
A igreja no Brasil, instituiu o dia
8 de outubro como o
Dia do Nascituro, dia
especialmente
dedicado àquela pessoa
que ainda no ventre
materno deve
ser respeitada na sua
integridade.
A Semana da Vida, comemorada do dia 1 a 07 de
outubro, é uma ocasião especial para colocar em evidência o valor e a beleza
desse Dom precioso que de Deus recebemos. De modo especial para salientar o
valor sagrado da vida humana e da sua dignidade, sem nos esquecermos de todas
as demais dimensões que esta abrange. Diante de tantas ameaças que atualmente a
vida vem sofrendo é nossa missão reafirmar sua importância inestimável. Ela é o
fundamento sobre o qual se apoiam todos os demais valores.
Mas quem é o Nascituro?
É aquele ser humano que está no ventre materno antes que a Mãe lhe dê à luz.
Este possui o direito de ser respeitado na sua integridade. Tem dignidade como
a de qualquer pessoa já nascida.
Por que o tema: "Vida, Ecologia Humana e Meio Ambiente"
A carta encíclica do Papa João Paulo II, Centesimus Annus, nos números 38 e 39,
traz uma proposta que foi um pouco esquecida. O Papa fala da necessidade de uma
ecologia humana. Nós demoramos 200 anos para entender que não é possível
utilizar todo o poder técnico de que dispomos para depredar a natureza, porque
a natureza tem a sua própria finalidade, que deve ser respeitada. Respeitar as
águas dos rios, as florestas, as espécies animais, o ar, é fundamental. Do
mesmo modo, nós devemos entender que é necessário respeitar limites quando se
trata da existência humana. A ecologia humana significa uma atenção para
preservar a dignidade. Para preservar especificamente o humano do homem. Para
que o homem não vire um animal, onde se devora um ao outro.
Bento XVI na Mensagem para o Dia Mundial da Paz de 2007, recordou que "a
destruição do meio ambiente, um uso impróprio ou egoísta do mesmo e a
apropriação violenta dos recursos da terra... são fruto de um conceito desumano
de desenvolvimento. Com efeito, um desenvolvimento que se limitasse ao aspecto
técnico-econômico, esquecendo a dimensão moral-religiosa, não seria um
desenvolvimento humano integral e terminaria, ao ser unilateral, por incentivar
as capacidades destruidoras do homem" (n. 9).
Ao enfrentar os desafios apresentados pela tutela do meio ambiente e do
desenvolvimento sustentável, somos chamados a promover e a "salvaguardar
as condições morais para uma autêntica "ecologia humana" (Centesimus
annus, 38). Isto, por sua vez, exige um relacionamento responsável não somente
com a criação, mas inclusive com o nosso próximo, de perto e de longe, no
espaço e no tempo, mas também com o Criador.
Por que motivo a vida é um bem?
No homem, criado à imagem e semelhança de Deus, reflete-se, em cada fase da sua
existência, "o rosto do seu Filho Unigênito... Este amor ilimitado e quase
incompreensível de Deus pelo homem revela até que ponto a pessoa humana seja
digna de ser amada por si mesma, independentemente de qualquer outra
consideração: inteligência, beleza, saúde, juventude, integridade, etc. Numa
palavra, a vida humana é sempre um bem, porque "ela é, no mundo,
manifestação de Deus, sinal da sua presença, vestígio da sua glória" (cf.
Evangelium vitae, 34; Dignitas Personae, 8).
A vida ameaçada pelas forças do mal (Ap 12,4)
João Paulo II, profeta da vida, escreveu na Carta às Famílias, que nos
encontramos defronte a uma enorme ameaça contra a vida: não apenas dos simples
indivíduos, mas também de toda a civilização. A afirmação de que esta
civilização se tornou, sob alguns aspectos, "civilização da morte",
recebe assim uma inquietante confirmação. E não será porventura um evento
profético o fato de o nascimento de Cristo ter sido acompanhado do perigo para
a sua existência? Sim, também a vida d'Aquele que é ao mesmo tempo filho do
homem e filho de Deus, esteve ameaçada, esteve em perigo desde o início, e só
por milagre evitou a morte.
Nos últimos decênios, todavia, notam-se alguns sintomas reconfortantes de um
despertar das consciências: isto verifica-se tanto no mundo do pensamento como
na própria opinião pública. Especialmente nos jovens, cresce uma nova
consciência do respeito pela vida desde a concepção até o seu declínio natural;
difundem-se as comissões de bioética e de defesa da vida, os movimentos
pró-vida (pro life). É um fermento de esperança para o futuro da família e da
inteira humanidade (cf. n. 21). "É urgente uma grande oração pela vida,
que atravesse o mundo inteiro" (Evangelium Vitae, 100)
Durante a "Semana Nacional da vida" aconteceram nas diversas dioceses
e comunidades do Brasil várias iniciativas em favor da vida, organizadas por
paróquias, associações e grupos de trabalho da Igreja Católica, mas também de
outras confissões cristãs ou não cristãs, pois, "o Evangelho da vida não é
exclusivamente para os crentes: destina-se a todos" (EV 101).
Fonte: http://www.pastoraldacrianca.org.br
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