ANO B
Mt 14,1-12
Comentário do Evangelho
O banquete de Herodes
Mateus retoma aqui a narrativa de Marcos sobre o banquete de Herodes, resumindo-a. Em ambos os evangelistas ela antecede a narrativa da partilha do pão entre Jesus, os discípulos e a multidão.
Podemos destacar aqui dois aspectos. Na articulação do poder em vista da morte de João, pode-se ver uma prefiguração da morte de Jesus e, também, uma advertência aos discípulos: quem assume a missão assume também o destino daquele que o enviou. Outro aspecto é a contraposição entre este banquete dos poderosos, Herodes e os que o cortejam, e a refeição de Jesus com o povo. O banquete dos poderosos, pretendendo comemorar um aniversário, tem como desfecho a opção pela morte. Por outro lado, a partilha do pão com Jesus e a multidão é a festa da fraternidade e da vida.
José Raimundo Oliva
Oração
Pai, na qualidade de discípulo de teu Filho Jesus, quero inspirar-me na coragem inabalável de João Batista, denunciando profeticamente a prepotência dos grandes.
Fonte: Paulinas em 04/08/2012
Comentário do Evangelho
O poder de Herodes contrasta com o poder de Jesus.
Ao longo de toda a vida terrestre de Jesus, as pessoas se perguntam sobre sua identidade. De certo modo, a pergunta “quem é Jesus?” perpassa todo o evangelho. As tentativas de resposta, à exceção de uns poucos personagens do evangelho, não alcançam a verdadeira identidade de Jesus. João Batista, precursor do Messias, é o mártir da moral. Foi preso e decapitado por denunciar uma união ilegal entre Herodes e Herodíades. Herodes, Lucas se encarregou de caracterizá-lo como “malfeitor” (Lc 3,19-20); Herodíades parece ser mulher dominada por paixões e um forte espírito de vingança. É ela quem exige a morte de João, aproveitando-se de uma atitude primária, motivada pelo encanto e desvario de Herodes com relação à filha de Herodíades. A amante de Herodes quer eliminar a voz que denuncia o seu mal. O poder de Herodes contrasta com o poder de Jesus: o de Herodes, exclui e mata; o de Jesus, faz viver e suscita o gosto pela vida. Parece que o sofrimento e a prisão injusta de João e a sua morte prefiguram a paixão e morte de Jesus Cristo. João e Jesus, tidos como profetas, tiveram a sorte dos profetas (Mt 13,57; 14,5).
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, na qualidade de discípulo de teu Filho Jesus, quero inspirar-me na coragem inabalável de João Batista, denunciando profeticamente a prepotência dos grandes.
Fonte: Paulinas em 02/08/2014
Vivendo a Palavra
As leituras de hoje falam da coragem de Jeremias e de João Batista. Virtude que precisamos exercer para anunciar nos nossos ambientes a Boa Notícia que o Cristo proclamou e nos delegou como missão: o tempo se cumpriu e o Reino do Céu já está no meio de nós. Melhor ainda: o Reino está dentro de nós!
Fonte: Arquidiocese BH em 04/08/2012
Vivendo a Palavra
Herodes, que havia mandado decapitar João Batista e entregara sua cabeça à dançarina, sabia que a Verdade é maior do que a morte e continuava temendo o Profeta, mesmo morto. Esta é a certeza em que devemos nos apoiar para ouvir, viver e anunciar o Reino de Deus, e ousarmos denunciar o anti-reino.
Fonte: Arquidiocese BH em 02/08/2014
VIVENDO A PALAVRA
As leituras de hoje falam da coragem de Jeremias e de João Batista. Virtude que precisamos exercer para anunciar nos nossos ambientes a Boa Notícia que o Cristo proclamou e nos delegou como missão: o tempo se cumpriu e o Reino do Céu está próximo. Melhor ainda: o Reino não virá com sinais exteriores, porque ele está dentro de nós!
Fonte: https://arquidiocesebh.org.br/para-sua-fe/espiritualidade/meu-dia-em-oracao/busquem-a-deus-e-voces-terao-coragem/ (04/08/2018)
VIVENDO A PALAVRA
O quadro de corrupção política e ética que Mateus descreve permanece atual pelos tempos afora e se renova cada dia. Herodes e seus convidados, os algozes, Herodíades e sua filha – têm hoje outros nomes, mas agem de forma muito semelhante contra os arautos do Reino de Deus. Nossa certeza na vitória da Vida tem fundamento: está baseada na promessa do Cristo de permanecer conosco até o fim dos tempos.
Fonte: Arquidiocese BH em 01/08/2020
Reflexão
A vida de João Batista foi sempre a história da ação divina na história da humanidade, mas principalmente a oposição que existe entre os valores do Reino de Deus e os valores que são assumidos e vividos pelas pessoas. Esta oposição aparece desde o início da vida de João, quando Zacarias, no seu cântico, afirma que ele veio para iluminar os que jazem nas trevas. Mas assim como acontece com Jesus, acontece também com João: os que são das trevas não o receberam, de modo que a sua morte foi consequência desta contradição. Mas até a sua morte se torna contradição, porque ela acaba por se tornar um testemunho ainda maior da verdadeira vida, que é destinada aos filhos da luz.
Fonte: CNBB em 04/08/2012 e 02/08/2014
Reflexão
João Batista e Jesus cumpriram com valentia a missão de profetas. Nem João nem Jesus fizeram pacto com o erro, a mentira, a exploração. Foram fiéis executores do plano de Deus: justiça, amor e vida abundante para todos. Herodes, ao invés, foi promotor do antirreino: mergulhado na maldade, seguia ceifando vidas, oprimindo o povo, cavando sua própria condenação. Os convidados para o banquete aceitaram passivamente que João fosse degolado no cárcere: covardes e malignos como o próprio Herodes! Tendo por modelo o Batista, possamos desmascarar a ousadia dos que se creem com poder absoluto para eliminar pessoas, exterminar povos. Alguém tem que dar um basta a essa fúria incontrolável. Ainda que pague com a própria vida.
(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 04/08/2018
Reflexão
João Batista e Jesus cumpriram com valentia a missão de profetas. Nem João nem Jesus fizeram pacto com o erro, a mentira, a exploração. Foram fiéis executores do plano de Deus: justiça, amor e vida abundante para todos. Herodes, ao invés, foi promotor do anti-reino: mergulhado na maldade, seguia ceifando vidas, oprimindo o povo, cavando sua própria condenação. Os convidados para o banquete aceitaram passivamente que João fosse degolado no cárcere: covardes e malignos como o próprio Herodes! Tendo por modelo o Batista, possamos desmascarar a ousadia dos que se creem com poder absoluto para eliminar pessoas, exterminar povos. Alguém tem que dar um basta a essa fúria incontrolável. Ainda que pague com a própria vida.
Oração
Ó Jesus, “Autor da vida”, tua boa fama chega aos ouvidos de Herodes, o qual tinha mandado matar João Batista. Livra-nos, Senhor, de poderosos sem escrúpulo, que se dão o direito de tirar a vida de outras pessoas; eles tomem consciência de que Deus é o autor da vida. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2020 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp (dias de semana) Pe. Nilo Luza, ssp (domingos e solenidades))
Fonte: Paulus em 01/08/2020
Reflexão
O Evangelho de hoje apresenta a rejeição de João Batista por ter sido coerente com sua missão de profeta. Num banquete festivo entre os poderosos e a pedido da filha, Herodes manda decapitar João Batista, que se encontrava na cadeia. O que aconteceu com João Batista é um prenúncio do que acontecerá com Jesus. Esse foi e sempre será o destino dos autênticos profetas que denunciam a corrupção, as injustiças e os malfeitos. Os poderosos podem até eliminar os profetas, mas não a profecia. Sempre haverá algum profeta para anunciar e denunciar. Enquanto o banquete do povo e do Reino de Deus é sinal de festa e de partilha, e símbolo de vida abundante, em muitos banquetes de poderosos se tramam corrupção, injustiças, perseguição e até morte. Todo escravo do poder traz consequências funestas para a sociedade e para a natureza.
(Dia a dia com o Evangelho 2022)
Fonte: Paulus em 30/07/2022
Recadinho
No mundo de hoje há muita perseguição a cristãos. O que se pode fazer por eles? - Como você testemunha publicamente sua fé? - Consegue apontar o caminho de Deus por exemplos e palavras? - Hoje procura-se eliminar os sinais de fé. Isto lhe preocupa? - Você procura agradar a Deus acima de tudo?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 02/08/2014
Comentário do Evangelho
UMA LIBERDADE PROFÉTICA
O testemunho e o destino de João Batista foram úteis para iluminar a caminhada feita por Jesus. Existe muito em comum entre ambos. Tiveram de defrontar-se com poderosos opressores, de cuja maldade foram vítimas. Não pactuaram com a mentira e a prepotência, denunciando-as com a valentia própria dos profetas. Foram exemplarmente livres, não se deixando intimidar por quem pudesse servir de empecilho para sua missão. Igualmente, foram vítimas de morte violenta e ignominiosa, embora inocentes e não tendo cometido nada digno de censura.
Estas coincidências levavam as pessoas a identificarem Jesus com João Batista ressurgido dentre os mortos. Esta leitura equivocada não tomava em consideração que as semelhanças entre eles eram devidas unicamente à fidelidade de ambos a Deus-Pai. João Batista não se desviou do caminho traçado por Deus: preparar o povo para acolher o Messias Jesus. Jesus, por sua vez, absolutizou o querer do Pai, a ponto de ser submetido a toda sorte de humilhação e desprezo, apesar de sua condição de Filho de Deus.
O segredo do testemunho exemplar de João Batista e de Jesus radicava-se, pois, em Deus-Pai. Mesmo diante da iminência do martírio, só se submeteram a ele, a ninguém mais. Este é um testemunho alentador para os discípulos do Reino.
Oração
Senhor Jesus, que o teu testemunho de fidelidade ao Pai, somado ao de João Batista, inspire sempre minha caminhada de discípulo do Reino.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Ó Deus, sois o amparo dos que em vós esperam e, sem vosso auxílio, ninguém é forte, ninguém é santo; redobrai de amor para conosco, para que, conduzidos por vós, usemos de tal modo os bens que passam, que possamos abraçar os que não passam. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Dom Total em 02/08/2014
Meditando o evangelho
O PROFETA SILENCIADO
O assassinato de João Batista recoloca um tema comum, no âmbito da história do profetismo bíblico: a imposição do silêncio ao enviado de Deus. Quem recebeu a missão divina de convocar o povo à conversão, acaba sendo silenciado por quem deveria escutá-lo. Outro tema é o da intrepidez dos profetas. Embora devendo defrontar-se com forças hostis e refratárias à sua pregação, não se deixaram intimidar, por terem consciência do caráter divino da missão recebida.
A intrepidez de João Batista revela-se na coragem com que se defronta com um governante ímpio. Reconhecidamente prepotente, Herodes apoderou-se, sem escrúpulos, da esposa de seu irmão, tomando-a como mulher. Sem medo, o profeta João denuncia a injustiça cometida, e sofre as consequências de sua ousadia.
A decisão de jogar o Batista na prisão funciona como uma maneira de calá-lo. Encarcerado numa fortaleza romana, ele teve a sua liberdade cerceada, e a voz calada.
Mas isto ainda foi pouco, no parecer na mulher ilegítima de Herodes. Era preciso fazer calar João definitivamente. A oportunidade para isto surgiu por ocasião de uma festa. Embora a contragosto, Herodes atendeu o pedido da mulher e mandou decapitar o profeta incômodo.
O destino de João Batista prenunciara o de Jesus. Também a este procuravam calar, por causa da liberdade com que denunciava os desmandos dos prepotentes de seu tempo.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total)
Oração
Espírito de intrepidez, dá-me a coragem dos profetas para denunciar as injustiças cometidas pelos grandes e prepotentes.
Fonte: Dom Total em 04/08/2018, 01/08/2020 e 30/07/2022
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. Incomodou o poder e perdeu a cabeça...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
Se no tempo de Herodes tivesse uma imprensa livre, esta seria a manchete no dia seguinte á festa de aniversário de Herodes. A elite palaciana dos que ocupam algum poder temporal, tornam-se deuses de si mesmo e fazem o que bem entendem. Herodes gostava de ouvir João Batista, apreciava suas pregações, até o dia em que o Batista denunciou o seu pecado de adultério contra seu irmão, tomando a Herodíades, sua cunhada, por esposa.
Herodes é o mais puro retrato do homem da pós-modernidade, que ouve a Palavra de Deus, chegam a se empolgar com ela, mas quando essa Palavra exige uma mudança de mentalidade e de postura, no campo da ética e da moral, aí a menosprezam, pois não admitem ser contrariados na busca da felicidade que é o gozo de todos os prazeres que o mundo oferece.
Mas todos precisam ouvir o anúncio da Palavra de Deus, e não anuncia-la a essas pessoas seria uma grave negligência de todos nós, cristãos, pois o anúncio não tem como objetivo condena-los, mas sim salvá-los. Nesse sentido a dimensão profética da nossa Igreja deve cumprir com mais fidelidade a missão que lhe foi confiada e aí talvez esteja um grande pecado da omissão, quando temos um certo receio de anunciar o evangelho ás classes elitizadas, ou anunciando um evangelho menos comprometedor.
João estava preso, mas era um homem livre, que anunciou a Palavra da Verdade a Herodes. E na sua festa de aniversário, deixou seus caprichos falarem mais alto ao esnobar o seu poder real “peças tudo o que quiseres que eu te darei.”. Também o Homem da pós-modernidade, seduzido pelo avanço científico de que é capaz, ocupa o lugar que é de Deus, e julga-se poderoso, para dar o que quiser a quem assim o desejar.
A Filha de Herodíades e sua mãe, a exemplo também da pós-modernidade, corre dos ideais fúteis, da busca do prazer em um egocentrismo exacerbado e assim, João Batista é decapitado. Sem a cabeça estará morto e irá silenciar-se para sempre, ficando os poderosos livres de sua voz perturbadora.
João é o precursor também por isso, por preceder Jesus Cristo, aquele cujo anúncio irá perturbar a corte palaciana e o poder religioso, e que irão matar na certeza de que estarão enterrando definitivamente com Jesus, o projeto daquele Reino estranho que não oferecia felicidade alguma a quem optou apenas pelo poder dominador e opressor.
2. É João Batista, ele ressuscitou dos mortos - Mt 14,1-12
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)
Durante o mês de agosto, que estamos iniciando, continuaremos a leitura do Evangelho de São Mateus, nos domingos e na semana. No último dia do mês começaremos a leitura semanal de São Lucas. Mateus reúne as palavras de Jesus em cinco discursos, precedidos de uma parte narrativa. Estamos entrando na parte narrativa da vida fraterna na Igreja. Depois de visitar Nazaré, Jesus ficou sabendo que Herodes tinha mandado executar João Batista. Herodes pensava que Jesus fosse João Batista ressuscitado. Ficou triste por ter que executá-lo, reconheceu forças extraordinárias em Jesus, mas não se deixou tocar. Jesus o chamou de raposa. O imperador Calígula o exilou na Gália, onde morreu.
Fonte: NPD Brasil em 01/08/2020
HOMILIA DIÁRIA
A grande vocação de todo o cristão é a santidade
Postado por: homilia
agosto 4th, 2012
Na meditação do Evangelho de hoje, não posso deixar de lembrar a memória de um grande santo que, em2010, no Ano Sacerdotal, o Papa Bento XVI proclamou “Patrono de todos os sacerdotes”. Com admiração, alegramo-nos com a santidade de vida do patrono o Cura D’Ars, São João Maria Vianney.
A grande vocação de todo o cristão é a santidade. É iluminar o mundo com a Verdade e o vigor do Evangelho, como fez João Batista. Com sua vida e pregação anunciava e denunciava sem “respeito humano”, sem vergonha de sua fé, assumindo todo o comprometimento que o Evangelho exige daquele que quer ser no mundo um sinal de salvação.
João batista não temia e muito menos tinha o “rabo preso” ou usava do Evangelho para seus próprios interesses, mas pregava e vivia com vigor para quem quer que seja, pois todo homem na face da Terra tem o direito de conhecer a Verdade da Salvação, mesmo que isso cause constrangimento e exponha o seu pecado.
Respeito humano: medo ou vergonha de assumir a sua posição diante dos acontecimentos, das coisas e das pessoas. Receio de viver a VERDADE por medo de suas consequências, perda da auto-imagem, gerando falta de compromisso, falsidade, incoerência e omissão. Com certeza, “o maior entre os nascidos de mulher” não viveu esta dificuldade. Por isso, pagou o preço com sua própria vida, unindo o seu sangue ao Sangue redentor de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Conhecendo a Verdade àquele que escuta a pregação do Evangelho tem a liberdade de escolher pela luz ou pelas trevas, como fez Herodes. Tendo conhecimento de Cristo e da Salvação pela pregação do Evangelho é impossível o ser humano não tomar posição, aceitar ou rejeitar a Boa Nova e assumir as consequências de sua fé. Essa tem sido uma grande tentação neste mundo pós-moderno, onde tudo é relativo e onde a fé parece que se encontra num supermercado. Você já encontrou a Verdade da Salvação que é o Cristo e assumiu todas as consequências de sua adesão e compromisso?
Outros personagens interessantes deste Evangelho: a mãe dominadora que divide o pecado com Herodes e afilha Salomé, que se deixa manipular pela mãe porque não tem opinião própria; é uma marionete e não consegue decidir na vida suas próprias escolhas. Mãe e filha presas no emaranhado do pecado com Herodes que lhes dá tudo que lhes é conveniente.
O Evangelho pregado por João Batista: “Não te é permitido tê-la como esposa”, podia lhe trazer a libertação e a salvação. Herodes até se comove, mas preso e comprometido com o pecado e o sistema que o envolve, não consegue se desvencilhar e manda matar o profeta. O conhecimento de Cristo pela pregação nos leva à fé, a experiência – que vivida até as últimas consequências – exige de nós, cristãos, coerência de vida e santidade. Só assim poderemos ser no mundo um sinal vivo do Ressuscitado e da Salvação.
Você está disposto, como cristão e evangelizador, ir até as últimas consequências por Jesus Cristo, pela sua fé e pela salvação da humanidade?
Padre Luizinho
Fonte: Canção Nova em 04/08/2012
HOMILIA DIÁRIA
Quem é de Deus não tolera a injustiça
Tenha numa mão a verdade, a misericórdia e a bondade, mas tenha na outra mão o senso da justiça. Quem é de Deus não tolera a injustiça.
“Herodes queria matar João, mas tinha medo do povo, que o considerava como profeta.” (Mateus 14, 5)
João Batista é um verdadeiro prodígio no meio do povo, sua presença causa espanto, embaraço e admiração. João é aquilo que representa a autenticidade de um profeta: um homem que vive inteira e integralmente para Deus. Sabemos da vida moderada e ascética que João vive, da vida disciplinada voltada para preparar a vinda do Messias.
A pregação de João causa incômodo, porque ele anuncia o Messias, anuncia Jesus, anuncia a esperança, mas também denuncia o pecado e o erro, e talvez isso seja a parte mais dura na vida de um profeta, porque um profeta não vive só de anunciar a esperança – como é importante anunciar o amor de Deus, anunciar a fé, a confiança no Senhor – mas um profeta precisa denunciar o erro, não pode ter conivência com aquilo que não é verdadeiro, como a mentira, a hipocrisia e, sobretudo, a injustiça.
Quem é de Deus não tolera o que é injusto! Nem tolera massacrar o inocente, violar a verdade, deixar a pessoa oprimida por causa da injustiça. Nada disso não é de Deus! Quando se fala de injustiça não nos referimos somente à injustiça social; pois toda forma de injustiça é um pecado imoral.
Vejam que injusto: Herodes convive com a mulher de seu irmão; essa mulher não pertence a Herodes; ela pertence ao irmão deste. Nós não podemos, meus irmãos, tolerar e simplesmente achar que é normal quando uma pessoa trai a outra, quando a pessoa começa a viver relacionamentos errados, quando certas modas e certos comportamentos representam, na verdade, injustiças contra as pessoas.
Nós precisamos deixar que a Palavra de Deus, de forma profética, suscite em nós a aversão ao erro e ao pecado. Porque, muitas vezes, as coisas injustas começam a acontecer dentro da nossa própria casa, quando nós encobrimos ou somos indiferentes ao erro. Não queira ser o justiceiro, nem queria ser o moralista, mas de forma nenhuma tenha conivência com aquilo que é errado.
Ao fazermos isso, muitas vezes, vamos perder amigos, algumas pessoas vão ficar chateadas conosco, algumas talvez vão nos abandonar. Perder um amigo, perder uma relação – como João Batista que perdeu a cabeça porque anunciou a verdade, denunciou a mentira e a hipocrisia.
Sei que dói para muito pai, para muita mãe, mas você não pode ser tolerante ao erro dos seus filhos nem pode trazer o erro deles para dentro da sua casa, para dentro da sua família. Quando encontramos alguém que protege o nosso erro e passa a mão na nossa cabeça nossa tendência é insistirmos em fazer o que é errado e o que não convém!
Seja profeta, tenha numa mão a verdade, a misericórdia e a bondade, mas tenha na outra mão o senso da justiça, o senso de denunciar o erro, o pecado e tudo aquilo que não convém à vontade de Deus.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: https://homilia.cancaonova.com/pb/homilia/quem-e-de-deus-nao-tolera-a-injustica/?sDia=2&sMes=8&sAno=2014 (02/08/2014)
HOMILIA DIÁRIA
Tenhamos a mente sempre em Deus
Para ter a cabeça no lugar, para ter a cabeça caminhando de forma reta e direta, precisamos ter a mente em Deus
“Instigada pela mãe, ela disse: ‘Dá-me aqui, num prato, a cabeça de João Batista’.” (Mateus 14,8)
A mãe Herodíades instigou sua filha para que dançasse na presença de Herodes, e, depois daquela dança, Herodes concederia qualquer coisa que lhe pedisse. A filha não pensou duas vezes e, insistentemente, fez o pedido da mãe: “Eu quero a cabeça de João Batista”.
Entregue sua cabeça a Deus, tenha a sua mente n’Ele. Quando tiramos a nossa cabeça de Deus, ela se perde e nos tornamos pessoas descabeçadas, como eram essas duas mulheres. Tanto a mãe quanto a filha tinham a cabeça perdida, e deixaram-se levar pela sedução, pelo prazer, pelo gosto do dinheiro e o adultério.
Quando perdemos a nossa cabeça, perdemos o senso dos valores, do que é certo e errado; e mesmo estando na casa de Deus, muitas vezes, deixamos a nossa cabeça se perder e perverter-se, deixamos que os contravalores entrem em nós.
Para ter a cabeça no lugar, caminhando de forma reta e direta, precisamos ter a mente em Deus. Pensemos no Senhor em todos os momentos da nossa vida, pensemos com amor e ternura, entreguemos a Ele os nossos pensamentos, aquilo que está maquinando dentro da nossa cabeça, porque todos os projetos humanos estão rondando dentro dela.
Acalmemos tudo aquilo que está dentro de nós, acalmemos os pensamentos, porque eles mandam na nossa vontade. Vamos ter vontade de fazer várias coisas quando dermos margem aos pensamentos que assimilamos em nós. Uma vez que entregamos os nossos pensamentos a Deus, pensemos como Ele e tenhamos a mente como a d’Ele.
João Batista é um referencial para nós, a cabeça dele colocada em uma bandeja é uma cabeça que pensou em Deus e pensava como Ele, e por isso os homens o eliminaram.
Não tem problema se o mundo não quer que pensemos como Deus e até corte a nossa cabeça, mas não podemos perdê-la num mundo tão louco, que se perde facilmente. Que nossa mente esteja no Senhor.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 04/08/2018
HOMILIA DIÁRIA
É preciso que os valores estejam firmes em nosso coração
“Pois João tinha dito a Herodes: ‘Não te é permitido tê-la como esposa’.” (Mateus 14,4)
Sabemos que Herodes se juntou com Herodíades, a mulher de seu irmão. É muito importante, no meio de uma sociedade confusa, onde parece que tudo é permitido, não perdermos os valores, a direção e o essencial. Ainda que a sociedade diga que tudo nos é permitido, em Deus nem tudo nos é permitido. Em Deus nem tudo não só nos convém, mas não podemos atentar contra aquilo que é a verdade e a moral.
Não posso me apropriar daquilo que é do outro, sejam as coisas materiais. Quando o Mandamento diz para não cobiçar o que pertence ao outro, a extensão da compreensão do Mandamento são as coisas que pertencem ao outro: a esposa do outro, o esposo da outra, seja lá o que pertence a outra pessoa.
É preciso que os valores estejam bem firmes dentro do nosso coração, porque, senão, o coração cai em confusão. Quando o coração cai em confusão? Quando a cabeça não está em ordem e no lugar.
Herodes perdeu a cabeça por causa de Herodíades, e por isso ela colocou a sua filha para dançar para poder ganhar a cabeça de João Batista, e a cabeça dele foi dada em um prato.
Quanto é importante termos a cabeça no lugar! Escutamos, desde pequenos, nossos pais dizendo: “Meu filho, tenha juízo”, e é preciso mais do que nunca dizermos: “Tenhamos juízo”. O quanto o juízo é necessário para todas as coisas da vida! Quando a pessoa não tem juízo, ela age sem cabeça.
É preciso que os valores estejam bem firmes dentro do nosso coração, porque, senão, o coração cai em confusão
O juízo é o critério reto e correto, é a mente iluminada e direcionada. Tomemos cuidado, porque vivemos numa sociedade laxa, onde os princípios e os valores estão relaxados, e parece que tudo é permitido.
É importante cuidar dos impulsos da paixão, do coração, da mocidade, os impulsos que vêm em todas as épocas da nossa vida. Tudo está se normalizando com muita facilidade, não é questão de jogar pedras, julgar e condenar, mas é questão de colocar as coisas no seu lugar. O que é certo é certo, o que é errado é errado. Ainda que você tenha passado por uma experiência errada na vida e depois tenha concertado, não pode dizer que aquilo que foi errado agora é certo.
Não podemos colocar como modelo e exaltar aquele que transformou suas experiências erradas em êxito de vida. Por isso, quando João disse a Herodes que não era permitido, é porque não era permitido, mas este seguiu o seu coração.
Um coração sem cabeça é um coração sem razão; um coração sem razão anda na contramão, comete muitos atropelos, acidentes, e os valores vão se perdendo.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 01/08/2020
HOMILIA DIÁRIA
Deixe-se levar pela Palavra do Senhor
“É João Batista, que ressuscitou dos mortos; e, por isso, os poderes miraculosos atuam nele”. De fato, Herodes tinha mandado prender João, amarrá-lo e colocá-lo na prisão, por causa de Herodíades, a mulher de seu irmão Filipe.” (Mateus 14,2-3)
Meus irmãos, aqui, no episódio que escutamos no Evangelho, há um questionamento por parte de Herodes a respeito de Jesus: “Mas quem é esse Jesus que realiza milagres, que ensina o povo? Quem é esse, se já mandei matar João Batista? Será que João Batista então ressuscitou? Será que João Batista ressuscitou e agora está aí em Jesus?”. E depois, então, temos o relato da morte de João Batista.
Herodes perseguia, infelizmente, aqueles que eram contra o seu reino ou que eram contra as atitudes que ele tinha. Herodes estava em adultério, ele tinha tomado como esposa a esposa do seu irmão. E João Batista denunciou isso: “Não te é permitido ficar com a mulher do seu irmão”, e por conta disso, embora Herodes até gostasse das palavras de João Batista, ele não aderiu às palavras dele.
Está aqui, meus irmãos, um ensinamento e algo para refletirmos: Será que nós também gostamos da Palavra de Deus, mas não aderimos à Palavra d’Ele? Será que há um abismo também entre acreditar, professar e dar os passos para viver aquela Palavra?
Que o Senhor nos ajude a gostar da Palavra, a amar Jesus, mas amar também os Seus ensinamentos
Herodes vivia nesse abismo: de ouvir, de gostar, mas de não praticar a Palavra de Deus. E João Batista, então, foi morto, foi martirizado por causa da verdade.
Meus irmãos, vamos hoje, neste dia, pedir essa graça a Nosso Senhor, de não sermos como Herodes, de ter esse abismo de simplesmente gostar da Palavra, mas de não aderir à Palavra.
Que o Senhor nos ajude a gostar da Palavra, a amar Jesus, mas amar e também praticar os Seus ensinamentos. Na verdade, não foi João Batista quem perdeu a cabeça, foi Herodes quem perdeu a cabeça por deixar-se levar pelas suas próprias ideias.
Quando nos deixamos levar pelas nossas próprias ideias, sim, nós nos perdemos, nós nos perderemos, mas se nos deixarmos levar pela Palavra de Deus, pelos ensinamentos de Nosso Senhor Jesus Cristo, não ganharemos somente a nossa cabeça, mas ganharemos a nossa alma para o Céu.
Que a nossa cabeça esteja em Jesus, que a nossa vida esteja em Jesus. Não a percamos por nenhuma fantasia deste mundo, por nenhum prazer deste mundo, mas ganhemos o nosso corpo e a nossa alma na nossa adesão completa a Jesus.
Abençoe-vos o Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!
Padre Márcio Prado
Sacerdote da Comunidade Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 30/07/2022
Oração Final
Pai Santo, dá-nos coragem, como deste a Jeremias e João Batista, para que sejamos, neste mundo encantado que nos deste para desfrute e cuidado, mensageiros da Boa Notícia da chegada do teu Reino de Amor. Por Jesus Cristo, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 04/08/2012
Oração Final
Pai Santo, nós queremos ser neste mundo os profetas do teu Reino de Amor. Dá-nos sabedoria, força e coragem para anunciar aos irmãos, como testemunhas e não como professores, o Caminho, a Verdade e a Vida – Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 02/08/2014
ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, dá-nos coragem, como deste a Jeremias e João Batista, para que sejamos, neste mundo encantado que entregas a nós para ser cuidado, desfrutado e partilhado, mensageiros da Boa Notícia da chegada do teu Reino de Amor. Por Jesus Cristo, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: https://arquidiocesebh.org.br/para-sua-fe/espiritualidade/meu-dia-em-oracao/busquem-a-deus-e-voces-terao-coragem/ (04/08/2018)
ORAÇÃO FINAL
Pai amantíssimo, confirma a nossa Esperança em teu Reinado de Amor. Ajuda-nos a superar o medo, vencer a covardia diante daqueles que detêm o poder da força e o usam para oprimir os menores, os desprotegidos e os marginalizados. Usa-nos, amado Pai, para anunciar o advento do Mundo Novo anunciado e trazido pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 01/08/2020
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