, Bispo de Jerusalém
Era já
muito ancião quando foi eleito bispo de Jerusalém. Eusébio conta que, em seu
tempo, os cristãos deste lugar recordavam ainda alguns dos milagres do santo
bispo. Por exemplo como os diáconos não tinham azeite para as lâmpadas na
véspera da Páscoa, São Narciso pediu que trouxessem água, ficou em oração e
depois mandou que a pusessem nas lâmpadas. Assim o fizeram e a água se transformou
em azeite.
Alguns irritados pela severidade do santo, e pela disciplina que
exigia em sua diocese, acusaram-lhe de ter cometido um crime. Para não ser
causa de conflito decidiu retirar-se à solidão. Já não se soube mais dele até
que, durante o governo de Gordio, apareceu novamente. Como já se sentia muito
ancião para retomar o bispado, nomeou a São Alexandre por ajudante. diz-se que
Narciso morreu aos 116 anos.
São Narciso, Bispo e Confessor | |
Local vida | Jerusalém |
Espiritualidade | Já era octogenário quando elegeram são Narciso, bispo de Jerusalém. Foi o trigésimo de Jerusalém Algum tempo depois, por ser enérgico e sério, incomodava a muitos. Por esta razão foi acusado de um ato infame por três caluniadores que, para dar credibilidade a seu depoimento chamaram sobre si a cólera de Deus, porque um deles disse: confirmando a calúnia: "Que eu seja queimado vivo se estiver mentindo!"; outro disse: "Que a lepra me devore se eu não estiver falando a verdade!"; e o terceiro: "E eu que fique cego se não for verdade o que digo!". Assim caluniado, não se defendeu e se retirou de Jerusalém sem dizer para onde ia e foi viver recolhido no isolamento e na oração. Um novo bispo tomou posse em seu lugar, depois outro e mais outro. Aos três caluniadores aconteceram os castigos que eles pediram para si mesmos: o primeiro morreu carbonizado num incêndio com sua família, o segundo morreu leproso e o terceiro ficou cego. Alfuns anos após, São Narciso retornou a Jerusalém e foi recebido festivamente, reassumindo com glória suas funções. |
Local morte | Jerusalém |
Morte | No ano 212, aos 119 anos |
Fonte informação | Cada dia tem seu santo |
Devoção | À seriedade, austeridade no cumprimento do dever cristão |
Outros Santos do dia | Outros santos do dia: São Petrônio, Maximiliano (bispo); Cenóbio (presb); Eusébia (virgem); Gino, Jacinto, Lúcio, Quinto e Feliciano (márts); Valentin, João, Donato, Germano, Remígio, Estevão e Terêncio bispo) Teodoro (ab); Eulálio (monge). FONTE: ASJ |
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