ANO B
Mt 10,1-7
Comentário do Evangelho
Pouco a pouco o evangelho vai se abrindo para os pagãos.
Ante a necessidade ingente da missão (9,37), Jesus dá aos doze discípulos que ele envia o seu próprio poder. Em primeiro lugar, é preciso compreender que a missão é de Jesus e que os discípulos são seus colaboradores. Nossa missão como cristãos é colaboração na missão de Cristo. Daí a necessidade de bem compreender, através dos evangelhos, aquelas passagens em que Jesus mesmo explicita sua missão. Em segundo lugar, é fundamental ter presente que o poder conferido pelo Senhor aos seus discípulos não está relacionado a um cargo, mas à condição mesma de discípulo. Trata-se, aqui, do Espírito Santo; ele é o poder de Deus dado para a missão (cf. At 1,8). Esse poder de Deus que faz falar (At 2,1-11) e agir à imitação de Cristo é dom de Deus. A lista com o nome dos doze Apóstolos não tem por finalidade limitar a missão a eles, mas dizer à Igreja do futuro que a missão tem de estar enraizada no testemunho daqueles que foram testemunhas oculares de tudo o que Jesus fez e ensinou. Por razões apologéticas, Mateus retém a observação de que o anúncio da proximidade do Reino de Deus deve ser feito em primeiro lugar, mas não exclusivamente, às ovelhas perdidas da casa de Israel. Pouco a pouco o evangelho vai se abrindo para os pagãos.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Senhor Jesus, eu te agradeço por me teres chamado a colaborar contigo, apesar de minhas limitações e fragilidades.
Fonte: Paulinas em 09/07/2014
Vivendo a Palavra
A missão dada aos apóstolos é a nossa missão: anunciar que o Reino do Céu está próximo – ele está dentro de nós! Que o testemunho da vida seja o nosso anúncio. Mas, como o apóstolo Pedro, estejamos sempre prontos a explicar com palavras a quem nos perguntar, a razão da nossa Esperança.
Fonte: Arquidiocese BH em 09/07/2014
VIVENDO A PALAVRA
O Reino do Céu não é uma linha de montagem, produção em série. Assim como os apóstolos foram chamados um a um por Jesus, também nós somos escolhidos pelo Pai Misericordioso, cada um pelo nosso próprio nome, com a missão de viver já aqui e agora o seu Reinado de Amor (ainda que não em sua plenitude) e anunciá-lo aos companheiros peregrinos.
Fonte: Arquidiocese BH em 11/07/2018
VIVENDO A PALAVRA
O anúncio do Reino deve ser feito por discípulos-servidores a caminho do Amor. Jesus dá poderes aos seus mensageiros – não um poder para dominar, mas para libertar os irmãos dos espíritos que dividem e para curar os males que escravizam. Hoje, nós, Igreja de Jesus, temos a mesma missão e somos investidos de iguais poderes.
Fonte: Arquidiocese BH em 08/07/2020
Reflexão
Nós devemos ter sempre a convicção de que, se fomos chamados para trabalhar no Reino de Deus, foi Jesus quem nos chamou. Outras pessoas podem até ter participado deste chamado, mas forma instrumentos nas mãos de Jesus para que esse chamado acontecesse. E porque foi Jesus quem nos chamou, é da obra dele que participamos. Não temos o nosso próprio projeto e nem participamos de projetos de outras pessoas, mas na verdade, nos inserimos no projeto do próprio Jesus. Com isso, não realizamos a nossa obra, mas a obra daquele que nos chamou e não agimos pelo nosso próprio poder, mas agimos pelo poder daquele que nos chamou e nos enviou para a realização do seu projeto de amor.
Fonte: CNBB em 09/07/2014
Reflexão
Jesus chama e envia doze discípulos para continuar sua missão. O número doze evoca as antigas doze tribos de Israel e indica que o novo povo de Deus está nascendo. De diferentes culturas e condições sociais, os Doze formam o núcleo da comunidade de Jesus: fraterna, solidária e aberta para anunciar o evangelho por todo o mundo. As tarefas de Jesus são as dos apóstolos: expulsar espíritos impuros e “curar toda doença e enfermidade”. O que devem anunciar? O Reino de Deus está próximo, isto é, ao alcance dos que o aceitarem. Esse Reino está em contraste com os reinos deste mundo, incluindo o império romano e as autoridades de Israel. Portador de vida, o Reino de Deus assume a justiça a favor dos pobres e marginalizados.
(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 11/07/2018
Reflexão
Jesus chama e envia doze discípulos para continuar sua missão. O número doze evoca as antigas doze tribos de Israel e indica que o novo povo de Deus está nascendo. De diferentes culturas e condições sociais, os Doze formam o núcleo da comunidade de Jesus: fraterna, solidária e aberta para anunciar o evangelho por todo o mundo. As tarefas de Jesus são as dos apóstolos: expulsar espíritos impuros e “curar toda doença e enfermidade”. O que devem anunciar? O Reino de Deus está próximo, isto é, ao alcance dos que o aceitarem. Esse Reino está em contraste com os reinos deste mundo, incluindo o Império Romano e as autoridades de Israel. Portador de vida, o Reino de Deus assume a justiça a favor dos pobres e marginalizados.
Oração
Senhor Jesus, sentes que a missão é imensa e necessitas de colaboradores. Por isso selecionas um pequeno grupo, aos quais dás o nome de apóstolos. Tu os envias a serviço do Reino, com a recomendação de ir primeiro “às ovelhas perdidas da casa de Israel”, talvez por ser obra mais difícil. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2020 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp (dias de semana) Pe. Nilo Luza, ssp (domingos e solenidades))
Fonte: Paulus em 08/07/2020
Reflexão
Diante da grande missão e de poucos trabalhadores, Jesus escolhe doze (simbolizando a totalidade dos enviados) apóstolos e os envia em missão. O Mestre capacita os discípulos para expulsar os espíritos impuros (resistência às mensagens opostas ao Reino de Deus propagadas pelas ideologias que dominam as pessoas) e curar as enfermidades (doenças que são o resultado dessas ideologias perversas). Os doze formam o núcleo da comunidade de Jesus, comunidade fraterna, solidária e aberta para anunciar a Boa-nova a todos os povos, começando pelos mais próximos. Como se vê, o Mestre os envia a sair de si mesmos e de seus refúgios para ir em busca das ovelhas perdidas. O anúncio do Reino dos Céus próximo é sinal de resultados positivos no cumprimento da missão. Esta é a missão de todo cristão: libertar as pessoas de tudo o que as mantém prostradas e sem vida.
(Dia a dia com o Evangelho 2022)
Fonte: Paulus em 06/07/2022
Recadinho
Sinto-me preparado(a) para a missão que Deus me confia? - Procuro estar disponível para seguir o Mestre? Como? - Concorda que os simples de coração estão mais disponíveis para o serviço? - Não acha que muita preocupação impede a ação? - Sinto-me livre para viver o Evangelho?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 09/07/2014
Meditando o evangelho
UM CHAMADO PESSOAL
A lista do primeiro grupo de apóstolos, escolhidos entre tantas outras pessoas que seguiam Jesus, indica o caráter pessoal da vocação e da missão do discípulo. Quais terão sido os critérios usados por Jesus para escolher os doze apóstolos? Pergunta difícil de ser respondida. Sem dúvida, não foi porque eram pessoas de excelente caráter e firmes na fé. Nem dotadas de alto cabedal de ciência teológica e versadas nas Escrituras. Nem provindas das camadas altas da sociedade, que gozavam de prestígio. Em suma, no âmbito puramente externo, não é possível reconhecer elementos que justifiquem o chamado de homem incultos, pescadores de profissão, originários de uma região cuja fama não era das melhores, cheios de limitações de todo tipo. Aliás, de Judas Iscariotes se diz, logo de saída, que haveria trair o Mestre. Esses predicados desaconselhariam a escolha feita por Jesus.
Deus, ao longo da história da salvação, serviu-se de meios precários para realizar seu plano. Basta considerar quem foram os grandes personagens da história salvífica para se dar conta de sua fragilidade. Apesar disto, eles foram instrumentos válidos nas mãos de Deus. Pois, quem realizava a salvação era Deus e não aqueles de quem se servia. O mesmo se deu com Jesus. O Reino não se difundiria através do mundo devido à alta qualificação de seus colaboradores. Como outrora, Deus continuaria a ser o agente principal da salvação.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total)
Oração
Senhor Jesus, eu te agradeço por me ter chamado a colaborar contigo apesar de minhas limitações e fragilidades.
Fonte: Dom Total em 09/07/2014, 11/07/2018, 08/07/2020 e 06/07/2022
Oração
Ó Deus onipotente e eterno, que exaltais os humildes e simples e conduzistes a santa Paulina pelo caminho da santidade através da provação, do trabalho humilde e da oração constante, concedei-nos, por seu auxílio e a seu exemplo, suportar com fortaleza os sofrimentos de cada dia e encontrar a plenitude de vossa graça no serviço às pessoas, especialmente às mais necessitadas. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Dom Total em 09/07/2014
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. Os Frutos não mentem...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
O que caracteriza e dá identidade a uma laranjeira são evidentemente as laranjas colhidas dos seus galhos, a Videira a mesma coisa, sabemos que na parreira iremos encontrar os deliciosos cachos de uva, já um espinheiro nada vai dar além de espinhos, também não se pode esperar algum fruto de uma moita de urtigas. Este raciocínio é óbvio demais, entretanto, é essa comparação que Jesus faz para falar com os discípulos sobre o perigo dos falsos profetas de ontem, e dos falsos cristãos de hoje, que além de nada produzirem de bom, ainda contaminam a comunidade com suas ideologias aparentemente cristãs, mas que trazem incertezas, intrigas e divisões.
Os que ocupam cargos de coordenações dentro da grande Eclesia, ou mesmo nos nossos movimentos, tão importantes na evangelização da pós modernidade, podem sim, ter segundas intenções naquilo que fazem. É preciso ter cautela pois é fácil identificar a autenticidade dessas lideranças, pelos seus frutos. Nos dias de hoje em nossas comunidades o grande pecado ainda são as divisões e aí os tais Falsos Profetas são os principais articuladores.
Podemos atualizar este evangelho e filtrar melhor certas conversas e conselhos. Lideranças que se preocupam excessivamente só com a sua pastoral ou Movimento, não dando muita importância a comunhão com a paróquia como um todo. Pessoas que defendem de unhas e dentes os interesses da SUA comunidade, contra o bem comum de toda a paróquia. Pessoas que fazem duras críticas a outras lideranças, e tentam ainda colocar o povo de Deus contra os Ministros ordenados, tornando a público suas falhas e pecados.
Pessoas que querem dominar a tudo e a todos, brigando com quem quer que seja, para defender seu ponto de vista, sempre acreditando e dizendo que só quer o melhor para a paróquia. Os frutos de quem semeia tanta discórdia, inimizada e intriga, logo vem, e são azedos e intragáveis. As ações do agente de Pastoral autêntico, ao contrário, sempre promovem a união e comunhão de vida, sempre valoriza as demais pessoas e usa de misericórdia e compreensão com quem errou. Os frutos dessa ação são doces e saborosos, portanto, Jesus pede neste evangelho, para não dar ouvido a quem parece ser tão bonzinho, mas que no fundo é cordeiro disfarçado de Lobo...
2. Ide, antes, às ovelhas perdidas da casa de Israel
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)
Jesus institui os Doze Apóstolos. Dá a eles poder para expulsar demônios e curar doenças. Envia-os em missão, em primeiro lugar para os judeus, que são o seu povo, o povo de Israel. Há uma recomendação expressa de não irem aos territórios dos pagãos nem às cidades dos samaritanos. Os primeiros exercícios pastorais dos Apóstolos são feitos em casa, com os da sua nação. Mais tarde irão aos samaritanos e aos pagãos. Além do exercício pastoral, a preferência por Israel se dá por Deus ter escolhido este povo com a missão de levar o seu nome a todas as nações. A tendência a se fechar em si mesmo é comum a todas as pessoas e a todos os grupos de pessoas. Assim também Israel passou pela tentação de transformar o que era responsabilidade em privilégio. A missão de Israel se realizará no herdeiro das promessas. Jesus, filho de Davi, judeu, membro do povo eleito, realizará as profecias. A Casa do Senhor será Casa de oração para todos os povos. A luz brilhará nas trevas iluminando os caminhos de todos os povos. Os Apóstolos levarão a salvação a todas as nações.
Fonte: NPD Brasil em 11/07/2018
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. A primeira aula prática dos doze
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
Parece que neste evangelho terminou o primeiro período de formação dos apóstolos e agora, chamando-os pelos nomes os que foram aprovados, Jesus irá envia-los para a primeira missão que tem um caráter experimental. O Mestre transfere a eles todos os seus poderes e agora finalmente irão “entrar em campo” para o primeiro jogo, que vale como treino ou um teste.
Um bom técnico de futebol, depois de todas as orientações e treinos técnico e tático, não irá expor a sua equipe em um jogo contra um adversário duro e difícil, mas escolhe uma equipe em igualdade de condições onde o importante é o treino e o exercício.
E assim vem a recomendação para que anunciem primeiro as ovelhas perdidas da Casa de Israel, evitando a cidade dos Samaritanos e a terra dos pagãos, locais estes onde a missão será bem mais difícil.
Jesus não está querendo poupar seus apóstolos, ou está discriminando os Samaritanos e Pagãos, antes, quer avaliar como se sairão os seus apóstolos, evangelizando primeiro os de casa. Surge aqui uma boa pergunta a todos nós: em nossas casas, em meio á nossa Família, vivemos de maneira autêntica o Santo Evangelho? Todas as pessoas, inclusive as que conosco convivem, devem ser permanentemente evangelizadas, quer pelo anúncio ou pelo testemunho.
E se em nossa família não convencemos a ninguém, podem ter certeza de que aí no “mundão” a missão será bem mais difícil, pois, para convencer, é preciso que estejamos convencidos pelo anúncio do evangelho, uma vez que ninguém poderá dar algo que não têm.
Há também nesse evangelho o desafio de se ser comunidade. O grupo dos doze tem muitas diferenças, e no meio deles também está Judas, o Traidor. Mas naquele momento estavam unidos em torno da mesma e única missão: anunciar que o Reino dos Céus está próximo.
Nós cristãos do terceiro milênio não precisamos nos preocupar com o que fazer, nossa missão é a mesma dos apóstolos e a mesma de Jesus, entretanto, passados três milênios de anúncio e de Vida em Missão, da nossa Igreja, deveríamos estar bem “calejados” para saber que a nossa missão de anunciar o Reino, está no “mundão” onde pessoas tão difíceis como os pagãos e samaritanos daquele tempo, estão à espera de quem lhes anuncie a Verdade que Salva, redime e liberta.
2. No vosso caminho proclamai o Reino dos Céus - Mt 10,1-7
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)
O Evangelho de Mateus reúne em cinco discursos ou sermões as palavras de Jesus. O primeiro é o Sermão da Montanha, nos capítulos 5 a 7. O segundo começa a ser lido hoje durante a semana, até segunda-feira. Este é o Sermão Missionário ou Discurso Apostólico, que está no capítulo décimo. Em sua catequese, Mateus coloca primeiramente diante do leitor um conjunto de princípios que devem ilustrar a sua mente e animar a sua vida. É o primeiro discurso com um programa para a aquisição de um novo modo de pensar. Tendo passado por essa etapa, o discípulo sai pelo mundo afora para transmitir uma Boa Notícia a todos os que ele encontrar pelo caminho. É o Discurso Missionário destinado ao discípulo missionário. Enviados primeiramente às ovelhas perdidas da Casa de Israel, os Doze apóstolos anunciam que o Reino dos Céus está próximo. Sendo pescadores de gente, seu anúncio se destina a pessoas que precisam desta Boa Notícia. Cuidem, então, dos doentes e dos dominados. Curem os doentes e libertem os possessos. A proximidade é preciosa, mesmo quando o tempo é pouco.
3. O NOVO ISRAEL
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total)
O número doze, relativo aos primeiros apóstolos, não é casual. Ele se reveste de uma rica simbologia, cara ao mundo judaico, por evocar as antigas doze tribos de Israel, e chamar a atenção para o novo Israel que estava para nascer.
Os doze apóstolos seriam o germe do Israel escatológico, sem qualquer limite de raça, povo, língua, cultura ou nação. Deixando de lado a Lei mosaica, doravante este novo povo pautaria sua vida pelos valores do Reino dos Céus, explicitados no Sermão da Montanha.
O novo Israel nasceu sob o signo do serviço à vida. Ao ser chamado, foi-lhe dada como tarefa: expulsar os espíritos impuros e curar toda sorte de doença e enfermidade. Por conseguinte, deveria eliminar tudo quanto põe em risco a vida, ou a debilita, de forma que a humanidade seja reabilitada.
Essa nova humanidade era constituída por pessoas com os caracteres mais diversos. Quanta diferença entre Pedro e Judas Iscariotes, entre Felipe e Tomé! Mesmo assim foram convocados para formar uma comunidade solidária e fraterna, em torno do Mestre, pronta a entregar-se ao serviço da evangelização da humanidade.
Jesus sabia muito bem o que queria, quando constituiu seu grupo de auxiliares diretos.
Oração
Espírito que recria, dá forças à Igreja para que assuma seu papel de servidora da vida, de re-humanizadora da humanidade e formadora de um povo novo e solidário.
Fonte: NPD Brasil em 08/07/2020
HOMILIA
O DIVÓRCIO É UMA TRAGÉDIA
Em tempos atuais, o divórcio e o novo casamento são temas que geram muita discussão. Eu lhe pergunto: Será que os que estão sofrendo tragédias matrimoniais também receberam a graça, como descreve a Lei no Novo Testamento? É claro que afirmamos que a graça e a verdade vieram por Cristo Jesus. Então, como predomina a graça naqueles que sofreram a tragédia de um fracasso no matrimônio e um subsequente divórcio? Cristo não ensinou apenas com palavras, mas também com sua vida. Ele deu novas ideias aos seus seguidores, rejeitando o antigo ditado: “olho por olho, dente por dente” e enfatizando o amor, não entre eles mesmos, mas, em relação aos outros. Ele tirou a mulher da condição em que se encontrava e a fez ser reconhecida como pessoa. Ensinou também o respeito para com a antiga lei judaica.
Quando estudamos o que Jesus disse acerca do divórcio, devemos também estudar a vida que Ele levou junto com os que tinham destruído seu casamento, bem como o que ensinou sobre a lei judaica, especialmente a lei do divórcio. O que encontramos em suas palavras? Se uma pessoa divorciada se casa novamente, o que Ele nos diz? “Quem repudiar sua mulher e casar com outra comete adultério contra aquela. E, se ela repudiar seu marido e casar com outro, comete adultério?” (Marcos 10,11-12).
Jesus sabia que o divórcio não é um quadro bonito, na maioria dos casos. Solidão, rejeição, um profundo senso de ter falhado, perda de auto-estima, crítica dos familiares, problemas com a educação dos filhos e muitos outros problemas assaltam os divorciados. O divórcio pode ser mais traumático que a morte de um cônjuge. A morte do cônjuge é difícil de ser superada, mas um cônjuge falecido não retorna mais. O divorciado normalmente retorna, e assim prolonga a situação.
O divórcio é, porém, como no tempo de Jesus, uma solução parcial para uma situação séria e cruel, e pode ser a única solução razoável. Pode ser necessária, mas sempre é uma tragédia. É fácil pregar contra o divórcio, mas é difícil para a igreja ser construtiva, provendo preparo para o casamento. Temos de estar prontos para prevenir alguns divórcios, ajustando nossas leis de divórcio ou proibições religiosas contra o divórcio, mas essas ações não preveem o rompimento de matrimônios. Quando os casais se separam por incompatibilidade pelas leis de divórcio, ou pela “segurança dos filhos”, o resultado pode ser uma tragédia.
Desastrosos triângulos amorosos, crueldades domésticas, abusos de crianças, homicídios e suicídios são algumas das consequências documentadas de casamentos que falharam, mas não terminaram. Não se resolveu o problema e sim se dá início de outro. Que opção mais terrível! Um lugar em ruínas é uma tragédia, mas nunca esquecerei de um jovem que pôs uma pistola na boca, acabando, assim, com seu casamento como alternativa ao divórcio. Nossa taxa elevada de divórcios são um problema real do fracasso nos casamentos vem primeiro e que desemboca no divórcio segundo a lei civil.
A taxa de divórcios é unicamente um indício da nossa alta taxa de casamentos ruins. Para corrigir isso temos de fazer mais do que pregar contra o divórcio: temos de revigorar os casamentos. Esse é o nosso desafio! O divórcio é uma solução radical para problemas maritais insuperáveis. Ele termina com toda a esperança de que o matrimônio deve ser conservado, e declara publicamente que ele falhou. É preciso estar contrito nesse momento da verdade. O pecado relativo a essa falha tem de ser confessado. “Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda a injustiça” (I João 1,9). E para evitar o pecado é preciso tomar a consciência de que Deus os fez homem e mulher. Por isso o homem deixa o seu pai e a sua mãe para se unir com a sua mulher. É por isso, uma vez unidos que o homem não os separe.
Pai, tu me escolheste para ser companheiro de missão de teu Filho Jesus. Que eu seja capaz de percorrer, com fidelidade, o mesmo caminho trilhado por Ele!
Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
Fonte: Liturgia da Palavra em 09/07/2014
REFLEXÕES DE HOJE
QUARTA
Fonte: Arquidiocese BH em 09/07/2014
REFLEXÕES DE HOJE
QUARTA
Fonte: Arquidiocese BH em 11/07/2018
HOMILIA DIÁRIA
A melhor maneira de renunciar ao maligno é anunciando Deus
Precisamos renunciar à ação do mal por onde nós passamos, e a melhor maneira de renunciar ao maligno é anunciando o Reino de Deus.
“Jesus chamou os doze discípulos e deu-lhes poder de expulsar os espíritos maus e de curar todo tipo de doença e enfermidade.” (Mateus 10, 1)
No Evangelho de hoje nós temos a graça de ver Jesus chamando cada um dos Seus apóstolos pelo nome: Pedro, André, Tiago, João, Felipe, Bartolomeu e os demais, cada um dos doze. Assim como o Senhor chamou cada um deles pelo nome, é pelo nome que o Senhor nos chama, é pelo nome que somos chamados por Deus.
E o nosso nome, quando somos batizados, assume um novo significado. Você não é simplesmente o Pedro, o Paulo, o João ou o Mateus, seja qual for o seu nome. Você é a “Maria de Deus”, o “Roberto de Deus” é o “José de Deus”, em Cristo somos uma nova criatura, por isso o nosso nome assume um significado sagrado e é por esse nome e por esse significado sagrado que o Senhor nos chama.
Se você vai lá ao seu interior, você vai lá ao seu coração e escuta Deus falar com você, na sua intimidade, você vai escutar o Senhor o chamando pelo nome. E quando o Senhor nos chama pelo nome, o Senhor nos chama para uma missão.
Nenhum de nós pode fugir da missão ou da responsabilidade que Deus confia a nós na construção do Seu Reino aqui na Terra. Assim como o Senhor confere aos doze discípulos poder e autoridade, o Senhor também nos confere poder e autoridade. Não é para nos tornarmos pessoas autoritárias ou poderosas; muito pelo contrário, a autoridade do Reino de Deus é para nos fazer humildes e servidores. Humildes, porque na humildade é onde Deus se faz presente, é onde a Sua força acontece; e servos porque é no serviço que o poder de Deus atua.
Nós recebemos a autoridade de Deus para expulsar os demônios e para curar as doenças e as enfermidades. Não tenha medo de expulsar o maligno! Pelo contrário, tenha a ousadia de, em Deus, não aceitar e não permitir que as obras, as sementes e a ação do mal ajam onde nós estamos.
Precisamos renunciar ao mal, precisamos renunciar à ação do mal por onde nós andamos, por onde nós passamos, e a melhor maneira de renunciar e denunciar o maligno é anunciando o Reino de Deus. Quando nós anunciamos o Reino de Deus, nós oramos pelos doentes, nós oramos por aqueles que estão enfermos, nós oramos e pedimos que o Senhor cure as nossas doenças e enfermidades que começam em nosso coração e em nossa mente.
Quando temos um coração renovado, uma mente renovada, uma mente sarada pela mão poderosa de Deus, Ele age em nossa saúde física. Que hoje nós assumamos a autoridade que nos foi conferida pelo Senhor para sermos mensageiros do bem, anunciadores da Boa Nova e, acima de tudo, aqueles que expulsam o poder do mal e fazem o Reino de Deus acontecer.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 09/07/2014
HOMILIA DIÁRIA
Jesus busca a ovelha que está distante da casa do Pai
No coração da Igreja, enquanto houver uma ovelha distante, não podemos estar sossegados
"Ide, antes, às ovelhas perdidas da casa de Israel! Em vosso caminho, anunciai: ‘O Reino dos Céus está próximo’.” (Mateus 10,6-7)
O Mestre Jesus não descuida da ovelha que está perdida, pelo contrário, a sua preocupação, primeiramente, é com aquela que está afastada e distante da casa do Pai. Não podemos deixar de lado todos aqueles que estão se perdendo ao longo dos caminhos da vida.
Quando nos encontramos perdidos, Deus está nos procurando, querendo nos encontrar, porque Ele não nos quer perdidos, Ele nos quer encontrados, sobretudo, que nos encontremos com Ele, com a vida. Quantas vezes nos perdemos nos caminhos da vida, perdemo-nos em nossos pensamentos, nos nossos sentimentos e afazeres, diante de tantos questionamentos e situações da vida. Perdemo-nos diante de tantas nebulosidades que enfrentamos ao longo da caminhada.
Precisamos parar, respirar fundo, sempre olhar para Jesus e não tirar d’Ele o nosso olhar. Jesus não nos perde, somos nós que nos perdemos d’Ele. A missão de cada um de nós é buscar as ovelhas perdidas da casa de Israel, a casa do Senhor, o coração da Igreja.
No coração da Igreja, enquanto houver uma ovelha distante, não podemos estar sossegados. Por isso, onde nós estivermos, precisando encontrar Deus, seja trabalhando, exercendo a nossa missão, a começar pela nossa casa, pela nossa família, pois há muitos perdidos no meio de nós, muitos que estão à procura de um sentido para a vida.
Não podemos julgar nem condenar as pessoas. Não podemos nos afastar delas. Não podemos tratar com desprezo e menosprezo aquele que vive uma situação de vida que, muitas vezes, não achamos correta. Aquele que não vai à igreja, que não vai à casa de Deus, não o podemos olhar como um condenado, mas como uma ovelha a ser encontrada.
Hoje, estou aqui, mas poderia também não estar. Poderia estar perdido e distante. Quem foi encontrado hoje poder estar perdido amanhã; quem está perdido hoje é uma ovelha a ser encontrada hoje e amanhã. O nosso apostolado é o apostado da misericórdia, é o apostolado daquele que vai procurar a ovelha do Senhor mais perdida, mais distante, que não desiste, não desanima nem desacredita.
Precisamos anunciar para todos que o Reino dos Céus está próximo.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 11/07/2018
HOMILIA DIÁRIA
O Reino dos Céus está próximo de nós
“Ide, antes, às ovelhas perdidas da casa de Israel! Em vosso caminho, anunciai: ‘O Reino dos Céus está próximo’.” (Mateus 10,6-7)
Jesus está enviando Seus apóstolos com poder e autoridade para expulsarem os espíritos maus, para curarem todo tipo de doença e enfermidade.
Se olharmos, iremos perceber que há muitos demônios para serem expulsos da nossa vida, da nossa casa, da nossa família, das nossas convivências e relações humanas. Há muitos espíritos maldosos e negativos. Há muitos espíritos das trevas que provocam desentendimentos, intrigas e acusações. Há muitos espíritos de gritaria; há muita maldade, muitas vezes, em nosso meio.
É preciso expulsar os espíritos do nosso meio, não podemos deixar que o mal reine entre nós porque o Reino dos Céus está próximo. Próximo quer dizer, aqui, é a proximidade. Ele está ali, e para eu estar n’Ele, preciso deixar o mal, deixar que esses espíritos mundanos ou espíritos do mundo, com tudo aquilo que têm de imundice, saiam do nosso meio.
Não espere o Reino dos Céus pós-morte, porque o Reino dos Céus começa aqui e se plenifica quando chegamos na glória. Mas ninguém chega na glória eterna, se não começar a praticar, a viver e entrar no Reino dos Céus aqui.
Não podemos deixar que o mal reine entre nós porque o Reino dos Céus está próximo
A ilusão é acharmos que vamos entrar no Reino dos Céus depois que morrermos, mas o Reino dos Céus nos é aberto pelo batismo. Precisamos, agora, penetrar, percorrer e viver essa realidade. Muitas vezes, olhamos para a nossa vida, para a nossa casa e percebemos que o Reino dos Céus está ficando distante, por isso, Jesus ordena que é preciso, primeiro, ir às ovelhas perdidas da casa de Israel.
A casa de Israel é a nossa casa quando não está toda perdida. Existem ovelhas perdidas na casa de Israel, dentro da sua casa, na nossa Igreja, no grupo em que estamos, no trabalho onde estamos exercendo o nosso ofício. Não sejamos indiferentes!
Estou vendo pessoas levando o Evangelho lá para o outro lado do mundo, ansiando ir para tão longe. Podemos ir, mas vamos primeiro à nossa casa, à nossa família; vamos primeiro cuidar desse pequeno rebanho que é de tão grande na importância e no significado para Deus.
Não percamos as ovelhas da nossa casa por falta de cuidado, ergamos a nossa casa com a graça, com a Palavra; expulsemos, com a autoridade que Jesus nos dá, esses espíritos malignos. E a nossa casa será curada, abençoada e restaurada, se não descuidarmos dos nossos e cuidarmos de levar as ovelhas da nossa casa.
O Reino dos Céus está bem próximo, é preciso, agora, aproximar-se dele para vivenciá-lo.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 08/07/2020
HOMILIA DIÁRIA
Anuncie o Reino de Deus aos seus irmãos
Jesus enviou estes Doze com as seguintes recomendações: “Não deveis ir aonde moram os pagãos, nem entrar nas cidades dos samaritanos! Ide, antes, às ovelhas perdidas da casa de Israel! Em vosso caminho, anunciai: ‘O Reino dos Céus está próximo’.” (Mateus 10,5-7)
O Senhor deu essas instruções aos Doze, mas dá também essas instruções a nós. A Palavra de Deus é atual. Hoje, são muitos os que necessitam de evangelização. E, de maneira especial, como nos recordava São João Paulo II: “Os batizados não são evangelizados”.
De maneira especial, hoje, vamos atrás das ovelhas perdidas da casa de Israel. Aqueles que fizeram parte, que até são do redil de Nosso Senhor, da nossa Igreja, mas que, infelizmente, não estão conosco, estão neste mundo perdidos. O Senhor nos chama a ir ao encontro desses nossos irmãos.
Dentro de casa, podemos constatar algumas ovelhas perdidas; no trabalho, as pessoas com quem convivemos, conseguimos perceber algumas pessoas que estão perdidas. O Senhor nos chama a ir ao encontro dessas ovelhas, a evangelizar essas pessoas! “Mas é tão complicado, padre, evangelizar”. Não é complicado, basta que nós sejamos dóceis, basta que estejamos em comunhão com Ele. É claro, façamos as leituras, as leituras espirituais — o Catecismo da Igreja Católica. Temos, sim, como nos abastecer, temos como ser instruídos, mas não precisamos, não podemos guardar isso para nós, precisamos levar a boa notícia aos nossos.
Não podemos deixar de evangelizar, de anunciar o Reino com as nossas palavras
A boa notícia que você experimentou deve ficar só para você? Não! Por isso o Senhor nos diz: “Ide às ovelhas perdidas da casa de Israel! E anunciai: o Reino dos Céus está próximo”. Tem gente que vem pelo amor, e tem gente que vem pela dor. O Senhor nos chama hoje a anunciar o amor, a anunciar a misericórdia.
O Senhor nos chama, hoje, a anunciar aos irmãos que o Reino de Deus está próximo, que eles venham por amor. Mas, é claro, se você precisa ser firme, seja também firme. Que Ele venha também na dor, desde que venha. Porque o Senhor quer salvar todos, o Senhor deseja salvar todos!
Que o Senhor possa usar de mim como um instrumento d’Ele, que o Senhor posso usar de você como um instrumento d’Ele para chegar a essas ovelhas perdidas por falta de um pastor, por falta de um cuidado.
omos chamados a evangelizar de maneira muito simples, minha gente. É a presença, é uma palavra, é um conselho, quem sabe até um convite — “Vamos participar do grupo de oração”, “Vamos participar da nossa reunião, da nossa oração”, “Vamos nos engajar numa pastoral”. São realidades bem simples, ou você pode impor as mãos sobre essa pessoa e rezar por ela, pedindo que Nosso Senhor a visite. Enfim, sempre podemos fazer algo, o que não podemos deixar é de evangelizar, de anunciar o Reino com as nossas palavras, anunciar o Reino de Deus com a nossa vida.
A bênção do Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!
Padre Márcio Prado
Sacerdote da Comunidade Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 06/07/2022
Oração Final
Pai Santo, nós damos graças pelos Apóstolos que escolheste para fundar a tua Igreja. Que procuremos seguir o exemplo de entrega e perseverança que eles deixaram, e a presença de Judas Iscariotes nos lembre a nossa fragilidade. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 09/07/2014
ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, ajuda-nos a reconhecer e acolher o teu carinho e o teu cuidado pessoal conosco e com todas as tuas criaturas. Faze de nós fontes perenes de alegria e fraternidade neste mundo que nos emprestas para ser desfrutado e bem cuidado. Pelo Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo. Amém.
Fonte: Arquidiocese BH em 11/07/2018
ORAÇÃO FINAL
Pai amado, toma-nos em tuas mãos e nos transforma em pedras vivas para a construção de teu Reino. Faz-nos agradecidos pela Igreja, fundada em Jesus Cristo, edificada pelos apóstolos e todos os discípulos que até hoje assumem a missão formar uma Comunidade fraterna, sinal do teu Amor de Pai que tem entranhas maternas. Pelo mesmo Cristo, teu Filho que se fez nosso Irmão em Jesus de Nazaré e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 08/07/2020
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