
São Gaspar Bertoni
1777 - 1853
Fundou a Congregação dos
1777 - 1853
Fundou a Congregação dos
Sagrados Estigmas de
Nosso Senhor Jesus Cristo
"Estigmatinos".
"Estigmatinos".
Nascido em Verona (Itália), em 9 de outubro de
1777, viveu num tempo em que a cidade era disputada entre franceses e
austríacos. O povo sofria a fome, feridos lotavam os hospitais, crianças sem
escola, juventude desorientada, o próprio clero sofria.
Gaspar cresceu nesse ambiente, enfrentando também problemas familiares: morte
da irmã, separação dos pais. Entrou no Seminário e ordenou-se sacerdote, com 23
anos de idade, em 20 de setembro de 1800. Ainda seminarista, dedicava-se ao
cuidado dos doentes, ao trabalho com a juventude, sendo reconhecido como
"Apóstolo dos jovens".
A pedido do Bispo, resgatou a dignidade do clero, e o Seminário tornou-se
exemplo de ordem e disciplina. Colaborou na páróquia de San Fermo, como
excelente pregador, o que lhe valeu o título de "Missionário
Apostólico".
Mas, aos poucos, Deus o foi chamando para a fundação de uma Congregação
religiosa, numa época em que as Congregações eram perseguidas e até suprimidas,
consideradas grupos de rebeldia contra franceses e austríacos.
Inspirado em Santo Inácio de Loyola, ele, com alguns companheiros, iniciaram
uma escola anexa à Igreja dos Estigmas, lembra as chagas ou estigmas de São
Francisco de Assis. Aí nascia uma Ordem Religiosa que, após a morte de São
Gaspar, recebeu o nome de: "Congregação dos Sagrados Estigmas de Nosso
Senhor Jesus Cristo" os Estigmatinos.
Em reconhecimento à autoridade e ao apoio dos bispos, denominam-se:
"Missionários Apostólicos em Auxílio aos Bispos". Padre Gaspar
procurava fazer tudo segundo a vontade de Deus. Desde os 35 anos, enfrentou
sérios problemas de saúde, suportou terríveis sofrimentos, sem nem mesmo uma
queixa. Fez de suas enfermidades motivos de redenção e de louvor a Deus.
Chamava-as "Escola de Deus", que ensina o perdão e a confiança nele.
Padre Gaspar morreu, com quase 76 anos, em 12 de junho de 1853 e foi canonizado
por João Paulo II, em 1 de novembro de 1989. Celebra-se sua festa litúrgica dia
12 de junho.
São Gaspar Bertoni
Fundador da Congregação
dos Sagrados Estigma
Nascido em Verona, cidade do norte da Itália, em 9 de outubro de 1777, viveu em uma época em que a cidade era palco de constantes conflitos entre os franceses e austríacos, que disputavam a sua posse.
Como conseqüência, a cidade curtia as amarguras da fome e dos
desmandos da libertinagem; os feridos lotavam os hospitais, as crianças pobres
não tinham escola, a juventude estava desorientada e esquecida, e até o próprio
clero sofria as influências daquele ambiente nada salutar.
Nesse contexto o jovem Gaspar cresceu, enfrentando ainda alguns dramas
familiares, como a morte de sua única irmã, mais nova, a incapacidade do pai de
administrar os bens da família, e por fim a separação dos pais, decidida de
comum acordo entre eles.
Por sugestão de seu pároco, da Paróquia de San Paolo, entrou para
o Seminário e, em 20 de setembro de 1800, quando estava com quase 23 anos de
idade, era ordenado sacerdote, ao som de tiros de canhão.
Ainda como seminarista ele já se dedicava aos doentes, e cedo
também começou o seu trabalho com a juventude, resgatando-a daquele ambiente
hostil da cidade. Esse trabalho foi tão frutuoso que ele chegou a ser
reconhecido como "Apóstolo dos Jovens".
Convocado por seu bispo para resgatar a dignidade do clero, aí
também realizou um excelente trabalho, a ponto de o Seminário passar a ser
notado como exemplo de ordem e disciplina, e os padres e seminaristas como
modelos de dedicação e serviço.
Pe. Gaspar revelou-se, também, notável conselheiro. Pessoas dos
lugares mais distantes, governantes e até seu próprio bispo procuravam-no para
um aconselhamento.
Chamado a colaborar nas missões populares na Paróquia de San
Fermo, ele também foi excelente pregador, tanto que chegou a receber da Santa
Sé o título de "Missionário Apostólico".
Mas havia ainda uma grande obra para a qual Deus iria chamá-lo a
realizar, e que, aos poucos, foi se delineando para ele: a fundação de uma
congregação religiosa.
Naquela época, as ordens religiosas eram perseguidas e até
suprimidas. Eram proibidas reuniões ou quaisquer agrupamentos, tidos como
possíveis indícios de rebeldia e oposição aos "patrões" da cidade,
que se revezavam entre franceses e austríacos.
Mas Pe. Gaspar, inspirado por uma visão diante do altar de Santo
Inácio de Loyola, fundador dos jesuítas, ordem cuja supressão vigorava naquela
época, passou a perceber, aos poucos, a vontade de Deus para a realização deste
corajoso projeto.
Em 4 de novembro de 1.816 ele entrou com alguns companheiros em um
prédio que lhe fora destinado inicialmente a servir de escola. Esse prédio era
anexo à Igreja dos Estigmas, que tinha esse nome por ser dedicada às chagas, ou
estigmas, de São Francisco de Assis.
Assim, além da escola, naquele ambiente de pobreza e penitência
nascia, também, uma ordem religiosa que, após a morte de São Gaspar, recebeu o
nome de "Congregação dos Sagrados Estigmas de Nosso Senhor Jesus
Cristo", popularmente conhecida como "Estigmatinos".
Inspirado no título com que fora agraciado pela Santa Sé e no
reconhecimento que tinha para com a autoridade dos bispos, que são os
sucessores dos apóstolos, a quem Jesus deu a missão: "Ide e ensinai"
(Cf. Mt 28,19), ele assim definiu a finalidade de sua congregação:
"Missionários Apostólicos em auxílio aos Bispos".
Pe. Gaspar dedicou toda a sua vida a fazer sempre a vontade de
Deus. Apoiado na oração, ele sempre conseguia perceber e tudo realizar segundo
a vontade de Deus.
Desde os seus 35 anos de idade enfrentou sérios problemas de
saúde, que antes o levaram à beira da morte, e depois o mantiveram preso ao leito
durante grande parte de sua vida, suportando terríveis dores e sofrimentos, mas
sem que uma queixa saísse de seus lábios.
Fez de suas enfermidades instrumentos de redenção e louvor a Deus.
Chamava-as de “Escola de Deus”: são ocasiões que nos dá a misericórdia de Deus
para perdoar muitas faltas que cometemos e não fazemos penitência. Devemos
vivê-las na perspectiva da fé, como uma luz religiosa, pois Deus quer a nossa
salvação também através da doença e, como conseqüência, do sofrimento.
De seu leito de dor continuou suas atividades como mestre,
pregador de exercícios espirituais e sobretudo como conselheiro dos que a ele
acorriam. Todos os que o consultaram (bispos, magistrados, sacerdotes e fiéis)
admiravam-se pela sua sabedoria, e de comum acordo o consideraram como
"Anjo do Conselho".
Muitos doentes que ele abençoou foram curados, e depois de sua
morte ainda outros milagres já foram registrados por sua intercessão ou pelo
contato com suas relíquias.
Pe. Gaspar morreu santamente no dia 12 de junho de 1.853, aos 76
anos incompletos, e foi canonizado pelo Papa João Paulo II em 1 de novembro de
1.989, no dia da festa de "Todos os Santos". Os milagres para o seu
processo de beatificação e canonização foram realizados no Brasil, nas cidades
de Rio Claro e Rio de Janeiro.
Sua festa litúrgica é celebrada em 12 de junho.
São Gaspar Bertoni
Comemoração litúrgica: 12 de junho
Também nesta data: Santo Onofre, Santo Olímpio e Santa Iolanda
FUNDADOR DA ORDEM DOS ESTIGMATINOS - CSS
CONGREGAÇÃO DOS SAGRADOS ESTIGMAS DE N. S. JESUS CRISTO

Gaspar Bertoni, filho de Francisco e de Brunora Ravelli, nasceu no dia 9 de outubro de 1777, em Verona, cidade na época pertencente à república de Veneza. Foi batizado no dia seguinte pelo tio, Pe. Tiago, na paróquia de São Paulo Campo Marzo. Seus pais pertenciam a famílias de vida cristã exemplar e de condições econômicas razoáveis.
Após a morte de sua irmãzinha, Gaspar, como filho único, recebeu ótima educação no lar e nas escolas municipais que freqüentou; naquele tempo, estas eram dirigidas por jesuítas. Pe. Luís Fortis, que seria mais tarde superior geral da Companhia de Jesus, teve grande influência em sua vida.
A primeira comunhão, aos onze anos, foi para Bertoni uma experiência inesquecível. Ele decidiu ingressar no seminário com dezoito anos, freqüentando o curso de teologia como aluno externo; o professor de Moral, Pe. Nicolau Galvani, foi seu diretor espiritual.
Quando cursava o primeiro ano de teologia, o exército francês invadiu a cidade de Verona (1.6.1796), ocasionando muitas desgraças e sofrimentos na vida do povo durante vinte anos. Ainda seminarista, movido por um grande espírito de caridade, cuidou de pessoas feridas e doentes, ajudando em uma obra fundada por Pedro Leonardi.
Foi ordenado sacerdote no dia 20 de setembro de 1800. Após a ordenação teve que enfrentar uma sociedade em convulsão e exigindo iniciativas que trouxessem soluções para os graves problemas do momento.
Encarregado de cuidar da juventude da paróquia, para a qual fora destinado, entregou-se inteiramente a este apostolado, desenvolvendo nele toda sua capacidade de organização. Fundou um primeiro Oratório nos moldes de "Coorte Mariana ", visando a formação humana e cristã dos jovens. Em 1807 o governo proibiu as atividades das associações religiosas. Então, Pe. Gaspar adiou a realização de seus projetos para tempos melhores.
Neste período, entretanto, assumiu a direção espiritual da obra de Santa Madalena de Canossa (maio de 1808), na casa de São José. Neste mesmo local começou a orientar também a Serva de Deus Leopoldina Naudet em seu crescimento espiritual e na caminhada em vista de um instituto religioso, que recebeu depois o nome de Irmãs da Sagrada Família. Auxiliou, igualmente, outra Serva de Deus, Teodora Campostrini, orientando-a em sua vocação e apoiando-a na fundação de outro instituto feminino.
Em setembro de 1810, Pe. Gaspar ficou encarregado da direção espiritual dos clérigos que moravam no seminário. Algum tempo antes, ele já havia reunido em sua casa alguns jovens sacerdotes, proporcionando-lhes uma formação espiritual e científica verdadeiramente sólida.
Nesta atividade, agora junto aos seminaristas, ele elaborou um programa de formação que tinha como base a fidelidade plena ao Papa; naquela época o Papa Pio VII fora feito prisioneiro por Napoleão. Na concepção de Pe. Gaspar a reforma da Igreja devia começar dentro dos seminários, fazendo com que os futuros ministros do Senhor se conscientizassem dos valores evangélicos. De fato, o seminário, que anteriormente passara por séria crise econômica e grave decadência moral, voltou a desempenhar seu verdadeiro papel na formação sacerdotal, chegando a ser comparado a um mosteiro.
Aproveitando-se da mudança de governo, Pe. Gaspar tentou reavivar a fé cristã no povo através da pregação de missões populares, atividade que encontrou oposição da parte do governo austríaco. Contudo, ele continuou o apostolado da palavra, dedicando-se à cataquese. A 20 de dezembro de 1817 o Papa Pio VII conferiu-lhe o título e as faculdades de "Missionário Apostólico".
Embora fazendo-se todo para todos, a fim de ganhar todos para Cristo, Pe. Gaspar destinou muito tempo à vida de oração e de contemplação, como se pode deduzir do que está escrito em seu "Memorial Privado". Neste diário espiritual também se pode ler como Deus, por meio de uma inspiração especial, o levou a fundar uma família religiosa.
A 4 de novembro de 1816 foi morar em uma casa, anexa à igreja dos Estigmas de São Francisco; daí que, o povo acostumou a chamar os religiosos que aí residiam de "estigmatinos ". Foi nesta igreja que ele propagou a devoção à Paixão e às Chagas do Senhor. Transformou a casa em uma escola aberta aos filhos de gente simples, trabalhando gratuitamente para a Igreja e para a sociedade. Juntamente com os companheiros de comunidade levou uma vida de penitência e sacrifício, vivenciando um projeto de vida espiritual fundamentado na contemplação e na ação apostólica. Esta abarcava a educação da juventude, a formação do clero e a pregação missionária numa ampla disponibilidade a serviço dos bispos.
Em maio de 1812 esteve à beira da morte devido a uma doença grave. Sarou quase por milagre, mas a debilidade física provocada por esta enfermidade não o deixou mais até o fim da vida. Embora vivesse continuamente enfermo, deu exemplo de paciência heróica, entregando-se completamente nas mãos de Deus.
Acamado e sofrendo terrivelmente, ainda assim foi conselheiro espiritual de muitas pessoas que o procuravam, entre as quais se destacam o Beato Carlos Steeb, os Servos de Deus Pe. Nicolau Mazza e Pe. Antonio Prôvolo; estes três dirigiam instituições e obras de caridade. Muitas outras pessoas vinham de longe para pedir seus conselhos.
Sua perna direita passou por quase trezentas operações. Em meio às dores atrozes que o atormentavam, esforçava-se por imitar Cristo sofredor, jamais se queixando. Pelo contrário, oferecia seu lento holocausto pelo bem da Igreja. Nos últimos momentos de sua existência o enfermeiro perguntou-lhe: "Padre, o senhor precisa de alguma coisa?". "Preciso sofrer", respondeu.
Apesar dos sofrimentos e da doença, manteve sempre uma grande esperança cristã, por causa de sua fé em Cristo, Aquele que conserva no corpo ressuscitado os sinais da Paixão. Nutriu também grande devoção aos Santos Esposos, Maria e José, que são os padroeiros da Congregação Estigmatina. Faleceu santamente às 15.30 hs. do domingo dia 12 de junho de 1853.
A Congregação dos Sagrados Estigmas de Nosso Senhor Jesus Cristo, abençoada por seu Fundador, cresceu e se difundiu gradualmente em outras cidades da Itália, nos Estados Unidos, no Brasil (onde conta, atualmente, com seis bispos), no Chile, nas Filipinas, e em missões nos seguintes países: África do Sul, Costa do Marfim, Tailândia e Tanzânia.
Fonte: Site do vaticano: www.vatican.va
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