ANO C

João 12,1-11
Comentário do
Evangelho
Serviço e amor
Entramos, com este texto, na parte que se
convencionou chamar, no Evangelho de João, de “Livro da Glória”. Estamos já no
contexto da paixão. Antes de ir para Jerusalém, Jesus para na casa de Marta,
Maria e Lázaro, seus amigos. Jesus é recebido na casa deles como espera ser
hóspede em nossa casa.
A atitude de Marta e Maria, durante o banquete,
simboliza os traços característicos e indissociáveis da comunidade cristã: o
serviço e o amor; (ver: Ct 1,12; 7,6). A objeção ante o mau espírito, contra o
que o narrador não poupa palavras, vem de um dos discípulos, Judas Iscariotes.
Judas dá importância ao dinheiro, ao invés do amor e do serviço. O gesto de
Maria, no entanto, é interpretado pelo próprio Jesus como prefiguração de sua
sepultura.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, tira de mim toda malícia que me impede de
compreender, em profundidade, os gestos de Jesus, o qual se fez pobre entre os
pobres, e morreu como um deles.
Fonte: Paulinas em 25/03/2013
Vivendo a Palavra
“No meio de vocês sempre haverá pobres...” e nós
podemos fazer com eles o que Maria fez com o Mestre: aliviar suas dores que se
anunciam e perfumar-lhe a vida para que ela se torne sinal do Reino de Deus,
que um dia virá para todos em plenitude.
Fonte: Arquidiocese BH em 25/03/2013
VIVENDO A PALAVRA
“No meio de vocês sempre haverá pobres…” e nós podemos fazer
por eles o que Maria fez com o Mestre: aliviar as dores que se anunciam e lhes
perfumar a vida com esperança. A solidariedade com os que sofrem se mostra na
generosidade e na convivência fraterna – que é a realidade mais bonita. Foi o
que viveu e quis nos ensinar Jesus de Nazaré.
http://arquidiocesebh.org.br/para-sua-fe/espiritualidade/meu-dia-em-oracao/o-senhor-e-minha-luz-e-salvacao-de-quem-terei-medo-2/
Reflexão
A vida e as atitudes de Jesus sempre causaram
reações contraditórias de aceitação ou rejeição. A morte de Jesus também não
foi diferente. Para os principais dentre os judeus, a morte de Jesus significou
a realização dos seus planos e uma vitória conquistada no sentido da manutenção
da ordem estabelecida. Para o poder romano, não significou nada, pois ele foi
mais um entre os muitos que são condenados à morte. Mas quem o amava, houve um
momento de carinho e atenção à sua pessoa antes que a morte chegasse trazendo o
sofrimento, a dor e a separação.
Fonte: CNBB em 25/03/2013
Reflexão
Três atitudes significativas se destacam neste episódio. A primeira é a
generosidade que brota do coração sensível e amoroso de Maria. Ao perfumar os
pés de Jesus, ela o exalta e lhe presta homenagem e, talvez sem ter intenção, o
prepara carinhosamente para o sepultamento, que ocorrerá em breve. A segunda
atitude é a mesquinhez de Judas Iscariotes. Desdenha o gesto de Maria e se
revela mentiroso, insinuando que seria melhor socorrer os pobres com aquela
soma. Na verdade, Judas queria roubá-la. A terceira atitude é a intolerância
dos chefes dos sacerdotes para com Jesus. Estão de tal modo apegados à ideia de
morte, que querem matar não só Jesus, mas também Lázaro, a quem Jesus havia
ressuscitado dos mortos. Saldo: muitos judeus, por medo, se afastam de Jesus,
enquanto muitos outros, mais corajosos, acreditam nele.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Meditando o evangelho
DOIS GESTOS CONTRASTANTES
Às portas da morte, o Mestre defrontou-se com dois gestos contrastantes.
O primeiro foi o de Maria de Betânia, que ungiu os pés dele com um óleo
precioso, e os enxugou com os cabelos, movida pelo amor. Esse gesto antecipava
o futuro trágico de Jesus, embora ela não se tivesse dado conta disso. A pressa
com que o Mestre seria sepultado, não permitiria que fossem feitos os ritos
tradicionais de embalsamamento.
A atitude de Maria explica-se pela profunda relação que se estabelecera
entre Jesus e a pequena família de Betânia. Ele costumava hospedar-se na casa
desses amigos queridos, em suas viagens para Jerusalém, porque, lá, era sempre
bem acolhido. Essa proximidade permitiu a Maria conhecer Jesus para além das
aparências. Dessa forma, ela se tornou servidora do Messias.
A suspeita do discípulo Judas situa-se no extremo oposto ao gesto da
mulher. Mesquinho que era, interpretou a unção, com o nardo precioso, como um
desperdício. Segundo ele, teria sido melhor vendê-lo, para ajudar os pobres.
Judas não se deu conta de que a mulher estava ajudando a um pobre, uma vez que
o Mestre seria tratado como um marginalizado, e, depois de morto, seria
colocado em um sepulcro alheio. Maria, portanto, não estava ungindo um rico, e
sim, o Filho de Deus, que se fez pobre, desde que veio a este mundo. Pobres, os
discípulos sempre teriam no meio deles. Dentre os pobres, o próprio Jesus. Estavam,
porém, na iminência de perdê-lo.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Espírito de amizade, seja o gesto de Maria uma lição para mim. Que eu
saiba demonstrar meu amor a Jesus, servindo os pobres deste mundo.
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. Maria de Betânia: Modelo de
Agente Pastoral
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo
Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
Nesta semana os relatos dos evangelhos estarão
direta ou indiretamente relacionados com a Paixão do Senhor. Hoje começamos com
o episódio mais conhecido como a Unção em Betânia. O evangelista coloca essa
ceia, logo após Jesus ter ressuscitado Lazaro, em um jantar em sua
homenagem.
Não é difícil imaginar que Betânia era uma
comunidade muito acolhedora, pois ali Jesus se hospedava sempre que tinha
necessidade. Se quisermos aprofundar um pouco mais, podemos dizer que essa
comunidade, por alguma razão que não sabemos, passou por uma crise muito grave
a ponto de quase se acabar ( Lázaro morto e há quatro dias enterrado) e que
Jesus a levantou dando-lhe Vida nova e Ressuscitando o que antes estava morto,
e temos a clara alusão a Ceia da qual participam os que receberam esta Vida
Nova ,que só Deus pode dar, essa ceia que celebra a Vida em sua plenitude, é a
Eucaristia. João gosta de contar as coisas do seu jeito, mas no fundo está
falando de coisas mais profundas do que aquilo que os seus relatos permitem nos
ver. João faz como nos rodízios de carne, primeiro serve uma deliciosa salada,
a gente não pode ir fundo logo de cara, pois com João, sempre o melhor vem
depois.
Mas há algo que João dá um foco maior nesse
evangelho, as atitudes de Maria e a de Judas Iscariotes. Comecemos por Maria,
ela é irmã de Marta e Lázaro, portanto é também anfitriã, e poderia
tranquilamente sentar-se em lugar de honra ao lado do Mestre e fazer até inveja
aos demais convidados, a gente vê isso em jantar dançante da paróquia, quem tem
a ventura de poder sentar-se na mesa do padre, sente-se importante, não é
mesmo?
Porém, essa Maria deixou de lado o formalismo e
principalmente o seu status, e rebaixou-se a condição de uma escrava quando
inclinou-se diante de Jesus e começou a ungir seus pés com perfume, não um
perfuminho qualquer, mas um de primeiríssimo qualidade, uma libra de nardo
puro, que custava os "olhos da cara" e equivalia, sem exagero, ao
salário de um ano de um trabalhador, ou seja, o que Maria tinha de melhor e
mais valioso, ofereceu a Jesus naquele momento.
E aí entra em ação o agente de Pastroral Juiz e
policial, aquele que fica só de olho no que o irmão faz, para critica-lo, ainda
mais se ele está aparecendo muito naquilo que faz: Judas Iscariotes, um irmão
da comunidade mas que não era flor que se cheirasse, sempre arredio,
misterioso, tomava conta da "bolsa" mas metia a mão sempre que podia.
Pessoa calculista que sempre está pensando no que ele pode ganhar com a
situação. O argumento, cheio de hipocrisia, foi o de que aquele dinheiro
poderia ser ofertado aos pobres. Um detalhe importante, para chegar aos pobres
o dinheiro primeiro teria que passar pelas suas mãos e daí....bom, o leitor já
pode imaginar o resto da história...
Maria, uma mulher generosa, exemplo de agente de
pastoral, que se entrega totalmente por amor a Cristo e a sua igreja, dá o que
tem de melhor e mais valioso, manifestando amor Aquele que irá também dar o que
tem de melhor e mais valioso á humanidade: a sua Vida.
Judas, mesquinho, interesseiro, calculista, tipo
de agente de pastoral que FAZ, mas CONTROLA, Faz mas quer sempre mandar
no pedaço, FAZ mas quer sempre ser consultado e não admite nem que
o padre tome decisões sem ouvi-lo. Não olhemos no passado, mas para nossas
comunidades onde MARIA e Judas estão dentro de nós, eu e todos vocês, quantas
vêzes agimos assim, talvez como Maria, dando á pastoral ou ao movimento, o
melhor de nós, mas também quantas vêzes, a gente tem o comportamento de Judas,
então ...não projetemos Judas nos outros, mas olhemos para nós, e
peçamos ao Senhor que nesta Semana Santa, nossos atos e palavras consigam
impregnar a toda comunidade com o doce e suave odor de Jesus Cristo, para que a
nossa comunidade, como Betânia naquele dia, exale o doce aroma do amor doação,
gratuito e incondicional.
"Nós vos adoramos Senhor Jesus, e vos
bendizemos, porque pela vossa Santa Cruz remistes o mundo"
2. UMA
PREOCUPAÇÃO SUSPEITA
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe.
Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e
disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).
A preocupação de Judas Iscariotes pelos pobres
foi posta sob suspeita pelo evangelista e reforçada por Jesus. O evangelista
interpretou como ganância a preocupação do companheiro com o desperdício do
nardo puro e precioso usado por Maria para ungir os pés do Mestre. Isto por que
era Judas quem cuidava das finanças do grupo, e estava habituado a roubar as
ofertas que eram dadas para o sustento de todos.
Por sua vez, Jesus alertou os discípulos: teriam
sempre a possibilidade de fazer o bem aos pobres, não teriam, porém, a chance
de partilhar de sua presença para sempre. O momento da partida estava para
chegar.
O Mestre revelou aos seus discípulos o valor
simbólico do gesto de Maria. Ela estava antecipando o que deveria acontecer no
sepultamento de Jesus, ungindo o corpo que seria colocado no túmulo. Afinal,
havendo de padecer a morte dos pobres, sem nem mesmo ter um túmulo para ser
sepultado, Maria estava suprindo o gesto de piedade de que seria privado.
Sobretudo, Judas não se dava conta de estar
convivendo com Jesus, cuja opção era ser pobre e viver como pobre. Não só, o
Mestre buscava sempre a convivência com os pobres, com os quais se mostrava
solidário. Portanto, a censura de Judas a Jesus não tinha cabimento. O Mestre
sabia muito bem o que estava fazendo, e o sentido de tudo o que estava
acontecendo. O discípulo é que estava obcecado pela malícia.
Oração
Pai, tira de mim toda malícia que me impede de
compreender, em profundidade, os gestos de Jesus, o qual se fez pobre entre os
pobres, e morreu como um deles.
Fonte: NPD Brasil em 25/03/2013
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
1. A casa encheu-se do aroma do perfume
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro
da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal
Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)
Em Betânia, numa refeição, seis dias antes da Páscoa, Maria,
irmã de Lázaro, prepara o corpo de Jesus para a sepultura. Ele o unge com um
perfume de nardo puro e caro. O bom aroma da vida e da ressurreição enche toda
a casa. Lázaro, recém-saído do sepulcro, lá estava. No seu túmulo, o odor foi
de decomposição. A morte parecia ter vencido. Aqui, o aroma é perfumado. A vida
está vencendo, embora a luta com as forças da morte continue em ação. Os sumos
sacerdotes decidiram também matar Lázaro. Parecem não estar interessados em
nenhuma ressurreição, nem na passageira, de Lázaro, nem na definitiva, de
Jesus.
HOMILIA DIÁRIA
Postado por: homilia
março 25th, 2013
Nosso Senhor amava Lázaro, Marta e Maria. Ele
volta a Betânia seis dias antes da Páscoa. Jesus visita novamente os seus
amigos de Betânia. Comove ver como o Senhor tem esta amizade, tão divina e tão
humana, que se manifesta num convívio frequente.
Cristo Jesus sempre foi muito bem recebido por
Lázaro, Marta e Maria – em qualquer dia e a qualquer hora – com alegria e
afeto. Havia grande respeito, atenção e caridade entre eles.
Assim como Lázaro, Marta e Maria, que recebiam o
Senhor em sua casa com alegria e amor, abramos também o nosso coração para
recebê-Lo.
São milhares aqueles que negam hospedagem para
Cristo em seus corações, mas escancara-os para o mundo e suas vaidades. Esses
vivem com a alma cheia de vícios. A alma, sem a presença de seu Deus e dos anjos
que nela jubilavam, cobre-se com as trevas do pecado, de sentimentos
vergonhosos e de completa ignomínia.
“Ai da alma se lhe falta Cristo! Que a cultive
com diligência para que possa germinar os bons frutos do Espírito! Deserta,
coberta de espinhos e de abrolhos, terminará por encontrar, em vez de frutos, a
queimada. Ai da alma, se seu Senhor, o Cristo, nela não habitar! Abandonada,
encher-se-á com o mau cheiro das paixões, virará moradia dos vícios”, diz São
Macário.
Era costume da hospitalidade do Oriente honrar um
hóspede ilustre com água perfumada depois de se lavar. Mas mal sentou-se Jesus,
Maria tomou um frasco de alabastro que continha uma libra de perfume muito
caro, de nardo puro. Aproximou-se por detrás do divã onde estava recostado
Jesus e ungiu os seus pés e secou-lhes com os seus cabelos. Trata-se de Maria
Madalena que, pela segunda vez, unge o corpo santíssimo do nosso Divino
Salvador.
O nardo era um perfume raríssimo, de grande
valor, que ordinariamente se encerrava em pequenos vasos de boca estreita e
apertada. Quebrar este vaso e derramar o conteúdo sobre a cabeça de alguém,
era, entre os antigos, sinal de grande honra e distinção.
Maria ofereceu o melhor para Jesus. Ela não
ofereceu um perfume barato, mas o melhor e o mais caro. E você? O que tem
oferecido ao seu Senhor?
Façamos também nós o mesmo: ofereçamos a Nosso
Senhor aquilo que temos de melhor e precioso. O melhor cálice, a mais bela
patena, o mais piedoso ostensório, os melhores paramentos, a nossa vida, tudo o
que somos e temos, pois todo o luxo, majestade e beleza são poucos perante a
tamanha grandeza de Jesus, nosso Mestre.
A Jesus Cristo, nosso Rei e Senhor, toda honra,
louvor, adoração e domínio pelos séculos dos séculos. Amém.
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova em 25/03/2013
Oração Final
Pai Santo, faze-nos generosos como Maria, capazes
de aliviar a dor dos peregrinos do caminho com a boa notícia de que o teu Reino
de Amor já mora em nós, ainda que não em plenitude, mas onde um dia estaremos
com o Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do
Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 25/03/2013
ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, faze-nos generosos
como Maria, capazes de aliviar a dor dos peregrinos do caminho com a boa
notícia de que o teu Reino de Amor já mora em nós, ainda que não em plenitude,
mas onde um dia estaremos com o Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, que
contigo reina na unidade do Espírito Santo.

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