sábado, 31 de agosto de 2024

COLETÂNEA DE HOMÍLIAS DIÁRIAS, COMENTÁRIOS E REFLEXÕES DO EVANGELHO DO DIA, DE ANOS ANTERIORES - 31/08/2024

ANO B


Mt 25,14-30

Comentário do Evangelho

Vida sem exclusões

Esta parábola de Mateus, tendo provavelmente em sua origem algum dito de Jesus, parece ter sofrido acréscimos e adaptações quando veiculada entre as primeiras comunidades. Nela se encontram imagens extraídas de situações reais de ambição, opressão e exclusão. O seu caráter seletivo e condenatório é pouco condizente com a revelação de Jesus de Nazaré, manso e humilde de coração, que vem trazer vida para todos, sem exclusões.
A parábola tem um sentido escatológico, relativo ao fim dos tempos. Nas primeiras comunidades havia a expectativa de uma volta breve de Jesus. Mateus adverte as comunidades que se devia aguardar Jesus produzindo frutos concretos, e não na passividade e indolência.
José Raimundo Oliva
Oração
Pai, transforma-me em discípulo responsável que sabe aproveitar cada circunstância para fazer frutificar os dons que me concedes, colocando-os a serviço do meu próximo.
Fonte: Paulinas em 01/09/2012

Comentário do Evangelho

Que tipo de servo Deus deseja?

Parte do discurso escatológico (24–25), este trecho insiste no juízo do terceiro servo que enterrou o talento recebido. Se observarmos bem, dos dezessete versículos que integram o nosso texto, sete são dedicados a ele. Na antiguidade, uma moeda valia por seu peso. Um talento equivale a 34 quilos. Os dois primeiros servos não se limitaram a executar ordens, nem a se proteger, enterrando o bem do seu patrão. Eles tomaram a iniciativa de fazer render os bens e os multiplicaram. O terceiro servo, ao contrário, enterrou o talento que havia recebido. Para a mentalidade rabínica, o terceiro servo agiu em conformidade com a lei (Ex 22,6-7; Lv 5,21-26), donde se segue que não há o que reprová-lo em sua atitude. Mas essa não é a posição de Jesus. O comportamento do terceiro servo é motivado pelo medo (cf. Rm 8,15). O que o “patrão” reprova é a mentalidade de escravo que impede de agir livremente e acomoda a pessoa nas suas próprias seguranças. Não se pode viver e servir a Deus sem arriscar. O espírito servil faz com que a pessoa não faça nada além do estritamente necessário e do que ela julga ser o seu dever. Elogiando os dois primeiros servos e repreendendo o terceiro, o evangelho indica que tipo de servo Deus deseja: aquele que faz valer o dom de Deus.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, transforma-me em discípulo responsável que sabe aproveitar cada circunstância para fazer frutificar os dons que me concedes, colocando-os a serviço do meu próximo.
Fonte: Paulinas em 30/08/2014

Vivendo a Palavra

O Evangelho mostra a nossa responsabilidade sobre os dons de que dispomos. Não podemos escondê-los, mas precisamos reconhecer que nós os recebemos; por isto, com o coração cheio de alegria, devemos procurar desenvolvê-los e aprimorá-los, para colocá-los a serviço dos irmãos. Entreguemos de graça o que de graça recebemos.
Fonte: Arquidiocese BH em 01/09/2012

Vivendo a Palavra

O Evangelho quer-nos humildes, reconhecendo que nossos talentos são dons oferecidos pelo Senhor que devemos acolher, desenvolver e exercitar sempre em benefício da comunidade. Aqui não cabe falsa modéstia, que nos leva a negar, enterrar os dons, ou usá-los com egoísmo só para proveito pessoal.
Fonte: Arquidiocese BH em 30/08/2014

VIVENDO A PALAVRA

O Evangelho mostra a nossa responsabilidade sobre os dons de que dispomos. Não podemos escondê-los, mas precisamos reconhecer que nós os recebemos gratuitamente; por isto, com o coração cheio de alegria, devemos procurar desenvolvê-los e aprimorá-los, para colocá-los todos a serviço dos irmãos. Entreguemos de graça o que de graça recebemos.
Fonte: Arquidiocese BH em 01/09/2018

Reflexão

Um dos maiores perigos que ameaçam a verdadeira vivência da fé é o medo. Este medo faz com que não sejamos capazes de produzir os frutos exigidos pelo Reino de Deus. Mas esse medo sempre aparece com máscaras que nos enganam e uma das mas sutis que encontramos é aquela que é confundida com a virtude da prudência. Perguntamos se é prudente fazer isso ou aquilo e em nome da prudência justificamos o nosso medo. Nesta hora, devemos nos recordar de Maria, a Virgem prudentíssima, que não julgou prudente conversar com José antes de responder ao Anjo ou ficou esperando a vida inteira pelo milagre de Caná.
Fonte: CNBB em 01/09/2012 30/08/2014

Reflexão

Um talento corresponde ao salário de dezesseis anos de trabalho. Muito dinheiro? Certo. A parábola está montada sobre o seguinte esquema: 1. O proprietário distribui seus bens entre seus servos, conforme as condições de cada um. Recomendação: trabalhar com eles, fazê-los frutificar. 2. Tempo de prestação de contas ao proprietário. 3. Resultados: os dois primeiros servos duplicaram os talentos recebidos. Recebem o incentivo do patrão: “Eu lhe confiarei muito mais”; e são introduzidos no seu reino. O terceiro servo, por preguiça, escondeu o talento, e ofendeu o proprietário. Recebe bronca e é descartado da alegria do reino. A isso é semelhante o Reino de Deus. Aplicação: Como estamos administrando as qualidades que o Senhor nos deu? No final de cada dia, o que temos para apresentar a Deus?
(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 01/09/2018

Reflexão

A parábola, contada por Jesus no Evangelho de hoje, nos lembra que cada um de nós tem capacidades peculiares. Deus nos concedeu responsabilidades próprias para agirmos no mundo. A fé não deve ser escondida, porque é ela que ilumina nossa ação. A multiplicação dos dons acontece quando, mesmo diante de nossas fragilidades e insuficiências, não cedemos ao fracasso. Nós pertencemos a Cristo e, a exemplo dele, devemos anunciar a Boa-nova, fazendo-a circular em toda parte. Deus nos confiou uma missão. Nossa atitude é trabalhar pela causa do Reino de Deus. Multipliquemos nossos dons com atitudes de bondade, compaixão e misericórdia. Assim, receberemos de Deus a alegre acolhida: “Muito bem, servo bom e fiel”.
(Dia a dia com o Evangelho 2022)
Fonte: Paulus em 27/08/2022

Recadinho

O que você considera como seu maior talento?- Dedica-se a ele? - Coloca seus talentos a serviço do bem comum? - Você procura colher onde está semeando? - Não corre o risco de invejar talentos dos outros?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 30/08/2014

Comentário do Evangelho

A ALEGRIA DA FIDELIDADE

Os três servos, aos quais o senhor confiou uma certa soma de dinheiro, servem para ilustrar dois diferentes tipos de discípulos, com relação aos dons que receberam de Deus.
Os dois primeiros representam os discípulos que se servem do tempo presente para viver intensamente o amor e a justiça. Incansavelmente procuram praticar o bem, fazendo crescer os laços que os unem a Deus. A fidelidade ao Pai impede-os de cruzar os braços e viver na inatividade. Existe sempre algo de bom a ser realizado.
O terceiro servo, medroso e ocioso, contrasta com os dois primeiros, corajosos e operosos. Seu modo de agir é uma alusão ao comportamento dos discípulos que, embora não façam nada de errado, são incapazes de um gesto grandioso de solidariedade, ou de jogar-se de corpo e alma na causa da justiça. São os que pensam ter observado com fidelidade os mandamentos, só porque os cumpriram, ponto por ponto, embora não pratiquem o que é mais fundamental: a misericórdia, o amor e a justiça. Vivendo uma vida mesquinha e sem relevância, tais discípulos vegetam espiritualmente. Eles se conservam distantes dos grandes desafios da humanidade, especialmente dos pobres e dos sofredores. E pensam que a realização de um punhado de normas seja suficiente para colocá-los em dia com as exigências do Reino.
O castigo aplicado ao servo inútil não deixa margem para dúvidas. É hora de agir!
Oração
Espírito de ação, que eu saiba aproveitar cada momento de minha vida para dar mostras de fidelidade ao Pai, realizando gestos concretos de amor.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Ó Deus, que unis os corações dos vossos fiéis num só desejo, dai ao vosso povo amar o que ordenais e esperar o que prometeis, para que, na instabilidade deste mundo, fixemos os nossos corações onde se encontram as verdadeiras alegrias. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Dom Total em 30/08/2014

Meditando o evangelho

O TALENTO MULTIPLICADO

O encontro definitivo com o Senhor é que dá sentido à vida do discípulo. Este evento futuro e incerto motiva as suas iniciativas. Cada minuto de sua existência é tomado como possibilidade de fazer algo mais. Não perde a chance de se mostrar fiel ao Senhor, nas mínimas coisas.
O discípulo age a partir dos dons recebidos de Deus. Quantos e quais sejam, pouco lhe importa. Importa-lhe apenas saber que o Senhor quer vê-los multiplicados. O verdadeiro discípulo sabe como fazer multiplicar seus dons. Isto se dá no serviço ao próximo, buscando construir a justiça e a fraternidade, e fazendo deles instrumento de restauração da dignidade humana. Quanto mais o discípulo põe a serviço dos outros os dons recebidos de Deus, mais estes se multiplicam.
A atitude dos discípulos operosos e engajados contrasta com a dos preguiçosos, medrosos, acomodados, sem criatividade. Por preguiça espiritual, eles não se sentem motivados a fazer multiplicar o dom recebido de Deus. Por medo da severidade de Deus, por considerarem poucos os dons recebidos, por temerem enfrentar o mundo e seus desafios ou por não saberem como agir, o fato é que não progridem no caminho para Deus. A vida inútil que levam, resultará em severa punição, quando se encontrarem com o Senhor.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Fonte: Dom Total em 01/09/2018 27/08/2022

Oração
Senhor Jesus, faze de mim um discípulo operoso e criativo, que saiba colocar, sem medo, a serviço dos outros, os dons recebidos.
Fonte: Dom Total em 01/09/2018

HOMILIA

OS TRÊS EMPREGADOS

A parábola dos talentos ressalta a vigilância como atitude de quem se sente responsável pelo Reino. E quem recebeu talentos e não os faz render, pode ser demitido por “justa causa” do Reino. O Evangelho situa-se no quinto e último grande discurso escatalógico, ou aquele que trata do fim o último das coisas. O tema básico do discurso é a vigilância, ilustrada pela leitura dos sinais dos tempos, a parábola do empregado responsável, a das virgens prudentes e imprudentes, e que vai terminar festa de Cristo Rei, com o texto sobre o Juízo Final.
Por trás da parábola dos talentos, há um tempo de expectativa e de sofrimento. Na época em que Mateus escreveu o Evangelho, muitos cristãos estavam desanimados diante da demora da segunda vinda do Messias. Além disso, o converter-se à fé cristã acarretava perseguição e até morte. As comunidades se esvaziavam e o ardor por Jesus Cristo esmorecia. O Evangelista escreve com o objetivo de reanimar a fé.
Jesus apresenta-se como um senhor que, antes de empreender uma viagem, reúne seus empregados e reparte com eles sua riqueza para que a administrem. A um deu cinco talentos, a outros dois, e um ao terceiro: a cada um segundo sua capacidade. E viajou para longe. No retorno, ele pede contas. Os dois primeiros fizeram que os talentos rendessem em dobro. O último devolveu o talento tal qual tinha recebido, pois, com medo de arriscar, havia enterrado o talento. Curioso é o motivo de tal procedimento. Não tomou tal atitude por preguiça, mas por medo da severidade de seu senhor. Em consequência, os dois primeiros foram elogiados e recompensados pela eficiente administração e o último foi demitido por justa causa.
Tudo o que nós recebemos de Deus vem na medida certa, de acordo com a nossa capacidade, nem mais nem menos do que poderíamos receber. Portanto, cabe a cada um de nós assumirmos os talentos que Dele recebemos com humildade e perseverança, pois seremos cobrados pelo que auferimos. Às vezes nos subestimamos e entendemos que não possuímos dons como as outras pessoas e nos negamos a perceber qual a aptidão que nos foi presenteada por Deus. Neste caso estamos enterrando o talento, pois não queremos assumi-lo por falsa modéstia, por preguiça, por comodismo e até por orgulho. Aquele que se acha muito pequeno e, por isso, se encosta e se acomoda está cometendo um erro incorrigível. Será tirado dele até o dom que ele tinha inclinação para fazer prosperar e não o fez porque não o colocou em prática. Achar-se muito sem capacidade e não confiar na capacidade de Deus é o grande pecado de muitos de nós.
Não basta estar preparado, esperando passivamente a manifestação de Jesus. É preciso arriscar e lançar-se à ação, para que os dons recebidos frutifiquem e cresçam. Jesus confiou à comunidade cristã a revelação da vontade de Deus e a chave do Reino. No julgamento, ele pedirá contas por esse dom. A comunidade o repartiu e o fez crescer, ou o escondeu dos homens?
O que você tem feito com os seus dons? – Você se acha muito sem expressão, incapaz de realizar alguma coisa? – Não será porque você está confiando somente em você mesmo (a) e esquecendo-se Daquele que lhe deu a vida? – Você não acha que a sua vida já é um dom muito precioso? – O que você tem feito dela?
Pai, dá-me senso da responsabilidade e faze-me entender que o serviço amoroso e gratuito a meu próximo é o único caminho de fazer multiplicar os dons que de ti recebi.
Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
Fonte: Liturgia da Palavra em 30/08/2014

REFLEXÕES DE HOJE

SÁBADO

Fonte: Liturgia Diária Comentada2 em 30/08/2014

HOMILIA DIÁRIA

Seja fiel no pouco e Deus lhe confiará mais

Postado por: homilia
setembro 1st, 2012

No Evangelho de hoje, Jesus quer nos falar sobre o Reino de Deus. A vida que Ele nos oferece é descrita de maneira econômica: vigiar e realizar as tarefas determinadas por Ele. Isso significa, em primeiro lugar, ser uma pessoa empenhada na realidade do mundo a construir. Trata-se de um capital posto em nossas mãos por Deus, o qual o cristão não pode deixar improdutivo. Quem sabe administrar a própria vida, sabe administrar os negócios dos outros. Na verdade, essa é a questão: “Como foste fiel na administração de tão pouco, vem participar da minha alegria”.
Deus não espera de nós coisas grandiosas, que ultrapassam nossas capacidades reais, fogem de nossa realidade. Ele espera que sejamos sinceros e verdadeiros conosco e com Ele, administrando, com fidelidade, o pouco de cada dia. Uma coisa de cada vez! Ele conhece o nosso coração e a nossa reta e sincera intenção. Quantas coisas Deus põe em nossas mãos para administrar: a vida, a família, o trabalho, um mundo a construir! Temos de ter coragem, e não medo de Deus; sentimentos de filhos, e não de empregados, escravos, obrigados a trabalhar para o Senhor. Ele não nos pediria algo que não pudéssemos dar nem algo que Ele já tenha nos dado.
Somos filhos muito amados de Deus, o qual nos assiste com a Sua graça e não espera de nós passos que não conseguimos dar. É preciso ter a coragem de começar pequeno, simples, humilde, uma gota no oceano. Mas de quantas gotas é feito o oceano?
Não podemos enterrar os talentos que o Senhor nos deu. Nós temos talentos, valores que precisam ser colocados a serviço para render outros tantos. O “Banco de Deus” é o amor e a misericórdia no coração dos nossos irmãos. Vá poupando aos poucos, doando-se, começando por pequenos gestos e, quando você perceber, há uma enorme fortuna de gente, de vida, de fraternidade que você acumulou e Ele lhe dará mais.
Não tenha medo de Deus! Ele não é este “patrão severo” que nos cobra. Ele é Quem nos assiste e capacita, para nos acolher, em Seu Reino, e nos convidar para viver a Sua vida plena: “Eu vim para que tenham vida, e a tenham em abundância” (cf. Jo 10,10).
Seja fiel no pouco e Deus lhe confiará mais. Mais talentos, mais virtudes, mais amor e capacidade de se doar.
Como você faz render aquilo que Deus lhe dá?
Padre Luizinho
Fonte: Canção Nova em 01/09/2012

HOMILIA DIÁRIA

Você tem multiplicado os dons que Deus lhe deu?

Quanto mais investimos nos dons e nos talentos que Deus nos deu, tanto mais estes crescem, se tornam fecundos e produzem frutos.

“O patrão lhe disse: ‘Muito bem, servo bom e fiel! Como foste fiel na administração de tão pouco, eu te confiarei muito mais. Vem participar da minha alegria!’.” (Mateus 25, 23)

A parábola dos talentos, contida nos ensinamentos de Jesus, é sempre, para nós, um convite para refletirmos bem sobre a nossa atitude diante dos dons, dos talentos, das responsabilidades e da missão que cada um de nós recebemos de Deus. Não existe ninguém neste mundo que não tenha dom, que não tenha talento!
É admirável contemplar o quanto as pessoas fisicamente debilitadas capricham no que fazem, o quanto colocam seus dons naquilo que podem fazer, muitas vezes, até com muito mais intensidade do que aqueles que têm mais condições físicas para fazer isso ou aquilo.
Como é bom e como é admirável ver cada um colocar à disposição dos outros o talento que tem! E a Palavra de Deus hoje justamente nos diz isto: quanto mais investimos no dom e no talento que temos, tanto mais o nosso dom cresce, tanto mais o nosso talento se torna fecundo e produz frutos. Como ocorre com quem tem o dom de falar, de pregar, de cantar e de cuidar do outro. Algum dom você tem, algum talento você tem!
Por outro lado, não existe coisa pior do que a pessoa inerte, preguiçosa, que não leva em conta o pouco talento que tem e não investe nele para que este se torne mais fecundo. Ninguém precisa invejar ninguém, cada um tem a sua capacidade. Em vez de ficarmos olhando para o talento do outro, se cuidássemos mais do nosso, a graça de Deus viria em nosso auxílio para que o nosso dom se tornasse cada vez mais fecundo, para que ele produzisse cada vez mais frutos de bondade onde quer que nós estejamos.
Não seja um operário preguiçoso, não seja um operário inerte, irresponsável, que não leva adiante o dom que você recebeu da vida! Você tem dom para alguma coisa, ou talvez você tenha muitos dons e muitos talentos, apenas que você precisa sair da posição cômoda. Existem pessoas que gostam apenas de ser servidas e cuidadas, elas querem apenas que os outros olhem para elas, mas não são capazes de sair de si, de lutar, de correr atrás, de madrugar e de dar um pouco de si aos demais.
Eu vejo pessoas criticando quem faz leitura na igreja, quem faz isso ou aquilo. Por que elas não vão fazê-la? Por que elas não o fazem melhor? É muito fácil apontar o dedo para os outros, o difícil é querer ficar no lugar deles; o difícil é se esforçar para fazer o melhor e dar o melhor de si para que o Reino de Deus aconteça com os talentos que o Senhor confiou a nós.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 30/08/2014

HOMILIA DIÁRIA

Usemos os nossos talentos para realizar o bem

A questão não é ter mais ou menos, a grande questão da vida é o uso que fazemos dos nossos talentos

“‘Servo mau e preguiçoso! Tu sabias que eu colho onde não plantei e que ceifo onde não semeei? Então devias ter depositado meu dinheiro no banco, para que, ao voltar, eu recebesse com juros o que me pertence’.” (Mateus 25,26-27)

A bonita parábola dos talentos mostra-nos o investimento que Deus realiza em nossa vida. Deus é aquele que coloca os talentos da vida em nossas mãos. Recebemos dons, capacidades e disposição para realizar muitas coisas na vida, portanto, todos nós temos talentos, dons e capacidades. A questão não é a quantidade de dons e talentos, a questão não é ter mais ou menos, a grande questão da vida é o uso que fazemos dos nossos talentos.
O Senhor está, hoje, repreendendo o servo que é mau e preguiçoso. Então, são duas coisas que não podemos fazer com os talentos que temos. O primeiro é sermos maus ou usarmos de forma errada e má os talentos que temos, usá-los para realizar maldades. E aqui todo o problema do pecado, da corrupção que, muitas vezes, entram em nós e vão corrompendo os melhores dons que nós temos. Até podemos multiplicar os dons, mas os usá-los de forma má é o mesmo que não os usar, porque destroem o bem em nós e o bem que está no outro.
O ponto-chave do Evangelho de hoje é que o servo não só foi mau, mas foi preguiçoso. E ser preguiçoso é sinônimo de ser relaxado, é uma pessoa inerte, que não leva adiante e, simplesmente, quer ver o mundo acontecendo, não é capaz de se virar nem de fazer as coisas acontecerem.
Nenhum de nós pode deixar a vida cair na inércia, não importam as dificuldades que tenhamos nem os limites que possamos conhecer. Eu sou um profundo admirador das pessoas que têm limites físicos; elas se superam e dão exemplos para nós, porque são capazes de fazer algo mesmo com esse limite que têm na vida. Não são os limites que nos podam, mas é a preguiça que nos retêm, é a falta de nos lançarmos e nos jogarmos; é, muitas vezes, ficarmos parados reclamando, murmurando ou invejando o talento que o outro tem, porque é algo muito mais danoso para o nosso espírito e criatividade olhar o que o outro tem e não o que nós temos ou somos capazes e podemos.
Não seja mau nem permita que a inveja e a preguiça impeçam você de crescer, de ir para frente, de superar-se e dar mais com o dom e o talento que você tem.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 01/09/2018

HOMILIA DIÁRIA

Faça render os talentos que Deus confiou a você

“Um homem ia viajar para o estrangeiro. Chamou seus empregados e lhes entregou seus bens. A um deu cinco talentos, a outro deu dois e ao terceiro, um; a cada qual de acordo com a sua capacidade. Em seguida viajou.” (Mateus 25,14-15)

O Senhor nos conta, nesses dias, a respeito das parábolas dos fins dos tempos, do tempo do juízo. O tempo do juízo vai chegar, minha gente, é o juízo particular, é o juízo de cada um de nós, o juízo da morte. O Senhor vem ou iremos ao Seu encontro, e precisaremos prestar contas ao Senhor.
E Jesus contou essa parábola de um homem que iria viajar, que foi viajar para o estrangeiro, e que entregou os talentos: a um deu cinco, ao outro deu dois, e ao outro deu um, para que cada um, então, pudesse fazer render aqueles talentos.
Podemos acompanhar, na leitura do Evangelho, que aquele que teve cinco talentos fez render mais cinco talentos, e o patrão, o homem elogiou aquele empregado: “Olhe, parabéns! Porque você foi fiel no pouco, eu vou te confiar mais, mais cinco!”. E disse a mesma coisa ao outro:  “Olha, você foi fiel no pouco. Eu vou te confiar mais. Te confiei dois? Eu vou te confiar mais dois”. Mas o terceiro ficou com medo e deixou no chão, e enterrou o talento. Ah, mas esse patrão ficou bravo, porque ele deu segundo a capacidade de cada um; então, àquele que ele deu mais, é porque ele conseguiria render mais e rendeu mais; àquele, um pouco menos, mas rendeu; e àquele que ele deu um talento é porque ele poderia fazer render mais um talento.

Faça render os talentos que Deus lhe confiou, porque, um dia, Ele vai te chamar para prestar contas a Ele

Meus irmãos, todos nós recebemos de Deus dons, talentos segundo a nossa capacidade. Foi o que nós escutamos aqui no Evangelho. O Senhor não dá nem a mais nem a menos aquilo que você pode suportar. Ele dá na medida. Agora, preciso fazer render os talentos que Deus me confiou, você precisa fazer render os talentos que Deus lhe confiou, porque Ele vai prestar contas um dia, um dia Ele vai me chamar, um dia Ele vai chamar você para que você preste contas a Ele. Que, de maneira nenhuma, você enterre seu talento; que, de maneira nenhuma, eu enterre meu talento, mas que eu coloque, que você o coloque, que nós o coloquemos à disposição do Senhor.
Se você canta, cante mesmo e capriche no cântico. Se você não canta bem, pare de cantar então, é um outro talento que Nosso Senhor lhe deu. Não insista, não faça os outros pecarem. Se você tem o dom de servir, sirva com alegria. Se você tem o dom de pregar, pregue e prepare-se para pregar bem a Palavra de Deus. Nosso Senhor o chama ao escondimento, à interseção, faça isso com zelo, com carinho, com amor e por amor a Deus, mas coloque o seu dom à disposição do Reino.
Hoje, comemoramos Santa Mônica, uma mulher que colocou o seu dom, que viveu o seu Batismo. Ela nasceu lá nos primeiros séculos da Igreja, 331 d.C., e morreu 387 d.C. na África. Ela é a mãe, sim, do grande Santo Agostinho, mas foi uma mulher que colocou à disposição o talento que ela recebeu. Ela viveu o Batismo, ela intercedeu, testemunhou Jesus Cristo para o seu filho e, finalmente, ela alcançou a graça da conversão do seu filho. Mas não somente a graça da conversão do seu filho, ela alcançou, por causa da perseverança, por causa da insistência, rezando aqueles 30 anos, ela alcançou a graça da perseverança para ela.
Meus irmãos, Santa Mônica alcançou a graça da santidade através das dificuldades da vida, mas ela colocou à disposição os talentos que ela recebeu, e ela intercedeu tanto, que Santo Agostinho se converteu, e na conversão dele tantas conversões também aconteceram por causa de Santo Agostinho.
Meus irmãos, que o nosso talento, colocado à disposição, possa render conversão e mais conversão, possa render caridade e mais caridade, possa render perdão e mais perdão. Enfim, não enterramos os nossos talentos, façamos render os nossos talentos através da vivência do nosso batismo, através da vivência da santidade.
Abençoe-vos o Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!
Padre Márcio Prado
Sacerdote da Comunidade Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 27/08/2022

Oração Final
Pai Santo, que tão generosamente repartiste dons e talentos entre teus filhos, ensina-nos a gratidão; dá-nos a disposição para reconhecer e desenvolver nossas capacidades, e generosidade para acolher o nosso próximo, ajudando-o em suas carências e aflições. Por Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 01/09/2012

Oração Final
Pai Santo, nós damos graças pelos dons que nos ofereces, em especial a Vida e a fé. E te pedimos, Pai amado, discernimento e coragem para colocar a serviço dos irmãos tudo o que somos e temos, com generosidade e alegria. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 30/08/2014

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, que tão generosamente repartiste dons e talentos entre teus filhos, ensina-nos a gratidão; dá-nos a disposição para reconhecer e desenvolver nossas capacidades, e generosidade para acolher o nosso próximo, ajudando-o em suas carências e aflições com os dons e talentos que nos emprestaste. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 01/09/2018

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