domingo, 18 de maio de 2025

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 18/05/2025

ANO C


5º DOMINGO DA PÁSCOA

Ano C - Branco

“Eu vos dou um novo mandamento: amai-vos uns aos outros.”

Jo 13,31-33a.34-35

Ambientação

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: O Senhor Jesus, vencedor do pecado e da morte, vive para sempre e dá sua vida continuamente ao seu povo, esta vida que nos é dada só será conhecida pelos demais, à medida que amarmos segundo o amor de Deus, ou seja: sem pormos medidas.
https://diocesedeapucarana.com.br/storage/104566/18-de-maio-2025---5-Domingo-da-Pascoa.pdf

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUSIrmãos e irmãs, neste quinto domingo da Páscoa, reunimo-nos no amor de Deus e no poder do seu Espírito. Em meio as tribulações e desafios, nossa esperança se mantém firme em Cristo, pois somente n'Ele e com Ele vencemos o mal. A Igreja, Esposa de Cristo, vive com Ele uma eterna aliança de amor, iniciada na Páscoa e que se completará no fim dos tempos! Somos a Igreja do Ressuscitado, e Deus, em Cristo, habita entre nós, renovando todas as coisas.
https://arquisp.org.br/wp-content/uploads/2025/03/Ano-49C-33-5o-DOMINGO-DE-PASCOA.pdf

O DISTINTIVO DO MANDAMENTO DO AMOR

A Igreja se alegra neste Tempo Pascal fazendo memória da ressurreição do Senhor, com a convicção de Sua presença em seu meio. A Igreja nasce da Páscoa do Senhor e reverbera, na força do Espírito Santo, de geração em geração, o anúncio feliz da vitória de Cristo sobre o pecado, o mal e a morte. Ela existe para evangelizar, portanto, ela é missão!
Na Liturgia da Palavra deste 5º Domingo da Páscoa, ouvindo os Atos dos Apóstolos, neste capítulo 14, vê-se claramente uma Igreja em movimento missionário: Paulo e Barnabé encorajando os discípulos que acolheram a Boa-Nova a que se mantenham firmes na fé que abraçaram; designando presbíteros para que conduzir e animar as comunidades; anunciando a Palavra em muitas cidades e partilhando com os irmãos e irmãs das comunidades os frutos da missão, sempre confiados à graça de Deus. Do mesmo modo, também hoje a Igreja, que somos nós, precisa ter consciência de que é missionária por natureza.
A esperança, que movia e continua a mover os discípulos missionários, está bem explicitada no Apocalipse, na promessa dos novos céus e nova terra e da Jerusalém celeste, isto é, da Igreja glorificada na plenitude do Reino, onde toda lágrima será enxugada e não haverá mais morte nem dor, porque a vida triunfou com Cristo ressuscitado! Ele fez novas todas as coisas e nos renovou por meio do Batismo e da Crisma, com o dom da filiação divina e do Espírito Consolador, nossa força, para que, uma vez renovados, ajudemos a renovar a realidade e o mundo à nossa volta, por meio do anúncio do Evangelho e do testemunho do amor.
A prática do mandamento novo do amor é o que nos distingue como discípulos do Senhor e o sinal que torna credível a Palavra que anunciamos: “Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns aos outros” (Jo 13, 35). Não se trata de mero esforço, pois esse amor é dom do Espírito, amor que foi por Ele derramado em nossos corações e, por meio do qual nos reconhecemos como filhos e filhas muito amados de nosso Abbà-Pai, irmãos e irmãs, e membros do mesmo Corpo de Cristo, que é a Igreja. Contudo, esse dom precisa ser acolhido de coração aberto e sem que coloquemos obstáculos, portanto, é preciso disposição para vive-lo. Esse amor, que devemos testemunhar, começa entre nós, para depois expandir-se a todos ao nosso redor.
A Igreja celebra, neste ano, o Jubileu dos 2025 anos da vinda do Senhor em nosso meio, d’Aquele que é a morada de Deus entre os homens (cf. Ap 21, 3). É necessário que nós, peregrinos de esperança, nos perguntemos: o amor que o Senhor nos deixou como mandamento e testamento tem sido vivido por nós do modo como Ele deseja? Temos sido unidos de fato? Temos buscado, no amor, a unidade que ajuda o mundo a crer (cf. Jo 17,21)?
A fé, diz São Paulo, opera pela caridade, isto é, pelo amor (cf. Gl 5,6) e é movida pela esperança. Que a nossa fé seja de fato testemunhada pelo amor: o amor entre nós, na unidade e sem divisões ou cismas, e amor para com todos, pois Deus não faz acepção de pessoas (cf. At 10, 34). Lembremo-nos sempre destas palavras do apóstolo João: “quem não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor”! (1Jo 4, 8). Onde há amor, Deus aí está e, por isso, podemos ter esperança!
Dom Edilson de Sousa Silva
Bispo auxiliar de São Paulo
Vigário Episcopal Região Lapa
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Comentário do Evangelho

O Mandamento do Amor


A princípio, a presença do Ressuscitado vai se revelando de forma progressiva ao longo dos domingos do Tempo Pascal. Desde já, podemos perceber que não se trata apenas de aparições pontuais de Jesus, mas de uma transformação profunda na missão dos discípulos.
Primeiramente, após encontrarem o Cristo vivo, os seguidores são chamados a continuar sua missão. Devem testemunhar com coragem a Boa-Nova e cuidar das ovelhas que lhes foram confiadas, seguindo o exemplo do Bom Pastor.
Sobretudo, é o amor de Cristo que deve ser o fundamento da nova vida em comunidade. Esse amor, que se manifestou plenamente na cruz, precisa agora ganhar forma entre os irmãos. Assim, o Ressuscitado se faz presente na comunhão da Igreja.
Na sequência, vemos Paulo e Barnabé encerrando sua primeira missão evangelizadora. Conforme os relatos dos Atos dos Apóstolos, eles anunciam a Palavra até os confins da terra, alcançando até mesmo os pagãos. Isso demonstra que a Boa-Nova é destinada a todos.
Além disso, o amor ao Senhor fortalece os presbíteros e as lideranças, que se colocam a serviço da comunidade. Ainda mais, esse mesmo amor encoraja os fiéis nas dificuldades, sustentando-os nas tribulações da vida.
A segunda leitura revela uma imagem poderosa: a Nova Jerusalém. De acordo com o Apocalipse, a cidade santa, antes destruída e profanada, é agora restaurada. Posteriormente, ela se torna símbolo da morada de Deus entre os homens.
Em suma, onde há amor verdadeiro, não existe espaço para a dor, o choro ou a morte. Deus transforma a antiga realidade e inaugura um tempo novo, onde todas as coisas são feitas novas.
No Evangelho, Jesus se prepara para sua paixão. Então, durante a ceia, entrega aos discípulos seus últimos ensinamentos. Entre eles, destaca-se o novo mandamento, pronunciado de forma solene: “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei”.
Antecipadamente, o gesto do lava-pés já apontava para essa lição essencial. Mais do que um ato simbólico, foi uma demonstração concreta de humildade e serviço. Afinal, seguir Jesus é assumir o caminho do amor gratuito.
Assim também, o mandamento do amor não é apenas uma orientação moral. Ele é, acima de tudo, um chamado existencial. Amar como Cristo nos amou é responder ao dom da vida com generosidade e entrega.
Ademais, é por esse amor que a comunidade cristã se torna sinal visível da presença do Ressuscitado no mundo. Por conseguinte, não basta apenas proclamar a fé com palavras; é preciso vivê-la com autenticidade.
Logo depois da partida de Judas, que representa a traição e a rejeição, Jesus permanece com os seus e revela a essência de seu ensinamento. Por outro lado, aqueles que permanecem fiéis ao amor, tornam-se reflexo da glória de Deus.
Em conclusão, os discípulos que vivem o mandamento do amor não apenas se identificam como seguidores de Jesus. Eles também se tornam instrumentos para que outros creiam na Boa-Nova anunciada por eles.
Portanto, viver a presença do Ressuscitado é permitir que seu amor transforme cada gesto e cada relação. Desde que a comunidade se alicerce nesse amor, ela se torna sinal da Nova Jerusalém já presente entre nós.
Dessa forma, o chamado do tempo pascal continua atual: testemunhar, amar e permanecer unidos. Afinal, é no amor vivido com fidelidade que reconhecemos o Cristo vivo no meio de nós.
https://catequisar.com.br/liturgia/o-mandamento-do-amor-3/

Reflexão

O relato do Evangelho está no contexto da última ceia de Jesus com seus discípulos. Após Judas sair da cena, o Mestre reconhece que chegou a “hora” e dá as últimas instruções aos seus, pois por pouco tempo ainda ficará com eles. A “hora” de Jesus é a sua glorificação, quando transforma a traição na oportunidade de se entregar ao Pai e à humanidade. Antes de partir, deixa aos seus o “novo mandamento do amor”. A novidade está na medida “como eu vos amei”, em outras palavras, a ponto de doar a própria vida de forma gratuita. O Mestre não exige muito dos seus seguidores, apenas que se “amem uns aos outros”. Amando gratuitamente até as últimas consequências, demonstraremos ser discípulos de Jesus. A marca, portanto, dos cristãos é “amar como Jesus amou”. O Mestre não pede amor para si, mas aos irmãos e irmãs. É o amor que dará credibilidade às nossas palavras e às mensagens. Se amarmos a Jesus e aos irmãos e irmãs, amaremos o próprio Deus.
(Dia a Dia com o Evangelho 2025 - PAULUS)
https://www.paulus.com.br/portal/liturgia-diaria/dia-18-domingo-13/

Reflexão

«Vós deveis amar-vos uns aos outros»

Rev. D. Jordi CASTELLET i Sala
(Vic, Barcelona, Espanha)

Hoje, Jesus convida-nos a amar-nos uns aos outros. Também neste complexo mundo em que vivemos, complexo tanto no bem como no mal em que se misturam e amalgamam. Frequentemente temos a tentação de olhar o como uma fatalidade, uma má noticia e, pelo contrário, os cristão fomos encarregados de aportar, num mundo violento e injusto, a Boa Nova de Jesus Cristo.
Na verdade, Jesus diz-nos que «vós deveis amar-vos uns aos outros como eu vos amei» (Jo 13,34). E uma boa forma de nos amar-nos, um modo de pôr em prática a palavra de Deus é anunciar, a toda a hora, em todos os lugares, a Boa Nova, o Evangelho que não é outra coisa que o próprio Jesus Cristo.
«Levamos este tesouro em recipientes de barro» (2Cor 4,7). Qual é esse tesouro? O da Palavra, o do próprio Deus, e nós somos os recipientes de barro. Mas este tesouro é uma preciosidade que não podemos guardar apenas para nós, mas devemos difundi-lo: «Ide, pois, fazer discípulos entre todas as nações (...) Ensinai-lhes a observar tudo o que vos tenho ordenado. Eis que estou convosco todos os dias, até o fim dos tempos» (Mt 28,19-20). De fato —escreveu o Santo Padre— «quem encontrou verdadeiramente a Cristo não pode tê-lo apenas para si, deve anunciá-lo».
É com esta confiança que anunciamos o Evangelho; façamo-lo com todos os meios disponíveis e em todos os lugares possíveis: com a palavra, com as obras e com o pensamento, através do jornal, pela Internet, no trabalho e com os amigos... «Seja a vossa amabilidade conhecida de todos os homens! O Senhor está próximo» (Flp 4,5).
Por tanto, e como nos recalca o Papa João Paulo II, temos que utilizar as novas tecnologias, sem olhares, sem vergonhas, para dar a conhecer a Boa Nova da Igreja de hoje, sem esquecer que apenas com pessoas afáveis, apenas trocando o nosso coração, conseguiremos que também mude o nosso mundo.

Pensamentos para o Evangelho de hoje

- «Esta é a única salvação para nossa carne e nossa alma: caridade para com eles [doentes, necessitados]» (São Gregório Nazianzeno)

- «O essencial nestas palavras é o "novo fundamento" do ser que nos foi dado. A novidade só pode vir do dom da comunhão com Cristo, do viver Nele» (Bento XVI)

- «É vontade do nosso Pai ‘que todos os homens se salvem e cheguem ao conhecimento da verdade’ (1 Tm 2, 3-4). Ele ‘usa de paciência [...], não querendo que ninguém se perca’ (2 Pe 3, 9). O seu mandamento, que resume todos os outros e nos diz toda a sua vontade, é que nos amemos uns aos outros como Ele nos amou (86)» (Catecismo da Igreja Católica, nº 2.822)
https://evangeli.net/evangelho/feria/2025-05-18

Reflexão

O “mandamento novo”: viver em Jesus para poder atuar como Jesus

REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)
(Città del Vaticano, Vaticano)

Hoje, depois das palavras sobre a traição de Judas, Jesus volta a retomar o convite para lavar os pés uns dos outros, elevando a classificar de princípio (cf 13,14s). Em que consiste a novidade do mandamento novo?
Se há dito que a novidade de manifesta na expressão “amar como eu vos amo”, quer dizer, como uma espécie de esforço moral extremo. Pela a verdadeira novidade do mandamento novo, não pode consistir na elevação da exigência moral. O essencial nestas palavras é o “novo fundamento” do ser que nos é dado. A novidade somente pode vir do dom da comunhão com Cristo, do viver Nele. Só se nos deixarmos lavar uma e outra vez, se nos deixarmos “purificar” pelo Senhor mesmo, podemos aprender a fazer junto com Ele, o que Ele tenha feito.
- A inserção de nosso eu no seu – “ vivo eu mas não sou eu, é Cristo quem vive em mim” (Gal 2,20) é o realmente novo.
https://evangeli.net/evangelho-master/feria/2025-05-18

Comentário sobre o Evangelho

«Eu vos dou um novo mandamento: amai-vos uns aos outros. Como eu vos amei, assim também vós deveis amar-vos uns aos outros».


Hoje, escutamos as palavras de despedida de Jesus. Está prestes a ir embora. Irá para a casa do Pai com a sua morte na Cruz e com a sua Ascensão aos céus. A última recordação que nos deixa é o seu próprio Amor: amai-vos como eu vos amo.
- Amais todos, sem ter inimigos? Pedi a Jesus um coração grande como o seu.
https://family.evangeli.net/pt/feria/2025-05-18

HOMILIA

A PALAVRA: DOS OUVIDOS AO CORAÇÃO!

“Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns aos outros” (Jo 13,35). Essas são as palavras de Jesus que encerram o Evangelho que ouvimos hoje e isso nos indica que a mensagem deste domingo é um chamado para que todos nós possamos nos comprometer com a missão de Jesus: amar e servir!
As leituras de hoje tocam em situações que nos exigem amor, renúncia e compromisso, a começar da Primeira Leitura em que Paulo e Barnabé seguem em missão e buscam encorajar a todos os discípulos para que não desanimem diante das dificuldades. Todos os Apóstolos de Jesus conhecem o peso de sua missão, por isso, confiantes, seguem missionando. Transmitem e ensinam a mensagem do amor que é capaz de mudar tudo, transformando e fazendo novas todas as coisas, como nos lembra a Segunda Leitura. E tudo isso só é possível pela graça da ressurreição de Jesus.
Tanto a Primeira quanto a Segunda Leitura nos inspiram a coragem e a convicção de que vale a pena passar pelo sofrimento quando temos a certeza da ressurreição. Na primeira: a coragem que impulsiona a missão, mesmo com todas as dificuldades e sofrimentos que ela possa nos trazer como consequência das incompreensões ou pela não aceitação da mensagem de Jesus; e na segunda: a convicção de que os efeitos que a ressurreição de Jesus pode surtir em nossas vidas, nos trazem a vivência de um novo tempo, o tempo da graça, porque, por esse amor transformador do Ressuscitado, somos recriados para a vida na certeza de que onde existe Deus, tudo se renova.
O Mandamento do Amor já havia sido anunciado por Jesus na Última Ceia, celebrada na Quinta-feira Santa. Neste domingo, esse mandamento é reafirmado para que os discípulos jamais se esqueçam do que Ele realizou estando entre eles. Agora, aquele apelo feito por Jesus após o Lava-pés: “Eu vos dei o exemplo para que façais como eu fiz” (Jo 13,15), é fortalecido com o pedido de que pratiquem a lei do amor, tornem prática tudo o que aprenderam dele, porque, por essa atitude, todos reconhecerão que são seus discípulos.
Amar não é tarefa simples! Amar é comprometer-se! Por isso, o Ressuscitado se coloca do nosso lado para caminhar conosco e para nos ajudar a enfrentar os desafios da vida com mais confiança, amor, renúncia e comprometimento. Dessa maneira, seremos seguidores fiéis e continuadores da missão de Jesus.
Pe. Lucas Emanuel Almeida, C.Ss.R.
https://www.a12.com/reze-no-santuario/deus-conosco?data=18%2F05%2F2025&leitura=homilia

Oração
— OREMOS: DEUS ETERNO E TODO-PODEROSO, realizai sempre em nós o mistério da Páscoa, e, aos que vos dignastes renovar pelo santo Batismo, concedei, com o auxílio de vossa proteção, dar muitos frutos e chegar às alegrias da vida eterna. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos. Amém.
https://www.a12.com/reze-no-santuario/deus-conosco?data=18%2F05%2F2025&leitura=meditacao

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