domingo, 24 de novembro de 2024

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 24/11/2024

ANO B


NOSSO SENHOR JESUS CRISTO, REI DO UNIVERSO

ABERTURA DA CAMPANHA PARA EVANGELIZAÇÃO 2024

O tema escolhido para a Campanha para a Evangelização 2024 é: “Jesus, nossa Esperança, habita entre nós. É nossa missão anunciá-lo”

ANO B - Branco

“O meu reino não é deste mundo.” Jo 18,36

DIA NACIONAL DO LEIGO

Jo 18,33b-37

Ambientação

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: Na conclusão do ano litúrgico recordamos a centralidade de Cristo na história da Salvação e O proclamamos Rei do Universo. Na próxima quinta-feira, 28 de novembro, recordamos os 60 anos de criação da Diocese de Apucarana, por isso nesta Eucaristia, fazemos grande ação de graças ao Cristo Rei pelos benefícios a nós dispensados.
https://diocesedeapucarana.com.br/portal/userfiles/pulsandinho/solenidade-de-cristo-rei---ano-b-24-11-2024.pdf

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: Irmãos e irmãs, com a solenidade de hoje, encerramos o ano litúrgico, aclamando Cristo como Rei e Senhor do Universo, centro de nossas vidas e de toda história. O reinado de Cristo é de paz e de justiça, de vida e de verdade, e nos compromete a assumirmos a missão de sermos seus discípulos e discípulas. Nesta Eucaristia, agradeçamos ao Senhor a disponibilidade de tantos leigos e leigas que se colocam a serviço do Reino de Deus.
https://arquisp.org.br/sites/default/files/folheto_povo_deus/ano-46b-63-jesus-cristo-rei-do-universo.pdf

UM REINO DE ESPERANÇA

Celebrando o Domingo de Cristo Rei, somos colocados diante da pergunta: para onde caminha a história deste mundo e nossa história pessoal? Afinal, quem é o senhor deste mundo e que dá um sentido às coisas e ao que buscamos e fazemos? E a resposta não é outra: Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo. Ele é Senhor e nossa vida está orientada para o grande encontro final com Ele, que é Rei e Senhor da história. A ele prestaremos contas da nossa vida e ele tem a palavra final sobre o nosso destino eterno.
Com a festa de Cristo Rei, encerra-se o ano litúrgico e, com o Primeiro Domingo do Advento, se iniciará um novo ano litúrgico. Com o tempo que passa, nós é que passamos e vamos sendo orientados no nosso peregrinar para a meta da nossa existência. Como aproveitamos o tempo preciso que Deus nos concede? Deixamos marcas positivas atrás de nós, como sinais de nossa passagem por este mundo? O tempo é oportunidade e não retorna mais; nós vivemos apenas uma vez neste mundo.
A festa de Cristo Rei nos deve trazer alegria, por saber que temos uma meta e que o tempo que Deus nos concede para viver já nos coloca no caminho da eternidade. Sim, tudo o que fazemos nesta vida já tem um sentido de eternidade. Vale a pena esforçar-se para evitar o mal e realizar o bem todos os dias.
Hoje, no Brasil, também é celebrado o dia dos cristãos leigos e leigas. Eles são membros vivos da Igreja e participam de sua vida e missão. Podem fazer muito para vida interna da própria Igreja, nos serviços de evangelização, liturgia e animação da caridade, de acordo com o dom que receberam. No entanto, a Igreja recomenda aos leigos e leigas que sua missão, enquanto discípulos de Cristo, é ser testemunhas do Evangelho e de seus valores no meio do mundo. Os leigos são testemunhas de Cristo na família, na vida profissional e no trabalho, nas responsabilidades sociais e públicas, na promoção da cultura, da justiça e da vida política. Ali, eles podem atuar para que o mundo acolha sempre mais os valores do reino de Deus e de Cristo, e supere tudo o que é contrário a ele. O Papa Francisco recorda a todos os batizados e membros da Igreja que todos são chamados a participar da vida e missão da Igreja, cada qual, conforme o seu próprio dom. Na Igreja, ninguém está dispensado de fazer a sua parte.
Celebraremos, no próximo ano, um Jubileu. A Igreja recorda os 2025 anos do nascimento de Jesus Cristo, nosso Salvador, e celebra com júbilo. O Papa Francisco escolheu o tema da esperança para este Jubileu: “Peregrinos de Esperança”. É um tema bonito e necessário para o nosso tempo, marcado por desorientação e desesperança. Os cristãos têm a missão de anunciar ao mundo a grande esperança de salvação e vida que nos vêm por meio de Jesus Cristo.
A abertura do Jubileu, para toda a Igreja, acontecerá no próximo dia 24 de dezembro, na Basílica de São Pedro. Em cada diocese, o Jubileu será aberto na catedral diocesana no dia 29 de dezembro, Domingo da Sagrada Família. É o que também faremos em São Paulo, na Catedral Metropolitana. Desde agora, rezemos intensamente pelos bons frutos do Jubileu. Somos todos peregrinos de esperança! E a esperança cristã não decepciona!
Cardeal Odilo Pedro Scherer
Arcebispo de São Paulo
https://arquisp.org.br/sites/default/files/folheto_povo_deus/ano-46b-63-jesus-cristo-rei-do-universo.pdf

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

O meu reino não é deste mundo


Pilatos pergunta a Jesus se ele é o Rei dos Judeus. Jesus responde que seu Reino não é daqui, não é deste mundo. No entanto, “eu sou rei”, diz ele. Ele veio ao mundo para dar testemunho da verdade e quem é da verdade escuta a sua voz. Esta é a verdade: ele é rei. Seu poder é eterno e não lhe será tirado. Seu Reino não se dissolverá. Ele é o soberano dos reis da terra. E porque nos ama, por seu sangue libertou-nos dos nossos pecados e fez de nós um reino de sacerdotes para Deus, seu Pai. Olhamos para o alto e vemos chegando com as nuvens aquele que foi transpassado.
Todos os povos da terra batem no peito e agora reconhecem que a ele foi dada a soberania, a glória e a realeza. Sabemos o que é um rei, sabemos o que é um reino e que reinado é o governo de um rei. Já fizemos parte do Reino de Portugal, tivemos Dom João VI como rei e depois Dom Pedro I e Dom Pedro II como imperadores. Fomos um Reino e fomos um império.
Agora ouvimos que Jesus faz de nós um reino de sacerdotes para Deus, seu Pai. Como ouvimos que o Reino de Jesus não é daqui, estamos então falando de alguma coisa diferente dos reinos deste mundo. No Brasil, dada a situação de crise em que se encontrava a Monarquia brasileira, chegou-se à conclusão de que esta forma de governo já não correspondia às mudanças sociais em processo. Era necessária a implantação de uma nova forma de governo. Depois de 67 anos de Monarquia, foi então proclamada a República. O nosso imperador, três dias depois da proclamação da República, embarcou com a família para o exílio na Europa.
Diferente é o poder de Cristo. É eterno e nunca lhe será tirado e sua realeza jamais será destruída. Jesus não foi exilado. Subiu ao céu por sua própria força e está sentado à direita de Deus Pai todo-poderoso, de onde há de vir a julgar os vivos e os mortos, e seu Reino não terá fim. O que tem a ver o Reino de Dom João VI, o império de Dom Pedro II e o governo republicano do Marechal Deodoro com o Reino de Jesus Cristo, do qual fazemos parte como sacerdotes para Deus, seu Pai? O ladrão na cruz, segundo o Evangelho de Lucas, pediu a Jesus que se lembrasse dele quando estivesse no seu Reino, e Jesus lhe assegurou que naquele mesmo dia eles estariam juntos no paraíso.
Se o Reino de Jesus é o paraíso, o que é então que vivemos nesta terra? Quando o Apocalipse cita a profecia de Zacarias, que dizia: “Quanto àquele que eles transpassaram, eles o lamentarão como se fosse a lamentação de um filho único; eles o chorarão como se chora sobre o primogênito”, o autor do Apocalipse está dizendo que os reis desta terra reconhecem que não foram da verdade e não ouviram a voz da verdade. Esta é a hora do julgamento. Os que ouvem a voz da verdade têm diante de si um modelo a ser implantado nesta nossa terra. O modelo é Cristo Rei, Verbo de Deus que se fez homem para humanizar este mundo.
Este rei, pregado na cruz e coroado de espinhos, mata em sua própria carne a inimizade e mostra em sua Paixão a crueldade do pecado do mundo, não tanto a crueldade exercida sobre a pessoa de Jesus, mas a crueldade de uns exercida sobre outros em um mundo desumano. Seus seguidores trabalharão para estabelecer já neste mundo o Reino de Deus que se consumará na eternidade.
Todas as instituições humanas passam por crise e necessitam ser revistas, reformadas e até substituídas. Os discípulos de Cristo vivem nas instituições humanas como consciência crítica, movimentando as águas para que as instituições respondam às necessidades dos homens e das mulheres de cada época, fazendo os governantes ouvirem a voz da verdade.
Cônego Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2024’, Paulinas.
Fontes: https://catequisar.com.br/liturgia/o-meu-reino-nao-e-deste-mundo/ e https://www.comeceodiafeliz.com.br/evangelho/-jesus-diante-de-pilatos-24112024

Reflexão

A pergunta de Pilatos – “Tu és o rei dos judeus?” – coloca o processo no terreno político. Se é verdade que Jesus é o rei dos judeus, então constitui ameaça para o representante do Império Romano. Jesus responde que seu reino é de outra ordem; não é deste mundo, portanto não é perigoso para Roma. Sua realeza não está a serviço de uma sociedade fundada na injustiça e na opressão. Para Jesus, ser rei não é explorar e tirar proveito das pessoas, diminuindo-lhes a vida. Ao contrário, é servir até a doação da própria vida. A realeza de Jesus vem do alto e está assentada sobre a verdade (projeto de Deus). Seus seguidores são os que estão do lado da verdade. De que lado está Pilatos? Longe de comprometer-se com a verdade, Pilatos desconversa. Sua escapatória indica que não aceita Jesus.
(Dia a dia com o Evangelho 2024)
https://www.paulus.com.br/portal/liturgia-diaria/24-domingo-10/

Reflexão

«Sou rei. Todo aquele que é da verdade escuta a minha voz»

Rev. D. Frederic RÀFOLS i Vidal
(Barcelona, Espanha)

Hoje, Jesus Cristo nos é apresentado como Rei do Universo. Sempre me chamou a atenção o ênfase que a Bíblia dá ao nome de Rei quando o aplica ao Senhor. «O Senhor reina, vestido de majestade», cantamos no Salmo 92. «Perguntou-lhe então Pilatos: És, portanto, rei? Respondeu Jesus: Sim, eu sou rei. É para dar testemunho da verdade que nasci e vim ao mundo. Todo o que é da verdade ouve a minha voz.» (Jo 18,37), ouvimos pela própria boca de Jesus mesmo. «Bendito o rei que vem em nome do Senhor» (Lc 19,14), diziam as pessoas quando ele entrava em Jerusalém.
Certamente, a palavra Rei, aplicada a Deus e a Jesus Cristo, não tem as conotações da monarquia política tal como a conhecemos. Mas, sim que há alguma relação entre a linguagem popular e a linguagem bíblica com respeito à palavra rei. Por exemplo, quando uma mãe cuida ao seu bebê de poucos meses e lhe diz: - Tu és o rei da casa. Que está dizendo? Algo muito simples: que para ela este menino ocupa o primeiro lugar, que é tudo para ela. Quando os jovens dizem que fulano é o rei do Rock querem dizer que não há ninguém igual, o mesmo quando falam do rei do basquete. Entre no quarto de um adolescente e verá na parede quem são seus reis. Penso que essas expressões populares se parecem mais ao que queremos dizer quando clamamos a Deus como nosso Rei e nos ajudam a entender a afirmação de Jesus sobre sua realeza: «O meu Reino não é deste mundo. Se o meu Reino fosse deste mundo, os meus súditos certamente teriam pelejado para que eu não fosse entregue aos judeus. Mas o meu Reino não é deste mundo» (Jo 18,36).
Para os cristãos nosso Rei é o Senhor, quer dizer, o centro onde se dirige o sentido mais profundo de nossa vida. Ao pedir no Pai Nosso que venha a nós seu reino, expressamos nosso desejo de que cresça o número de pessoas que encontrem em Deus a fonte da felicidade e se esforcem por seguir o caminho que Ele nos ensinou, o caminho das bem-aventuranças. Peçamos de todo coração, que «onde queira que esteja Jesus Cristo, ali estará nossa vida e nosso reino» (Santo Ambrosio).
Pensamentos para o Evangelho de hoje

- «Se queremos que Cristo reine, temos de ser coerentes: temos de começar por lhe entregar o nosso coração. Se não o fizermos, falar do reinado de Cristo será uma conversa fiada sem substância cristã» (S. Josemaria)

- «Escolher Cristo não garante o êxito segundo os critérios do mundo, mas garante a paz e a alegria que só Ele pode dar» (Bento XVI)

- «(...) Em situações que exigem a confissão da fé, o cristão deve professá-la sem equívoco, conforme o exemplo de São Paulo diante dos seus juízes. É preciso guardar uma `consciência irrepreensível diante de Deus e dos homens´ (Act 24, 16)» (Catecismo da Igreja Católica, nº 2.471)
https://evangeli.net/evangelho/feria/2024-11-24

Reflexão

Jesus Cristo, Rei do Universo

REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)
(Città del Vaticano, Vaticano)

Hoje o Evangelho repropõe-nos uma parte do dramático interrogatório ao qual Pôncio Pilatos submeteu Jesus, quando lhe foi entregue com a acusa de ter usurpado o título de "rei dos Judeus". Às perguntas do governador romano, Jesus respondeu afirmando que era rei, mas não deste mundo. Ele não veio para dominar sobre os povos e territórios, mas para libertar os homens da escravidão do pecado e reconciliá-los com Deus.
Não é o dos reis e dos grandes deste mundo; é o poder divino de dar a vida eterna. É o poder do Amor, que do mal sabe obter o bem, enternecer um coração endurecido, levar paz ao conflito mais áspero, acender a esperança na escuridão mais cerrada. Este Reino da Graça nunca se impõe, e respeita sempre a nossa liberdade.
—Peçamos a Maria que nos ajude também a nós a seguir Jesus, nosso Rei, como ela fez, e a dar testemunho dele com toda a nossa existência.
https://evangeli.net/evangelho-master/feria/2024-11-24

Comentário sobre o Evangelho

Jesus Cristo é Rei: «O meu reino não é deste mundo»


Hoje, o Evangelho nos lembra de uma parte do interrogatório dramático que Pôncio Pilatos sujeitou a Jesus. Para as perguntas do governador romano, Jesus respondeu afirmando que ele era rei, mas não deste mundo. Ele não veio para dominar povos e territórios, mas libertar os homens da escravidão do pecado e reconciliá-los com Deus. Jesus tem o poder divino para dar a vida eterna. É o poder do Amor, que sabe tirar o bem do mal, amaciar corações endurecidos, trazer paz ao conflito ...
- Este Reino da graça nunca se impõe e respeita sempre a nossa liberdade.

HOMILIA

ESPIRITUALIDADE BÍBLICO-MISSIONÁRIA

Este é o último domingo do Tempo Litúrgico Comum, quando celebramos a Solenidade de Jesus Cristo, Rei do Universo. A palavra “rei” pode não nos dizer muito, porém, não é difícil entendê-la quando se refere a Cristo, pois se trata do reinado de Deus no mundo. É preciso que nós, como cristãos, aprendamos a tomar consciência da realeza de Jesus, conforme a lógica do Reino. E para entender isso, só podemos partir do seu Evangelho.
O reinado, na lógica do mundo, é desejoso de poder, de autoridade, de dominação. Rege-se até por violência. A história nos prova isso. O que deseja Jesus? Testemunhar a verdade do Reino, que se realiza na humildade, se concretiza no amor, na misericórdia, no perdão, na partilha, na comunhão fraterna, no respeito à vida.
Esse projeto de Jesus é para todo cristão, que aposta sua vida nele e no seu Evangelho. Somos responsáveis pelo reinado de Deus, e Jesus é o modelo de nosso modo de ser e de agir. Os valores do Reino, acolhidos vivencialmente pelo cristão, são como fermento na massa e sal da terra, pois vão fazê-lo crescer com toda força e dar sabor ao mundo. É preciso que nos unamos intimamente a Ele para pertencermos ao seu Reinado de amor e de vida eterna. Ele veio para libertar e não para dominar.
Jesus é o Verbo eterno do Pai, aquele por meio de quem o Pai criou todo o Universo. Ele é o princípio de tudo e a meta de toda a criação. Veio para o meio de nós, assumindo nossa natureza humana, para nos libertar da corrupção do tempo e nos dar a vida eterna. Tem em suas mãos a paciência e a misericórdia infinitas, e o reconhecemos como nosso Senhor, dos céus e da Terra.
Jesus veio nos trazer o Reino dos Céus e o colocou ao nosso alcance. Assim, cada cristão batizado pertence ao Reino de Jesus, e não súdito de reinos do mundo. Qual é nesse sentido o dever cristão? É preciso contradizer, muitas vezes, o modo de agir e de pensar, pois os valores do Reino não coincidem com os “valores do mundo” marcados pelo egoísmo e a ganância.
Jesus é o Rei da humanidade inteira destinada à ressurreição, pois foi ao encontro dos pobres, dos humildes e de tantos excluídos, acolhendo-os na misericórdia, na bondade, na fraternidade. Custa-nos ter pelo menos um pouco de tudo o que Cristo foi para nós? Sim, Ele é o Rei do Universo, para fazer com que o reinado de Deus se realize plenamente entre nós.
Redação “Deus Conosco”

Oração
— OREMOS: (instante de silêncio) DEUS ETERNO E TODO-PODEROSO, que quisestes restaurar todas as coisas em vosso amado Filho, Rei do universo, concedei benigno que todas as criaturas, libertas da escravidão, sirvam à vossa majestade e vos glorifiquem sem cessar. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos. Amém.

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