segunda-feira, 3 de junho de 2024

COLETÂNEA DE HOMÍLIAS DIÁRIAS, COMENTÁRIOS E REFLEXÕES DO EVANGELHO DO DIA, DE ANOS ANTERIORES - 02/06/2024

ANO B


9º DOMINGO DO TEMPO COMUM

Ano B - Verde

“O Sábado foi feito para o homem”

Mc 2,23-3,6

Ambientação

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: Reunidos em torno da mesa do eterno Pai queremos, nesta Santa Liturgia, renovar os laços que nos unem à Ele entregando-lhe tudo o que somos. Jesus está conosco recordando-nos o autentico valor dos preceitos religiosos: devem assegurar a vida de modo que, homens e mulheres reconheçam, em Deus, refúgio seguro e fonte da verdadeira liberdade. O amor é a plenitude da Lei, exultemos ao senhor por tão grande dom.

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: Irmãos e irmãs, este é o dia consagrado ao Senhor, dia em que nós, o povo eleito, nos reunimos em torno do altar para render graças ao Pai, por seu Filho Jesus, que por nós morreu e ressuscitou. Para nós, este é o primeiro dia da semana que iniciamos em atitude de louvor e de reconhecimento das bênçãos que Deus nos concedeu. É dia de nos unirmos a toda criação para louvar e bendizer o Senhor.
Fonte: https://arquisp.org.br/sites/default/files/folheto_povo_deus/36_9o_domingo_do_tempo_comum_rev2.pdf (03/06/2018)

INTRODUÇÃO DO WEBMASTER: Jesus não absolutizou a Lei mosaica, mas também não a vulgarizou. Ele soube posicionar-se diante dela, com respeitosa liberdade, submetendo-a às exigências da caridade. Para ele, o amor sobrepõe-se à Lei e justifica até mesmo seu aparente desrespeito. Só por amor pode-se prescindir da prescrição da Lei.
Fonte: NPD Brasil em 03/06/2018

VASOS ESCOLHIDOS. MAS SÃO DE BARRO

Na segunda leitura da Missa de hoje, São Paulo fala da extraordinária graça que nos foi dada pelo fato de termos conhecido a Cristo e a luz de seu Evangelho. É como um tesouro sumamente precioso, que nem sempre sabemos valorizar como convém. Trazemos esse tesouro em vasos de barro. E esse vaso somos nós mesmos.
Somos frágeis e inconstantes. Podemos voltar a cair no pecado e perder a nossa dignidade batismal. Aquilo que Deus nos confiou precisa ser muito bem cuidado mediante a vida cristã virtuosa e exemplar.
O cristão nunca deve esquecer a sua dignidade de filho de Deus. São Paulo recomendava: “vivei de acordo com a graça que vos foi dada”; e ainda: “vivei de modo digno do chamado que recebestes”.
Nosso sínodo arquidiocesano traz o lema: “somos testemunhas de Deus na cidade de São Paulo”. E isso não é assim, simplesmente porque achamos bonito: é missão dada por Cristo a todos os cristãos: “vós sereis minhas testemunhas...” É muita responsabilidade para nós, que somos cidadãos entre os cidadãos. Somos “vasos de barro” e devemos ter consciência disso. Um cristão não deve dar maus exemplos nem viver uma vida desonesta e corrupta.
Na próxima sexta-feira, celebraremos a festa do Sagrado Coração de Jesus, imagem do amor infinito de Deus por nós que, em Cristo, mostrou-nos seu amor “até o fim”. No sangue e água que saem do coração de Jesus, traspassado pela lança, está significado o amor que faz viver e a água do Batismo que nos purifica e sacia. Cristo se fez, por assim dizer, “vaso de barro”, esmagado até o extremo, por amor a nós!
Na festa do Sagrado Coração, a Igreja convida todos a rezarem pela santificação dos sacerdotes. Embora sejamos vasos de barro, trazemos em nós o tesouro precioso da unção sacerdotal, que nos faz ministros de Cristo Sacerdote, Mestre e Pastor para os irmãos. Precisamos da oração de todos para que apareça mais o tesouro do que o vaso...
Que sejamos servidores dignos e santos dos mistérios do Deus santo em favor de nossos irmãos. Convido todos à participação na Missa em sua paróquia e à oração pelos sacerdotes na festa do Sagrado Coração.
Cardeal Odilo P. Scherer
Arcebispo de São Paulo
Fonte: https://arquisp.org.br/sites/default/files/folheto_povo_deus/36_9o_domingo_do_tempo_comum_rev2.pdf e NPD Brasil em 03/06/2018

Comentário do Evangelho

O descanso sabático

Talvez o descanso sabático seja uma das controvérsias mais recorrentes no confronto de Jesus com os seus opositores. Há, no Antigo Testamento, duas tradições no que concerne ao sábado (Ex 20,8-12; Dt 5,12-16). Essas duas tradições oferecem o espaço para a discussão entre Jesus, os fariseus e os doutores da Lei. Curiosamente, Dt 23,26, mesmo sem mencionar o sábado, permite ao viajante, entrando na plantação de um outro, arrancar as espigas e comer dos seus grãos para saciar a fome. Para os fariseus, essa atitude, no dia de sábado, era considerada trabalho, o que a Lei interditava. No entanto, mesmo sendo sábado, é a preservação da vida que está em jogo. A resposta de Jesus, evocando a atitude de Davi (1Sm 21,1-10), um exemplo de peso para os judeus, revela que a atitude dos seus discípulos contava com o consentimento do Mestre. O que justifica a atitude de Davi e a sua “transgressão” da lei é a fome e a necessidade de preservar a vida em boas condições. Ora, o sábado é dom de Deus (cf. Ex 16,29), oferecido para que o povo pudesse fazer a memória de sua escravidão e de sua libertação do Egito (cf. Dt 5,15), a fim de que não fosse, nunca mais, prisioneiro, inclusive da mentalidade de escravo. Exatamente por isso, o sábado é para o Filho do Homem ocasião privilegiada de manifestar a fé na vida e o dom da salvação.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, ensina-me a ser fiel a ti, vivendo os Mandamentos, sem fanatismo, e sim com a liberdade de quem está em plena sintonia contigo.
Fonte: Paulinas em 21/01/2014

Vivendo a Palavra

Marcos mostra o contraste entre a leveza da religião vivida e proposta por Jesus e a rigidez dos preceitos da Lei imposta pelas autoridades. Ainda hoje não poucos desejam manter este mesmo contraste, esquecendo-se de que o Amor ensinado pelo Mestre é a síntese da Nova Lei – não as proibições...
Fonte: Arquidiocese BH em 21/01/2014

VIVENDO A PALAVRA

Os contemporâneos de nosso Mestre haviam se tornado escravos da letra da Lei. O Templo e o Sábado exigiam deles pesadas obrigações e sacrifícios. Jesus, entretanto, viveu e lhes ensinou um sentido novo e libertador: o sábado foi feito para o homem e o Templo em que o Pai Misericordioso deseja habitar são os seus filhos e não casas de pedra, por muito belas que elas sejam...
Fonte: Arquidiocese BH em 03/06/2018

Reflexão

Novamente entra em discussão a questão das práticas religiosas. O evangelho de hoje nos apresenta a questão do legalismo religioso e da verdadeira finalidade da religião. Muitas vezes, vemos que as religiões estão muito mais fundamentadas em proibições do que em motivações e na criação de novos relacionamentos das pessoas com Deus e das pessoas entre si. O resultado dessa mentalidade é que a religião se torna cada vez mais uma coisa odiosa e insuportável, e Deus aparece não como um Pai amoroso, mas como um carrasco autoritário. A verdadeira religião é aquela que cria valores e leva as pessoas à maturidade em todos os sentidos para que livremente possam optar por Deus.
Fonte: CNBB em 21/01/2014

Reflexão

Temos aqui o ensinamento de Jesus a respeito da observância do sábado. O ensinamento foi provocado pelo questionamento dos fariseus, porque os discípulos transgrediram o descanso sabático ao arrancar espigas do campo. O Mestre apresenta o exemplo de Davi para justificar a atitude dos seus. Esse exemplo revela que provavelmente os discípulos estavam com fome. Os fariseus não questionam o roubo (o campo não era de Jesus nem dos discípulos), mas o não cumprimento da lei sabática. Para eles, o descanso no sábado é algo sagrado. Jesus procura mostrar qual a função da antiga lei na nova comunidade. Sim, a lei teve sua validade e foi criada para questionar a escravidão no Egito e proporcionar um dia de descanso. Assim como Deus descansou depois de seis dias de trabalho, o povo também tem direito ao descanso e ao lazer. O evangelho conclui mostrando o que é mais importante, a lei ou a vida? O centro de tudo é a pessoa, e a lei deve estar a serviço da vida do povo. Quando a lei não favorece a vida ou a prejudica, deve ser questionada e revista.
(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 03/06/2018

Recadinho

Você é muito exigente em relação aos outros? - E para consigo mesmo? - Colocamos acima de tudo o amor a Deus e ao próximo? - Usamos de bom senso? - Procuro estar atento(a) às necessidades de meus irmãos?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 21/01/2014

Comentário do Evangelho

A QUESTÃO DO SÁBADO

A guarda do sábado era um ponto fundamental na piedade judaica. A tradição rabínica, porém, interpretou esta tradição de maneira tão severa a ponto de transformar o descanso sabático num verdadeiro tormento. Era preciso manter-se muito atento para não fazer, naquele dia, atividades proibidas.
A prática de Jesus foi na contramão da mentalidade em voga. Ele se mostrou perfeitamente livre diante do repouso sabático. Para Jesus, o sábado não se definia por um rosário de não se pode fazer ou é proibido fazer. O tempo sagrado não eximia ninguém de fazer a vontade do Pai. Por isso, mesmo em dia de sábado, ele atuava normalmente quando se tratava de fazer o bem ou quando a vida humana corria perigo.
O sábado, no horizonte de Jesus, estava em função do ser humano, para quem ele foi instituído. É tempo de repousar e recuperar as forças, tempo de celebrar e louvar a Deus com a comunidade, tempo de cessar o trabalho para conviver. Segundo este princípio, nada existe de inconveniente providenciar o alimento em dia de sábado, mesmo contrariando as normas em vigor. Se, num dia de sábado, colhe-se espigas para comer e matar a fome, embora seja proibido fazer colheita, não importa. Loucura seria morrer de fome, tendo o alimento à mão, só para cumprir a lei. Jesus não pactua com tal estreiteza.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Senhor Jesus, livra-me das interpretações estreitas da lei e dá-me abertura de mente para, em tudo, adequar meu agir ao querer do Pai.
Oração
Deus eterno e todo-poderoso, que escolheis as criaturas mais frágeis para confundir os poderosos, dai-nos, ao celebrar o martírio de santa Inês, a graça de imitar sua constância na fé. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Dom Total em 21/01/2014

Meditando o evangelho

LIVRE DIANTE DA LEI

Jesus não absolutizou a Lei mosaica, mas também não a vulgarizou. Ele soube posicionar-se diante dela, com respeitosa liberdade, submetendo-a às exigências da caridade. Para ele, o amor sobrepõe-se à Lei e justifica até mesmo seu aparente desrespeito. Só por amor pode-se prescindir da prescrição da Lei.
É fácil compreender a posição de Jesus. A Lei foi dada por Deus a seu povo com o intuito de criar laços sinceros de relação com a divindade e com o próximo. O três primeiros mandamentos do Decálogo dizem respeito ao culto devido a Deus. A observância do repouso sabático era considerada uma forma de mostrar-lhe amor. Entretanto, se, num dia de sábado, surge a necessidade urgente de se ajudar alguém, o amor a Deus se mostrará não no cumprimento literal do mandamento, mas sim na ação concreta em benefício do próximo. Fazer o bem em dia de sábado, quando necessário, não só não é pecado, como se torna até um imperativo irrecusável. O amor ao próximo manifesta o amor a Deus.
Os fariseus não podiam aceitar esta posição de Jesus, que subvertia-lhes os esquemas mentais. Ao absolutizar a Lei, eles acabaram por apegar-se à letra da Lei, a ponto de descuidar-se do espírito dessa mesma Lei. A obediência exagerada a ela levava-os a desagradar a Deus, e a agir contra o espírito da Lei, identificado como vontade do Pai.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Senhor Jesus, torna-me uma pessoa livre, para eu fazer sempre o bem ao próximo, mesmo contrariando a letra da Lei.
Fonte: Dom Total em 03/06/2018

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Preservar a Vida é sempre permitido...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Sábado para o Judeu é o dia do Descanso em Deus, é voltar para ele por inteiro, concentrando a mente e o coração em Deus, Criador e Libertador do homem. Por isso todas as outras tarefas tornam-se relativas inclusive o trabalho de colher espigas. Neste dia parava tudo, antecipava-se na sexta todas as tarefas e reservava o sábado somente para Deus. Era uma prática coerente com o que se acreditava, e muito bonita também entretanto...
Deus não é mais alguém distante, que fala misteriosamente a alguns Homens como Moisés, ou se faz anunciar pela boca dos profetas, mas Deus está ali, ao lado deles, caminhando com eles, comendo com eles, dormindo com eles, é um Deus de carne e osso, o verdadeiro e esperado "Emanoel", parceiro e caminhante, peregrino com o homem. Então, porque submeter-se á práticas antigas se Jesus já está ali com eles?
E onde Jesus está a Vida do Homem está em primeiro lugar, nenhuma norma ou lei precede a Majestosa Lei da preservação da Vida.
É isso que deve estar no centro das atenções no preceito sabático, não levando -se isso em conta, a religião torna-se um mero ritualismo, vazio e sem sentido. No centro da Religião está a Vida que Jesus nos deu. Por isso, os discípulos de Jesus, ao sentirem fome, colhem espigas mesmo sendo dia de sábado, a exemplo de Davi, o grande Rei prefiguração do Messias, que ao chegar com seus homens de um dos combates, sentiu fome e entrando no templo comeu dos pães da proposição que era consagrado a Deus.
José da Cruz é Diácono da
Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP
E-mail jotacruz3051@gmail.com

2. O sábado foi feito para o homem
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)

Retomamos o Tempo Comum da Liturgia da Igreja, interrompido para a celebração da Quaresma e da Páscoa. O evangelista do ano é Marcos. Jesus começou seu ministério pregando o Evangelho de Deus. Este Evangelho continua a ser pregado no tempo que se completa e no Reino que se aproxima. O Verbo de Deus se encarnou concluindo o tempo e iniciando o Reino. Os elementos que constituem o novo tempo e o Reino vão sendo colocados pouco a pouco, um ao lado do outro. As peças dessa construção são as palavras e as ações de Jesus. Observando o que ele faz e o que ele diz, vamos compreendendo o que significa que o tempo se completou e que o Reino de Deus está próximo.
A vinda de Jesus a este mundo foi por causa do ser humano, por isso chamou seus discípulos para serem pescadores de gente. Foi para nos humanizar que Deus se tornou homem. Nascendo no meio do povo de Israel, ele entra na história da humanidade. Ele nasce no nosso tempo e no nosso espaço, mas já existia antes. Sua encarnação é algo totalmente novo na história de Israel e na história da humanidade. Se Jesus interfere na Lei e nos costumes não é simplesmente para desfazê-los, mas para levá-los ao nível do tempo que se completa. O Shabbat, o sábado, foi uma grande instituição de Israel, instituição divina e humana, que deu aqui ao ser humano um descanso em vista do descanso no qual entrará para sempre. Na perspectiva de Jesus, porém, como viver o sábado? Sagrado para ele é o ser humano, e não um dia da semana. Não pergunte, então, se é permitido ou proibido fazer o bem a alguém no dia de sábado. Faça!
Jesus inaugura um novo tempo, mas o faz a partir da raiz de Israel. Os primeiros discípulos, todos judeus, estavam habituados a costumes e práticas que vinham de seus antepassados. Como, por exemplo, guardar o sábado? Jesus não está preocupado com um dia do calendário seja sábado ou terça-feira. Ele está preocupado com o ser humano, criado à imagem de Deus e desorientado num mundo perdido. Para que não houvesse perdição, Jesus começou a mostrar que qualquer homem é senhor do sábado e que nenhuma lei religiosa pode se sobrepor ao ser humano. Jesus é senhor do sábado porque é homem. O descanso sabático pode ser entendido como um tempo que Deus nos dá para nos dedicarmos à solidariedade fraterna. É um tempo de humanização. Por que fariseus e herodianos decidiram matar Jesus depois que ele curou a mão seca de um homem?
Fonte: NPD Brasil em 03/06/2018

HOMILIA

QUEM É O MAIS IMPORTANTE? A LEI OU A PESSOA?

Será que Jesus é o Senhor dos nossos Domingos?” A lei que Deus imprimiu no nosso coração é a lei do amor, portanto, o que nos faz mal e prejudica a nossa vida é justamente, o desamor. Tudo o que não é regido pelo amor e não tem como objetivo a vivência do amor, não é eficaz para o nosso crescimento. Toda lei que tira do homem o direito de viver com dignidade, de prover a sua existência e sobrevivência é maldita e não está conforme a vontade de Deus. Jesus quer nos ensinar a colocar a caridade como lei primeira nas ações da nossa vida. Às vezes nos bitolamos aos preceitos, às regras e não percebemos que estamos sendo injustos e infratores da Lei de Deus.
Tudo o que o Pai criou, Ele o fez em favor do homem, objeto do Seu Amor. Portanto, dizer que “o sábado foi feito para o homem e não o homem para o sábado” significa que a nossa sobrevivência e a caridade conosco mesmos e com os nossos irmãos estão acima das normas que, apesar de estabelecidas para o homem, muitas vezes se voltam contra o próprio homem.
O homem é a criatura a quem Deus mais tem apreço e todas as coisas foram criadas para ele, por amor. Jesus é o Senhor de tudo o que foi criado, e, tudo foi criado por Ele, por amor ao homem.
Os campos de trigo, os rios, os mares, as aves, as árvores existem para estar à disposição do homem a fim de que este perceba o olhar e a atenção de Deus para si. Jesus, Senhor da criação, é o Senhor do sábado, porém, Ele precisa ser também Senhor dos nossos “sábados”, isto é, daqueles dias em que nós não achamos conveniente servir a alguém ou “perder” o tempo de lazer ou de trabalho para dar de comer a alguém que está com fome. O dia de sábado e que para nós cristãos é o domingo a que Jesus se refere pode ser também para nós aquele dia que nós destinamos para o nosso deleite, para curtição, para realizar os nossos planos pessoais e, sem menos esperar somos convocados para alguma outra missão. Aí nós alegamos a nossa impossibilidade porque “hoje é sábado” e o sábado está destinado a outras experiências. Neste caso a lei do amor ficou de lado e imperou em nosso coração a lei do egoísmo e da indiferença.
Jesus é o Senhor dos “domingos” da sua vida? Você tem alimentado a alguém necessitado em “dia de domingo”? Você é capaz de sacrificar um dia de lazer e de descanso para ajudar a algum discípulo de Jesus? Você tem trocado o domingo pela praia, pelo churrasco, viagem de passeio, ou festa? Em Nome de quem você tem feito caridade? O que você aprendeu mais com esse Evangelho?
Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
Fonte: Liturgia da Palavra em 21/01/2014

REFLEXÕES DE HOJE

Fonte: Liturgia Diária comentada2 em 21/01/2014

REFLEXÕES DE HOJE

DOMINGO

Fonte: Liturgia Diária comentada2 em 03/06/2018

HOMILIA DIÁRIA

Deus nos convida a vivermos a graça e a caridade sempre

Quando sabemos nos apegar à graça, quando sabemos viver a caridade, a Lei de Deus, para nós, isso se torna vida e libertação!

”O sábado foi feito para o homem, e não o homem para o sábado. Portanto, o Filho do Homem é senhor também do sábado.” (Mc 2, 27-28)

A tradição judaica tem o sábado como um dia sagrado e consagrado a Deus, como é a interpretação antiga da Lei. Mas até independente do dia, é a maneira como é vivido esse dia. Os mais radicais não se permitem fazer nada neste dia, mas nada mesmo! Até se uma pessoa estiver morrendo, que espere para morrer noutro dia, porque este não é o dia de socorrer a ninguém. Qualquer serviço, qualquer coisa a ser feita, não se faz no dia de sábado, porque esse é o dia do repouso sagrado. É o dia em que Deus descansou, então, de acordo com essa tradição, não podemos fazer nada neste dia.
É óbvio que muitos ficam escandalizados, porque Jesus passa no campo de trigo em um sábado, e questionam: ”Meu Deus, o que é que Jesus esta fazendo em dia de sábado, sendo que pela Lei não é permitido fazer isto!”.
Você sabe que Jesus não escolheu nenhum dia para deixar de fazer o bem e fazer o Reino de Deus acontecer. Curou, fez milagres, anunciou o Reino de Deus, não foi para confrontar, não foi para ser rebelde; muito pelo contrário, fez isso para nos mostrar que o sábado não pode escravizar nenhum homem. Em outro sentido, a Lei não pode nos escravizar, a Lei de Deus não pode, em hipótese alguma, nos impedir de fazer o bem. E fazer o bem acontecer e muito bem feito! Não importa o dia, o domingo, o sábado; não importa o que eu tenho para fazer, a caridade é a plenitude da Lei, a caridade é a coisa mais importante da Lei.
Mesmo que você esteja indo à Missa, se alguém estiver passando mal e precisar de você, é óbvio que você deverá socorrê-lo. Você tem seus compromissos religiosos, mas se algo desse tipo exige mais de você, faça aquilo que exige sua presença, sobretudo sua caridade. Nós não podemos ser escravos de nenhum preceito religioso.
O que precisamos é aprender, com Jesus, a viver o espírito da Lei! O espírito da Lei é a graça e a caridade. Quando sabemos nos apegar à graça, quando sabemos viver a caridade, a Lei, para nós, é vida e libertação! Mas quando nos apegamos à letra e interpretamos a coisa ao pé da letra, nós não somos capazes de viver a graça daquilo que Deus nos chama a viver.
Que nós saibamos nos libertar de tudo aquilo que nos escraviza para sermos livres para amar a Deus e ao próximo!
Que Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 21/01/2014

HOMILIA DIÁRIA

Precisamos ser cheios de amor e misericórdia para com o próximo

O amor deve romper todas as barreiras secas que existem dentro de nós, para que amemos o outro, cuidemos d’Ele e possamos dar-lhe atenção

“Alguns o observavam para ver se haveria de curar em dia de sábado, para poderem acusá-lo. Jesus disse ao homem da mão seca: ‘Levanta-te e fica aqui no meio!’.” (Marcos 3,2)

Os judeus questionaram Jesus se Ele respeitava ou não o dia de sábado, se Ele guardava esse dia. Na Lei Antiga, Lei Veterotestamentária, no Antigo Testamento, o sábado era um dia sagrado. Sabemos que, pela luz da Ressurreição de Cristo, independente do dia da semana, a vida nova é a ressurreição de Jesus. Por isso, o domingo é para nós o dia por excelência, o dia do Senhor.
O problema é o que fazer no dia do Senhor, como guardá-lo. O amor a Deus sobre todas as coisas nos obriga a guardar o dia do Senhor para o culto, para o louvor e adoração a Deus, mas há algo que não podemos esquecer dia nenhum, inclusive, no dia do Senhor: o amor e a misericórdia para com o próximo.
O Evangelho nos aponta um homem que tinha a mão seca, mas o problema não era a mão seca, o problema era os homens que tinham o coração seco. Quando o coração está seco, não nutrimos amor, misericórdia nem cuidado. Podemos ter zelo pelas coisas de Deus, pela Igreja, zelo em participar das Missas, mas o zelo que não enche com o óleo da misericórdia o nosso coração é um zelo inútil e não produz bons frutos. O zelo se confunde com amor, é amar a Deus e também ao próximo.
Esse homem estava sendo deixado de lado, ninguém ligava para ele, por isso, num dia sagrado, um dia de zelo para os judeus, Jesus colocou o homem no centro, porque ele estava à margem, estava sendo esquecido e renegado, não lembrado e não amado. Jesus colocou aquele homem no meio e, para o escândalo de alguns, ele foi curado. O amor acaba provocando escândalos dentro do coração humano, entretanto, além de provocar escândalos, o amor deve romper todas as barreiras secas que existem dentro de nós para que cuidemos, amemos e possamos dar atenção ao outro.
Às vezes, vamos no nosso caminho para a Missa, para a igreja, e pouco nos importa quem sofre, quem passa por dificuldades, quem está morrendo por tantas situações da vida. Parece que estamos nos enchendo de Deus, mas nos secando de amor e misericórdia. Para ser cheio de Deus é preciso ser cheio de amor e misericórdia para com o nosso irmão.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: https://homilia.cancaonova.com/pb/homilia/precisamos-ser-cheios-de-amor-e-misericordia-para-com-o-proximo/?sDia=3&sMes=6&sAno=2018 (03/06/2018)

Oração Final
Pai Santo, dá-nos coragem para assumirmos a liberdade que nos é oferecida por Jesus de Nazaré, construindo uma comunidade baseada na amizade fraterna e no cuidado com os irmãos mais fragilizados pela pobreza, pela doença e pela discriminação dos homens. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 21/01/2014

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, faze de nossos corações um lar acolhedor para o teu Espírito. Que Ele nos conduza nos momentos de oração e nas nossas relações com os companheiros de caminhada e com a Natureza. Ajuda-nos, Pai amado, para que sejamos compassivos, generosos e, unidos, gozemos desde agora a tua Presença, enquanto voltamos para o Lar Paterno e o teu abraço acolhedor. Pelo Cristo Jesus, na unidade do Espírito Santo. Amém.
Fonte: Arquidiocese BH em 03/06/2018

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