terça-feira, 3 de junho de 2025

LITURGIA DIÁRIA - 03/06/2025


Tema do dia

O MESTRE NOS CONSAGRA AO PAI E NOS ENSINA O CAMINHO DA VIDA ETERNA

Em Mileto, quase terminando sua terceira viagem missionária, Paulo chama os anciãos da Igreja de Éfeso até aquela cidade para se despedir deles. Sabia que seria o seu último encontro pessoal. Estava prestes a completar a missão que recebera: testemunhar ao Mundo o Evangelho da Graça de Deus.
Fonte: Arquidiocese BH em 26/05/2020

Tema do dia

PAI, CHEGOU A HORA, GLORIFICA O TEU FILHO

Paulo, em Mileto, despede-se dos anciãos da Igreja de Éfeso que foram até ali atendendo ao seu chamado e presta contas do seu ministério. Um jeito transparente de viver e anunciar o Reino de Deus que deve ser seguido pelos discípulos missionários de Jesus de todos os tempos.
Fonte: Arquidiocese BH em 04/06/2019

Tema do dia

«PAI, CHEGOU A HORA. GLORIFICA O TEU FILHO.»

Paulo se despede dos discípulos de Éfeso, intuindo que seria o último encontro com eles. O Apóstolo antevia o seu futuro de perseguições e sofrimentos, mas o que lhe importava não era sua vida, e sim manter a fé em Jesus de Nazaré, o Cristo ressuscitado.
Fonte: Arquidiocese BH em 15/05/2018

as PALAVRAS DOs PApas

A oração que Jesus recita por Si mesmo é o pedido da sua glorificação, da própria «elevação» na sua «Hora». Na realidade, é mais do que um pedido e a declaração de plena disponibilidade a entrar, livre e generosamente, no desígnio de Deus Pai que se cumpre no ser entregue e na morte e ressurreição. [...] Não é por acaso que Ele começa a prece sacerdotal, dizendo: «Pai, chegou a hora: glorifica o teu Filho, para que o Filho te glorifique» (Jo 17, 1). A glorificação que Jesus pede para Si mesmo, como Sumo Sacerdote, é o ingresso na obediência mais plena ao Pai, uma obediência que o leva à sua condição filial mais completa: «E agora, Pai, glorifica-me diante de ti com aquela glória que Eu tinha em Ti antes da criação do mundo» (Jo 17, 5). Esta disponibilidade e este pedido são o primeiro ato do novo sacerdócio de Jesus, que é um doar-se totalmente na cruz, e precisamente na cruz — o supremo gesto de amor — Ele é glorificado, porque o amor é a glória autêntica, a glória divina.
(Bento XVI, Audiência Geral de 25 de janeiro de 2012)

Oração para antes de ler a Bíblia


Meu Senhor e meu Pai! Envia teu Santo Espírito para que eu compreenda e acolha tua Santa Palavra! Que eu te conheça e te faça conhecer, te ame e te faça amar, te sirva e te faça servir, te louve e te faça louvar por todas as criaturas. Fazei, ó Pai, que pela leitura da Palavra os pecadores se convertam, os justos perseverem na graça e todos consigamos a vida eterna. Amém.

Terça-feira, 7ª Semana da Páscoa
São Carlos Lwanga e companheiros mártires, Memória
Cor: Vermelho


Primeira Leitura (At 20,17-27)
São Carlos Lwanga e companheiros mártires - Memória | Terça-feira - 03/06/2025

Leitura dos Atos dos Apóstolos.

Naqueles dias, 17de Mileto, Paulo mandou um recado a Éfeso, convocando os anciãos da Igreja. 18Quando os anciãos chegaram, Paulo disse-lhes: “Vós bem sabeis de que modo me comportei em relação a vós, durante todo o tempo, desde o primeiro dia em que cheguei à Ásia. 19Servi ao Senhor com toda a humildade, com lágrimas e no meio das provações que sofri por causa das ciladas dos judeus.
20Nunca deixei de anunciar aquilo que pudesse ser de proveito para vós, nem de vos ensinar publicamente e também de casa em casa. 21Insisti, com judeus e gregos, para que se convertessem a Deus e acreditassem em Jesus nosso Senhor.
22E agora, prisioneiro do Espírito, vou para Jerusalém sem saber o que aí me acontecerá. 23Sei apenas que, de cidade em cidade, o Espírito Santo me adverte, dizendo que me aguardam cadeias e tribulações. 24Mas, de modo nenhum, considero a minha vida preciosa para mim mesmo, contanto que eu leve a bom termo a minha carreira e realize o serviço que recebi do Senhor Jesus, ou seja, testemunhar o Evangelho da graça de Deus.
25Agora, porém, tenho a certeza de que vós não vereis mais o meu rosto, todos vós entre os quais passei anunciando o Reino. 26Portanto, hoje dou testemunho diante de todos vós: eu não sou responsável se algum de vós se perder, 27pois não deixei de vos anunciar todo o projeto de Deus a vosso respeito”.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Responsório Sl 67(68),10-11.20-21 (R 33a)
São Carlos Lwanga e companheiros mártires - Memória | Terça-feira - 03/06/2025

— Reinos da terra, cantai ao Senhor.
— Reinos da terra, cantai ao Senhor.

Ou: Aleluia, Aleluia, Aleluia.

— Derramastes lá do alto uma chuva generosa, e vossa terra, vossa herança, já cansada, renovastes; e ali vosso rebanho encontrou sua morada; com carinho preparastes essa terra para o pobre.
— Bendito seja Deus, bendito seja cada dia, o Deus da nossa salvação, que carrega os nossos fardos! Nosso Deus é um Deus que salva, é um Deus libertador; o Senhor, só o Senhor, nos poderá livrar da morte!

Evangelho (Jo 17,1-11a)
São Carlos Lwanga e companheiros mártires - Memória | Terça-feira - 03/06/2025




Pai é chegada a hora. Glorifica teu Filho para que teu Filho te glorifique

— Aleluia, Aleluia, Aleluia.
— Rogarei ao meu Pai e ele há de enviar-vos um outro Paráclito, que há de permanecer eternamente convosco.

— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 1Jesus ergueu os olhos ao céu e disse: “Pai, chegou a hora. Glorifica o teu Filho, para que o teu Filho te glorifique a ti, 2e, porque lhe deste poder sobre todo homem, ele dê a vida eterna a todos aqueles que lhe confiaste.
3Ora, a vida eterna é esta: que eles te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e àquele que tu enviaste, Jesus Cristo. 4Eu te glorifiquei na terra e levei a termo a obra que me deste para fazer. 5E agora, Pai, glorifica-me junto de ti, com a glória que eu tinha junto de ti antes que o mundo existisse.
6Manifestei o teu nome aos homens que tu me deste do meio do mundo. Eram teus, e tu os confiaste a mim, e eles guardaram a tua palavra. 7Agora eles sabem que tudo quanto me deste vem de ti, 8pois dei-lhes as palavras que tu me deste, e eles as acolheram, e reconheceram verdadeiramente que eu saí de ti e acreditaram que tu me enviaste.
9Eu te rogo por eles. Não te rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são teus. 10Tudo o que é meu é teu e tudo o que é teu é meu. E eu sou glorificado neles. 11aJá não estou no mundo, mas eles permanecem no mundo, enquanto eu vou para junto de ti”.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.


Oração pardepois dler a Bíblia


Dou-Te graças, meu Deus, pelos bons propósitos, afetos e inspirações que me comunicastes nesta meditação; peço-Te ajuda para colocá-los em prática. Minha Mãe Imaculada, meu protetor São José e Anjo da minha guarda, intercedem todos por mim. Amém.

Canção da Unidade - Padre Marcelo Rossi



Canção da Unidade

Que seja um, é um que eu quero mais
Que seja um, é um que eu quero mais
O Meu amor é o que nos torna capazes

Sem medo algum se amem mais
Sem medo algum se amem mais
O Meu espírito é quem age e faz


De onde vem a devoção ao Sagrado Coração de Jesus

Sagrado Coração de Jesus | Wikimedia Commons

Faltam poucos dias para a festa do Sagrado Coração de Jesus e muitos fiéis se perguntam como e onde se originou esta tradição.

História da devoção ao Sagrado Coração de Jesus

A devoção ao coração ferido de Jesus se origina no século XI, quando cristãos piedosos meditavam sobre as cinco feridas de Jesus na cruz.
Naquela época, as orações ao Sagrado Coração, à ferida no ombro de Jesus, entre outras devoções privadas, cresciam entre os fiéis. Todas elas ajudaram os cristãos a meditar sobre a paixão, aumentando assim o amor ao Senhor Jesus.
Foi somente em 1670 que o padre francês Jean Eudes celebrou a primeira festa do Sagrado Coração de Jesus.
Na mesma época, uma religiosa conhecida por sua piedade, Irmã Margarita Maria Alacoque, começou a relatar suas visões de Jesus, que lhe apareceu com frequência. Em dezembro de 1673, o Senhor permitiu-lhe, como já havia permitido a Santa Gertrudes, descansar sua cabeça sobre o seu coração.
Enquanto ela experimentava o conforto da sua presença, Jesus falou-lhe do seu grande amor e lhe explicou que a tinha escolhido para fazer conhecer o seu amor e a sua bondade à humanidade.
No ano seguinte, em junho ou julho de 1674, Margarida Maria relatou que Jesus queria ser homenageado com a imagem de Seu coração de carne. Ele pediu aos fiéis que O recebessem com frequência na Eucaristia, especialmente na primeira sexta-feira de cada mês, e que praticassem uma hora sagrada de devoção.
Em 1675, durante a oitava de Corpus Christi, Margarita Maria teve uma visão que, mais tarde, ficou conhecida como a “grande aparição”.
Nela, o Senhor Jesus pediu que a festa do Sagrado Coração fosse celebrada todos os anos na sexta-feira seguinte ao Corpus Christi, em reparação pela ingratidão dos homens para com o Seu sacrifício redentor na cruz.
A devoção tornou-se popular após a morte de Santa Margarida Maria, em 1690. No entanto, como a Igreja sempre tem o cuidado de aprovar uma aparição ou devoção particular, o feriado só foi estabelecido oficialmente na França em 1765.
Em 8 de maio de 1873, a devoção ao Sagrado Coração foi formalmente aprovada pelo papa Pio IX.
26 anos depois, em 21 de julho de 1899, o papa Leão XIII recomendou, com urgência, que todos os bispos do mundo celebrassem a festa em suas dioceses.

O papa Leão aprovou as seguintes indulgências para a devoção:

• Pelo cumprimento da devoção pública ou privada, sete anos e sete quarentenas (a remissão da pena temporária equivalente ao que seria concedido por quarenta dias de penitência) a cada dia.
• Se a devoção for praticada diariamente em privado, ou se uma pessoa comparecer a uma função pública pelo menos dez vezes, uma indulgência plenária (remissão de todas as penas temporárias pelos pecados) em qualquer dia de junho ou entre 1 e 8 de julho (de acordo com o decreto Urbis et Orbis, de 30 de maio de 1992).
• A indulgência 'toties quoties' (para as almas do purgatório) pode ser conquistada no dia 30 de junho ou no último domingo de junho nas igrejas onde se celebra o mês de junho solenemente.
• Aos sacerdotes que pregam os sermões nas solenes celebrações do mês de junho em homenagem ao Sagrado Coração, e aos reitores das igrejas onde se realizam estas cerimônias, o privilégio do Altar Gregoriano no dia 30 de junho.
• Uma indulgência plenária para cada comunhão do mês de junho e para aqueles que promovem a celebração solene do mês de junho.

Semana de Oração pela Unidade Cristã – SOUC, edição 2025 - De 01 a 08 de junho.

Semana de Oração pela Unidade Cristã

A busca da unidade ao longo de todo o ano

Promovida mundialmente pelo Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos e pelo Conselho Mundial de Igrejas, a Semana de Oração pela Unidade Cristã (SOUC) acontece em períodos diferentes nos dois hemisférios.

No hemisfério Norte, o período tradicional para a Semana de Oração pela Unidade Cristã (SOUC) é de 18 a 25 de janeiro. Essas datas foram propostas em 1908, por Paul Watson, pois cobriam o tempo entre as festas de São Pedro e São Paulo, e tinham, portanto, um significado simbólico.


No hemisfério Sul, por sua vez, as Igrejas geralmente celebram a Semana de Oração no período de Pentecostes (como foi sugerido pelo movimento Fé e Ordem, em 1926), que também é um momento simbólico para a unidade da Igreja. No Brasil, o Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (CONIC) lidera e coordena as iniciativas para a celebração da Semana em diversos estados.

Levando em conta essa flexibilidade no que diz respeito à data, estimulamos a todos os cristãos, ao longo do ano, a expressar o grau de comunhão que as Igrejas já atingiram e a orar juntos por uma unidade cada vez mais plena, que é desejo do próprio Cristo (Jo 17:21). Clique aqui e baixe a logomarca da Semana.

Semana de Oração (SOUC), edição 2025

▶ PERÍODO

De 01 a 08 de junho.

▶ TEMA

“Crês nisso?” (cf. Jo 11,26).

▶ E-BOOK DA SOUC 2025

Desde o ano de 2021, os materiais alusivos à SOUC passaram a ser exclusivamente virtuais.

Clique aqui e baixe o Caderno de Celebração (e-book da SOUC 2025).

▶ CARTAZ

A arte que ilustrará todas as comunicações visuais da SOUC deste ano foi criada por Gabriel Zinani, jovem designer gráfico que se destacou pela sensibilidade e profundidade de sua proposta artística.


Clique aqui e leia a explicação do autor para a arte.

▶ INTRODUÇÃO PARA O ANO DE 2025

A motivação bíblica para a Semana de Oração pela Unidade Cristã 2025 (SOUC/2025) nos interroga: “Crês nisso?” (Jo 11,26). A pergunta foi direcionada a Marta, quando Jesus visitou ela e Maria, após o falecimento de Lázaro. Jesus, que era amigo dos três irmãos, não conseguiu estar presente nem no velório e nem no sepultamento de Lázaro. Jesus conseguiu visitar a família quatro dias após o sepultamento. Todas as pessoas compreenderam que esta era uma visita para prestar solidariedade e consolo à família enlutada.

Quando Marta viu Jesus chegando, correu ao seu encontro enquanto Maria permaneceu dentro de casa. Ao ver Jesus, Marta disse: “Senhor, se tu tivesses estado aqui, o meu irmão não teria morrido. Mas, mesmo agora, eu sei que tudo o que pedires a Deus, Deus te dará”. (Jo 11, 21-22). Jesus olhou para Marta e respondeu: “o teu irmão ressuscitará”. (Jo 11,23). Marta respondeu: “Eu sei, que ele ressuscitará, por ocasião da ressurreição no último dia” (Jo 11, 24). Diante da afirmação de Marta, Jesus respondeu: “Eu sou a Ressurreição e a Vida: aquele que crê em mim, mesmo que morra, viverá, e todo aquele que vive e crê em mim não morrerá jamais. Crês nisso?” (Jo 11, 26)

Ao pinçar esta pequena e quase imperceptível pergunta direcionada por Jesus à Marta, o grupo internacional que elaborou os subsídios da SOUC/2025, nos desafia a colocarmos no centro da Semana de Oração pela Unidade Cristã, a pergunta pelo conteúdo da nossa fé. Quando falamos que temos fé em Jesus Cristo, o que exatamente queremos dizer?

Em qual Jesus acreditamos? Naquele que ressuscitou Lázaro ou em um Jesus que não se compadece da dor e sofrimento das incontáveis vidas precarizadas que estão entre nós. Cremos em um Jesus que chora diante da perda de um amigo querido, ou um Jesus insensível que está atento apenas às pessoas que o bajulam. O Jesus no qual acreditamos é aquele que ama sem distinção ou é um Jesus indiferente e seletivo? O Jesus no qual cremos é aquele que, ao vencer a morte e ressuscitar oferece a esperança de que as estruturas de desigualdade, exclusão e violência não prevalecerão e que todas as pessoas têm o direito à dignidade ou é um Jesus, que legitima a cultura do mérito e reforça a noção de que apenas algumas pessoas são as escolhidas?

A pergunta sobre o que significa confessar a fé em Jesus Cristo, é muito antiga. Ela nos remete para os diálogos entre Jesus e as pessoas que o seguiam, perpassa as comunidades primitivas sobre as quais lemos nas cartas paulinas. A pergunta sobre o conteúdo da nossa fé foi muito importante para as comunidades que se organizaram na Ásia Menor e na África. E, sem dúvidas, é a pergunta que todas batizadas se fazem diariamente: “O que significa crer Naquele que é Filho de Deus, que foi morto, sepultado, ressuscitou no terceiro dia e subiu aos céus?

O Concílio Ecumênico da Nicéia, por que é importante?

A SOUC/2025, ao nos perguntar “Crês nisso?” retomada a pergunta que motivou o primeiro Concílio Ecumênico do qual se tem notícias, realizado no ano de 325 d. C., na cidade de Niceia, atual Iznik, na Turquia. Neste ano de 2025, comemoramos 1.700 anos do Concílio Ecumênico da Nicéia.

O Concílio foi convocado pelo imperador romano de nome Constantino, que não era seguidor de Jesus Cristo. Constantino seguia a religião de Roma antiga que era poleteísta. Podemos nos perguntar, por que um imperador, não cristão, convocou um Concílio que reuniu lideranças cristãs de diferentes regiões da Ásia Menor? Uma das razões era o contexto geopolítico.

O Império Romano estava fragilizado na região, marcada por inúmeros conflitos. As comunidades cristãs aumentaram, mas sem  uma visão comum do que significa ser cristão. Existiam muitas lideranças cristãs com diversas compreensões sobre a fé em Jesus Cristo Estas lideranças não se acertavam entre si, o que gerava conflito. Para poder alcançar os objetivos do Império Romano, Constantino precisava reunir todas estas lideranças para produzir um mínimo de consenso e acalmar as tensões. Importante dizer que o ecumênico de 325 d.C. não tinha o mesmo sentido de hoje, que é o diálogo entre igrejas e a busca conjunta pelo bem comum. O “ecumênico” de Nicéia tinha um significado territorial. Ecumênico compreendia todo o território que estivesse sob a jurisdição do império romano.

Ao celebrar os 1700 anos do Concílio Ecumênico de Nicéia, o Dicastério para a Promoção da Unidade dos Cristãos e a Comissão Fé e Constituição do Conselho Mundial de Igrejas nos convidam a refletir sobre o conteúdo da nossa fé, bem como, celebrar todas as experiências que contribuíram para que compreendêssemos que, apesar de sermos de igrejas diferentes, nossa fé é comum, pois o centro desta fé é Jesus Cristo.

Participaram do Concílio em torno de 318 bispos. Importante ter em conta, que os bispos eram pessoas simples, camponeses, pastores de rebanhos, artesãos, pescadores. Não eram autoridades eclesiásticas no sentido que nós conhecemos hoje.

É possível destacar dois resultados do Concílio Ecumênico da Nicéia. O primeiro deles foi o consenso sobre quando a Páscoa deveria ser celebrada.

Naquele tempo, as comunidades cristãs celebravam a data em épocas diferentes. Algumas comunidades seguiam o calendário judaico, baseado no calendário lunar. Outras comunidades, buscavam certa independência do calendário judaico e queriam que a Páscoa fosse celebrada em um domingo, dia da ressurreição de Cristo.

A decisão do Concílio foi que a Páscoa deveria ser celebrada no primeiro domingo após a primeira lua cheia, no início da primavera no hemisfério Norte, quando o dia e a noite têm o mesmo tempo de duração.   A data da Páscoa seguiria o calendário solar e não mais o lunar. Os bispos conciliares não definiram uma data fixa para a Páscoa. Coube à igreja de Alexandria realizar, a cada ano, os cálculos para comunicar às comunidades cristãs qual era a data da Páscoa de determinado ano. Mais tarde, as igrejas do Ocidente passaram a se orientar pelo calendário gregoriano.

O segundo tema que orientou o Concílio foram as controvérsias em torno da natureza de Jesus. Havia um grupo, que se orientava pelos ensinamentos de Ário de Alexandria, que ensinava que Jesus era o Filho de Deus e que foi criado por Deus, antes da existência do mundo e do tempo, por um ato de livre arbítrio de Deus e do nada. Segundo Ário, o Filho não existiu desde toda a eternidade e, por isso, teria uma natureza não divina, embora tivesse sido uma pessoa mais elevada que as demais pessoas. Ário tinha um grupo significativo de seguidores.

A outra compreensão era defendida por Atanásio de Alexandria e Alexandre de Alexandria. Para os dois e seus seguidores, o Filho (Jesus) era totalmente divino, eterno e da mesma substância que o Pai. Para eles, apenas um Cristo totalmente divino poderia redimir a humanidade do pecado.

Depois de muito debate, o Concílio decidiu que a visão defendida por Ário era uma heresia e formulou o que conhecemos hoje como Credo Niceno que afirma três dimensões importantes para a Tradição cristã

1. Doutrina da divindade pela de Cristo, ou seja, Cristo é da mesma substância de Deus Pai;

2. Doutrina da encarnação de Cristo, ou seja, que Jesus é verdadeiramente Deus e verdadeiramente humano;

3. Declarou as ideias de Ário como heréticas.

Outros impactos do Concílio Ecumênico de Nicéia:

1. A compreensão de que o Filho tem a mesma substância do Pai tornou-se o fundamento para a teologia trinitária ortodoxa.

2. Unidade e autoridade: o concílio estabeleceu um precedente de como resolver as controvérsias doutrinárias.

Claro que, mesmo tendo sido declarado como heresias, as ideias de Ário persistiram por muito tempo e provocaram outros Concílios, como o Concílio de Constantinopla, realizado em 381 d.C. Mais tarde, Ário foi perdoado e acolhido novamente pelas igrejas.

O Credo Niceno tornou-se uma declaração importante para a fé cristã. Em 381, o Concílio de Constantinopla ampliou esta confissão de fé para incorporar a natureza divina do Espírito Santo. Foi quando surgiu o Credo Niceno Constantinopolitano.

Para saber mais sobre o Concílio de Niceia sugerimos os Cafés Teológicos sobre o tema realizados pelo CONIC em 2024 e que estão disponíveis nos seguintes links:





▶ OFERTA DA SEMANA DE ORAÇÃO

A oferta da SOUC simboliza o comprometimento das pessoas com o ecumenismo. É uma forma concreta de mostrar que acreditamos realmente na unidade dos cristãos (João 17:21). Os frutos das ofertas doadas ao longo da Semana são distribuídos, anualmente, da seguinte maneira: 40% para a representação regional do CONIC (onde houver), que é destinado a subsidiar reuniões e atividades ecumênicas locais, e 60% para o CONIC Nacional, para projetos de maior alcance.

Vale lembrar que a oferta faz parte da celebração, logo, reserve um momento da liturgia para realizá-la. É um momento de gratidão pelas coisas boas que recebemos de Deus. Ofertas também poderão ser recolhidas nos encontros temáticos, durante a Semana.