
Desde cedo despontava na vida de oração, no amor à família e ao próximo. Se unia ao crucificado por meio de penitências. Jovem, mas centrada no mistério da Eucaristia, tinha vida sacramental, penitencial e de oração.
Albertina cuidava do rebanho de seu pai que deu a seguinte ordem: ela devia procurar um boi que se extraviou. No caminho, encontrou um homem de apelido 'Maneco Palhoça', que trabalhava para a família. Ela perguntou a ele se sabia onde estaria o boi perdido. Ele indicou um lugar distante, e a surpreendeu lá, tentando estuprá-la, porém, não teve o êxito.
A jovem resistiu, pois não queria pecar. Por não conseguir nada, ele pegou-a pelo cabelo, jogou-a ao chão e cortou seu pescoço, matando-a imediatamente.
Maneco acusou outra pessoa, que foi presa imediatamente. Ele fingia que velava a menina, e ao se aproximar do corpo, o corte vertia sangue. Ele fugiu, mas foi preso e confessou o crime. Maneco deixou claro que ela não cedeu porque não queria pecar.
Tudo isso aconteceu em 15 de junho de 1931. Por causa da castidade, Albertina não cedeu.
Bem-aventurada Albertina Berkenbrock, rogai por nós!

Albertina Berkenbrock
Bem-aventurada
1919-1931
"Albertina foi uma menina que ousou ser
santa." Foi com essas palavras que Dom Jacinto Bergmann, bispo da diocese
de Tubarão - Santa Catarina -, referiu-se a ela na cerimônia de sua
beatificação.
Albertina Berkenbrock nasceu dia 11 de abril de 1919, no povoado de São Luís,
município de Imaruí no Estado de Santa Catarina, Brasil.
Filha de um casal de agricultores - Henrique Berkenbrock e Josefa Boeing -
fervorosos católicos oriundos de famílias alemães, com eles ela aprendeu as
verdades da fé, a rezar, a freqüentar a igreja e a respeitar os mandamentos de
Deus. Cultivou especial devoção a Virgem Maria e a São Luiz Gonzaga. Recitava
diariamente o rosário com a família. Preparou-se com alegria para a Primeira
Eucaristia que recebeu no dia 16 de agosto de 1928.
Foi neste ambiente simples, belo e cristão de sua família que Albertina cresceu.
Ajudava os pais nos trabalhos da roça e em casa. Era dócil, obediente,
incansável, e paciente.
Sua caridade era grande. Gostava de acompanhar as meninas mais pobres, de jogar
com elas e com elas dividir o pão que trazia de casa para comer no intervalo
das aulas. Teve especial caridade com os filhos do seu assassino, que
trabalhava na casa do seu pai. Muitas vezes Albertina deu de comer a ele e aos
filhos pequenos, com os quais se entretinha alegremente. Albertina, apesar de
seus 12 anos, aparentava mais idade e tinha um corpo já bastante desenvolvido.
Era alta e forte, acostumada ao sol e aos trabalhos da roça. Tinha cabelos
louros tendendo ao castanho, olhos verde-escuros. Era uma bonita moça.
Tudo corria normalmente até que chegou o dia 15 de junho de 1931.
Perdera-se um boi pelos pastos. Albertina saiu a procura a pedido dos pais. De
longe, Maneco Palhoça - ou Indalício Cipriano Martins, que planeja conquistar a
menina para seus intentos eróticos, a avistou.
Albertina procurava o boi fugitivo. De repente viu ao longe alguns chifres e
correu naquela direção. Para sua surpresa, porém, encontrou perto deles Maneco
carregando feijão na carroça. À pergunta de Albertina pelo boi desaparecido, o
homem lhe deu uma pista falsa para encaminhá-la ao lugar onde poderia
satisfazer seus desejos sem chamar atenção.
Albertina seguiu a indicação de Maneco e embrenhou-se pela mata. Repentinamente
deu de cara com Maneco. Ficou petrificada. Sozinha, no mato, com aquele homem
na frente! Ainda naquela manhã ela levara comida a seus filhos, como fazia
sempre. Havia certa familiaridade entre Albertina e Maneco: ela o chamava de
"Maneco preto", como todo mundo, sem que ele se ofendesse.
Maneco lhe propôs seus intentos. Albertina, decidida, não aceitou. Começou
então, a tentativa do assassino de se apossar de Albertina, mas ela não se
deixou subjugar. A menina é forte. Aos pontapés se defendeu, derrubou o
assassino. A luta foi longa e terrível. Ela não cedeu. Maneco, derrotado
moralmente pela menina, vingou-se, agarrou-a pelos cabelos e afundou o canivete
no pescoço e a degolou. Seu corpo ficou manchado de sangue... Sua pureza e
virgindade, porém, ficaram intactas.
Aos 12 anos de idade, Albertina foi assassinada porque quis preservar a sua
pureza espiritual e corporal e defender a dignidade da mulher por causa da fé e
da fidelidade a Deus. E ela o fez heroicamente como verdadeira mártir. O
martírio e a conseqüente fama de santidade espalharam-se rapidamente.
A cerimônia de beatificação de Albertina foi realizada em Tubarão - Santa
Catarina . Contou com a presença do bispo local, Dom Jacinto Bergman; presidiu
a cerimônia o cardeal José Saraiva Martins, prefeito da Congregação para as
Causas dos Santos. Estavam presentes cerca de 20 mil pessoas, na praça da
Catedral de Tubarão, além de dezenas de bispos e sacerdotes.
Após a leitura da biografia e a solicitação de beatificação, feita por Dom
Jacinto Bergman, o cardeal Saraiva Martins leu o decreto de Bento XVI, que
inscrevia oficialmente Albertina no catálogo dos bem-aventurados.
Albertina está viva mais do que nunca. Primeiro porque vive em Deus, imersa na
paz e na felicidade sem fim. Depois porque vive no coração de seus parentes,
amigos e devotos.
Veja mais: http://www.albertinab.com
Beata Albertina Berkenbrock | |
---|---|
Virgem e Mártir | |
Nascimento | 11 de abril de 1919 em ![]() |
Morte | 15 de junho de 1931 em ![]() ![]() |
Veneração por | Igreja Católica |
Beatificação | 20 de outubro de 2007,Tubarão |
Festa litúrgica |
|
Albertina Berkenbrock
Beata Albertina Berkenbrock (Imaruí, 11 de abril de 1919 — 15 de junho de 1931) foi uma menina brasileira a quem são atribuídos milagres que, em 2007, foi declarada oficialmente beata pela Igreja Católica Apostólica Romana.
Conhecida pelo povo da Diocese de Tubarão como “a nossa Albertina”, também conhecida como a Maria Goretti brasileira. Nasceu na comunidade de São Luís, município de Imaruí, estado de Santa Catarina. Era filha do casal de agricultores, Henrique e Josefina Berkenbrock, e teve mais oito irmãos e irmãs. Foi batizada no dia 25 de maio de 1919, crismou-se a 9 de março de 1925 e fez a primeira comunhão no dia 16 de agosto de 1928. Assassinada em 15 de junho de 1931, aos doze anos de idade. Teve vida simples e humilde no meio rural do seu município natal.
A ela foram atribuídos milagres após sua morte violenta, depois de tentativa de estupro. Os milagres seriam obtidos por invocação junto a seu túmulo, o que motiva peregrinações.
-
- "A Assembléia, em reunião reservada, acolheu favoravelmente a proposta de D. Jacinto Bergmann, Bispo de Tubarão, para que fosse apresentado ao Papa o pedido de beatificação de vários Servos de Deus do Brasil, cujo processo já está em fase adiantada na Congregação das Causas dos Santos. São eles: Lindalva Justo de Oliveira, Albertina Berkenbrok, Manuel Gómez González e Adílio Da Ronch (mártires), Francisca de Paula de Jesus (Nhá Chica) e Dulce Lopes Pontes. Os bisposassinaram o pedido a ser encaminhado ao papa Bento XVI (2ª sessão reservada)".
A serva de Deus, Albertina Berkenbrock, com o decreto de beatificação, assinado pelo Papa Bento XVI, no dia 16 de dezembro de2006, foi beatificada em 20 de outubro de 2007[1].
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