quinta-feira, 5 de dezembro de 2024

COLETÂNEA DE HOMÍLIAS DIÁRIAS, COMENTÁRIOS E REFLEXÕES DO EVANGELHO DO DIA, DE ANOS ANTERIORES - 05/12/2024

ANO C


Mt 7,21.24-27

Comentário do Evangelho

O caminho para Jesus é a prática do bem

A fala inicia-se com uma contundente antítese entre o louvor que enche de satisfação o fiel e a exigência da prática perseverante da vontade do Pai do céu, revelada nas palavras e no testemunho de Jesus. As invocações, as profecias, a expulsão de demônios, os milagres não são o caminho para a união com Deus. O caminho é a prática da justiça, da fraternidade, da partilha, tudo a serviço da vida, principalmente dos mais desamparados, empobrecidos e excluídos.
Muitos que realizam ações extraordinárias, desdobrando-se em louvores ao Senhor, na realidade estão buscando sua própria glória e prestígio, como os fariseus que faziam longas orações diante do povo para se aparentarem como piedosos e justos.
O primado do "fazer a vontade do Pai" como sendo o caminho para a união com Deus é uma característica do evangelho de Mateus e, principalmente, do evangelho de João. Fazer a vontade do Pai resulta em transformar-se em sede da morada do Pai e do Filho com a participação na vida eterna.
José Raimundo Oliva
Oração
Espírito que move a praticar a Palavra, que eu não proclame minha fé só com a boca, e sim, com a plena vivência da vontade do Pai celeste, expressa nas palavras de Jesus.
Fonte: Paulinas em 06/12/2012

Comentário do Evangelho

Ouvir e pôr em prática

Nossa perícope é a conclusão do discurso denominado “Sermão da Montanha” (MT 5–7). Não são as muitas palavras ou o louvor estéril que caracterizam o discípulo, mas o seu engajamento afetivo e efetivo em realizar a vontade de Deus: “Nem todo aquele que me diz: ‘Senhor! Senhor!’, entrará no Reino dos Céus, mas só aquele que põe em prática a vontade de meu Pai que está nos céus” (v. 21). Trata-se de ouvir e pôr em prática a palavra do Senhor, pois, de alguma maneira, nesta palavra de vida está a vontade de Deus para cada um. É esse dinamismo de escuta e prática da palavra do Senhor que dá solidez à Igreja, comunidade dos discípulos, “que construiu sua casa sobre a rocha” (v. 24) da fé.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, livra-me de reduzir minha adesão a Jesus a mero palavreado. Ajuda-me a transformar os ensinamentos dele em norma de vida. Assim estarei fazendo a tua vontade.
Fonte: Paulinas em 05/12/2013

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

O HOMEM PRUDENTE EDIFICOU SUA CASA SOBRE A ROCHA


A mera declaração de fé ou o culto não são suficientes para entrar no Reino dos Céus. O critério de Jesus é a prática da vontade de Deus. Ele dá dois exemplos: praticar ou não praticar a Palavra de Deus. Tudo está qualificado pelo Dia do Senhor (v. 22), como é próprio da primeira parte do Advento.
No primeiro caso, a pessoa é comparada a alguém que constrói a casa sobre a rocha (petra). Em 16,18, Jesus diz que sobre a rocha, que é a profissão de fé de Pedro, é que a Igreja será edificada. Essa casa, edificada sobre a fé de todos os seus membros e que cumpre a Palavra de Deus, não se despedaça nas dificuldades e perseguições.
Cumprir a Palavra é viver segundo a justiça do Reino, apresentada nas bem-aventuranças e em todo o Sermão da Montanha. Não basta profetizar, fazer milagres ou expulsar demônios em nome de Jesus. Falta o essencial: a vivência do amor. A mensagem do Reino de Deus é terreno firme, é rocha estável sobre a qual se pode construir uma vida, se pode arriscar tudo por causa dela. O insensato constrói a casa sobre a areia. Ela é destruída pela primeira enxurrada.
Dom Paulo Jackson Nóbrega de Sousa
Fontes: Catequisar e Comece o Dia Feliz em 07/12/2023

Vivendo a Palavra

Não vale falar e não realizar. Não poucas vezes nós somos tentados a dizer belos discursos, orações inspiradas, mas nos esquecemos de cuidar dos irmãos que estão ao nosso lado na caminhada. Ouçamos o que o Mestre ensina, mais uma vez: o Amor é o que o Amor faz e não o que o Amor diz.
Fonte: Arquidiocese BH em 06/12/2012

Vivendo a Palavra

O Mestre apresenta a essência do seu Manual do Construtor. A obra, para ser firme e duradoura, deve ser cuidada desde as fundações. Assim, a construção da nossa existência nesta terra deve se assentar em terreno bom – a rocha que é a Palavra do Senhor, ouvida, acolhida e praticada, seguindo Jesus de Nazaré.
Fonte: Arquidiocese BH em 05/12/2013

VIVENDO A PALAVRA

Precisamos ouvir a Palavra, para conhecê-la e proclamá-la. Estas são ações necessárias, mas não suficientes. Jesus ressalta hoje que para entrar no Reino do Céu é condição também colocar a Palavra em prática: mergulhar a nossa existência no Amor de Deus-Pai, isto é, aprender com Jesus de Nazaré o jeito de nos relacionarmos com nós mesmos, com os irmãos e com a natureza.
Fonte: Arquidiocese BH em 07/12/2017

VIVENDO A PALAVRA

Não vale falar e não realizar. Não poucas vezes nós somos tentados a dizer belos discursos, orações inspiradas, mas nos esquecemos de cuidar dos irmãos que estão ao nosso lado na caminhada. Ouçamos o que o Mestre ensina, mais uma vez: o Amor é o que o Amor faz; e não o que o Amor diz.
Fonte: Arquidiocese BH em 06/12/2018

VIVENDO A PALAVRA

Já quase ao apagar das luzes do ‘Sermão da Montanha’, nosso Mestre apresenta a essência do seu Manual do Construtor: a obra, para ser firme e duradoura, deve ser cuidada desde as fundações. Assim, a construção da nossa existência nesta terra deve se assentar em terreno bom – a rocha que é a Palavra do Senhor encarnada em Jesus de Nazaré. Ele é que deve ser o nosso Caminho, Verdade e Vida.
Fonte: Arquidiocese BH em 05/12/2019

VIVENDO A PALAVRa

Precisamos ouvir, para conhecer e proclamar a Palavra de Deus. Tudo isto é bom e necessário, certamente, mas não basta, nem é suficiente. Jesus ressalta hoje que para entrar no Reino do Céu a condição é colocar a Palavra em prática, isto é, mergulhar a existência – que significa todos os nossos relacionamentos, sejam eles com nós mesmos, com o próximo ou com a Natureza –, no oceano do Amor de Deus. Esse é o Caminho da Felicidade. Simples, assim!
Fonte: Arquidiocese BH em 03/12/2020

Reflexão

Somente quem faz a vontade do Pai que está nos céus irá participar plenamente do seu Reino. Jesus veio até nós para nos revelar quem é o Pai, assim como a sua vontade, para que, a partir do seu conhecimento, pudéssemos praticá-la e participar conscientemente do Reino. Por isso, todos os que desejam a vida eterna devem fundamentar a sua existência na palavra de Jesus e procurar viver segundo os valores que ele pregou no Evangelho, colocando em prática a vontade do Pai, que Jesus, ao se fazer homem e vir ao mundo, revelou para todos nós.
Fonte: CNBB em 06/12/2012 05/12/2013

Reflexão

Se nossas palavras, também nossos louvores a Deus, não forem acompanhados de boas obras em favor do próximo, estamos nos iludindo. Jesus acaba de nos avisar: o que conta é assumir compro- misso com a palavra dele e fazer a vontade do Pai celeste. E qual é a sua vontade? É exatamente o que Jesus realizou e nos deixou como exemplo e exigência. Ele próprio dizia: “Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância” (Jo 10,10). É socorrer o necessitado, erguer o caído, curar o ferido, consolar o aflito. É usar de misericórdia com aquele que precisa de mim. Cada boa obra é como um tijolinho que vamos alinhando na construção de nossa casa (vida) sobre rocha inabalável (Cristo). Com qual “alicerce” estou construindo a minha vida?
(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 06/12/2018

Reflexão

Não faltam, em nossa sociedade, os eloquentes discursos e as promessas que impressionam. Na comunidade cristã, é possível encontrar alguém que, com sua capacidade de orar e comunicar-se, ou pelos conhecimentos sobre bíblia ou religião, arranque lágrimas do auditório. Por vezes, não passam de palavras vazias, infecundas. Esta é a atitude do homem sem juízo. O que conta é transformar as boas intenções em atitudes concretas que venham beneficiar a própria pessoa e a comunidade: amar, servir, partilhar, ser fiel, viver como Jesus viveu. Esta é a escolha do homem prudente, que edifica sua casa sobre a rocha, isto é, vive segundo a vontade de Deus. Nenhuma tempestade será capaz de derrubar a sua construção.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 05/12/2019

Reflexão

Se nossas palavras, também nossos louvores a Deus, não forem acompanhados de boas obras em favor do próximo, estamos nos iludindo. Jesus acaba de nos avisar: o que conta é assumir compromisso com a palavra dele e fazer a vontade do Pai celeste. E qual é a sua vontade? É exatamente o que Jesus realizou e nos deixou como exemplo e exigência. Ele próprio dizia: “Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância” (Jo 10,10). É socorrer o necessitado, erguer o caído, curar o ferido, consolar o aflito. É usar de misericórdia com aquele que precisa de mim. Cada boa obra é como um tijolinho que vamos alinhando na construção de nossa casa (vida) sobre a rocha inabalável (Cristo). Com qual “alicerce” estou construindo a minha vida?
Oração
Ó Jesus, deixaste claro que não basta invocar teu nome para entrar no Reino dos Céus. O que conta é cumprir a vontade do teu e nosso Pai celeste. Queremos, pois, ouvir e pôr em prática tuas palavras, certos de que estaremos edificando nossa vida sobre base sólida e perene. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2020 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp (dias de semana) Pe. Nilo Luza, ssp (domingos e solenidades))
Fonte: Paulus em 03/12/2020

Reflexão

O texto é a conclusão do Sermão da Montanha, primeiro e grande ensinamento de Jesus no Evangelho de Mateus. A vida do cristão precisa ser construída sobre as palavras desse sermão, mais precisamente sobre as bem-aventuranças, para que seja firme e sólida e resista às tempestades e incompreensões. A pedra fundamental, na qual podemos confiar e sobre a qual devemos construir nossa vida, nossa família e a comunidade, é a vontade do Pai, revelada por Jesus. Uma vida de piedade sem a vivência prática do amor e da solidariedade é estéril. O verbalismo religioso, individual ou comunitário, torna-se piedosa ilusão se não se concretiza numa vida comprometida com a prática da justiça do Reino. Seremos pessoas “de juízo ou sem juízo” conforme nossas opções.
Oração
Ó Jesus, deixaste claro que não basta invocar teu nome para entrar no Reino dos Céus. O que conta é cumprir a vontade do teu e nosso Pai celeste. Queremos, pois, ouvir e pôr em prática tuas palavras, certos de que edificaremos nossa vida sobre base sólida e perene. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2021 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp e Pe. Nilo Luza, ssp)
Fonte: Paulus em 02/12/2021

Reflexão

Se nossas palavras, também nossos louvores a Deus, não forem acompanhados de boas obras em favor do próximo, estamos nos iludindo. Jesus acaba de nos avisar: o que conta é assumir compromisso com a palavra dele e fazer a vontade do Pai celeste. E qual é a sua vontade? É exatamente o que Jesus realizou e nos deixou como exemplo e exigência. Ele próprio dizia: “Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância” (Jo 10,10). É socorrer o necessitado, erguer o caído, curar o ferido, consolar o aflito. É usar de misericórdia com aquele que precisa de mim. Cada boa obra é como um tijolinho que vamos alinhando na construção de nossa casa (vida) sobre a rocha inabalável (Cristo). Com qual “alicerce” estou construindo a minha vida?
(Dia a dia com o Evangelho 2022)
Fonte: Paulus em 01/12/2022

Reflexão

Não faltam, em nossa sociedade, os eloquentes discursos e as promessas que impressionam. Na comunidade cristã, é possível encontrar alguém que, com sua capacidade de orar e comunicar-se, ou pelos conhecimentos sobre Bíblia ou religião, arranque lágrimas do auditório. Por vezes, não passam de palavras vazias, infecundas. Essa é a atitude do homem sem juízo. O que conta é transformar as boas intenções em atitudes concretas que venham beneficiar a própria pessoa e a comunidade: amar, servir, partilhar, ser fiel, viver como Jesus viveu. Essa é a escolha do homem prudente, que edifica sua casa sobre a rocha, isto é, vive segundo a vontade de Deus. Nenhuma tempestade será capaz de derrubar a sua construção.
(Dia a Dia com o Evangelho 2023)
Fonte: Paulus em 07/12/2023

Reflexão

«Nem todo aquele que me diz: ‘Senhor! Senhor! ’, entrará no Reino dos Céus»

Abbé Jean-Charles TISSOT
(Freiburg, Sua)

Hoje, o Senhor pronuncia estas palavras no final do Seu “Sermão da Montanha”, no qual dá um sentido novo e mais profundo aos Preceitos do Antigo Testamento, a “palavra” de Deus aos homens. Manifesta-se como Filho de Deus, e como tal pede-nos que recebamos o que nos diz como palavras de suma importância; palavras de vida eterna que devem ser postas em prática, e não são só para serem ouvidas, mas sem implicação pessoal – com o risco de serem esquecidas ou de nos contentarmos em admirá-las ou em admirar o seu autor.
«Construir uma casa sobre a areia» (cf. Mt 7,26) é uma imagem para descrever um comportamento insensato, que não leva a nenhum resultado e acaba no fracasso de uma vida, depois de um esforço longo e penoso para construir algo. “Bene curris, sed extra viam”, dizia Sto. Agostinho: corres bem, mas fora do curso aprovado, podemos traduzir assim. Que pena só chegar até aí: o momento da prova, das tempestades e das inundações que a nossa vida necessariamente contém!
O Senhor quer ensinar-nos a usar um fundamento sólido, cujo crescimento deriva do esforço para pôr em prática os seus ensinamentos, vivendo-os todos os dias com pequenas decisões que tentaremos seguir. A nossa resolução diária de viver os ensinamentos de Cristo deve terminar em propósitos concretos, se não definitivos, mas dos quais possamos tirar alegria e reconhecimento na hora do nosso exame de consciência, à noite. A alegria de ter conseguido uma pequena vitória sobre nós próprios é uma preparação para outras batalhas, e – com a graça de Deus – não nos faltará a força para perseverar até ao fim.

Pensamentos para o Evangelho de hoje

- «Permanecei vigilantes porque, quando a alma está dominada por um pesado torpor, é o inimigo que a domina e a conduz, mesmo contra a sua vontade. Por isso, o Senhor recomendou ao homem a vigilância tanto da alma como do corpo» (Santo Efrém)

- «O Evangelho de hoje (Mt 7,21ss) trata de uma equação matemática: Eu conheço a Palavra e a coloco em prática. Eu sou construído sobre a rocha. Agora, como faço para colocar a palavra em prática? É mesmo como construir uma casa na rocha, onde a imagem da pedra refere-se ao Senhor» (Francisco)

- «A oração de fé não consiste somente em dizer «Senhor, Senhor!», mas em preparar o coração para fazer a vontade do Pai (Mt 7,21). Jesus exorta os seus discípulos a levar para a oração esta solicitude em cooperar com o desígnio de Deus (cf. Mt 9,38)» (Catecismo da Igreja Católica,2.611)
Fonte: Evangeli - Evangelho - Feria em 07/12/2023

Reflexão

«Entrará no Reino dos Céus(...)aquele que põe em prática a vontade de meu Pai que está nos céus»

Rev. D. Antoni ORIOL i Tataret
(Vic, Barcelona, Espanha)

Hoje, a palavra do Evangelho convida-nos a meditar com seriedade sobre a infinita distância que há entre o mero “escutar-invocar” e o “fazer” quando se trata da mensagem e da pessoa de Jesus. E dizemos “mero” porque não podemos esquecer que há modos de escutar e de invocar que não comportam o fazer. De fato, todos os que —tendo escutado o anúncio evangélico— acreditam, não serão confundidos; e todos os que, tendo acreditado, invocam o nome do Senhor, se salvarão ensina-o São Paulo na Carta aos Romanos (ver 10,9-13). Trata-se, neste caso, dos que acreditam com fé autêntica, aquela que «atua mediante a caridade», como escreve também o Apóstolo.
Mas é um fato que muitos acreditam e não fazem. A carta do apóstolo Santiago denuncia-o de uma maneira impressionante: «Sede, pois executores da palavra e não vos conformeis com ouvi-la somente, enganando-vos a vós mesmos» (1,22); «a fé, se não tem obras, está verdadeiramente morta» (2,17); «como o corpo sem alma está morto, assim também a fé sem obras está morta» (2,26). É o que rejeita, também inolvidavelmente, São Mateus quando afirma: «Nem todo aquele que me diz: ‘Senhor! Senhor!’, entrará no Reino dos Céus, mas só aquele que põe em prática a vontade de meu Pai que está nos céus» (7,21).
É necessário, portanto, escutar e cumprir; é assim que construímos sobre a rocha e não em cima da areia. Como cumprir? Perguntemo-nos: Deus e o próximo enchem-me a cabeça —sou crente por convicção? E quanto ao bolso, compartilho os meus bens com critério de solidariedade?; No que se refere à cultura, contribuo para consolidar os valores humanos no meu país?; No aumento do bem, fujo do pecado de omissão?; Na conduta apostólica, procuro a salvação eterna dos que me rodeiam? Numa palavra: sou uma pessoa sensata que, com obras, edifico a casa da minha vida sobre a rocha de Cristo?
Fonte: Evangeli - Evangelho - Feria em 07/12/2023

Reflexão

O “Cristo da fé” e o “Jesus histórico”

REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)
(Città del Vaticano, Vaticano)

Hoje reafirmamos nossa fé no fato histórico o qual faz 2000 anos o Filho de Deus encarnou, fazendo-se “visível” —com fatos e palavras— em Jesus de Nazaré. Porém, alguns pesquisadores —desde algumas décadas— começaram a abrir uma greta entre o “Jesus histórico” e o “Cristo da fé.”
Abusando do “método histórico-–crítico" afirmaram que a imagem de Cristo que nos chegou pela fé (através da Igreja) não se corresponde com o Jesus que existiu historicamente. Mas as reconstruções deste Jesus, feitas deixando de lado a fé, resultaram cada vez mais contrastantes: Desde o revolucionário anti-romano até o moralista benigno... Estas reconstruções são mais uma fotografia dos seus autores e de seus próprios ideais que põe ao descoberto a imagem do verdadeiro Jesus Cristo.
—Jesus, sem prescindir da história, eu confesso tua divindade e comunhão com o Pai. E desde esta fé —e somente assim— resultam também razoáveis historicamente tuas atuações e tuas palavras recolhidas nos Evangelhos.
Fonte: Evangeli - Evangelho Master - Feria em 07/12/2023

Recadinho

Você constrói sua casa sobre rocha? - Qual casa? - Quais os elementos que Jesus cita que podem arruinar uma casa? - Em que consiste seu amor a Deus? - O que você faz pelo seu próximo? O principal é o amor a Deus, a si mesmo e ao próximo, vendo Deus presente nele! Examinemos bem tais alicerces de nossa vida!
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional 05/12/2013

Meditação

Não basta apenas acreditar, ou aceitar uma proposta de vida, ou realizar certos ritos. É preciso aceitar e cumprir a vontade do Pai. Geralmente pensamos logo nos mandamentos. Mas é bom lembrar que a “vontade do Pai” não é uma lei que nos é imposta. É uma proposta de salvação, de vida e de felicidade. “Pôr em prática a vontade do Pai” é antes de tudo aceitar o amor que Ele nos oferece.
Oração
DESPERTAI, SENHOR, o vosso poder e socorrei-nos com a vossa força, para que vossa misericórdia apresse a salvação que nossos pecados retardam. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.
Fonte: a12 - Reze no Santuário - Deus Conosco em 07/12/2023

Comentário sobre o Evangelho

Parábolas de Jesus: A Casa edificada na rocha


Hoje Jesus nos pede que sejamos obedientes à vontade de seu Pai Deus. Se amas a seus pais, então obedeça a sus pais; se amo a Deus, quero obedecer a Deus.
—No Natal admiramos a obediência do Filho de Deus. Para curar nossas desobediências, o Filho do Pai se fez homem Jesus de Nazaré, Deus e homem verdadeiro. Ele amou a vontade do Pai até dar sua vida na Cruz por nossa salvação.
Fonte: Family Evangeli - Feria em 07/12/2023

Meditando o evangelho

A ADESÃO AO SENHOR

À espera do Senhor, os discípulos correm o risco de enganar-se no modo de aderir a ele. São os que expressam sua adesão com a boca - "Senhor, Senhor!" - enquanto, na realidade, vivem muito distante dele. A confissão verbal permanece no plano da teoria, sem que se perceba ressonâncias no seu dia-a-dia. Em outras palavras, a fé não se encarna em sua vida. É como se fosse um âmbito isolado, desconectado do conjunto de sua existência.
Evidentemente, este estilo de vida impossibilita a acolhida do Senhor. Quem pensa estar indo ao encontro dele, tarde demais compreenderá ter tomado o caminho errado.
A maneira correta de preparar-se para o advento do Senhor consiste em colocar em prática suas palavras, assumindo-as como projeto de vida. As palavras de Jesus estão em perfeita correspondência com a vontade do Pai, e são a expressão do desígnio divino para a humanidade. Se o discípulo se deixa guiar por elas, pode estar seguro de ter tomado o rumo certo. Ele tem o testemunho de Jesus, e sabe qual foi o desfecho da vida dele. Tendo, ele mesmo, vivido em total submissão ao querer do Pai, foi por ele ressuscitado para a plena comunhão. Igualmente o discípulo, pela prática das palavras de Jesus poderá estar certo de entrar no Reino dos céus, para a comunhão eterna com o Senhor.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Espírito que move a praticar a Palavra, que é não proclame minha fé só com a boca, e sim, pela plena vivência da vontade do Pai celeste, expressa nas palavras de Jesus.
Fonte: Dom Total em 06/12/2018

Comentário do Evangelho

QUEM ENTRARÁ NO REINO?

O Messias Jesus detectou dois tipos de comportamento nos discípulos que aderiram a ele. Por isso é que os alertou a respeito da atitude correta de quem deseja entrar no Reino.
Seria uma conduta equivocada limitar-se a dizer "Senhor, Senhor", como se isto significasse uma real adesão ao Reino. O equívoco consiste em contentar-se com um palavreado vazio, muito distante das exigências do Reino. Enquanto a boca fala uma coisa, a vida pauta-se por outros parâmetros. Esta incongruência é incompatível com o Reino.
A atitude correta consiste em assimilar os ensinamentos de Jesus, de maneira tão profunda que leva o discípulo a pautar por eles a sua ação. Isto corresponde a fazer a vontade do Pai, e deixar-se guiar por ele.
Estas duas atitudes foram ilustradas com a parábola das duas casas. Conduta equivocada é a daquele que constrói a casa sobre a areia, sem alicerces profundos. Já na primeira tempestade (os revezes da vida) ela desaba não restando nada de pé. Atitude correta é a daquele que constrói a sua casa sobre a rocha. Por mais forte que possa ser a tempestade, será incapaz de destruí-la, porque bem alicerçada.
A profundidade da experiência de encontro com o Messias Jesus revela-se na reação desencadeada na vida do discípulo. Entra no Reino quem se posicionar diante dele de maneira adequada, dispondo-se a fazer a vontade do Pai.
Fonte: Dom Total em 05/12/2013 01/12/2022

Oração
Pai, livra-me de reduzir minha adesão a Jesus a mero palavreado. Ajuda-me a transformar os ensinamentos dele em norma de vida. Assim estarei fazendo a tua vontade.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Despertai, ó Deus, o vosso poder e socorrei-nos com a vossa força, para que vossa misericórdia apresse a salvação que nossos pecados retardam. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Dom Total em 05/12/2013

Meditando o evangelho

DAS PALAVRAS À AÇÃO

A autêntica adesão a Jesus e a profissão de fé em sua condição de enviado do Pai encontra sua verdadeira expressão na vida do discípulo, e não apenas em suas muitas palavras. Estas, ainda que belas, nem sempre manifestam uma vida vivida segundo o querer de Jesus e a proposta de Reino por ele proclamada. Ele mesmo denunciou, na vida dos discípulos, o descompasso entre falar e viver. Gritar "Senhor, Senhor" não garante a entrada no Reino dos Céus. Somente entrará neste Reino quem se esforçar para fazer a vontade do Pai, conforme nos ensinou Jesus.
Daqui decorrem dois tipos de atitudes possíveis ao discípulo de Jesus. A primeira consiste em ouvir a Palavra de Deus e praticá-la com sinceridade. Os percalços da vida encarregar-se-ão de verificar a solidez e a profundidade da fé do discípulo. Quem sair ileso das perseguições, dificuldades e provações, mantendo-se fiel a Jesus, terá dado provas da consistência de sua fé e de sua adesão ao Reino. A segunda atitude consiste em professar-se discípulo do Reino, mas sem o empenho de viver em conformidade com a fé professada. A superficialidade desta adesão ao Reino revelar-se-á assim que surgir a primeira crise, por causa da fé.
Só o discípulo fiel, alicerçando sua vida na vontade do Pai, supera, incólume, as provações da fé.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total)
Oração
Senhor Jesus, que eu seja bastante prudente para colocar em prática tuas palavras e, assim, não sucumbir, quando minha fé for provada.
Fonte: Dom Total em 07/12/2017, 05/12/2019 03/12/2020

Meditando o evangelho

A ADESÃO AO SENHOR

À espera do Senhor, os discípulos correm o risco de enganar-se no modo de aderir a ele. São os que expressam sua adesão com a boca - "Senhor, Senhor!" - enquanto, na realidade, vivem muito distante dele. A confissão verbal permanece no plano da teoria, sem que se perceba ressonâncias no seu dia-a-dia. Em outras palavras, a fé não se encarna em sua vida. É como se fosse um âmbito isolado, desconectado do conjunto de sua existência.
Evidentemente, este estilo de vida impossibilita a acolhida do Senhor. Quem pensa estar indo ao encontro dele, tarde demais compreenderá ter tomado o caminho errado.
A maneira correta de preparar-se para o advento do Senhor consiste em colocar em prática suas palavras, assumindo-as como projeto de vida. As palavras de Jesus estão em perfeita correspondência com a vontade do Pai, e são a expressão do desígnio divino para a humanidade. Se o discípulo se deixa guiar por elas, pode estar seguro de ter tomado o rumo certo. Ele tem o testemunho de Jesus, e sabe qual foi o desfecho da vida dele. Tendo, ele mesmo, vivido em total submissão ao querer do Pai, foi por ele ressuscitado para a plena comunhão. Igualmente o discípulo, pela prática das palavras de Jesus poderá estar certo de entrar no Reino dos céus, para a comunhão eterna com o Senhor.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Espírito que move a praticar a Palavra, que é não proclame minha fé só com a boca, e sim, pela plena vivência da vontade do Pai celeste, expressa nas palavras de Jesus.
Fonte: Dom Total em 02/12/2021

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

1. Não basta repetir: Senhor, Senhor
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)

Não basta falar, é preciso praticar. Não basta repetir “Senhor, Senhor”, é preciso pôr em prática a vontade do Pai que está nos céus. Quando o Senhor vier, deve encontrar a casa bem construída e bem administrada, deve encontrar a família em ordem e feliz. O fundamento de uma construção sólida é Jesus Cristo, ensina São Paulo. Sobre esse alicerce que deve permanecer firme e sempre o mesmo cada um constrói como pode e como deixam. A obra pode perecer pela fraqueza do material empregado, o construtor não terá a satisfação de ver a obra feita; ele mesmo, porém, não receberá nenhuma punição porque fez o que pôde sobre um alicerce estável. O material empregado pode ter a qualidade da palha e desaparecer com o primeiro incêndio. Havia um material mais sólido que foi desviado. Impediram o construtor de usar algo melhor e lhe deram apenas palha. Nossa liberdade se envolve em circunstâncias que não dependem de nós. A desavença dentro de casa pode ser resultado de um mau caráter e pode ser consequência de falta de emprego. Queremos pôr em prática a vontade do Pai que está no céu.
Fonte: NPD Brasil em 07/12/2017

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

1. Quem ouve estas minhas palavras e as põe em prática...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)

Dia de São Nicolau. Em muitos países, dia de presente de Natal para as crianças. Nicolau, que nasceu em Patara na Ásia Menor por volta do ano de 250, não foi alguém que dizia “Senhor, Senhor” e não fazia mais nada. Foi um homem sensato que procurou em tudo fazer a vontade de Deus. Tudo o que construiu foi em terreno sólido. Foi bispo de Mira, na Turquia. Feito prisioneiro ainda na época das perseguições romanas, foi libertado quando Constantino se tornou imperador. Morreu no dia de hoje, em 350. Os cristãos conservaram dele a imagem de um santo bispo que cuidava das crianças e queria vê-las felizes. Daí a tradição dos presentes para as crianças. Infelizmente, porém, a paganização dos costumes e o mundo do comércio contribuíram para que o grande São Nicolau se transformasse no Papai Noel. E assim, quem não crê em Jesus e quer tirá-lo das festividades do Natal, centraliza tudo no Papai Noel, um bom velhinho, simpático, que traz presentes e abraça as crianças. Nada temos contra ele, mas ficou só ele, e o aniversário é de Jesus. Natal é a festa do nascimento de Jesus.
Fonte: NPD Brasil em 06/12/2018

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

1. Ouve minhas palavras - Mt 7,21.24-27
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)

O Senhor, quando vier, abrirá as portas da eternidade para aqueles e aquelas que fizeram o bem neste mundo. Fazer o bem neste mundo significa fazer a vontade de Deus, aquilo que aos olhos de Deus é bom, agradável e perfeito. Não se trata de fazer qualquer coisa, nem mesmo fazer coisas boas. Trata-se de fazer o que Deus quer. “Seja feita a vossa vontade”, rezamos todos os dias. Podemos nos iludir com uma falsa piedade que noz faz dizer, mesmo muitas vezes: “Senhor, Senhor!”. Não é ruim chamar pelo Senhor. Ruim é chamar por ele e não fazer o que ele quer. Quando Jesus vier e se sentar em seu trono de glória para o julgamento da humanidade, ele verificará se fizemos ou não a vontade do Pai. Construir fora da vontade de Deus é construir sem fundamento. Nossos projetos podem dar certo, aparente e temporariamente. Virá o dia em que a verdade da nossa construção aparecerá. Isso não significa condenação eterna, mas sim frustração de um projeto de vida. Como estamos olhando para o futuro nesta primeira semana do Advento, queremos estar preparados para quando ele vier.
Fonte: NPD Brasil em 05/12/2019

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Cristãos marca Denorex
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Denorex” era a marca de um Shampoo anticaspa, com um forte cheiro de remédio, que era muito falado nos finais dos anos 80, pelo fato de parecer remédio, mas não passava de um shampoo comum como os demais. O evangelho de hoje nos apresenta o perigo de sermos Cristãos Denorex...
São os empolgados pela Fé em Jesus Cristo, os convertidos de última hora, que cheios de entusiasmo começam a frequentar as comunidades, são os que fazem questão de uma prática formalista, pois precisam provar aos outros que são cristãos, conheci um desse tipo que andava rezando o terço pelas ruas da cidade e só tinha um pequeno detalhe, o tal erguia a mão direita acima da cabeça, para que todos vissem o terço que ele segurava.
Rezar o terço é uma ótima prática cristã, mesmo na rua, porém de maneira discreta, pois as pessoas não precisam saber que estamos rezando o terço.
Quando se quer auto afirmar-se como cristão, com práticas e formalismo religioso, corre-se sempre o risco de o tombo ser maior, pois no dia em que as enxurradas da vida, as tempestades e vendavais caírem sobre nós, como diz o evangelho, iremos cair e a ruína será total.
Então por que temos que participar da Santa Missa e celebrações, fazer orações com a comunidade, rezar o terço, fazer visitas ao Santíssimo, será que tudo isso de nada adianta? Se não tivermos uma raiz, uma base sólida onde apoiamos a nossa Vida de Cristãos, todas essas coisas realmente de nada irão adiantar pois elas são sinais daquilo que está por dentro, uma casa sem alicerce não resistirá as intempéries, uma árvore sem raiz vai tombar na primeira ventania, um Cristão sem Espiritualidade autêntica, não irá resistir nas revezes da Vida.
Casais que se separam irmãos que de repente abandonam a Igreja ou a trocam por outra, Agentes de Pastoral da Vanguarda, que um belo dia são descobertos por atitudes totalmente contrárias ao Espírito Cristão, vocações religiosas de Ministros da Igreja ou Consagradas que da noite para o dia acabam em nada, enfim, irmãos que até deram um belíssimo testemunho no ECC ou em outros movimentos da Igreja, causando alegria e admiração nos demais, até que um dia abandonam tudo, igreja, movimento, Família, e a Casa cai em ruínas.
O Cristão autêntico tem plena consciência da sua fragilidade, suas fraquezas e limites, mas caminha depositando toda sua confiança na Graça de Deus, sem muito alarde e Merchandising na vida em comunidade. Do jeitinho mineiro trabalham em silêncio e jamais se abalam diante de acontecimentos desconcertantes, em sua vida ou na vida da comunidade.
Assim agem porque Cristo Jesus é a Rocha firme na qual embasam todo seu cristianismo e disso jamais abrem mão. São Cristãos autênticos e não o nosso velho e conhecido “Denorex”, o tal que parece..., mas não é!

2. Quem ouve estas minhas palavras e as põe em prática é um homem sensato - Mt 7,21.24-27
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)

São Francisco Xavier, o grande missionário da Ásia, não foi para lá com o objetivo de ensinar as pessoas a dizer “Senhor, Senhor”, mas sim para que praticassem a vontade do Pai que está nos céus. Francisco sabia que a comunidade cristã precisava ser construída sobre fundamentos sólidos, a fim de ser fermento no meio da massa e produzir uma sociedade humana justa e fraterna, para a maior glória de Deus. “A glória de Deus é o homem vivo e a vida do homem é a visão de Deus”, já ensinava Santo Irineu no início da Igreja; e a nova comunidade precisava de homens vivos. Para entrar no Reino dos Céus e ver a face do Senhor é necessário dizer “seja feita a vossa vontade” e realizá-la. Dizem que o rei de Portugal pediu a Santo Inácio missionários para a Índia, por causa dos muitos batizados sem preparação. Eram poucos os jesuítas. Depois da oração da noite, Francisco Xavier foi chamado e Santo Inácio lhe disse: “Amanhã cedo sai um barco para a Índia. Precisam de você lá”. Francisco deixou tudo e partiu para realizar a vontade do Pai. Pediu apenas licença para remendar sua veste, que estava rasgada.
Fonte: NPD Brasil em 03/12/2020

Liturgia comentada

Mas ela não desabou... (Mt 7, 21.24-27)
Parábola pequena, mas muito clara e expressiva. Em forma de antítese, o Mestre nos fala de dois tipos de construção expostos às mesmas intempéries da existência humana. De certo modo, faz eco ao Salmo 1, que serve de pórtico para o Saltério, e resume o caminho do homem a uma encruzilhada entre dois caminhos: a via do bem, com a vida, e a senda do mal, com a morte.
Nesta parábola, um homem constrói sobre a areia, outro edifica sobre a rocha. Areia e rocha são imagens claras. A areia é lábil, fugidia, sem coesão. Suas partículas deslizam, não oferecem resistência à pressão. Já a rocha tem seus componentes bem sólidos, porque foram vitrificados por altas temperaturas e poderosas pressões.
Diante da força dos elementos – como o vento e a chuva -, a areia movediça cede e se desfaz. Mas os vendavais e as enxurradas nada podem contra o sólido rochedo. Passado o ataque, ele permanece estável, decididamente firme.
Quem é o construtor sobre a areia? O Mestre responde: É o homem que empilhou os tijolos sobre o areal, isto é, aquele que ouviu a Palavra de Deus, mas não se dispôs a vivê-la. Ao contrário, apostou a vida em outras “palavras”: o discurso da riqueza, a propaganda do sucesso, o elogio da glória e do prazer.
Quando veio a provação dos tempos difíceis, dos planos econômicos, do desemprego e da enfermidade, desabou de uma vez, entregue à ruína...
Quem é o construtor sobre a rocha? Jesus de Nazaré deixa claro: É o homem que ergueu sua casa sobre o Rochedo, ou seja, aquele que ouviu a Palavra de Deus e se dispôs a praticá-la. Diante dos tempos difíceis da provação, a casa permaneceu intacta, pois tinha fundamentos de eternidade. Os princípios da Palavra – que é o próprio Cristo – falavam de paciência e sobriedade, confiança em Deus e fraternidade, humildade e perdão. Contra uma estrutura tão sólida, nada pode o mal...
Quem já optou decididamente por uma vida simples, sem luxo, não se abalará se vierem tempos de vacas magras. Quem exercitou diuturnamente a pureza e a castidade, não cairá diante da inundação do sexo. Quem depositou sua esperança no Senhor, não será esmagado pelo desespero quando os homens traírem suas promessas. Mesmo na doença e na dor, o fiel está seguro na Palavra eterna. Ele sabe que está em boas mãos!
Orai sem cessar: “O Senhor é o meu rochedo, minha fortaleza.” (Sl 18,3)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
santini@novaalianca.com.br
Fonte: NS Rainha em 05/12/2013

HOMILIA

O FIRME ALICERCE DA CASA

Jesus inicia este evangelho dizendo: “Nem todo aquele que diz Senhor, Senhor, entrará no Reino dos Céus”.
Com essas palavras Ele quer nos alertar que devemos ser fiéis até o fim; que procuremos perseverar sempre nas Suas palavras e ensinamentos, todos os dias da nossa vida. Não basta dizer Senhor, Senhor. É necessário que consigamos cumprir a Sua vontade, através do nosso contato diário com tudo o que é de Deus, de maneira sincera e, segundo os seus ensinamentos. Quando Ele nos coloca as suas palavras é para nos despertar que é muito importante que fortifiquemos a nossa fé, através dos nossos atos de caridade com os irmãos e de piedade para com Ele. Somente aqueles que constroem a sua vida dia após dia; hora após hora, minuto a minuto e segundo a segundo, calcadas na sua Fé em Deus, certamente, se permanecerem até o fim, conseguirão o seu lugar reservado na casa do Pai.
A casa sobre a rocha que Jesus usa como exemplo neste Evangelho é a nossa vida que sendo construída com os alicerces da Fé em suas palavras, nunca se sentirá abalada pelos problemas, decepções, maldades, doenças e até pela morte; nada abalará as nossas estruturas, que estará repleta do amor de Deus; pois temos uma base sólida. Nossa vida pode ser comparada à construção de uma casa. De certa forma, nossa história está ligada a uma casa.
Assim que nascemos, vamos morar numa casa com nossos pais. Durante a vida observamos a luta deles para adquirir ou construir a casa própria. Alguns mudam de cidade e de casa. Uns vão para casas melhores, outros para casas mais simples e pobres. Nossa vida, segundo Jesus, é como construir uma casa sobre a rocha ou sobre a areia. Quem constrói sobre a areia parece viver desleixadamente, sem trabalhar, sem planejamento, seguindo a lei do menor esforço.
Gente assim não dá ouvidos ao que Deus exige do ser humano, chega mesmo a zombar dos valores e princípios divinos. Mas, quando vêem os dias maus, a tempestade, o sofrimento, a casa se desmorona. A vida se torna um caos. Reina o desespero, a revolta a anarquia. Quem constrói sobre a rocha, vive de maneira responsável e coerente, sabe que as boas coisas não se conseguem sem trabalho duro, planeja a vida seguindo fielmente e com alegria os princípios de Deus. Quando vêm os sofrimentos, a adversidade, os dias maus, não entra em pânico, desespero ou revolta. A casa permanece em pé. A rocha onde sua vida está firmada é Cristo. Quem constrói sua vida sobre a areia pode ter certeza de que um dia a casa cai.
Ensina-me, Pai, a construir a casa da minha vida no Senhor Jesus Cristo. Eu sei que tempestades virão e que apenas Jesus pode me ajudar a permanecer em pé. Por isso em nome e n’Ele, daí-me força para ser mais do que vencedor. Amém.
Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
Fonte: Liturgia da Palavra em 05/12/2013

REFLEXÕES DE HOJE

QUINTA

Fonte: Liturgia Diária Comentada2 em 05/12/2013

HOMILIA DIÁRIA

Quem entrará no Reino dos Céus?

Postado por: homilia
dezembro 6th, 2012

Quem entrará no Reino dos Céus? Para responder a esta pergunta, Jesus – no Evangelho escrito por São Mateus – nos propõe a construção de uma casa. Somente que, embora todos construam, é necessário saber construir.
Como em outra passagem, na qual Jesus pedia que o construtor antes de começar a sua obra avaliasse as despesas, aqui Ele nos ensina a avaliar primeiro o terreno e depois abrir valas para assentar o alicerce. Só então se erguerão as paredes e a construção será firme. Caso contrário, ela desmoronará por qualquer vento.
A passagem de hoje é a conclusão do Sermão da Montanha. A ideia fundamental é um convite a viver prudentemente para poder entrar no Reino dos Céus. Não é suficiente crer que Jesus é o Senhor, mas é necessário cumprir a vontade do Pai pondo-a em prática, cumprindo a sua Lei.
Embora a nossa fé se funde na Palavra de Deus, a fidelidade a ela exige de nós que a transformemos em ações concretas na nossa vida, fazendo-a “letra viva” e não morta. Deus é a rocha firme, fundamento sobre o qual devemos construir a nossa casa. Assim como Deus é caridade, misericórdia, piedade, amor, justiça, paz, assim também devemos ser. Sem este fundamento de uma vida interior alimentada pela Palavra de Deus, não se pode construir. Aliás, sem a vivência da Palavra toda a vida é estéril. E o verbalismo religioso, individual, comunitário ou litúrgico, torna-se uma piedosa ilusão. Será tão somente uma pura vaidade, como nos ensina o livro de Eclesiastes. Vaidade das vaidades, é tudo vaidade. É correr atrás do vento.
Os Evangelhos são insistentes em afirmar que o essencial da fé é fazer a vontade de Deus, conforme o testemunho de Jesus. Lemos a parábola dos dois homens, um sensato que constrói a casa sobre a rocha, e outro sem juízo que constrói sobre a areia; o primeiro é o que põe em prática as palavras de Jesus, e o segundo apenas as ouve e omite a sua prática. Em outras passagens, Jesus afirma que sua família é formada por todos aqueles que fazem a vontade de Deus, e que entra em comunhão com ele todo aquele que se solidariza com os pobres e excluídos, famintos, sedentos, migrantes, nus, doentes, encarcerados.
No Evangelho segundo João, Jesus afirma que se alguém o ama e põe em prática a sua Palavra, Ele e o Pai farão nele sua morada, o que significa a participação, já, na vida divina e eterna. E a vontade de Deus é que todos tenham vida plenamente, participando e usufruindo de todos os bens da criação, eliminando-se as barreiras entre os privilegiados e os excluídos.
Portanto, construamos a nossa casa sobre a rocha firme: Jesus, a fim de que ela possa crescer e se fortificar. Aprendamos com Cristo a observância e a vivência da Palavra e da vontade do nosso Pai que está no Céu, onde com Ele haveremos de reinar pelos séculos dos séculos.
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova em 06/12/2012

HOMILIA DIÁRIA

Deixe-se transformar pela Palavra de Deus

Permita que a Palavra de Deus mexa em você por dentro e por fora. Desejo que nós, neste tempo, sejamos transformados pela Palavra do Senhor.

“Nem todo aquele que me diz: ‘Senhor, Senhor’, entrará no Reino dos Céus, mas o que põe em prática a vontade de meu Pai que está nos céus.” (Mt 7,21)

Refletindo sobre a nossa vida neste tempo do Advento, devemos olhar as nossas práticas, nossos costumes, nossas ações e a maneira como agimos neste mundo. Tudo porque nós, muitas vezes, clamamos o nome do Senhor, falamos em nome d’Ele, dizemos muitas coisas em Seu nome, mas não fazemos o essencial: não colocamos em prática a vontade e a Palavra do Senhor.
Há muita gente pregando em nome do Senhor. Muita gente invocando – até de forma errônea – o nome d’Ele, mas não tem no coração um verdadeiro temor a Deus. Nós devemos amar, honrar e respeitar, acima de qualquer coisa, o nome do Senhor! É o nosso dever, a nossa missão. Mas, ao mesmo tempo, meus irmãos, nós precisamos aprender a levar a sério as coisas de Deus.
Nós precisamos respeitar aquilo que aprendemos de Deus. E a melhor maneira é colocarmos em prática a Sua Palavra em nossa vida. Não sejamos apenas meros ouvintes da Palavra do Senhor. Alguém que ouve, que escuta e diz: “Que bonito, que Palavra maravilhosa!” Mas ao sair dali, faz a mesma coisa e a vida continua do mesmo jeito.
Permitam, irmãos, que esta Palavra semeada nos seus corações seja transformação para suas vidas. Permitamos que a Palavra de Deus mexa em nós por dentro e por fora e vá mudando os atos, as atitudes e as posturas que temos em relação ao mundo, às pessoas e às coisas.
A nossa vida seria melhor, a cada dia, se pegássemos cada trechinho da Palavra que escutamos e pudéssemos “ruminá-la”, isto é, meditá-la, e alimentar-nos dela, e se permitíssemos que ela transformasse a nossa vida.
Desejo que nós, neste tempo, sejamos transformados pela Palavra do Senhor.
Que Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 05/12/2013

HOMILIA DIÁRIA

A oração é o alicerce das famílias

O Natal em família é o Natal em oração, talvez, seja o momento, a hora e a graça das famílias que não rezam: rezarem

“Portanto, quem ouve estas minhas palavras e as põe em prática, é como um homem prudente, que construiu sua casa sobre a rocha.” (Mateus 7,24)

Preciso começar dizendo que não podemos ser o homem insensato, o homem insano, porque não há insanidade maior do que construirmos a casa alicerçada na areia, pois quando vierem os ventos, as tempestades, as chuvas, a ruína daquela casa vai ser total, ela vai cair.
É doloroso ver uma casa cair, mas aqui não me refiro somente a uma “casa física”, material, porque para essa casa pode-se fazer um mutirão e depois reconstruí-la, refazê-la, pode-se juntar novamente as pedras e os tijolos.
É muito doloroso para a nossa alma ver as nossas casas caírem. A “casa” que é a família, o casamento, a nossa espiritualidade e a nossa relação com Deus. E por que as nossas casas estão caindo? Por que as nossas famílias estão ruindo? Porque, muitas vezes, estão solidificadas na areia e não sobre uma rocha firme. E essa rocha firme é uma espiritualidade verdadeira e concreta com o Senhor.
Eu sei que, as pessoas se preparam, invocam o nome de Jesus e pedem a bênção de Deus. Não basta somente pedirmos a bênção, é verdade que precisamos começar com ela, para continuarmos nela; mas, a casa se constrói dia a dia, se alicerça a cada dia, fundamenta-se, também, a cada dia.
Se não cuidarmos da nossa espiritualidade, da nossa relação com Deus; se um casal, uma família não cuida da oração, não cuida de fazer Deus presente naquela casa, naquela família, quando a família deixa-se iludir facilmente pelas atrações desse mundo, pelas facilidades do mundo, pelo consumismo dilacerado que nós temos nos dias de hoje; se não cuidamos dela, ela vai caindo, perde a consistência. Assim como acontece com a espiritualidade é, também, com a casa física: não percebemos as ruínas no início, porque está tudo bonito, tudo maravilhoso. “Estou bem assim. Está tudo legal”. Mas, na hora em que a ruína chega, quando a “casa cai”, ela cai com força.
Neste tempo de graça, no qual nos preparamos para celebrar o Natal de Nosso Senhor Jesus, Ele não quer que a sua família faça uma ceia grande e maravilhosa. Ele quer que a sua família se alicerce e firme-se n’Ele.
O Natal em família é o Natal em oração, talvez, seja o momento, a hora e a graça das famílias que não rezam, rezarem; das famílias que rezavam e deixaram de rezar, voltarem a rezar. O alicerce que não pode faltar em nenhuma família é a oração junta, concisa e focada em Deus. Assim, essa rocha firme vai segurar a sua casa.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 07/12/2017

HOMILIA DIÁRIA

Coloquemos a nossa confiança no Senhor

Somos pessoas frágeis, sujeitos a falhas e erros, por isso a nossa confiança sempre tem de estar em Deus Nosso Senhor

“Portanto, quem ouve estas minhas palavras e as põe em prática, é como um homem prudente, que construiu sua casa sobre a rocha. Caiu a chuva, vieram as enchentes, os ventos deram contra a casa, mas a casa não caiu, porque estava construída sobre a rocha.” (Mateus 7,24-25)

Onde você está alicerçando a sua vida? Sobre qual fundamento você está colocando a sua existência? Viver não é fácil para ninguém, pois a existência humana é condicionada a tantas situações problemáticas, emblemáticas, que vem de todos os lados. Seja a chuva que vem de cima, sejam as enchentes que vêm debaixo, sejam os ventos que vêm do lado, em todas as proporções estamos tendo os enfrentamentos da vida.
Se edificarmos a nossa casa sobre a rocha firme, que é Jesus, Ele nos manterá de pé, Ele nos sustentará. Muitas vezes, abalamo-nos, caímos, prostramo-nos e temos quedas que arrasam toda a nossa vida. Primeiro, porque colocamos uma confiança muito grande em nós. É verdade que temos de ter confiança em nós, não podemos ser movidos por um sentimento de coitadinhos, de fracasso, mas tomemos cuidado com o excesso de confiança em nós mesmos. Somos pessoas frágeis, estamos sujeitos a falhas e erros, por isso nossa confiança sempre tem de estar em Deus Nosso Senhor.
Depois, confiamos nos homens, confiamos demais nas pessoas. Não seja aquela pessoa doentia que desconfia de tudo e de todos, porque, assim, caímos numa neura, e a vida se torna muito mais problemática. Isso não quer dizer que todos mereçam nossa desconfiança; a verdade é que colocamos excesso de confiança nas pessoas, e há momentos em que esse excesso de confiança se torna algo tão pesado, que a pessoa não corresponde às expectativas, ela falha e nós ficamos desapontados.
Olho para Deus, é n’Ele que coloco a minha confiança e esperança, e Ele jamais há de me decepcionar. Eu já me decepcionei comigo, já me decepcionei com as pessoas, já me iludi, eu já confiei mais do que deveria.
A maturidade da vida e a Palavra de Deus nos dão sempre o norte e a direção. É no Senhor que devemos alicerçar a nossa vida e o nosso coração!
O Senhor nos ensina como devemos nos relacionar com as pessoas, com aqueles que estão ao nosso lado, até que ponto devemos chegar, mas sem jamais sair dessa direção: alicerçados firmemente no Senhor, pois é Ele quem nos sustenta e leva para frente.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 06/12/2018

HOMILIA DIÁRIA

A verdadeira religião nos converte todos os dias

“Nem todo aquele que me diz: ‘Senhor, Senhor’, entrará no Reino dos Céus, mas o que põe em prática a vontade de meu Pai que está nos céus.” (Mateus 7,21)

Graças a Deus, a nossa fé nos leva a invocarmos o Senhor, a clamarmos e orarmos pelo nome d’Ele. Graças a Deus, a fé faz de nós pessoas orantes; e se não faz ou não fez ainda, precisamos deixar que a fé nos acorde para sermos pessoas de oração, pessoas que clamem pelo nome do Senhor.
É preciso dizer que, muitas vezes, a nossa religião faz muito barulho e pouca ação, porque é infrutífera. Mais do que isso, é estéril a oração que não produz ação; é estéril a oração que levanta os braços para o Céu, que clama a Deus, fala coisas bonitas e até chora na presença do Senhor, mas não produz transformação. Não basta clamarmos pelo nome de Jesus, não basta sairmos falando d’Ele nas redes sociais nem nas praças públicas. Precisamos fazer a vontade do Pai, mas, nem sempre, a vontade d’Ele é a nossa vontade.
Somos cheios de vontades! Muitas vezes, manipulamos Deus para que Ele faça a nossa vontade. É isso que o orgulho produz em nós, é isso que o egoísmo e o individualismo fazem na espiritualidade vazia, inócua, quando usamos da religião em proveito próprio e manipulamos a religião para os nossos interesses.
Religião é submissão e oblação. A religião de Jesus não é aquela que fala, mas é aquela que dobra o coração. A religião de Jesus não é aquela que fala de amor, mas produz amor; a religião de Jesus não é aquela que fala de perdão, mas ela vive o perdão buscado com toda a intensidade da alma e do coração.

A religião é aquela que nos converte todos os dias, é aquela que provoca a reconciliação dos homens

Há muitas pessoas falando de Deus aqui e acolá, em todo lugar, mas precisamos nos rever nesse tempo de graça que tem pouca gente vivendo, de fato, Deus. Olhemos como estão os nossos ambientes familiares, nossas comunidades, a nossa igreja, a nossa vivência de uns para com os outros.
Nós nos elevamos muito e nos rebaixamos pouco. Falamos muito e ouvimos pouco, mandamos muito e obedecemos pouco, sobretudo, a Deus. A religião é aquela que nos converte todos os dias, é aquela que provoca a reconciliação dos homens entre si, e não aquela que provoca discórdias, divisões, guerras e conflitos.
O mundo está escandalizado de ver como as pessoas brigam por causa de religião e como a religião as leva até a brigarem por causa de Jesus, quando, na verdade, a religião deve nos converter a Ele nos levar a amá-Lo e respeitá-Lo na pessoa do próximo, do irmão e daqueles que estão ao nosso redor.
Que possamos viver a religião da ação, e não simplesmente da falação.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 05/12/2019

HOMILIA DIÁRIA

O alicerce da nossa vida é Deus

“Caiu a chuva, vieram as enchentes, os ventos deram contra a casa, mas a casa não caiu, porque estava construída sobre a rocha.” (Mateus 7,25)

Todos nós edificamos uma casa nesta vida, mas não queria que você olhasse para sua casa material, mas olhasse para a casa que é a vida de cada um de nós. Assim como o construtor trabalha para construir a sua casa ou para construir a casa que estamos fazendo, trabalhamos dura e intensamente para edificar a casa que é a nossa vida.
Sabe, você pode fazer a melhor construção, mas se você coloca aquela casa sem alicerce firme e forte, se você não a coloca sobre uma rocha firme, sobre pedras firmes, sobre um terreno firme, quando vierem as adversidades, os ventos, as tempestades, as chuvas, a casa vai ruir. Basta olhar quantas situações tristes e tenebrosas acontecem no meio de nós quando enchentes fortes vêm em tantas regiões do Brasil e do mundo. Quantas casas são devastadas e, muitas vezes, só se mobiliza o governo, a sociedade, quando a casa vem abaixo, mas a casa está mal edificada ou está edificada em um lugar errado ou está edificada sobre o perigo.
Não podemos fazer a mesma coisa com a nossa vida, não podemos esperar que a vida caia, que a casa caia e que as coisas desmoronem. Não podemos deixar que a família caia e desmorone, porque não cuidamos dela.

A sabedoria é saber onde estamos colocando a cada dia o alicerce da nossa vida

Por isso, assim como você precisa edificar a casa material sobre uma rocha firme, mais ainda precisa edificar a casa que é a nossa vida e a nossa família. Não fique vivendo uma vida superficial, não edifique nada sobre a superficialidade, porque o que é superficial é aparentemente bonito, colorido e chama a atenção.
Às vezes, fico olhando as pessoas: como elas postam coisas bonitas nas redes sociais, postam sempre coisas coloridas e floridas! Não é para ficar o tempo inteiro postando dramas e tudo mais, mas precisamos colocar a nossa vida edificada sobre aquilo que é firme e essencial.
A vida de cada um de nós é uma luta, uma batalha a cada dia, e não tenho dúvida nenhuma nem da minha vida nem da sua vida, mas é preciso sabedoria; é o que falta muitas vezes a nós. A sabedoria é saber onde estamos colocando, a cada dia, o alicerce da nossa vida.
Não é em pessoas em primeiro lugar. O alicerce da vida é Deus, Ele é a rocha firme, é a Sua Palavra que nos sustenta e nos coloca de pé a cada dia. Por maiores que sejam as tribulações, ficamos de pé se no Senhor, de forma sábia e prudente, colocarmos a nossa vida.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 03/12/2020

HOMILIA DIÁRIA

Edifiquemos a nossa casa sobre a rocha

“Nem todo aquele que me diz: ‘Senhor, Senhor’, entrará no Reino dos Céus, mas o que põe em prática a vontade de meu Pai que está nos céus.” (Mateus 7,21)

Nem todos que falam do Senhor têm o Espírito do Senhor, nem todos aqueles que proclamam o nome de Jesus, que gritam o nome d’Ele, exclamam o Seu nome, nem todos aqueles que falam de Deus significa que têm o Espírito de Deus. Reconhecemos uma obra, se ela é divina ou de Deus, pelos frutos que ela dá, e não pelas palavras, porque essas, muitas vezes, são palavras que vão ao vento. Algumas pessoas querem até impressionar com seus discursos políticos, nos seus discursos aqui e acolá, nas suas falas, e em tudo invocam o nome de Deus, mas as obras não testemunham aquilo de que estão falando.
Olhemos para a nossa própria vida, pois nós, que muitas vezes invocamos o nome do Senhor, que clamamos pelo nome d’Ele, não significa que estamos n’Ele, porque nos aproximamos de Deus não é pela Palavra, mas pelo coração, e a boca precisa exclamar aquilo que ela tem dentro do coração. Muitas vezes, a boca pronuncia o nome do Senhor, mas o coração está cheio de maldades, de ações diabólicas, perversas, mentirosas e enganosas. Por isso não basta somente ouvir as Palavras do Senhor, é a isso que Jesus está se referindo: “Quem ouve as minhas palavras e as põe em prática, é como um homem que edificou sua casa sobre a rocha”.

Deus não quer que a sua casa, que a sua família, que a nossa vida despenque

Uma casa para estar bem construída precisa estar bem alicerçada. Da casa mais simples a maior das mansões deste mundo, se ela não for bem alicerçada, quando vem os ventos, quando caem as chuvas, quando as enchentes vêm… Estamos vendo tantas vezes, em situações de calamidades, casas caindo, moradias sendo arrastadas, porque não estão bem alicerçadas, mas olhamos, muitas vezes, a nossa própria vida ruindo, caindo, e aí a expressão: “A casa caiu”. Quando é que a nossa casa cai? Quando ela rui? Quando não estamos alicerçados em Deus.
Muitas vezes, as pessoas estão desanimadas, estão perdendo o sentido da vida, o gosto pelo viver. Muitas vezes, estamos vendo casamentos sendo destruídos, famílias sendo arrasadas, a própria vida humana perdendo o sentido e a direção, e perguntamos: “Onde estamos alicerçando a nossa vida?”.
Não descuidemos do alicerce da casa, não descuidemos do alicerce da família, não descuidemos do alicerce da nossa própria vida. É preciso alimentar-se, todos os dias, da Palavra do Senhor, mas é preciso, todos os dias, revisar a própria vida à luz da Palavra do Senhor. Alguém pode vir dizer: “Eu ia para a missa todos os domingos”,  “Eu rezava”, “Eu medito a Bíblia”, mas como estamos colocando em prática? Para bênção permanecer em você, na sua casa, na sua família, não basta ter uma Bíblia aberta, não basta fazermos orações de vez em quando, é preciso vir purificando, renovando, lapidando, orientando a vida e nos convertendo a partir da Palavra.
A Palavra não é apenas para ser lida ou ouvida, mas a Palavra de Deus é para ser vivida, vivenciada e praticada, aí estaremos realmente edificando sobre a rocha a nossa casa. Durante a vida, são muitas as chuvas, as enchentes, os ventos que dão contra a nossa própria vida, contra a nossa própria casa. Quem está forte no Senhor, Deus sustenta, o seu sustento é Deus, mas quem edifica a sua casa sobre a areia, ela rui, e Deus não quer que a sua casa, que a sua família, que a sua vida despenque. Por isso, alicercemos a vida em praticar a Palavra de Deus, porque é assim que entramos no Reino dos Céus.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 02/12/2021

HOMILIA DIÁRIA

Realize a vontade do Pai em primeiro lugar

“Nem todo aquele que me diz: ‘Senhor, Senhor’, entrará no Reino dos Céus, mas o que põe em prática a vontade de meu Pai que está nos céus.” (Mateus 7,21)

Meus irmãos, estamos neste tempo do Advento, e vale sempre lembrar que o Advento é um tempo de preparação para festejarmos o Natal do Senhor. Ao mesmo tempo, estamos em preparação para a vinda definitiva de Nosso Senhor, e precisamos sim preparar o nosso coração, precisamos sim nos preparar para celebrarmos essa grande festa da encarnação de Cristo, da vinda de Cristo entre nós.
O Evangelho de hoje fala também dessa preparação: “Não basta dizer: ‘Senhor, Senhor’ para entrar no Reino dos Céus, mas é preciso praticar a Palavra do Pai, é preciso realizar a vontade de Deus”.
Nosso Senhor chamou a atenção, porque muitos ali, no Seu tempo, infelizmente estavam presos aos discursos, aos belos discursos. Mas para a nossa fé, para a nossa religião ser verdadeira, ela não se baseia nos discursos, não se baseia nas belas artes, mas se baseia numa fé que é vivida, na prática da Palavra de Deus.

Não basta dizer: ‘Senhor, Senhor’ para entrar no Reino dos Céus, mas é preciso praticar a vontade do Pai

O Senhor chamou a atenção: não bastavam os belos discursos, mas a fé praticada, o amor, de fato, praticado. Não basta falar de amor, tem que amar; não basta ter um belo discurso a respeito do perdão, é preciso perdoar; não basta falar sobre o respeito que nós devemos ter uns para com os outros, se não respeitarmos uns aos outros.
A religião verdadeira, a fé verdadeira em Nosso Senhor Jesus Cristo deve nos levar à prática. Não basta dizer: ‘Senhor, Senhor’ para entrar no Reino dos Céus, mas é preciso praticar a vontade do Pai.
Neste tempo, então, em que vamos comemorar o nascimento do Nosso Senhor Jesus Cristo, preparemos o nosso coração com um bom exame de consciência, vamos nos arrepender dos nossos pecados e nos prontificar a praticar a Palavra não com os discursos, mas, principalmente, com o discurso do testemunho, o discurso da vida.
A bênção do Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!
Padre Márcio Prado
Sacerdote da Comunidade Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 01/12/2022

HOMILIA DIÁRIA

Busque ser fiel à vontade de Deus Pai

“Nem todo aquele que me diz: ‘Senhor, Senhor’, entrará no Reino dos Céus, mas o que põe em prática a vontade de meu Pai que está nos céus. Portanto, quem ouve estas minhas palavras e as põe em prática, é como um homem prudente, que construiu sua casa sobre a rocha.” (Mateus 7,21-24)

A vivência da Palavra de Deus é a nossa maior segurança, o Reino dos Céus é garantido para aqueles que ultrapassam a barreira do discurso para a prática, para a vivência, ou seja, o Reino dos Céus pertence àqueles que se esforçam, dia após dia, para fazer a vontade de Deus na vida deles; não é somente falar, e sim viver e fazer a vontade de Deus.
Quem vive nessa tentativa contínua, nessa busca diária de fazer a vontade de Deus no real da sua vida, na prática, no cotidiano, é como esse homem que passou a vida, ali, martelando na rocha até construir uma casa confiável. Martelar a rocha, certamente, é um trabalho árduo, mas nunca será um esforço em vão.
Quem aplica, ainda que, com muito esforço, a vontade de Deus na sua própria vida, pode ter a certeza de estar realizando um trabalho eternamente durável! Quem constrói a sua vida sobre a vivência da Palavra de Deus pode ficar tranquilo, pois essa construção será firme, será uma construção que jamais perecerá, ainda que venham dias difíceis, ainda que venham grandes vendavais e tempestades, essa casa permanecerá firme, porque foi construída sobre a vontade de Deus, foi levantada sobre o alicerce da Palavra e da vontade de Deus.

O Reino dos Céus pertence àqueles que se esforçam, dia após dia, para fazer a vontade de Deus em sua vida

Aquilo que é construído sobre este alicerce jamais esmorece, jamais cai. Por isso, buscar a vontade de Deus, ser fiel àquilo que é a vontade d’Ele não é algo fácil, é como eu disse: um martelar sobre a rocha; e é dia após dia que vamos construindo a nossa casa.
Jesus ensinou que, muitas vezes, esse caminho passa também pela porta estreita da Sua cruz, passa pelo estreitamento da nossa vida com a vida d’Ele; passa pela vida íntima de oração e de conformação com a Sua vontade, com a vontade do Pai.
Assim como a solidez de uma casa é garantida pelo fato de estar apoiada sobre a rocha, também será a nossa relação com Cristo, a nossa busca de oração, a nossa busca de vivência da Palavra de Deus, que dará resistência à nossa vida, que fará da nossa vida algo durável para a eternidade.
Desça sobre vós a bênção do Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!
Padre Bruno Antonio
Padre Bruno Antonio de Oliveira é Brasileiro, nasceu no dia 18/10/1987, em Lavras, MG. É Membro da Associação Internacional Privada de Fieis – Comunidade Canção Nova, desde 2012 no modo de compromisso do Núcleo.
Fonte: Canção Nova em 07/12/2023

Oração Final
Pai Santo, ensina-nos a lançar as fundações de nossa casa sobre a verdadeira rocha firme do Amor. Que não nos iludamos com belas palavras ditas ao vento, mas que tenhamos força e coragem para seguir o Cristo Jesus, teu Filho que se fez humano como nós e contigo vive e reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 06/12/2012

Oração Final
Pai Santo, ajuda-nos a vencer a sedução do consumismo e a buscar os fundamentos para nossa vida na Tua Palavra que se fez carne, habitou entre nós fazendo o bem a todos, e apontou o caminho do teu Reino, já iniciado nesta vida, mas realizado em plenitude no teu abraço Paternal. Pelo mesmo Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 05/12/2013

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, ensina-nos a arte da construção segura. Faze-nos buscar tua Vontade para colocá-la como fundamento da casa que estamos edificando. Que nos esforcemos para viver de tal maneira que todos os irmãos sintam na Igreja de Jesus, que somos nós, o sinal do Reino de Amor. Pelo mesmo Cristo, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo. Amém.
Fonte: Arquidiocese BH em 07/12/2017

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, ensina-nos a lançar as fundações de nossa casa sobre a verdadeira rocha firme do Amor. Que não nos iludamos com belas palavras ditas ao vento, mas que tenhamos força e coragem para seguir o Cristo Jesus, teu Filho que se fez humano como nós e contigo vive e reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 06/12/2018

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, ajuda-nos a vencer a sedução do consumismo e a buscar os fundamentos para nossa vida na tua Palavra que se fez Carne, habitou entre nós fazendo o Bem a todos, e apontou o caminho do teu Reino. Ele já está iniciado nesta vida, mas será realizado em plenitude no teu abraço paternal definitivo. Pelo mesmo Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 05/12/2019

oRAÇÃO FINAl
Pai, que tanto amamos, a Ti elevamos nossa alma! Ensina-nos a arte e a técnica da boa Construção. Faze-nos buscar a tua Palavra Libertadora, que se fez humana em Jesus de Nazaré, para coloca-La como fundamento da nossa existência, esta casa que estamos edificando. Que nos esforcemos para viver de tal maneira, que todos os irmãos sintam na Igreja de Jesus (que somos nós), o sinal pulsante do teu Amor. Pelo mesmo Jesus, o Cristo teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 03/12/2020

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