O Papa Francisco recebeu cerca de sete mil fiéis na Sala Paulo VI na tradicional Catequese de quarta-feira. O Santo Padre fez meditações sobre ser manso ― a terceira bem-aventurança do Sermão da Montanha.
Na catequese de hoje tratamos sobre a terceira das oito bem aventuranças do Evangelho de Mateus: “Bem-aventurados os mansos porque receberão a terra em herança” (Mt 5, 5).
O termo “manso” aqui utilizado quer dizer literalmente doce, manso, gentil, privado de violência. A mansidão se manifesta nos momentos de conflito, se vê como se reage a uma situação hostil. Qualquer um pode parecer manso quando tudo está tranquilo, mas como reage “sob pressão”, se é atacado, ofendido, agredido?
A reconciliação com Deus está no foco da temática da mensagem do Papa para a Quaresma deste ano
Da Redação, com Boletim da Santa Sé
Mensagem do Papa para a Quaresma 2020 traz como
tema a reconciliação com Deus
Foto: Canção Nova
A mensagem do Papa Francisco para a Quaresma será apresentada na próxima segunda-feira, 24. Na sala de imprensa da Santa Sé, será realizada uma coletiva de imprensa para apresentar o texto da mensagem, que tem como título: “Em nome de Cristo vos rogamos: reconciliai-vos com Deus!” (2 Cor 5, 20).
Catequese de hoje foi dedicada à terceira bem-aventurança: “Bem-aventurados os mansos, porque receberão a terra em herança”
Da Redação, com Vatican News
Papa fala da “terra” a ser herdada com a mansidão: a paz
com um irmão, o coração dos outros
Foto: Yara Nardi – Reuters
O Papa Francisco se reuniu com milhares de fiéis e peregrinos na Sala Paulo VI para a Audiência Geral desta quarta-feira, 19. A reflexão de hoje foi sobre a terceira das oito bem-aventuranças: “Bem-aventurados os mansos, porque receberão a terra em herança”.
Francisco explicou o significado da palavra “manso”, que é literalmente “doce, gentil, sem violência”. A mansidão se manifesta nos momentos de conflito, de come se reage numa situação hostil, e não nos momentos de tranquilidade. Jesus deu o maior exemplo de mansidão quando, pregado na Cruz, perdoou seus algozes. “A mansidão de Jesus se vê fortemente na Paixão”, disse o Papa.
LEITURA ORANTE Mt 21,33-43.45-46 - Não tomar posse, mas servir MÚSICA BG: Põe teu coração no meu (instrumental)
Passo a passo, a caminho com Jesus, estamos na 2ª Semana da quaresma quando, hoje pedimos a graça de saber caminhar sob o impulso da vida, conscientes de poder fazer parte de uma "mar de vida" incrivelmente belo e inspirador. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Creio, Senhor Jesus, que sou parte de seu Corpo. Trindade Santíssima - Pai, Filho, Espírito Santo - presente e atuante na Igreja e na profundidade do meu ser. Eu vos adoro, amo e agradeço. Em silêncio e na solidão. Inclinamos a cabeça. Fechamos os olhos. Respiramos suavemente, e olhamos através da imaginação, para dentro do nosso coração. Repetimos, respirando: “Senhor Jesus, tem piedade de nós". Agora, ouçamos o que ele, o Senhor nos diz Neste tempo de repouso do nosso coração no de Jesus, em silêncio, ouvimos o que ele nos quer comunicar. Localize na sua Bíblia Mateus 21, 33-46 MÚSICA 1 - Põe teu coração no meu - Pe. Zezinho,scj Vamos hoje encontrar o coração de Jesus na Palavra que vamos, ler, meditar, orar, contemplar: localize na Bíblia: Mt 21,33-43.45-46 Preparamo-nos para nosso momento de oração com o pedido de Raul Follereau Quem foi Raoul Follereau? Foi um escritor, jornalista francês, conhecido por ter fundado uma associação de luta contra a lepra. em 1967, que ajuda em particular nos países de África. Durante a Segunda Guerra Mundial, para ajudar os leprosos escondeu-se num convento de religiosas em Lyon, onde a sua profissão era jardineiro, embora não soubesse nada de jardinagem. Depois, decidiu correr mundo a fazer conferências acerca da lepra, e em 1953, foi fundada uma cidade, chamada Adzopé, onde os leprosos eram tratados e curados. Quando ele se aproximava destes doentes, eles de início ficavam desconfiados, mas depois viam que ele queria mesmo ajudá-los e lhe chamavam de Pai Raoul. Uma frase de Follereau era: "Ser feliz é fazer os outros felizes". Faleceu em Paris em 6 de dezembro de 1977. Rezemos com Raoul Follereau: Senhor, ensina-nos a não amar somente os que são nossos, a não amar somente os que amamos. Ensina-nos a pensar nos outros e a amar, em primeiro lugar, aqueles a quem ninguém ama. Em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo. Música:Doce abandono - Pe. Zezinho, scj 1. Leitura (Verdade) - O que a Palavra diz? Com atenção leio o texto do Evangelho de hoje, na Bíblia: Mt 21,33-43.45-46 Jesus disse: - Escutem outra parábola: certo agricultor fez uma plantação de uvas e pôs uma cerca em volta dela. Construiu um tanque para pisar as uvas e fazer vinho e construiu uma torre para o vigia. Em seguida, arrendou a plantação para alguns lavradores e foi viajar. Quando chegou o tempo da colheita, o dono mandou alguns empregados a fim de receber a parte dele. Mas os lavradores agarraram os empregados, bateram num, assassinaram outro e mataram ainda outro a pedradas. Aí o dono mandou mais empregados do que da primeira vez. E os lavradores fizeram a mesma coisa. Depois de tudo isso, ele mandou o seu próprio filho, pensando: "O meu filho eles vão respeitar." Mas, quando os lavradores viram o filho, disseram uns aos outros: "Este é o filho do dono; ele vai herdar a plantação. Vamos matá-lo, e a plantação será nossa." - Então agarraram o filho, e o jogaram para fora da plantação, e o mataram. Aí Jesus perguntou: - E agora, quando o dono da plantação voltar, o que é que ele vai fazer com aqueles lavradores? Eles responderam: - Com certeza ele vai matar aqueles lavradores maus e vai arrendar a plantação a outros. E estes lhe darão a parte da colheita no tempo certo. Jesus então perguntou: - Vocês não leram o que as Escrituras Sagradas dizem? "A pedra que os construtores rejeitaram veio a ser a mais importante de todas. Isso foi feito pelo Senhor e é uma coisa maravilhosa!" E Jesus terminou: - Eu afirmo a vocês que o Reino de Deus será tirado de vocês e será dado para as pessoas que produzem os frutos do Reino. Os chefes dos sacerdotes e os fariseus ouviram as parábolas que Jesus contou e sabiam que ele estava falando a respeito deles. Por isso queriam prendê-lo, mas tinham medo da multidão porque o povo achava que Jesus era profeta. Refletindo Mais uma parábola de Jesus, em que os lavradores lembram os profetas que pregavam a justiça e foram eliminados. Por fim, Deus enviou seu próprio Filho, Jesus Cristo, que também foi rejeitado e morto. Mas, ressuscitou. O resultado disso: “o Reino será tirado de vocês e dado para pessoas que produzem frutos”. Em torno de Jesus estarão aqueles que não vêm para tomar posse, mas para servir. A parábola dos vinhateiros homicidas denuncia, em primeiro lugar, aqueles que, ao invés de cuidarem do povo, querem se apossar da vinha do Senhor. Para isso, rejeitaram todos os que foram enviados por Deus para alertá-los. É uma menção ao fim trágico de muitos profetas. Em segundo lugar, e esta é a intenção mais importante da parábola, ele faz o leitor compreender que a morte de Jesus foi premeditada e é fruto da inveja, da cobiça e da maldade deliberada (cf. vv. 38-39). Apesar do v. 41, a parábola não possui um juízo condenatório; ela é, isto sim, um forte apelo a reconhecer em Jesus o dom de Deus e a viver em conformidade com este dom e, nele, produzir bons frutos. A inveja e a cobiça trazem em si mesmas uma dinâmica de morte: elas impedem de reconhecer o outro como irmão para considerá-lo como adversário e inimigo. Musica - Quando a palavra chegou - Pe. Zezinho 2. Meditação(Caminho) - O que a Palavra diz para mim? O texto para mim é um apelo de Jesus para pertencer ao grupo que vem para servir. Meditando Em Aparecida, na V Conferência, os bispos lembraram o apelo do papa: “O Santo Padre nos recorda que a Igreja está convocada a ser “advogada da justiça e defensora dos pobres” diante das “intoleráveis desigualdades sociais e econômicas”, que “clamam ao céu”. Temos muito que oferecer, visto que “não há dúvida de que a Doutrina Social da Igreja é capaz de despertar esperança em meio às situações mais difíceis, porque se não há esperança para os pobres, não haverá para ninguém, nem sequer para os chamados ricos”. A opção preferencial pelos pobres exige que prestemos especial atenção àqueles profissionais católicos que são responsáveis pelas finanças das nações, naqueles que fomentam o emprego, nos políticos que devem criar as condições para o desenvolvimento econômico dos países, a fim de lhes dar orientações éticas coerentes com sua fé.” (DAp 395). 3. Oração (Vida) - O que a Palavra nos leva a dizer a Deus? Rezamos com toda Igreja, a Pai misericordioso e compassivo, que governais o mundo com justiça e amor, dai-nos um coração sábio para reconhecer a presença do vosso Reino entre nós. Em sua grande misericórdia, Jesus, o Filho amado, habitando entre nós testemunhou o vosso infinito amor e anunciou o Evangelho da fraternidade e da paz. Seu exemplo nos ensine a acolher os pobres e marginalizados, nossos irmãos e irmãs com políticas públicas justas, e sejamos construtores de uma sociedade humana e solidária. O divino Espírito acenda em nossa Igreja a caridade sincera e o amor fraterno; a honestidade e o direito resplandeçam em nossa sociedade e sejamos verdadeiros cidadãos do “novo céu e da nova terra” Amém. 4. Contemplação(Vida/ Missão) - Qual o meu novo olhar a partir da Palavra? Meu novo olhar é para cuidar a fim de que a vida de Deus e seu Reino tenham espaço de expressão no mundo em que vivo. Recebamos agora a bênção do cardeal Sérgio da Rocha pedindo a graça de saber "escutar" Jesus. Bênção DO CARDEAL administrados apostólico de Brasilia, Dom SÉRGIO DA ROCHA (com BG): Senhor, nosso Deus, concedei-nos nesta quaresma a graça da conversão e da reconciliação por meio da oração, da penitencia e da caridade. Dai-nos a graça de aprender convosco a ser livres para amar, acolhendo a vida como dom e compromisso, valorizando e defendendo a vida, especialmente onde ela se encontra mais fragilizada e sofrida. Isto vos pedimos, em nome do Pai, e do Filho e do Espirito Santo. Amém. Música: Eu gritei teu nome santo - Pe. Zezinho, scj https://leituraorantedapalavra.blogspot.com/
Cristo teve, em certo sentido, “duas” mortes: uma, na qual morreu por nossa causa; outro, na qual morreu por nossas mãos. Morreu por nossa causa, porque morreu por amor a nós, a fim de libertar-nos do pecado e, reconciliando-nos com Pai, abrir para a humanidade as portas do céu. Mas morreu por nossas mãos, porque se fez vítima pelos pecados do mundo inteiro, de tal forma que os mesmos por quem morria Deus por amor eram também os que O matavam por ódio. Assista à homilia do Padre Paulo Ricardo para esta sexta-feira, dia 13 de março, e entenda como todos nós, de algum modo, fomos responsáveis pelo deicídio que, quase com mão comum, perpetramos com os judeus e os gentios.
“Por isso eu vos digo: o Reino de Deus vos será tirado e será entregue a um povo que produzirá frutos.”(Mateus 21,43)
O proprietário, o dono da vinha, mandou operários para rever a sua vinha. Eles foram rejeitados, não foram acolhidos. O proprietário enviou seu filho e até ele foi rejeitado, e não só o rejeitaram, como também o mataram. O proprietário ajustaria as contas, porque a propriedade pertencia a ele.
Este mundo pertence a Deus, foi Ele quem o criou. Um dia, vamos dar conta a Ele da vida que temos e cultivamos aqui na Terra, porque a nossa vida pertence a Ele. Estamos apenas cuidando dela, da nossa parte, temos a responsabilidade para que a Terra produza frutos, para que a nossa vida produza frutos, para que o amor esteja reinando nas nossas relações mútuas, para que criemos solidariedade e tenhamos responsabilidade uns com os outros. Essa é a nossa missão neste mundo.
A nossa missão é produzir frutos. Não podemos ser aquelas pessoas egoístas, orgulhosas e soberbas, que, simplesmente, se apoderam das coisas, porque admiram do que são criadas, porque se admiram das possibilidades que têm nesta vida e o olho cresce, a arrogância cresce, a cobiça toma conta e nos avantajamos, apropriamo-nos das coisas que não pertencem a nós.
O Reino de Deus é dado a nós para que também produzamos frutos
Tudo o que Deus criou é para todos, mas, infelizmente, muitos se apossaram daquilo que é de todos e deixaram a grande maioria sem nada, sem ser provido do amor, do cuidado e da ternura.
O Reino de Deus é assim também, o Reino de Deus foi dado, primeiro, para um povo, para que este produzisse frutos e não produziram os frutos que esperavam deles. O Reino de Deus é dado a nós para que também produzamos frutos. Não é, simplesmente, para nos acharmos donos da Igreja, donos da fé, não é para nos acharmos proprietários de Deus, dos dons e da graça d’Ele.
Não somos proprietários; na verdade, somos filhos d’Ele, estamos cuidando do que é d’Ele, mas Ele é o dono. É Deus que deve cuidar de nós.
Nós nos apropriamos, mas não produzimos frutos. É por isso que, muitas vezes, perdemos a graça, o Reino de Deus e o sentido da vida. Perdemos o sentido da entrega, da consagração e do batismo.
Muitas vezes, perdemos o sentido do casamento, o sentido daquilo que fazemos, e aí vem o desânimo, a falta de alento, a falta de compromisso e comprometimento com as coisas de Deus. Vamos perdendo a graça, e a graça de Deus vai se esvaziando em nós. Outros vão se apropriando, vão recebendo de Deus o que era para cuidarmos.
Não façamos pouco-caso do dom, da graça e da presença de Deus na nossa vida, não cuidemos de qualquer jeito, mas cuidemos daquilo que Deus nos confiou com amor, produzindo muitos frutos.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.