ANO B
Mc 2,23-3,6
Ambientação
INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: Reunidos em torno da mesa do eterno Pai queremos, nesta Santa Liturgia, renovar os laços que nos unem à Ele entregando-lhe tudo o que somos. Jesus está conosco recordando-nos o autêntico valor dos preceitos religiosos: devem assegurar a vida de modo que, homens e mulheres reconheçam, em Deus, o refúgio seguro e a fonte da verdadeira liberdade. O amor é a plenitude da Lei, adoremos ao Senhor por tão grande dom.
Fonte: https://diocesedeapucarana.com.br/portal/userfiles/pulsandinho/9-domingo-tempo-comum-ano-b-02-06-2024.pdf
INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: Irmãos e irmãs, este é o dia consagrado ao Senhor, dia em que nós, o povo eleito, nos reunimos em torno do altar para render graças ao Pai, em seu Filho Jesus, que por nós morreu e ressuscitou, na força do Divino Espírito. Ao escutar a Palavra e repartir o pão eucarístico, possamos nos dispor a amar verdadeiramente os nossos irmãos, no mesmo amor com o qual somos amados por Deus.
Fonte: https://arquisp.org.br/sites/default/files/folheto_povo_deus/ano-48b-36-9o-domingo-do-tempo-comum.pdf
DOMINGO: DIA DO SENHOR
Lemos na primeira Leitura de hoje que Deus instituiu o sábado para ser santificado pelo Povo da Antiga Aliança: “Guardarás o dia do sábado e o santificarás, como te ordenou o Senhor, teu Deus. Trabalharás seis dias e neles farás todas as tuas obras; mas no sétimo dia, que é o repouso do Senhor, teu Deus, não farás trabalho algum.” Este preceito faz alusão à obra da criação: segundo o Gênesis, Deus terminou a obra da criação no sexto dia e descansou no sétimo. Ao ressuscitar no domingo, Jesus quis indicar que esse primeiro dia devia ser uma data muito particular e passou a ser chamado dia do Senhor. E os cristãos, desde o início, começaram a reunir-se no domingo para celebrar a Eucaristia, para a fração do pão e para a oração (cfr. At 2, 42), e é isso exatamente o que se continua a fazer até hoje.
Gosto de pensar que o domingo representa uma montanha que subimos, para estar num local com uma vista privilegiada: do alto, podemos olhar para trás e agradecer pelo caminho percorrido até o momento e também olhamos para frente e vislumbramos o percurso que nos espera: trabalho, família, compromissos sociais, religiosos etc. Ou seja, a cada domingo colocamos na patena da missa todo o trabalho, as preocupações, as alegrias e os sofrimentos da semana, oferecendo tudo isso a Deus. Também, estando bem-preparados, podemos receber a Sagrada Comunhão, o alimento que nos revigora e fortalece para continuar caminhando.
Vale a pena recordar algumas recomendações do Catecismo da Igreja Católica: “a celebração dominical do Dia e da Eucaristia do Senhor está no coração da vida da Igreja. O domingo, dia em que, por tradição apostólica se celebra o Mistério Pascal, deve ser guardado em toda a Igreja como dia de festa de preceito por excelência” (Catecismo, n. 2177). O Catecismo continua dizendo que “os fiéis são obrigados a participar da Eucaristia nos dias de preceito, a não ser que motivos muito sérios (por exemplo, uma doença, cuidado com bebês) ou se forem dispensados pelo próprio pastor. Aqueles que deliberadamente faltam a esta obrigação cometem pecado grave” (n. 2181). “A participação na celebração comunitária da Eucaristia dominical é um testemunho de pertença e de fidelidade a Cristo e à sua Igreja. Assim, os fiéis atestam sua comunhão na fé e na caridade” (idem, 2182).
“Como Deus ‘descansou no sétimo dia, depois de toda a obra que fizera’ (Gn 2,2), a vida humana é ritmada pelo trabalho e pelo repouso. A instituição do dia do Senhor contribui para que todos desfrutem do tempo de repouso e de lazer suficiente que lhes permita cultivar sua vida familiar, cultural, social e religiosa” (Catecismo, n. 2184). “Durante o domingo e os outros dias de festa de preceito os fies se absterão de se entregar aos trabalhos ou atividades que impedem o culto devido a Deus, a alegria própria ao dia do Senhor, a prática de obras de misericórdia e o descanso conveniente do espírito e do corpo.” (Catecismo, n. 2185). “Os cristãos que dispõem de lazer devem lembrar-se de seus irmãos que têm as mesmas necessidades e os mesmos direitos, mas não podem repousar por causa da pobreza e da miséria. O domingo é tradicionalmente consagrado pela piedade cristã às boas obras e aos humildes serviços de que carecem os doentes, os enfermos, os idosos. Os cristãos santificarão ainda o domingo dispensando à sua família e aos parentes o tempo e a atenção que dificilmente podem dispensar nos outros dias da semana. O domingo é um tempo de reflexão, de silêncio, de cultura e de meditação, que favorecem o crescimento da vida interior cristã” (Catecismo, n. 2186). Ou seja, o dia do Senhor é um momento para estar com Deus, participando da celebração eucarística e, ao mesmo tempo, uma oportunidade para cultivar a vida cristã, reunir a família, conviver mais estreitamente entre pais, filhos e irmãos, assim como visitar um parente doente, um vizinho ou um amigo que está só.
DomCarlos Lema Garcia
Bispo Auxiliar de São Paulo
Fonte: https://arquisp.org.br/sites/default/files/folheto_povo_deus/ano-48b-36-9o-domingo-do-tempo-comum.pdf
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
Jesus cura no dia de sábado
Jesus começou seu ministério pregando o Evangelho de Deus. Este Evangelho continua a ser pregado no tempo que se completa e no Reino que se aproxima. O Verbo de Deus se encarnou, concluindo o tempo e iniciando o Reino. Os elementos que constituem o novo tempo e o Reino vão sendo colocados pouco a pouco, um ao lado do outro. As peças dessa construção são as palavras e as ações de Jesus. Observando o que ele faz e o que ele diz, vamos compreendendo o que significa que o tempo se completou e que o Reino de Deus está próximo. A vinda de Jesus a este mundo foi por causa do ser humano, por isso chamou seus discípulos para serem pescadores de gente.
Foi para nos humanizar que Deus se tornou homem. Nascendo no meio do povo de Israel, ele entra na história da humanidade. Ele nasce no nosso tempo e no nosso espaço, mas já existia antes. Sua encarnação é algo totalmente novo na história de Israel e na história da humanidade. Se Jesus interfere na Lei e nos costumes, não é simplesmente para desfazê-los, mas para levá-los ao nível do tempo que se completa. O Shabbat, o sábado, foi uma grande instituição de Israel, instituição divina e humana, que deu aqui ao ser humano um descanso em vista do descanso no qual entrará para sempre. Na perspectiva de Jesus, porém, como viver o sábado? Sagrado para ele é o ser humano, e não um dia da semana.
Não pergunte, então, se é permitido ou proibido fazer o bem a alguém no dia de sábado. Faça! Jesus inaugura um novo tempo, mas o faz a partir da raiz de Israel. Os primeiros discípulos, todos judeus, estavam habituados a costumes e práticas que vinham de seus antepassados, como, por exemplo, guardar o sábado. Jesus não está preocupado com um dia do calendário, seja sábado, seja terça-feira.
Ele está preocupado com o ser humano, criado à imagem de Deus e desorientado em um mundo perdido. Para que não houvesse perdição, Jesus começou a mostrar que qualquer homem é senhor do sábado e que nenhuma lei religiosa pode se sobrepor ao ser humano. Jesus é senhor do sábado porque é homem. O descanso sabático pode ser entendido como um tempo que Deus nos dá para nos dedicarmos à solidariedade fraterna. É um tempo de humanização. Por que fariseus e herodianos decidiram matar Jesus depois que ele curou a mão seca de um homem?
Cônego Celso Pedro da Silva,
Fontes: https://catequisar.com.br/liturgia/jesus-cura-no-dia-de-sabado/ e https://www.comeceodiafeliz.com.br/evangelho/02-06-2024
Reflexão
Arrancar espigas era considerado, pelos fariseus, o mesmo que ceifar, trabalho proibido no sábado. A intervenção deles se apresenta não como simples chamada de atenção, mas como acusação, que Jesus rebate com a Escritura, citando o mais ilustre e respeitado rei, Davi. “Nunca leram” que ele não sentiu escrúpulo em entrar no templo e, sentindo fome, ele e seus companheiros comeram os pães que eram reservados aos sacerdotes? A cena se conclui com um provérbio que se aplica a outros casos equivalentes. O centro de tudo é a pessoa, e as leis têm sentido se estiverem a serviço da vida. O provérbio conclusivo aplica-se, de modo especial, a Jesus, o Homem pleno e autêntico. Ele, de fato, veio para fazer o bem e salvar vidas. As pessoas de duro coração nunca compreenderão o Mestre.
(Dia a dia com o Evangelho 2024)
Fonte: https://www.paulus.com.br/portal/liturgia-diaria/2-domingo-7/
Reflexão
«O sábado foi feito para o homem, e não o homem para o sábado»
Rev. D. Ignasi FABREGAT i Torrents
(Terrassa, Barcelona, Espanha)
Hoje, como ontem, Jesus tem de enfrentar os fariseus, que deformaram a Lei de Moisés, insistindo nos detalhes insignificantes e esquecendo-se do espírito que a informa. Os fariseus, de facto, acusam os discípulos de Jesus de violar o sábado (cf. Mc 2,24). De acordo com a sua casuística indiscutível, arrancar espigas equivale a “ceifar” e debulhar significa “malhar": esses trabalhos do campo - e mais uns quarenta que poderíamos acrescentar - estavam proibidos ao sábado, dia de descanso. Como já sabemos, os pães da oferenda de que nos fala o Evangelho, eram doze pães que se colocavam todas as semanas na mesa do santuário, como homenagem das doze tribos de Israel ao seu Deus e Senhor.
A atitude de Abiatar é a mesma que hoje nos ensina Jesus: os preceitos da Lei que têm menos importância têm de ceder diante dos maiores; um preceito cerimonial deve ceder diante um preceito da lei natural; o preceito do repouso de sábado não está, então, por cima das necessidades elementares de subsistência. O Concílio Vaticano II, inspirando-se no trecho que comentamos e para sublinhar que a pessoa deve estar acima das questões económicas e sociais, diz: «A ordem social e o seu progressivo desenvolvimento devem subordinar-se em todo o momento ao bem da pessoa, porque a ordem das coisas deve submeter-se à ordem das pessoas e não ao contrário. O próprio Senhor assim nos alertou quando disse que o sábado tinha sido feito para o homem e não o homem para o sábado (cf. Mc 2,24)».
Santo Agostinho disse: «Ama e faz o que quiseres». Percebemos bem, ou a obsessão por aquilo que é secundário ainda afoga o amor que se deve pôr em tudo o que fazemos? Trabalhar, perdoar, corrigir, ir à missa ao domingo, cuidar dos doentes, cumprir os mandamentos..., fazemo-lo porque nos toca ou por amor a Deus? Tomara que estas considerações nos ajudem a vivificar todas as nossas obras com o amor que o Senhor pôs nos nossos corações, precisamente para que possamos amá-lo a Ele.
Pensamentos para o Evangelho de hoje
- «Se Jesus realiza alguns de seus milagres no sábado, não o faz para violar o caráter sagrado do dia dedicado a Deus, mas para demonstrar que este dia santo é marcado de maneira particular pela ação salvífica de Deus» (São João Paulo II)
- «É importante que o homem não se deixe dominar pelo trabalho, que não faça dele um ídolo, com a pretensão de encontrar nele o sentido último e definitivo da vida. É no dia consagrado a Deus que o homem compreende o sentido da sua existência e do seu trabalho» (Bento XVI)
- «A celebração dominical do Dia e da Eucaristia do Senhor está no coração da vida da Igreja. ‘O domingo, em que se celebra o mistério pascal, por tradição apostólica, deve guardar-se em toda a Igreja como o primordial dia festivo de preceito’ (95)» (Catecismo da Igreja Católica, nº 2.177)
Fonte: https://evangeli.net/evangelho/feria/2024-06-02
Comentário sobre o Evangelho
Hoje, Jesus Cristo torna a recusar a “religião do cumprimento”. A religião é para adorar a Deus e amar todos os homens. Os fariseus que estão a falar com o Senhor não amam. É certo, cumprem as prescrições do sábado, mas amam? Aí os vemos a criticar os seguidores de Jesus porque não “descansam” como eles.
- De que serve cumprir a religião, se depois menosprezo os outros? Pode Deus sentir-se louvado pelas minhas críticas?
Fonte: https://family.evangeli.net/pt/feria/2024-06-02
HOMILIA
ESPIRITUALIDADE BÍBLICO-MISSIONÁRIA
A liturgia deste domingo vem nos ajudar a refletir sobre o “Dia do Senhor”, que para os judeus é o sábado, e para os cristãos, o domingo. Antes de tudo, é bom lembrar que há um “dia sagrado” em nossa lei trabalhista, como direito do cidadão de descansar para ficar junto de sua família e cuidar de seus deveres pessoais. Isso é muito importante para o ser humano, e a Sagrada Escritura, por princípio de justiça divina, também ressalta esse direito.
Procuremos compreender um pouco mais a grandeza do “Dia do Senhor”. O Evangelho nos relata o episódio dos discípulos que, passando pelo meio de um trigal em dia de sábado, começam a apanhar as espigas de trigo porque estavam com fome. Os fariseus vieram contestar a Jesus por estarem infringindo a lei judaica do sábado como dia sagrado.
Jesus toma posição de autoridade diante daquele fato: “O Filho do Homem é Senhor também do sábado”. Se a questão era uma lei divina, Jesus tinha, então, toda autoridade para aceitá-la ou não. Voltando-se para os nossos dias, para quem fica arraigado só num modo de pensar — e isso pode acontecer na Igreja — então, dificilmente mudará o pensamento ou descobrirá algo novo, que faz progredir e amadurecer na fé. É um passo importante que todos devem dar para o crescimento da vida em Deus.
Os fariseus não tinham outro caminho senão contestarem Jesus pelo fato de não aceitarem o projeto do Reino por Ele anunciado. Poderiam até estar convencidos, no entanto, considerando o ambiente em que viviam e o medo de perderem o prestígio, não mudavam de posição ou opinião.
O Evangelho nos mostra, de modo muito claro, que o rigorismo nos preceitos da Lei é prejudicial, pois assim não cumprem sua missão. A Lei tem sentido se estiver ao lado do ser humano, a favor da vida, da justiça, dos valores insubstituíveis. Ao contrário, ela escraviza, domina, tira a sagrada liberdade.
Aprendamos, pois, o valor ético de uma lei: quando se colocam, em primeiro lugar, a vida e o respeito ao ser humano. A vida é o valor ético acima de qualquer outro, até mesmo o religioso, como nos mostra Jesus.
Olhemos para o Evangelho como a Palavra que nos motiva a viver com dignidade nossa fé, comprometidos no amor, na justiça e na defesa da vida. Não queiramos uma estrutura religiosa feita de exterioridades, mas com uma verdade que vem de dentro e faz acontecer o dinamismo da vida. Os Apóstolos amadureceram na fé porque foi assim que Jesus os tratou: olhou o que vinha de dentro, e não as exterioridades.
Redação “Deus Conosco”
Fonte: https://www.a12.com/reze-no-santuario/deus-conosco?data=02%2F06%2F2024&leitura=homilia
Oração
—OREMOS: (instante de silêncio) Ó Deus, cuja providência jamais falha, nós vos suplicamos humildemente: afastai de nós o que é nocivo e concedei-nos tudo o que for útil. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos. Amém.
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