segunda-feira, 8 de julho de 2024

COLETÂNEA DE HOMÍLIAS DIÁRIAS, COMENTÁRIOS E REFLEXÕES DO EVANGELHO DO DIA, DE ANOS ANTERIORES - 08/07/2024

ANO B


Mt 9,18-26

Comentário do Evangelho

É pela fé que se recebe a vida como dom.

Com variações próprias de cada evangelista, o nosso evangelho de hoje pertence à tríplice tradição. Entre a súplica do chefe da sinagoga, que é uma verdadeira profissão de fé, e a chegada à casa dele, há o relato da cura da mulher que, há doze anos, sofria com uma hemorragia. Para o imaginário religioso do mundo bíblico, perder sangue equivale a perder a vida, que é dom de Deus. Ao contrário de Marcos e Lucas, Mateus não menciona que a mulher tocou nas vestes de Jesus. O desejo dela será suficiente para que Jesus a declare curada. A fé dela não foi a causa da cura, mas a condição para receber a vida do Senhor e reconhecer a recuperação da vida como dom. Não podemos nos dar a vida; nós a recebemos gratuitamente de Deus. É pela fé que se recebe a vida como dom. Ao chegar à casa do chefe da sinagoga, Jesus já encontra o ambiente fúnebre. Para os cristãos que nasceram pela fé no Cristo ressuscitado, os ritos fúnebres perderam completamente o sentido (1Ts 4,13-14), pois a morte era comparada ao sono. Jesus é quem toma a iniciativa de pegar a menina pela mão, para despertá-la do sono. É o Senhor da vida que, ressuscitado, faz a nossa humanidade participante da sua vitória. É ele que nos desperta do “sono” para o dia da feliz ressurreição.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, que minha resposta imediata aos apelos de meus semelhantes manifeste a veracidade do que proclamo por meio de palavras.
Fonte: Paulinas em 07/07/2014

Vivendo a Palavra

Missão de Jesus, nossa missão! Curar, libertar, ressuscitar... Que a nossa presença fraterna ajude os irmãos a curar seus desânimos, a se libertarem das amarras que impedem seu crescimento na fé, a ressuscitar das mortes a que nos levam nossos pecados. Este é o jeito dos discípulos missionários do Reino.
Fonte: Arquidiocese BH em 07/07/2014

Vivendo a Palavra

Missão de Jesus, nossa missão! Curar, libertar, ressuscitar... Que a nossa presença fraterna ajude os irmãos a curar seus desânimos, a se libertarem das amarras que impedem seu crescimento na fé, a ressuscitar das mortes a que nos levam nossos pecados. Este é o jeito dos discípulos missionários do Reino.
Fonte: Arquidiocese BH em 09/07/2018

VIVENDO A PALAVRA

Mateus apresenta Jesus como Senhor da Vida, mas um Senhor humilde, que não reclama glórias: ‘Foi a sua fé que curou você’, ou ‘A menina não morreu, apenas dorme…’ Lição inesquecível para nós, seus discípulos missionários, Família de Deus neste século 21, sempre carentes e desejosos de que os irmãos reconheçam os nossos méritos – esquecidos de que tudo é dom de Deus!
Fonte: Arquidiocese BH em 06/07/2020

Reflexão

O Evangelho de hoje nos mostra que não existe problema que não tenha solução verdadeira quando nos aproximamos de Jesus. Tanto o chefe que se aproxima de Jesus reconhecendo a morte da sua filha, mas acreditando que a imposição das mãos de Jesus lhe devolverá a vida quanto a mulher que, depois de 12 anos de enfermidade, reconhece que basta tocar a barra do manto de Jesus que ficará curada foram atendidos. A palavra que Jesus disse à mulher vale para todos nós: devemos ter coragem, pois a nossa fé nos salva. Devemos acreditar em Deus e enfrentar, com confiança nele, todos os nossos problemas, pois ele está ao lado de quem crê.
Fonte: CNBB em 07/07/2014

Reflexão

Alguns gestos e palavras do chefe demonstram sua fé no poder de Jesus: aproximar-se, ajoelhar-se diante dele, e a certeza de que Jesus, impondo as mãos sobre a falecida, a fará viver. Diferente de outros líderes, como Herodes, que matou crianças, e Herodes Antipas, que mandou cortar a cabeça do Batista, este chefe reconhece seus limites, busca Jesus e deseja o bem para a filha. Oxalá nossos governantes sigam seu exemplo: sentir as necessidades da população e prestar-lhe socorro! Louvável também é a coragem e a fé da mulher enferma. Pela fé simples e profunda, ela fica livre de sua enfermidade. Na casa do chefe, Jesus dispensa curiosos e barulhentos, comuns e inúteis nessas circunstâncias. Jesus não dá espetáculo. O que faz é demonstrar o poder de Deus e consolidar o seu Reino.
(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 09/07/2018

Reflexão

Alguns gestos e palavras do chefe demonstram sua fé no poder de Jesus: aproximar-se, ajoelhar-se diante dele, e a certeza de que Jesus, impondo as mãos sobre a falecida, a fará viver. Diferente de outros líderes, como Herodes, que matou crianças, e Herodes Antipas, que mandou cortar a cabeça do Batista, este chefe reconhece seus limites, busca Jesus e deseja o bem para a filha. Oxalá nossos governantes sigam seu exemplo: sentir as necessidades da população e prestar-lhe socorro! Louvável também é a coragem e a fé da mulher enferma. Pela fé simples e profunda, ela fica livre de sua enfermidade. Na casa do chefe, Jesus dispensa curiosos e barulhentos, comuns e inúteis nessas circunstâncias. Jesus não dá espetáculo. O que faz é demonstrar o poder de Deus e consolidar o seu Reino.
Oração
Ó Jesus Libertador, encontras duas pessoas de profunda fé: um chefe, cuja filhinha acabara de morrer; e uma mulher, vítima de contínua hemorragia. Pelo toque em tuas vestes, a mulher sentiu-se curada; pelo teu toque no corpo da menina, ela voltou a viver. Senhor, aumenta nossa fé. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 06/07/2020

Reflexão

Duas mulheres necessitam da presença de Jesus para libertá-las de seus males: uma jovem à beira da morte e uma mulher enferma que se aproxima às escondidas e toca o manto do Mestre. O pai da menina teve fé na ação de Jesus e conseguiu a recuperação da filha; a mulher enferma acreditou que bastava tocar o manto do Mestre para se recuperar, e assim aconteceu. Percebemos nesses dois gestos a solidariedade de Jesus para com as mulheres, que deseja íntegras e integradas na sociedade, enquanto esta as discrimina e as rejeita. Vemos duas pessoas que reconhecem suas limitações: o chefe (com todo seu poder) necessita de Jesus; a mulher enferma (considerada impura pela doença), corajosa, se mistura no meio dos discípulos e se aproxima do Mestre, que a chama de filha. O encontro com Jesus é sempre sinal de vida: liberta a mulher de sua impureza e proporciona futuro à jovem.
(Dia a dia com o Evangelho 2022)
Fonte: Paulus em 04/07/2022

Recadinho

O homem se aproximou de Jesus com confiança. O que significa a confiança para mim? - Sei buscar ajuda em Deus? - Qual é minha atitude se Ele não atende a meus pedidos? - Procuro me dirigir a Deus com humildade, fé e confiança? - Busco a Deus de coração sincero?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 07/07/2014

Meditando o evangelho

A FAMA DE JESUS

Os milagres realizados por Jesus faziam-no conhecido e sua fama se espalhava cada vez mais. Entre outros milagres, a ressurreição de uma menina, cuja morte era tida como certa, e a cura de uma mulher vítima de uma hemorragia renitente não eram fatos corriqueiros. Seria impossível, para quem os presenciasse, guardar segredo.
A propagação da fama de Jesus fazia-o correr o risco de ser tomado como um milagreiro. Esse tipo de gente tem o dom de atrair multidões para si. Os críticos poderiam considerá-lo como um impostor, sem escrúpulos de enganar as pessoas. Os impostores fazem-se rodear de crédulos que ingenuamente deixam-se levar por suas artimanhas. A fama podia também passar a imagem de Jesus como se fora um mago. Os magos exercem fascínio sobre as pessoas com sua capacidade de iludi-las. A fama, portanto, podia ser perigosa para a imagem de Jesus e levar as pessoas a tomá-lo por aquilo que não era.
O conhecimento de Jesus através de sua fama era insuficiente. Era apenas o primeiro passo de um longo percurso que se concluiria com a adesão da fé à pessoa de Jesus. A fama é apenas um ouvir dizer. Para conhecer Jesus, carecia-se de ir além e estabelecer com ele um contato pessoal, deixando-se tocar profundamente por sua pessoa. Desta sintonia é que brota o discipulado. Aí é que se conhece, de maneira correta, o Jesus que realiza milagres.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total)
Oração
Senhor Jesus, faz-me sintonizar sempre mais contigo de modo a reconhecer-te como a mão amorosa de Deus fazendo o bem à humanidade.
Fonte: Dom Total em 07/07/201409/07/201806/07/2020 04/07/2022

Oração
Ó Deus, que pela humilhação do vosso Filho reerguestes o mundo decaído, enchei os vossos filhos e filhas de santa alegria e Dai aos que libertastes da escravidão do pecado o gozo das alegrias eternas. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Dom Total em 07/07/2014

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Seguir a Lei
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

O Evangelho nos traz orientações e exortações próprias para a vida em comunidade. No rigorismo da Lei de Moisés, que era um Código de Normas Religiosas, na relação com Deus e o Próximo, era possível saber quando uma pessoa não estava agindo de acordo com a Lei de Deus.
Um exemplo bem prático disso está no nosso trânsito, facilmente percebe-se quando a pessoa infligiu uma Lei, entrando na Contra Mão, parando em lugar proibido, transitando com excesso de Velocidade permitida no local, ultrapassando em locais proibidos demarcados pelas faixas contínuas nas rodovias, entrando com o sinal vermelho, são erros mais que evidentes. Se não há radar e nem um Agente da Lei por perto, não haverá punição alguma.
O Cristianismo ultrapassou a Lei, sem, entretanto alterá-la. Apenas pôs a descoberto aquilo que está no bojo da Lei Divina: o Amor e a Misericórdia! Portanto muda-se também as relações com Deus e o próximo. No Velho Judaísmo olhava-se para o irmão de comunidade no crivo da lei, em Jesus Cristo as pessoas passaram a ser olhadas em uma outra ótica, a do Amor e da Misericórdia. Foi assim que Jesus olhou para Mateus, Zaqueu, Madalena, Nicodemos e outros mais. Eram pessoas que no Judaísmo não teriam a menor chance de serem inseridas na Comunidade de Israel.
Então o que mudou? Não há mais normas religiosas a serem seguidas? Não há mais castigos nem punições humanas ou Divinas? Que religião é essa que vai dar uma guinada de 90 graus na relação entre as pessoas da Comunidade?
Nada mudou na verdade. Herdamos do Judaísmo as Leis de Deus e as Leis da Igreja, estão lembrados? Na minha Catequese dos anos 60 tínhamos de saber de cor e salteado as dez Leis de Deus e os cinco da Igreja. A grande novidade do Cristianismo é justamente o modo de se relacionar, não mais a partir da Lei, não mais dividindo a Comunidade em dois Grupos, o Grupo dos Santos e Justos, e o Grupo dos Pecadores. Todos devem ser olhados do mesmo modo, com os olhos de Deus que é todo Amoroso e Misericordioso.
É exatamente desse modo que Deus olha para todos e para cada um de nós. Ele vê o nosso pecado, a nossa infidelidade, entretanto jamais prescinde do Amor, da bondade, da compreensão e da Misericórdia. Deus nos conhece intimamente, sabe muito quem somos, o que fazemos e o que pensamos, quer estejamos sozinhos ou com outras pessoas. Não tem como esconder de Deus algo tenebroso da nossa vida e que diga respeito a nossa conduta moral. E o que Deus faz diante disso? Por acaso nos condena? Por acaso nos despreza? Por acaso fica-nos indiferente? Claro que não! Vem em nossa busca, a nossa procura, como no caso da moeda perdida, ou da ovelha desgarrada. Seu grandioso e infinito amor por nós não cessa, por causa dos nossos erros e pecados. Em resumo, é esse mesmo relacionamento de Deus para conosco que Jesus nos pede neste evangelho, para que tenhamos com o próximo.
Os erros e pecados do nosso irmão não pode nos impedir de o amá-lo, e se a nossa relação com os irmãos da comunidade, não tiver como fundamento o Amor e a Misericórdia, é sinal mais que evidente que temos muito a nos converter pois a tentação de imitarmos o Velho Judaísmo e a Lei de Moisés em nosso meio, sempre é muito grande.

2. E a mulher ficou curada...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)

Um chefe de sinagoga se aproximou de Jesus, que estava falando ao povo. Ele veio pedir mais do que a cura de uma doença. Veio pedir a vida de sua filha que acabara de falecer. Ele acreditava que Jesus podia ressuscitá-la. “Vem impor a mão sobre ela e viverá”, foi o que aquele homem sofrido disse a Jesus. Imediatamente Jesus se levantou e foi à casa do chefe da sinagoga. Os discípulos também foram. O ambiente já era de funeral, conforme o costume dos judeus da época. Jesus pediu que se retirassem e disse a todos: “A menina não morreu, ela dorme”. Riram dele porque sabiam que a menina tinha morrido de verdade. Quem dorme, desperta. O corpo de quem morre se torna rígido, sem movimento. Dormir todos queremos; morrer, não! Queremos dormir e despertar, e, ao despertar, ver a face do Senhor. Jesus pegou a menina pela mão e ela se levantou. E viu a face de Jesus. Ela foi sinal da ressurreição.
Fonte: NPD Brasil em 09/07/2018

HOMILIA

O TOQUE QUE CURA E SALVA

O texto nos revela que o homem que se aproximou de Jesus era um chefe, isto é, alguém importante, alguém versado, que, se supõe ser muito conhecido. No entanto, ele inclina-se profundamente diante de Jesus e, com humildade, reconhecendo a sua limitação, mostra a todos o seu desespero pela morte da filha. Em qualquer posição que estejamos devemos ter a consciência de que a nossa vida assim como a dos nossos mais queridos, depende somente de Deus.
Jesus é o Salvador da nossa casa, mesmo quando lá, alguém, aos “nossos olhos”, isto é, dentro dos nossos limites, pareça ter morrido. Não precisamos nos desesperar, mas dizer como aquele homem: “Minha filha acaba de morrer, mas vem, impõe tua mão sobre ela e ela viverá”. Sempre existirá um, mas, uma condição, uma esperança diante dos nossos infortúnios.
Vem, Senhor, vem tocar, vem mudar, basta apenas que Tu entres na minha casa, que ponhas a mão sobre a minha família e ela viverá. Jesus concedeu uma nova vida à filha daquele homem importante e quer também assumir o Seu lugar dentro da nossa casa e ressuscitar todos os que estão mortos. Aquela mulher que sofria de hemorragia havia doze anos, apenas tocou a barra do manto de Jesus e foi curada!
Quando nós chamamos Jesus para a nossa casa, no caminho Ele também encontra os nossos amigos e conhecidos que estão precisando recobrar a vida. Há muitas pessoas do nosso relacionamento, que também estão esperando Jesus passar na vida delas e aproveitam a oportunidade quando nós O convidamos para entrar na nossa casa. São pessoas que têm tentado de todas as maneiras a cura para os seus males, que já estão até desenganadas, mas não perderam a fé nem a esperança. Por isso, Jesus confirma para nós o Seu diagnóstico: “a tua fé te salvou!” Diante do que ouvimos e meditamos neste texto nós não precisamos ficar procurando pretextos nem ações mirabolantes para conseguirmos a cura das nossas enfermidades. Não precisaremos mais ir de um lado para outro buscando “paliativos” para as nossas dores.
A fé em Jesus Cristo é que nos salva! Ter fé significa crer, confiar e depender. Os dois personagens do Evangelho de hoje não exigiram de Jesus atenção especial, eles apenas se aproximaram de Jesus cheios de fé e confiança. Que a nossa fé nos mova e nos faça sair de nós mesmos para buscar Jesus na certeza de que só Ele é o médico dos homens e das almas e que o motivo maior para uma vida nova seja simplesmente o nosso desejo de tocá-Lo.
Você tem procurado se aproximar de Jesus- Como você acha que pode tocá-Lo? Você já convidou a Jesus para entrar na sua casa e tocar naqueles que parecem estar mortos? Qual é a sua atitude diante das coisas que parecem impossíveis de acontecer?- Você necessita ser curado de alguma doença? A quem você tem procurado? Meu irmão, é preciso o toque do amor d’Aquele que quer que você tenha a vida. A mulher foi corajosa, pois: aproximou-se; tocou; e assumiu o toque, pois o contato havia – de fato – sido completado. Nestes três passos podemos aprender muito. É preciso aproximar-se de Deus, ser tocado e receber, ou seja, confirmar, tomar posse da graça. Portanto, procurando tocar Jesus e sendo tocado por Ele, pela intercessão de alguém que o providencie, devemos ressurgir para a vida: a cada dia! Que Deus nos dê esta graça hoje e sempre, amém!
Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
Fonte: Liturgia da Palavra em 07/07/2014

REFLEXÕES DE HOJE

SEGUNDA

Fonte: Liturgia Diária Comentada2 em 07/07/2014

HOMILIA DIÁRIA

A fé nos introduz na eternidade de Deus

A fé nos salva, a fé nos cura, a fé nos liberta e nos restaura e nos introduz na eternidade de Deus!

“’Coragem, filha! A tua fé te salvou’.” (Mateus 9, 22)

Hoje um chefe se aproxima de Jesus para apresentar a situação de sua filha: Mestre, minha filha acaba de morrer. Mas vem, impõe tua mão sobre ela e ela viverá” (Mateus 9, 18).
Confiança, certeza e convicção é saber que, mesmo a filha já estando morta, se Jesus ali estivesse Ele poderia livrá-la do poder da morte. Fé é confiar, é acreditar, é não se desesperar mesmo quando tudo parece estar perdido e não ter mais jeito, mesmo quando a morte – a última das situações da vida para a qual não há outra solução humanamente falando  –, mesmo que alguma dor, alguma enfermidade, mesmo que algum problema e alguma dificuldade sejam grandes demais, a fé é confiar, saber que em Jesus há luz e há vida e é Ele quem cuida de nós!
Enquanto este mesmo homem se aproxima do Senhor para  Lhe pedir e interceder por sua filha, Jesus passa no meio da multidão e ali, uma mulher que sofria de uma hemorragia crônica havia doze anos – que sofrimento, que dor e ainda enfrentava o preconceito das pessoas –, porque o fato de ela viver com essa hemorragia a tornava impura, de maneira que ela não podia nem se aproximar das pessoas. E ela sabia que, se tocasse em Jesus, ficaria curada. “Se eu conseguir ao menos tocar na orla do Seu manto”, pensava ela.
E em um gesto de ousadia ela fez isso. Ela foi e tocou no manto de Jesus, com medo de ser repreendida, se abaixou, e Jesus lhe disse: “Minha filha, coragem, a tua fé te salvou!”, e essa mulher ficou curada a partir daquele instante.
Deixe-me dizer uma coisa a você: permita que a fé comande a sua vida, permita que a fé em Deus direcione os seus passos. Não é uma fé cega, ingênua, mas uma fé convicta, uma fé de alguém que sabe onde colocou a confiança da sua vida. Mas aprenda uma coisa: fé não é nós querermos que Deus faça as coisas do nosso jeito; fé não é pensar que vamos conseguir que Deus seja refém daquilo que desejamos ou que queremos.
Fé é, acima de tudo, entrega, confiança e certeza; fé é saber onde coloquei o sentido da minha vida mesmo que as coisas se percam, mesmo que a casa pareça desmoronar; mesmo que dentro de mim todas as coisas estejam em ruínas, mesmo que a sombra do mal, da morte ou as mais duras tempestades da vida batam à minha porta, eu sei em quem coloquei a confiança.
A fé nos salva, a fé nos cura, a fé nos liberta, nos restaura e nos introduz na eternidade de Deus. Aquele que tem fé não conhece a morte, nem sua nem dos seus. A morte é um sono em que a mão de Deus toca em nós e nós despertamos; a fé não nos deixa conhecer doença ou enfermidade – são momentos de “cruzes”, às vezes mais duras ou até insuportáveis, mas onde for mais profunda a dor, se maior for a fé o consolo de Deus se fará presente.
Que a nossa fé seja revigorada e nos dê hoje a certeza de que, se estamos no colo de Deus, é Ele quem cuida de nós!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 07/07/2014

HOMILIA DIÁRIA

A nossa fé comove o coração de Jesus

O problema não são as situações desesperadoras da vida, mas o coração que tem mais desespero do que fé

“‘Coragem, filha! A tua fé te salvou’. E a mulher ficou curada a partir daquele instante.” (Mateus 9,22)

Olhamos, hoje, dois personagens que se aproximam de Jesus, não desesperados, mas acreditando n’Ele. Aqui está uma diferença, porque há situações da nossa vida que são desesperadoras.
Um pai de família estava vendo a sua filha praticamente morta, e ele tinha duas escolhas a fazer: ficar chorando, lamentando, esbravejando, porque a sua filha estava praticamente morta, ou colocar para fora a sua fé. Como era um homem de fé, esse chefe da sinagoga foi atrás de Jesus: “Jesus, impõe tua mão sobre ela, e eu creio que ela voltará à vida”. O Senhor compadeceu-se desse pai, e, ao mesmo tempo, comoveu-se com o tamanho de sua fé. A situação era desesperadora, mas aquele coração não estava desesperado, estava confiante em Deus.
Passamos por muitas situações desesperadoras em nossa vida, há muitas situações que parecem calamidades e outras que não são tão graves, mas somos pessoas desesperadas e transformamos coisas pequenas em devastadoras. Às vezes, é como diz o ditado: fazemos tempestade em copo d’água.
O problema não são as situações desesperadoras da vida, mas o coração que tem mais desespero do que fé.
Essa mulher sofria de um fluxo de sangue há 12 anos, era para ela estar desanimada, depressiva, arrasada, reclamando da vida, era para esbravejar contra Deus! Mas ela não fez isso, até porque não podia se aproximar muito dos outros, por causa da situação em que ela se encontrava. Ela rompeu barreiras e multidões, aproximou-se para tocar Jesus, porque sua fé era maior do que qualquer coisa.
A nossa fé nos salva; o desespero nos perde. Por isso, coloquemos sempre no Senhor a nossa confiança. Não permitamos que o nosso coração se entregue a qualquer tentação de desespero, por mais difícil que seja a situação.
Não tiremos do Senhor o nosso olhar. Nós nos perdemos em muitas situações da vida, porque olhamos para as calamidades, para as situações complicadas, mas não olhamos para o Senhor, aquele que nos guia, que nos conduz pelas mãos e nos liberta de todas as tribulações.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 09/07/2018

HOMILIA DIÁRIA

A fé é o alicerce necessário para nos salvar

“Jesus voltou-se e, ao vê-la, disse: ‘Coragem, filha! A tua fé te salvou’. E a mulher ficou curada a partir daquele instante.” (Mateus 9,22)

Encontramos, no Evangelho de hoje, duas pessoas muito incomodadas, até tensas com o que estão vivendo, mas, ao mesmo tempo, cheias de fé no coração.
Veja que mistura de sentimentos: fé e tensão. Muitas vezes, vivemos a nossa fé sobre fortes tensões, são as tensões das circunstâncias da vida.
Um pai de família, um chefe que vê a sua filha de 10 anos, tão menina, tão pequena, praticamente morrendo, e ele, com toda a autoridade que tem, não pode fazer nada. Como aquilo atormenta o seu coração!
Como sei que sofre cada pai, cada mãe, quando vê a aflição dos filhos e não podem fazer nada! O que podiam fazer até já fizeram ou estão fazendo, dando a própria vida para salvar os filhos, mas, muitas vezes, não conseguem. Aquilo que era uma inquietação se torna um tormento.

A fé é o alicerce necessário para salvar, libertar, curar e confortar, mas é preciso cuidar com amor e não descuidar

A minha comunhão com cada pai e cada mãe que sofrem com as diversas realidades com seus filhos, sejam crianças, adolescentes ou jovens. Não é só por causa de problemas emocionais, problemas de conflitos religiosos e espirituais, mas os pais que lutam com as enfermidades dos seus filhos.
Como admiro a mãe e o pai que dão tudo de si, porque o filho nasceu com alguma doença ou enfermidade, ou a doença foi adquirida ao longo da vida. Como referencio esses pais, como realmente não só bato palmas, mas me inclino para reconhecer a grandeza desses corações, tantas vezes aflitos e com medo do filho padecer ou morrer.
Por isso, preciso falar ao coração de cada pai e cada mãe neste momento: não importa qual seja a situação do seu filho, cuide como você já cuida; continue cuidando com todo amor, mas permita que a fé mova o seu coração e impulsione o cuidado que você exerce com seu filho. Tenha sempre as duas coisas, pois elas não podem ser separadas.
Não adianta só ter fé. A fé é o alicerce necessário para salvar, libertar, curar, animar e confortar, mas é preciso cuidar com amor, carinho e não descuidar, porque muitas vidas se perdem por descuido.
Que beleza se sabemos juntar a fé e o cuidado, e o cuidado aqui significa o amor que se reveste em ternura, em gestos e cuidados necessários, que só pai e mãe podem ter.
Por maior que sejam sua ocupação de pai, por maiores que sejam seus trabalhos, não desocupe de cuidar dos seus filhos. E digo mais: a obrigação não é só da mãe. Se você como pai precisa trabalhar fora para dar o pão de cada dia, não deixe de descuidar do coração do seus filhos, arrume tempo, dialogue, escute a sua esposa, sobretudo, escute o coração dos seus filhos, pois a sua fé de pai e mãe salva a vida dos seus filhos.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 06/07/2020

HOMILIA DIÁRIA

Você precisa ir ao encontro do Senhor

“Nisto, uma mulher que sofria de hemorragia há doze anos veio por trás dele e tocou a barra do seu manto. Ela pensava consigo: ‘Se eu conseguir ao menos tocar no manto dele, ficarei curada’.” (Mateus 9,20-21)

Meu irmão e minha irmã, Nosso Senhor Jesus Cristo passou por este mundo fazendo o bem. Diante de várias pessoas, o Senhor se aproximou, conversou, impôs as mãos. E aqui, no episódio de hoje, nós temos o Senhor que se deixa tocar. É claro, Jesus está a caminho para atender o pedido de um pai, um pai que pedia pela sua filha. E como Jesus passa por esse mundo fazendo o bem, Ele não perde tempo. Ele estava a caminho para curar, para visitar uma criança, mas, no caminho, uma mulher que sofria há muito tempo também foi curada por Nosso Senhor.
O Senhor vem ao nosso encontro, mas nós também precisamos ir ao encontro d’Ele. Qual é o passo que, hoje, você precisa dar? Qual é o passo que, hoje, eu preciso dar? Deixar que o Senhor venha — e o Senhor já veio muitas vezes —, mas também ir ao encontro d’Ele.
Somos chamados a ter também uma atitude não passiva, mas ativa diante de Nosso Senhor. Passivamente, é claro, Ele vem até nós, Ele nos abençoa, Ele nos dá as Suas graças, mas o Senhor deseja também que nós façamos um esforço de ir ao encontro d’Ele.

Vamos ao encontro do Senhor, toquemos n’Ele, porque Ele já nos toca pela fé

E aquela mulher que já sofria há tanto tempo, que já havia passado por tantos médicos, poderia ter desistido e poderia ter se acomodado na sua situação, mas ela foi ao encontro do Senhor, ela teve fé: “Se eu pelo menos tocar na orla do Seu manto, eu ficarei curada”. Aquela mulher teve fé.
O Catecismo da Igreja Católica nos ensina que “A fé é a resposta do homem ao Deus que se revela” (CIC 26). Deus se revelou em Jesus Cristo àquela mulher e ela deu a sua resposta: “Eu vou ao encontro d’Ele”.
Hoje, precisamos também dar a nossa resposta ao Senhor que se revela nas pequenas coisas. Dê a sua resposta, então, a Deus. Vá ao encontro d’Ele, não tenha mais uma atitude passiva, mas ativa. Vá ao encontro de Nosso Senhor! Creia n’Ele, Ele poderá e realizará as maravilhas na sua vida.
Passivamente, mas muito mais, ainda hoje, ativamente, vamos ao encontro do Senhor, toquemos n’Ele, porque Ele já nos toca pela fé. Vamos dar a nossa resposta buscando-O de todo o nosso coração e vivendo a santidade. É a melhor resposta de fé que damos para tocá-Lo.
A bênção do Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!
Padre Márcio Prado
Sacerdote da Comunidade Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 04/07/2022

Oração Final
Pai Santo, ajuda-nos a nos tornarmos uma Igreja ‘em saída’: saída do egoísmo, da preguiça, do comodismo, da sensação de vitória já alcançada, da desconfiança... Faze-nos seguidores entusiasmados do Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 07/07/2014

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, nós agradecemos pela fé – sementinha que depositaste em nossos corações. Envia, Pai querido, o teu Espírito para inspirar-nos o cuidado que devemos ter no cultivo desta semente e a alegria de sermos testemunhas do teu Amor misericordioso. Pelo Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo. Amém.
Fonte: Arquidiocese BH em 09/07/2018

ORAÇÃO FINAL
Pai misericordioso, dá-nos fé como a daquele homem que se ajoelhou aos pés de Jesus, ou da mulher que padecia da grave hemorragia. E nos reveste, sobretudo, da humildade de praticar o bem diante dos homens para que eles, vendo as nossas obras, glorifiquem a Ti, Pai Amado que estás no Céu. Por Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 06/07/2020

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