segunda-feira, 15 de abril de 2019

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 15/04/2019

ANO C


João 12,1-11

Comentário do Evangelho

Serviço e amor

Entramos, com este texto, na parte que se convencionou chamar, no Evangelho de João, de “Livro da Glória”. Estamos já no contexto da paixão. Antes de ir para Jerusalém, Jesus para na casa de Marta, Maria e Lázaro, seus amigos. Jesus é recebido na casa deles como espera ser hóspede em nossa casa.
A atitude de Marta e Maria, durante o banquete, simboliza os traços característicos e indissociáveis da comunidade cristã: o serviço e o amor; (ver: Ct 1,12; 7,6). A objeção ante o mau espírito, contra o que o narrador não poupa palavras, vem de um dos discípulos, Judas Iscariotes. Judas dá importância ao dinheiro, ao invés do amor e do serviço. O gesto de Maria, no entanto, é interpretado pelo próprio Jesus como prefiguração de sua sepultura.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, tira de mim toda malícia que me impede de compreender, em profundidade, os gestos de Jesus, o qual se fez pobre entre os pobres, e morreu como um deles.
Fonte: Paulinas em 25/03/2013

Vivendo a Palavra

“No meio de vocês sempre haverá pobres...” e nós podemos fazer com eles o que Maria fez com o Mestre: aliviar suas dores que se anunciam e perfumar-lhe a vida para que ela se torne sinal do Reino de Deus, que um dia virá para todos em plenitude.
Fonte: Arquidiocese BH em 25/03/2013

VIVENDO A PALAVRA

“No meio de vocês sempre haverá pobres…” e nós podemos fazer por eles o que Maria fez com o Mestre: aliviar as dores que se anunciam e lhes perfumar a vida com esperança. A solidariedade com os que sofrem se mostra na generosidade e na convivência fraterna – que é a realidade mais bonita. Foi o que viveu e quis nos ensinar Jesus de Nazaré.

Reflexão

A vida e as atitudes de Jesus sempre causaram reações contraditórias de aceitação ou rejeição. A morte de Jesus também não foi diferente. Para os principais dentre os judeus, a morte de Jesus significou a realização dos seus planos e uma vitória conquistada no sentido da manutenção da ordem estabelecida. Para o poder romano, não significou nada, pois ele foi mais um entre os muitos que são condenados à morte. Mas quem o amava, houve um momento de carinho e atenção à sua pessoa antes que a morte chegasse trazendo o sofrimento, a dor e a separação.
Fonte: CNBB em 25/03/2013

Reflexão

Três atitudes significativas se destacam neste episódio. A primeira é a generosidade que brota do coração sensível e amoroso de Maria. Ao perfumar os pés de Jesus, ela o exalta e lhe presta homenagem e, talvez sem ter intenção, o prepara carinhosamente para o sepultamento, que ocorrerá em breve. A segunda atitude é a mesquinhez de Judas Iscariotes. Desdenha o gesto de Maria e se revela mentiroso, insinuando que seria melhor socorrer os pobres com aquela soma. Na verdade, Judas queria roubá-la. A terceira atitude é a intolerância dos chefes dos sacerdotes para com Jesus. Estão de tal modo apegados à ideia de morte, que querem matar não só Jesus, mas também Lázaro, a quem Jesus havia ressuscitado dos mortos. Saldo: muitos judeus, por medo, se afastam de Jesus, enquanto muitos outros, mais corajosos, acreditam nele.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)

Meditando o evangelho

DOIS GESTOS CONTRASTANTES

Às portas da morte, o Mestre defrontou-se com dois gestos contrastantes. O primeiro foi o de Maria de Betânia, que ungiu os pés dele com um óleo precioso, e os enxugou com os cabelos, movida pelo amor. Esse gesto antecipava o futuro trágico de Jesus, embora ela não se tivesse dado conta disso. A pressa com que o Mestre seria sepultado, não permitiria que fossem feitos os ritos tradicionais de embalsamamento.
A atitude de Maria explica-se pela profunda relação que se estabelecera entre Jesus e a pequena família de Betânia. Ele costumava hospedar-se na casa desses amigos queridos, em suas viagens para Jerusalém, porque, lá, era sempre bem acolhido. Essa proximidade permitiu a Maria conhecer Jesus para além das aparências. Dessa forma, ela se tornou servidora do Messias.
A suspeita do discípulo Judas situa-se no extremo oposto ao gesto da mulher. Mesquinho que era, interpretou a unção, com o nardo precioso, como um desperdício. Segundo ele, teria sido melhor vendê-lo, para ajudar os pobres.
Judas não se deu conta de que a mulher estava ajudando a um pobre, uma vez que o  Mestre seria tratado como um marginalizado, e, depois de morto, seria colocado em um sepulcro alheio. Maria, portanto, não estava ungindo um rico, e sim, o Filho de Deus, que se fez pobre, desde que veio a este mundo. Pobres, os discípulos sempre teriam no meio deles. Dentre os pobres, o próprio Jesus. Estavam, porém, na iminência de perdê-lo.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Espírito de amizade, seja o gesto de Maria uma lição para mim. Que eu saiba demonstrar meu amor a Jesus, servindo os pobres deste mundo.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Maria de Betânia: Modelo de Agente Pastoral
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Nesta semana os relatos dos evangelhos estarão direta ou indiretamente relacionados com a Paixão do Senhor. Hoje começamos com o episódio mais conhecido como a Unção em Betânia. O evangelista coloca essa ceia,  logo após Jesus ter ressuscitado Lazaro, em um jantar em sua homenagem.
Não é difícil imaginar que Betânia era uma comunidade muito acolhedora, pois ali Jesus se hospedava sempre que tinha necessidade. Se quisermos aprofundar um pouco mais, podemos dizer que essa comunidade, por alguma razão que não sabemos, passou por uma crise muito grave a ponto de quase se acabar ( Lázaro morto e há quatro dias enterrado) e que Jesus a levantou dando-lhe Vida nova e Ressuscitando o que antes estava morto, e temos a clara alusão a Ceia da qual participam os que receberam esta Vida Nova ,que só Deus pode dar, essa ceia que celebra a Vida em sua plenitude, é a Eucaristia. João gosta de contar as coisas do seu jeito, mas no fundo está falando de coisas mais profundas do que aquilo que os seus relatos permitem nos ver. João faz como nos rodízios de carne, primeiro serve uma deliciosa salada, a gente não pode ir fundo logo de cara, pois com João, sempre o melhor vem depois.
Mas há algo que João dá um foco maior nesse evangelho, as atitudes de Maria e a de Judas Iscariotes. Comecemos por Maria, ela é irmã de Marta e Lázaro, portanto é também anfitriã, e poderia tranquilamente sentar-se em lugar de honra ao lado do Mestre e fazer até inveja aos demais convidados, a gente vê isso em jantar dançante da paróquia, quem tem a ventura de poder sentar-se na mesa do padre, sente-se importante, não é mesmo?
Porém, essa Maria deixou de lado o formalismo e principalmente o seu status, e rebaixou-se a condição de uma escrava quando inclinou-se diante de Jesus e começou a ungir seus pés com perfume, não um perfuminho qualquer, mas um de primeiríssimo qualidade, uma libra de nardo puro, que custava os "olhos da cara" e equivalia, sem exagero, ao salário de um ano de um trabalhador, ou seja, o que Maria tinha de melhor e mais valioso, ofereceu a Jesus naquele momento.
E aí entra em ação o agente de Pastroral Juiz e policial, aquele que fica só de olho no que o irmão faz, para critica-lo, ainda mais se ele está aparecendo muito naquilo que faz: Judas Iscariotes, um irmão da comunidade mas que não era flor que se cheirasse, sempre arredio, misterioso, tomava conta da "bolsa" mas metia a mão sempre que podia. Pessoa calculista que sempre está pensando no que ele pode ganhar com a situação. O argumento, cheio de hipocrisia, foi o de que aquele dinheiro poderia ser ofertado aos pobres. Um detalhe importante, para chegar aos pobres o dinheiro primeiro teria que passar pelas suas mãos e daí....bom, o leitor já pode imaginar o resto da história...
Maria, uma mulher generosa, exemplo de agente de pastoral, que se entrega totalmente por amor a Cristo e a sua igreja, dá o que tem de melhor e mais valioso, manifestando amor Aquele que irá também dar o que tem de melhor e mais valioso á humanidade: a sua Vida.
Judas, mesquinho, interesseiro, calculista, tipo de agente de pastoral que FAZ,  mas CONTROLA, Faz mas quer sempre mandar no pedaço, FAZ   mas quer sempre ser consultado e não admite nem que o padre tome decisões sem ouvi-lo. Não olhemos no passado, mas para nossas comunidades onde MARIA e Judas estão dentro de nós, eu e todos vocês, quantas vêzes agimos assim, talvez como Maria, dando á pastoral ou ao movimento, o melhor de nós, mas também quantas vêzes, a gente tem o comportamento de Judas, então ...não projetemos Judas nos outros, mas olhemos para nós,   e peçamos ao Senhor que nesta Semana Santa, nossos atos e palavras consigam impregnar a toda comunidade com o doce e suave odor de Jesus Cristo, para que a nossa comunidade, como Betânia naquele dia, exale o doce aroma do amor doação, gratuito e incondicional.
"Nós vos adoramos Senhor Jesus, e vos bendizemos, porque pela vossa Santa Cruz remistes o mundo"

2. UMA PREOCUPAÇÃO SUSPEITA
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).

A preocupação de Judas Iscariotes pelos pobres foi posta sob suspeita pelo evangelista e reforçada por Jesus. O evangelista interpretou como ganância a preocupação do companheiro com o desperdício do nardo puro e precioso usado por Maria para ungir os pés do Mestre. Isto por que era Judas quem cuidava das finanças do grupo, e estava habituado a roubar as ofertas que eram dadas para o sustento de todos.
Por sua vez, Jesus alertou os discípulos: teriam sempre a possibilidade de fazer o bem aos pobres, não teriam, porém, a chance de partilhar de sua presença para sempre. O momento da partida estava para chegar.
O Mestre revelou aos seus discípulos o valor simbólico do gesto de Maria. Ela estava antecipando o que deveria acontecer no sepultamento de Jesus, ungindo o corpo que seria colocado no túmulo. Afinal, havendo de padecer a morte dos pobres, sem nem mesmo ter um túmulo para ser sepultado, Maria estava suprindo o gesto de piedade de que seria privado.
Sobretudo, Judas não se dava conta de estar convivendo com Jesus, cuja opção era ser pobre e viver como pobre. Não só, o Mestre buscava sempre a convivência com os pobres, com os quais se mostrava solidário. Portanto, a censura de Judas a Jesus não tinha cabimento. O Mestre sabia muito bem o que estava fazendo, e o sentido de tudo o que estava acontecendo. O discípulo é que estava obcecado pela malícia.
Oração
Pai, tira de mim toda malícia que me impede de compreender, em profundidade, os gestos de Jesus, o qual se fez pobre entre os pobres, e morreu como um deles.
Fonte: NPD Brasil em 25/03/2013

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

1. A casa encheu-se do aroma do perfume
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Em Betânia, numa refeição, seis dias antes da Páscoa, Maria, irmã de Lázaro, prepara o corpo de Jesus para a sepultura. Ele o unge com um perfume de nardo puro e caro. O bom aroma da vida e da ressurreição enche toda a casa. Lázaro, recém-saído do sepulcro, lá estava. No seu túmulo, o odor foi de decomposição. A morte parecia ter vencido. Aqui, o aroma é perfumado. A vida está vencendo, embora a luta com as forças da morte continue em ação. Os sumos sacerdotes decidiram também matar Lázaro. Parecem não estar interessados em nenhuma ressurreição, nem na passageira, de Lázaro, nem na definitiva, de Jesus.

HOMILIA DIÁRIA


Postado por: homilia
março 25th, 2013

Nosso Senhor amava Lázaro, Marta e Maria. Ele volta a Betânia seis dias antes da Páscoa. Jesus visita novamente os seus amigos de Betânia. Comove ver como o Senhor tem esta amizade, tão divina e tão humana, que se manifesta num convívio frequente.
Cristo Jesus sempre foi muito bem recebido por Lázaro, Marta e Maria – em qualquer dia e a qualquer hora – com alegria e afeto. Havia grande respeito, atenção e caridade entre eles.
Assim como Lázaro, Marta e Maria, que recebiam o Senhor em sua casa com alegria e amor, abramos também o nosso coração para recebê-Lo.
São milhares aqueles que negam hospedagem para Cristo em seus corações, mas escancara-os para o mundo e suas vaidades. Esses vivem com a alma cheia de vícios. A alma, sem a presença de seu Deus e dos anjos que nela jubilavam, cobre-se com as trevas do pecado, de sentimentos vergonhosos e de completa ignomínia.
“Ai da alma se lhe falta Cristo! Que a cultive com diligência para que possa germinar os bons frutos do Espírito! Deserta, coberta de espinhos e de abrolhos, terminará por encontrar, em vez de frutos, a queimada. Ai da alma, se seu Senhor, o Cristo, nela não habitar! Abandonada, encher-se-á com o mau cheiro das paixões, virará moradia dos vícios”, diz São Macário.
Era costume da hospitalidade do Oriente honrar um hóspede ilustre com água perfumada depois de se lavar. Mas mal sentou-se Jesus, Maria tomou um frasco de alabastro que continha uma libra de perfume muito caro, de nardo puro. Aproximou-se por detrás do divã onde estava recostado Jesus e ungiu os seus pés e secou-lhes com os seus cabelos. Trata-se de Maria Madalena que, pela segunda vez, unge o corpo santíssimo do nosso Divino Salvador.
O nardo era um perfume raríssimo, de grande valor, que ordinariamente se encerrava em pequenos vasos de boca estreita e apertada. Quebrar este vaso e derramar o conteúdo sobre a cabeça de alguém, era, entre os antigos, sinal de grande honra e distinção.
Maria ofereceu o melhor para Jesus. Ela não ofereceu um perfume barato, mas o melhor e o mais caro. E você? O que tem oferecido ao seu Senhor?
Façamos também nós o mesmo: ofereçamos a Nosso Senhor aquilo que temos de melhor e precioso. O melhor cálice, a mais bela patena, o mais piedoso ostensório, os melhores paramentos, a nossa vida, tudo o que somos e temos, pois todo o luxo, majestade e beleza são poucos perante a tamanha grandeza de Jesus, nosso Mestre.
A Jesus Cristo, nosso Rei e Senhor, toda honra, louvor, adoração e domínio pelos séculos dos séculos. Amém.
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova em 25/03/2013

Oração Final
Pai Santo, faze-nos generosos como Maria, capazes de aliviar a dor dos peregrinos do caminho com a boa notícia de que o teu Reino de Amor já mora em nós, ainda que não em plenitude, mas onde um dia estaremos com o Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 25/03/2013

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, faze-nos generosos como Maria, capazes de aliviar a dor dos peregrinos do caminho com a boa notícia de que o teu Reino de Amor já mora em nós, ainda que não em plenitude, mas onde um dia estaremos com o Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.

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