domingo, 24 de agosto de 2025

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 24/08/2025

ANO C


21º DOMINGO DO TEMPO COMUM

Ano C – Verde

VOCAÇÃO PARA OS MINISTÉRIOS E SERVIÇOS NA COMUNIDADE

“Enviarei mensageiros para os povos” Is 66,19

Lc 13,22-30

Ambientação

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: “Encorajamento”, “Fazei todo esforço”, com estas palavras o Senhor, por meio de sua palavra, nos mostra a possibilidade de vivermos seu plano de amor e de não desistirmos de seu ideal para nós.
https://diocesedeapucarana.com.br/storage/105258/21-domingo-tempo-comum-ano-C-24-AGOSTO-2025.pdf

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: Irmãos e irmãs, o Senhor Deus convida a todos para a sua mesa, onde oferece sua Palavra e seu Corpo e Sangue para o nosso sustento e nossa salvação. Louvado seja Deus pelo seu infinito amor! Que possamos anunciar o amor que aqui celebramos onde estivermos, cumprindo a vocação de peregrinos de esperança neste mundo.
https://arquisp.org.br/wp-content/uploads/2025/06/Ano-49C-48-21o-DOMINGO-DO-TEMPO-COMUM.pdf

CHAMADOS A DAR TESTEMUNHO NESTE MUNDO

Ouvimos o profeta Isaías da primeira Leitura da Missa: “Eu virei reunir todos os povos de todas as línguas; todos comparecerão para ver a minha glória”: trata-se de uma grandiosa chamada à fé e à salvação de todos os povos, sem distinção de língua, condição ou raça. Esta profecia se realizará plenamente com a chegada do Messias, Jesus Cristo.
No Evangelho, São Lucas diz que alguém perguntou a Jesus: “Senhor, são poucos os que se salvam?” Jesus não quis responder diretamente. Foi mais longe e fixou se no essencial: “Entrai pela porta estreita...” E a seguir ensina que, para entrar no Reino do Céu não é suficiente pertencer ao Povo eleito nem alimentar uma falsa confiança n'Ele: “Então começareis a dizer: Nós comemos e bebemos na tua presença, e tu ensinaste nas nossas praças. E ele vos dirá: Apartai-vos de mim, todos os que praticais a iniquidade...” Não bastam esses privilégios divinos; é necessária a fé com obras. Todos somos chamados a ir para o Céu, o Reino definitivo de Cristo. Foi para isso que nascemos, porque “Deus quer que todos os homens se salvem.” “E virão muitos do Oriente e do Ocidente, do Norte e do Sul, e se sentarão à mesa no reino de Deus.” Esta profecia já se cumpriu, e, ao mesmo tempo, são muitos os que ainda não conhecem o rosto de Cristo; é possível que muitos tenham ouvido falar d'Ele, mas na realidade não o conhecem.
Todos os cristãos, de qualquer idade ou condição, em todas as circunstâncias em que se encontrem, são chamados a dar testemunho de Cristo em todo o mundo.
O desejo de aproximar as pessoas do Senhor não nos leva a fazer coisas estranhas ou chamativas, e muito menos a descurar os deveres familiares, sociais e profissionais. É precisamente nas relações humanas normais que encontramos o campo para uma ação apostólica muitas vezes silenciosa, mas sempre eficaz. No meio do mundo, no lugar em que Deus nos colocou, devemos levar os outros a Cristo: com o exemplo, mostrando coerência entre a nossa fé e as obras; com a alegria constante; com a serenidade perante as dificuldades; por meio da palavra que anima sempre e que mostra a grandeza e a maravilha de encontrar e seguir Jesus. “Ide pelo mundo inteiro e pregai o Evangelho a todas as criaturas”, lemos no Salmo responsorial. São palavras de Cristo bem claras: Ele não exclui nenhum povo ou nação, nenhuma pessoa, da tarefa que os seus discípulos devem realizar em todas as épocas.
O Papa Leão XIV, na primeira missa depois de sua eleição disse: “Este é o mundo que nos foi confiado, e no qual, como muitas vezes o Papa Francisco ensinou, estamos chamados a dar testemunho da fé gozosa em Jesus Salvador.” O Senhor quer servir-se de nós para iluminar a vida de muitas pessoas. Pensemos hoje naqueles que estão mais perto de nós e comecemos por eles, sem nos importarmos de que, às vezes, pareça que somos poucos para tudo o que é preciso fazer. O Senhor multiplicará as nossas forças, e a nossa Mãe Santa Maria, Rainha dos Apóstolos, converterá em semente prodigiosamente fecunda a nossa ação apostólica constante, paciente, audaz.
D. Carlos Lema Garcia
Bispo Auxiliar de São Paulo
Vigário Episcopal para a Educação e Universidades
https://arquisp.org.br/wp-content/uploads/2025/06/Ano-49C-48-21o-DOMINGO-DO-TEMPO-COMUM.pdf

Comentário do Evangelho

A Porta Estreita e o Caminho da Salvação


A liturgia deste domingo traz como tema a entrada no Reino de Deus, simbolizado nas Escrituras por um grande banquete de casamento. Este é o tempo messiânico, um período de plenitude que celebra a aliança entre Deus, o noivo, e seu povo, a noiva. O Messias, por meio de sua ressurreição, já se encontra à mesa, esperando por aqueles que responderão ao Seu chamado. O anúncio dessa era messiânica foi feito, especialmente, na profecia de Isaías. Ela é caracterizada pela união de todos os povos, que são atraídos pela glória de Deus (primeira leitura). Este é um momento de alegria, pois é tempo de reconciliação e unidade. Todos poderão levar suas oferendas à casa do Senhor, em Jerusalém, como sinal de gratidão e reconhecimento da grandeza divina.
Participar desse banquete messiânico exige uma conversão de vida e perseverança nos caminhos do Senhor. É necessário permitir que Ele nos corrija, ultrapassando as dificuldades e sofrimentos, para alcançar a paz e a justiça, que são o prêmio para os constantes (segunda leitura). Devemos permitir ao Senhor curar nossas “mãos enfraquecidas e joelhos vacilantes”, que representam as lutas diárias, o trabalho árduo e o cansaço da oração, para que possamos permanecer firmes em nossa caminhada de fé.
No evangelho, Jesus segue para Jerusalém, o local onde o Reino de Deus se revelará em sua plenitude. Alguém lhe pergunta se são poucos os que se salvam, uma questão frequente entre os círculos religiosos judeus, especialmente entre os grupos apocalípticos. O acesso ao Reino não depende de privilégios de raça ou religião, mas requer um esforço pessoal para abraçar as exigências do discipulado. Este esforço é simbolizado pela porta estreita, uma pequena passagem, que representa a última chance de entrar na cidade quando sua grande porta principal é fechada.
A intimidade com Jesus, seja por meio das refeições ou da escuta de suas pregações, não é um critério para reivindicar o Reino. O Mestre rejeita essa ideia, pois praticar a injustiça não está alinhado com a verdadeira comunhão com Ele. É essencial viver autenticamente a Sua vida, especialmente praticando a justiça e a comunhão com os mais humildes. O sofrimento e o desespero daqueles que acreditavam estar seguindo os mandamentos, mas viveram uma fé sem compromisso, revelam aqueles que ficaram de fora do banquete final, onde estarão os patriarcas e profetas (Isaías 25,6-8).
Esse banquete tem um alcance universal, reunindo pessoas de todos os cantos do mundo. Aqueles que, à primeira vista, eram os últimos — como os pobres, os desprezados, os pecadores e os excluídos — terão a primazia no Reino. Já os doutores da Lei, escribas e fariseus, que se consideravam privilegiados mas se fecharam ao anúncio do Reino, terão que aceitar os últimos lugares, dependendo exclusivamente da misericórdia de Deus. Busquemos a nossa salvação vivendo uma fé autêntica, comprometida com os valores do Reino, para alcançá-lo definitivamente.
https://catequisar.com.br/liturgia/a-porta-estreita-e-o-caminho-da-salvacao/

Reflexão

Enquanto Jesus continua sua viagem a Jerusalém, alguém preocupado com a salvação lhe pergunta quem pode salvar-se. O Mestre não responde à questão, mas mostra o caminho que leva à salvação. Ele orienta seus seguidores sobre o que é necessário para “passar pela porta” e participar do seu Reino. A “porta estreita” traz à lembrança a “cruz de Cristo”, único ingresso para participar do “banquete messiânico”. Muitos tentam entrar pela porta, mas não conseguem, porque não seguem a prática da justiça. Eis a chave que abre as portas para o Reino de Deus: a prática da justiça. Quem injustamente vai acumulando bens e riquezas não conseguirá passar pela porta, pois ela é estreita. Não adianta dizer que rezou bastante, que ouviu as palavras do Mestre ou participou de refeições com ele. A salvação não depende do fator étnico ou religioso. Ela é uma proposta para todos. Para isso, é necessária a vivência da justiça, que provoca relações de fraternidade e de partilha, base de uma nova sociedade.
(Dia a Dia com o Evangelho 2025 - PAULUS)
https://www.paulus.com.br/portal/liturgia-diaria/24-domingo-11/

Reflexão

«Senhor, é verdade que são poucos os que se salvam?»

Rev. D. Pedro IGLESIAS Martínez
(Ripollet, Barcelona, Espanha)

Hoje, o Evangelho situa-nos diante o tema da salvação das almas. Esse é o núcleo da mensagem de Cristo e a “lei suprema da Igreja” (assim o afirma o Código de Direito Canônico). A salvação da alma é uma realidade enquanto é um dom de Deus, mas para quem ainda não tem ultrapassado os limites da morte é apenas uma possibilidade. Salvar-nos ou condenar-nos, ou seja, aceitar ou rejeitar a oferta do amor de Deus pela eternidade toda.
Santo Agostinho dizia que «se tornou digno dum mal eterno aquele que em si destruiu um bem que poderia ser eterno». Nesta vida existem apenas duas possibilidades: com Deus ou, a nada, porque sem Ele nada tem sentido. Desse jeito, vida, morte, alegria, dor, amor, etc. são conceitos que não tem lógica quando não participam do ser de Deus. Quando o homem peca, esquiva o olhar do Criador e centra o seu olhar em si mesmo. Deus olha incessantemente com amor o pecador e, para não forçar sua liberdade, espera um mínimo gesto de vontade de retorno.
«Senhor é verdade que são poucos os que se salvam?» (Lc 13,23). Cristo, não responde à pergunta. Então a pergunta fica sem resposta, e também hoje, pois «é um mistério inescrutável entre a santidade de Deus e a consciência do homem. O silêncio da “Igreja é, pois, a única posição do cristão» (João Paulo II). A Igreja não fala sobre os que habitam o inferno, mas —baseando-se nas palavras de Jesus Cristo— fala sobre sua existência e sobre o fato de que haverá condenados no juízo final. E todo aquele que negar isso, seja clérigo ou laico, incorre em heresia.
Somos livres para tornar o olhar com nossa alma ao Salvador e, também somos livres para obstinar-nos na sua rejeição. A morte petrificará essa opção pela eternidade toda...

Pensamentos para o Evangelho de hoje

- «O Cristiano não é questão de persuasão, senão de grandeza» (Santo Inácio de Antioquia)

- «A igreja não cresce por proselitismo senão “por atração”» (Francisco)

- «Entra-se na oração como se entra na liturgia: pela porta estreita da fé. Através dos sinais da sua presença, é a face do Senhor que nós buscamos e desejamos, é a sua palavra que nós queremos escutar e guardar» (Catecismo da Igreja Católica, n° 2656)
https://evangeli.net/evangelho/feria/2025-08-24

Reflexão

O mito do “progresso”

REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)
(Città del Vaticano, Vaticano)

Hoje, a menção que Jesus faz da “porta estreita” questiona o “mito do progresso”. As ideologias —demolida a esperança no mais além— impõem o progresso como norma para o obrar político e humano em geral. Porém, nos últimos anos se obtiveram grandes progressos (tecnológicos, científicos), continua atual a ambivalência deste progresso: este ameaça a criação, que é a base da nossa existência.
Resulta indispensável orientar o progresso segundo critérios morais. Mais que nada, devemos considerar que o progresso estende-se à relação do homem com o mundo material, mas isso não deve dar lugar —como o marxismo e o liberalismo ensinavam— ao novo homem, à nova sociedade. O homem como homem continua sendo igual, tanto nas situações primitivas quanto nas tecnicamente desenvolvidas. O ser homem volta a começar do zero com cada ser humano.
—Jesus, tu assinalaste-nos o caminho do crescimento humano desde a Cruz e no horizonte da eternidade.
https://evangeli.net/evangelho-master/feria/2025-08-24

Comentário do Evangelho

Esforçai-vos por entrar pela porta estreita. Pois eu vos digo que muitos tentarão entrar e não conseguirão


Hoje, somos testemunhas de uma pergunta inútil (típica da curiosidade humana) e, simultaneamente, de uma resposta profunda (a de Deus). Que nos importa a nós se são muitos ou poucos os que se salvam? Será que as “estatísticas” nos vão salvar?
- O que verdadeiramente importa é amar com obras e de verdade. Ah!, e com esforço, porque os “amores fáceis” não funcionam (consulta as estatísticas mais recentes!).
https://family.evangeli.net/pt/feria/2025-08-24

HOMILIA

A PALAVRA: DOS OUVIDOS AO CORAÇÃO!

Uma vez mais, Deus, por sua Palavra, nos confidencia sua paixão pela humanidade. Não quer que alguém fique excluído, por ignorância, de seu Reino universal. Eu “virei para reunir todos os povos e línguas; eles virão e verão minha glória”. Enviará mensageiros “para aquelas (terras) que ainda não ouviram falar em mim e não viram minha glória”. Esses novos povos “como os filhos de Israel, levarão sua oferenda em vasos purificados para a casa do Senhor”. O que não se permitia até então, agora, “escolherei dentre eles (não judeus) alguns para serem sacerdotes e levitas”; quer todos a seu serviço a torná-lo conhecido até os confins da terra.
Nos tempos de Jesus, não era diferente o coração do Pai nem o dele. Mas o Evangelho parece desmentir. À pergunta, se eram poucos os que se salvavam, Jesus não responde diretamente, pois saber disso não traria vantagem alguma a ninguém. Mas Jesus vai direto ao que unicamente interessa ao que perguntou e a todo ser humano: “Fazei todo esforço possível para entrar pela porta estreita. Porque muitos tentarão entrar e não conseguirão”.
E continua: quando a porta do Reino já estiver fechada, alguém de fora que peça para abri-la, receberá a resposta: “Não sei de onde sois”. E à insistência de quem bate, “nós comemos e bebemos diante de ti, e tu ensinaste em nossas praças!”, a resposta será mais grave: “Não sei de onde sois. Afastai-vos de mim, todos vós que praticais a injustiça”.
A palavra de Jesus é profética, quer ir até o coração, e colocar cada ouvinte diante da mais pura e única verdade: Como está sua vida? Como está seu coração? Comer e beber, ou seja, viver ao lado de Jesus, até vê-lo pregando nas praças, isso de nada serve se minha verdade é: sou praticante da injustiça, sou maldoso em meus relacionamentos.
Certamente os “muitos” que tentam entrar, mas não conseguem pela porta estreita, não é estatística, mas palavra forte de Jesus para impressionar e tocar algum coração fechado que o ouvia, ou o ouviria pelos tempos afora. Pretendia só isto: veja bem se você está no caminho certo, buscando o Reino pela porta estreita da prática do bem. Se está ainda fora, por que não entrar imediatamente no caminho certo?
E outro sinal de que o Pai faz de tudo para nos ter consigo são suas repreensões, “pois o Senhor corrige a quem Ele ama e castiga a quem aceita como filho”. “É para a educação que sofreis, e é como filhos que Deus vos trata. Pois qual é o filho a quem o pai não corrige?” Ele quer acertar nossos passos na porta estreita “para que não se extravie o que é manco, mas antes seja curado”.
Pe. Domingos Sávio, C.Ss.R.
https://www.a12.com/reze-no-santuario/deus-conosco?data=24%2F08%2F2025&leitura=homilia

Coleta
— OREMOS: Ó DEUS, que unis os corações dos vossos fiéis num único desejo, concedei ao vosso povo amar o que ordenais e esperar o que prometeis, para que na instabilidade deste mundo nossos corações estejam ancorados lá onde se encontram as verdadeiras alegrias. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos. Amém.
https://www.a12.com/reze-no-santuario/deus-conosco?data=24%2F08%2F2025&leitura=meditacao

Nenhum comentário:

Postar um comentário