quinta-feira, 22 de maio de 2025

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 21/05/2025

ANO C


Jo 15,1-8

Comentário do Evangelho

Unidos a Cristo: A Verdadeira Videira


Neste discurso, Jesus utiliza a imagem da videira e do agricultor, um símbolo profundamente enraizado na tradição de Israel, inspirado pelo cântico da vinha (Isaías 5,1-7). Israel, a videira que Deus cuida, foi escolhida para gerar frutos bons, assim como a videira que dá uvas de qualidade para produzir um vinho que proporciona alegria. O Mestre enfatiza a importância de os discípulos permanecerem unidos a Ele, a verdadeira videira.
Deus, o Pai, é o agricultor que cuida desta videira, podando os galhos secos e purificando-a para que ela produza mais frutos. Os discípulos, representados pelos ramos, precisam estar unidos a Jesus, caso contrário, secarão e não darão frutos. Eles correm o risco de se afastar, perder a força e o ânimo. Para se manterem vivos espiritualmente, devem se alimentar da seiva da videira e permitir que o Pai, o agricultor, os cuide.
Somente ao estarem unidos ao Senhor, os discípulos produzirão muitos frutos, pois estarão alimentados pela fonte de vida. Em comunhão com Jesus, suas orações serão atendidas e, juntos, caminharão em unidade. Sigamos sempre unidos a Cristo, a verdadeira videira, para que possamos dar frutos abundantes e cumprir nossa missão sem nos cansarmos, evitando nos tornar galhos secos.

Comentário do Evangelho

Quem permanece em mim, e eu nele, produz muito fruto, porque sem mim nada podeis fazer.


Neste discurso, Jesus toma a imagem da videira e do agricultor, muito comum na tradição de Israel, inspirado no cântico da vinha (Is 5,1-7). Israel é essa videira cuidada por Deus para gerar boas uvas e dar um bom vinho, proporcionando alegria. O Mestre insiste para que os discípulos permaneçam unidos a ele. O Pai, o agricultor, cuida dessa videira, cortando seus galhos secos, limpando-a para que dê mais frutos mediante o poder da Palavra. Os discípulos, simbolizados pelos ramos, se não estiverem unidos ao Senhor, a verdadeira videira, secarão e não darão frutos. Correrão o risco de não perseverar, pois ficarão sem forças e desanimarão. Necessitam receber o alimento da videira e, ao mesmo tempo, se deixar ser cuidados pelo agricultor, o Pai. Darão muitos frutos, pois estarão ligados à seiva que dá vida. Unidos ao Mestre, serão atendidos em suas orações, pois farão comunhão com ele e com os irmãos. Juntos, focarão no mesmo caminho. Sigamos unidos ao Cristo, verdadeira videira, para que não nos cansemos e não nos tornemos galhos secos, mas produzamos bons frutos na missão!
Pe. Jackson Câmara Silva, INJ, ‘A Bíblia dia a dia 2025’, Paulinas.

Reflexão

A primeira grande questão que dividiu a opinião dos cristãos foi relativa à circuncisão dos batizados, ou melhor, à obrigatoriedade da observância dos preceitos judaicos procedentes da circuncisão. Não é apenas uma questão de ordem prática, mas um problema teológico, pois tocava o âmago da mensagem evangélica. Jesus instaurou um novo povo de Deus, e já não são os judeus o povo escolhido, mas todos os que abraçam a fé. O chamado Concílio de Jerusalém procurou impedir um retrocesso que ameaçava esvaziar de sentido e de valor a redenção operada por Cristo. O fundamental, aqui, é notarmos que os cristãos (ramos) já não estão apegados a uma Lei, mas dependem unicamente de Cristo, a videira. “Quem permanece em mim, e eu nele, dará muito fruto”, afirma Jesus. A qualidade do cristão depende de sua união a Cristo, e essa união depende do quanto nos sentimos Igreja, porque Cristo é a cabeça da Igreja, que é seu corpo.
(Dia a Dia com o Evangelho 2025 - PAULUS)

Reflexão

«Permanecei em mim, e eu permanecerei em vós»

Rev. D. Antoni CAROL i Hostench
(Sant Cugat del Vallès, Barcelona, Espanha)

Hoje, contemplamos novamente Jesus rodeado dos Apóstolos, em um clima de especial intimidade. Ele confia-lhes o que poderíamos considerar como as últimas recomendações: aquilo que se diz no último momento, justo na despedida, e que tem uma força especial, como se de um postremo testamento se tratasse.
Nos imaginamo-los no cenáculo. Ali, Jesus lhes tem lavado os pés, tem lhes anunciado novamente que tem que partir, tem lhes transmitido o mandamento do amor fraterno e os tem consolado com o dom da Eucaristia e a promessa do Espírito Santo (cf. Jo 14). Introduzidos já no capítulo décimo quinto deste Evangelho, achamos agora a exortação à unidade na caridade.
O Senhor não esconde aos discípulos os perigos e dificuldades que deverão afrontar no futuro: «Se me perseguiram, também vos hão de perseguir» (Jo 15,20). Mas eles não se acovardarão nem se abaterão ante o ódio do mundo: Jesus renova a promessa do envio do Defensor, garante-lhes a assistência em tudo aquilo que eles lhe peçam e, enfim, o Senhor roga ao Pai por eles —por nós todos—durante a sua oração sacerdotal (cf. Jo 17).
Nosso perigo não vem de fora: a pior ameaça pode surgir de nós mesmos ao faltar ao amor fraterno entre os membros do Corpo Místico de Cristo e ao faltar à unidade com a Cabeça deste Corpo. A recomendação é clara: «Eu sou a videira e vós, os ramos. Aquele que permanece em mim, como eu nele, esse dá muito fruto; pois sem mim, nada podeis fazer» (Jo 15,5).
As primeiras gerações de cristãos conservaram uma consciência muito viva da necessidade de permanecer unidos pela caridade: Temos aqui o testemunho de um Padre da Igreja, Santo Inácio da Antioquia: «Correis todos a uma como a um só templo de Deus, como a um só altar, a um só Jesus Cristo que procede de um só Pai». Tem aqui também a indicação de Santa Maria, Mãe dos cristãos: «Fazei o que ele vos disser» (Jo 2,5).

Pensamentos para o Evangelho de hoje

- «Onde estiver Jesus Cristo, aí está a Igreja Católica» (Santo Inácio de Antioquia)

- «Nós somos os ramos. Os ramos não são autossuficientes, pois dependem totalmente da videira, onde está a sua fonte de vida» (Francisco)

- «Desde o princípio, Jesus associou os discípulos à sua vida; revelou-lhes o mistério do Reino; deu-lhes parte na sua missão, na sua alegria e nos seus sofrimentos. Jesus fala duma comunhão ainda mais íntima entre Ele e os que O seguem: «Permanecei em Mim, como Eu em vós... Eu sou a cepa, vós os ramos» (Jo 15, 4-5). E anuncia uma comunhão misteriosa e real entre o seu próprio Corpo e o nosso» (Catecismo da Igreja Católica, nº787)

Reflexão

Unidos na verdade

Rev. D. Antoni CAROL i Hostench
(Sant Cugat del Vallès, Barcelona, Espanha)

Hoje, vemos Jesus no Cenáculo, rodeado pelos Apóstolos, num clima de particular intimidade. Dá-lhes as últimas recomendações antes da Paixão. Escutamos agora a exortação à unidade em redor da Palavra que lhes anunciou. Jesus refere-se de novo ao seu Pai do céu. Um Pai que nos quer reunir à volta do seu Filho.
Jesus, como bom Filho, é um reflexo perfeito do Pai. É o “Verbo” (Imagem) de Deus, a sua “Palavra”. Chegamos ao Pai através desta Palavra. Cristo falou-nos de si próprio, do Pai, do Espírito Santo, do seu Reino… E do homem! A Igreja não cessa de nos ensinar esta Palavra. Fá-lo guiada pelo Espírito da Verdade, que assiste principalmente ao Papa, Vigário de Cristo.
—Senhor, Tu deste-te a conhecer. Quero agradecer a tua confiança com uma atenção fiel aos ensinamentos da Igreja, ao Magistério e ao Papa.

Comentário sobre o Evangelho

A Última Ceia: Para ter uma vida plena, precisamos estar unidos a Jesus


Hoje, antes de ir para o céu, Jesus Cristo nos garante que Ele permanecerá conosco. Deus pode fazer isto: estar no céu —junto ao Pai e ao Espírito Santo— e, ao mesmo tempo, permanecer na terra. Faz a través de seu Amor, o Espírito Santo, que habita em nossos corações. Faz a través da Comunhão e dos outros sacramentos.
—Jesus nos pede que permaneçamos com Ele. Assim nossa vida dará fruto e será bonita: às vezes com dores, mas sempre com alegria. Que bonito é estar com Deus e com meus irmãos!

Meditação

A Palavra: dos ouvidos ao coração!

Hoje, somos advertidos sobre o perigo da imposição da fé diante de costumes e culturas. A fé deve ser nosso ponto de união. Por conta disso é que aconteceu a primeira reunião entre os Apóstolos, o Concílio de Jerusalém. Discutiram sobre a necessidade ou não da circuncisão para os que abraçavam a fé cristã. Assim, aprenderam que não se deve viver uma fé de aparências, mas uma fé de decisão. Abraçar a fé, portanto, é um gesto profundo de confiança e amor a Deus e ao próximo.
Somos chamados a permanecer em Jesus. Ele é a videira e nós somos os ramos. Desse modo, como o ramo só produz fruto se estiver ligado à videira, também nós só produziremos frutos se permanecermos ligados a Jesus. Como havia convidado seus Apóstolos, hoje nos convida: “Permanecei em mim e eu permanecerei em vós” (Jo 15,4).
Oração
Ó DEUS, que amais e restaurais a inocência, orientai para vós os corações dos vossos filhos e filhas, a fim de que jamais se desviem da luz da vossa verdade aqueles que libertastes das trevas da incredulidade. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.

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