ANO C

Jo 14,7-14
Comentário do
Evangelho
Em Jesus descortina-se o rosto de Deus
A intervenção de Tomé, o gêmeo, permitiu a Jesus
declarar: “Eu sou o caminho, a verdade e vida” (v 6). Jesus é o caminho pelo
qual se chega à vida verdadeira; é nele que se revela a verdade de Deus. Chegar
a Deus, conhecer a Deus somente por ele.
Outra “provocação” de Jesus suscita uma nova
intervenção dos discípulos; agora, Filipe: “Senhor, mostra-nos o pai, isso nos
basta” (v. 8). Somente conhecendo Jesus, entrando em comunhão com ele, é
possível conhecer o Pai. Ante o desejo manifestado por Filipe de ver o Pai,
Jesus expressa o seu desapontamento: “Filipe, há tanto tempo estou convosco, e
não me conheces?” (v. 9).
Moisés também fez esse pedido audacioso: “Rogo-te
que me mostres a tua glória” (Ex 33,18). Falta fé: “Não acreditas…?” (v. 10). A
fé permite reconhecer que, diante de Jesus, estamos na presença de Deus. Em
Jesus descortina-se o rosto do Deus invisível. As palavras de Jesus são
palavras do Pai; são palavras que revelam o Pai, que mostram o Pai. Suas obras,
o que ele faz, dão testemunho de que ele está no Pai e o Pai, nele.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, que eu saiba reconhecer-te na pessoa de Jesus,
expressão consumada de teu amor misericordioso por todos os que desejam
estar perto de ti.
Fonte: Paulinas em 27/04/2013
Vivendo a Palavra
Quem me viu, viu o Pai, diz Jesus. Deus quis se
aproximar de nós até se tornar humano. O Reino já está em nós – em mim e nos
irmãos! Mas nós teimamos em colocá-lo bem distante, lá no alto ou no futuro,
inacessível. Aceitar o Reino anunciado pelo Cristo Jesus nos compromete com os
irmãos e com a natureza.
Fonte: Arquidiocese BH em 27/04/2013
VIVENDO A PALAVRA
Quem Me viu, viu o Pai, diz Jesus. Deus quis
aproximar-Se de nós até Se tornar humano. O Reino já está dentro de nós – em
mim e em todos os irmãos! Mas nós teimamos em colocá-lo bem distante, lá no
alto ou no futuro, mas sempre inacessível. É mais cômodo assim, pois aceitar o
Reino anunciado pelo Cristo Jesus nos compromete pessoalmente com os irmãos,
com a natureza e com o próprio Senhor da Vida.
Reflexão
Jesus é o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém pode
chegar ao Pai sem Jesus, pois ele é verdadeiramente o único caminho que nos
leva ao Pai. Ninguém pode de fato conhecer o Pai se não for através de Jesus,
pois ele é a Verdade que nos revela o Pai, ele é o próprio Ícone do Pai, ele
vive em perfeita comunhão com o Pai, quem conhece Jesus, conhece o Pai e quem
conhece o Pai, conhece Jesus. Nós também participamos dessa comunhão na medida
em que nos tornamos ícones de Cristo e, participar dessa comunhão é que nos
garante a vida em plenitude, a vida eterna, que é a participação na vida
divina.
Fonte: CNBB em 27/04/2013
Reflexão
Pai e Filho
não andam por caminhos opostos; ao contrário, há perfeita sintonia entre eles.
O que o Pai quer é o que o Filho executa; o que o Pai manda dizer é o que o
Filho diz. Jesus tem circulação livre na esfera de Deus, ou seja, tem o poder
de conceder ao discípulo o que este, em seu nome, pedir ao Pai. O Pai haverá de
atender seus filhos e filhas espalhados pelo mundo. E neles Deus manifestará a
mesma glória que fez resplandecer no Filho Jesus. Em comunhão com o Pai, Jesus
poderá dar aos discípulos a capacidade de realizarem obras ainda maiores do que
as que Jesus fez durante sua missão terrena. A partir da adesão sincera e fiel
ao projeto do Pai e do Filho, que traz vida em abundância, os cristãos poderão
realizar coisas admiráveis em suas comunidades.
(Dia a dia
com o Evangelho 2019 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Meditando o
evangelho
VER JESUS É VER O
PAI
O anseio de ver a Deus face a face é um
anseio fundamental, latente no íntimo do ser humano. No entanto, Deus
transcende as categorias humanas de tempo e espaço. E isto impossibilita a
realização deste desejo. Então, a experiência de Deus transforma-se em experiência
do mistério.
Com Jesus, porém, dá-se um passo
adiante. Ele foi a revelação de Deus para a humanidade. Por isso, o Pai
tornou-se visível na pessoa de Jesus. Tudo o que Jesus dizia e realizava, era
feito na mais total sintonia com o Pai. Nada do ser de Jesus escapava da
comunhão com o Pai. Por isso, ele podia dizer-se estar totalmente radicado no
Pai e o Pai totalmente radicado nele. Jesus tinha consciência de ser
instrumento nas mãos do Pai. Suas ações eram ações do Pai, em benefício da
humanidade. Suas palavras expressavam o projeto de vida proposto pelo Pai a
todas as pessoas.
Esta interação com o Pai é que dava
relevância à vida de Jesus e lhe permitia apresentar-se como certeza de
salvação. Neste contexto deve também ser entendida a Ressurreição. O
Ressuscitado é a presença permanente do Pai junto à comunidade. A vida em
comunhão com o Ressuscitado desemboca na comunhão com o Pai. Por sua vez, a
comunidade, torna-se transparência de Deus na história humana.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório –
Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado
neste Portal a cada mês)
Oração
Senhor Jesus, possa eu experimentar a
presença de Deus na vida em comunhão contigo e com minha comunidade de fé.
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
1. JESUS E O PAI
(O
comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta,
Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom
Total a cada mês).
Não se pode de compreender a existência de Jesus,
prescindindo de sua íntima comunhão com o Pai. Suas palavras e seus gestos
foram sempre referidos ao Pai. A consciência de ser o Filho enviado estava
sempre presente em tudo quanto fazia. E mais: tinha consciência de estar
chegando a hora de voltar para junto do Pai.
Sendo assim, o Filho divino pode ser considerado
como a transparência do Pai. Quem o conhece, conhece o Pai. Quem o vê, vê
também o Pai. Ouvi-lo, significa ouvir o Pai. Contemplar seus milagres,
corresponde a contemplar o Pai manifestando seu amor pela humanidade. É, pois,
inútil pretender ter acesso a Deus, prescindindo de Jesus.
Evidentemente, o Pai não é Jesus. E Jesus não é o
Pai. As palavras de Jesus não dão margem para equívocos. Seria falsa qualquer
identificação, e não corresponderia ao pensamento de Jesus. A comunhão
entre ambos não redunda da fusão de um no outro.
Apesar disto, Jesus não titubeou em fazer esta
afirmação ousada: "Quem me vê, vê o Pai". Da contemplação da vida de
Jesus, é possível chegar a compreender quais são as pautas da ação de Deus, ou
seja, a maneira como ele se relaciona com os seres humanos, e o que espera
deles.
Portanto, não é preciso ir longe para encontrar Deus.
Jesus é o caminho pelo qual chegamos até o Pai.
Oração
Espírito de discernimento ilumina minha mente e meu
coração para que eu possa reconhecer o Pai na contemplação do Filho Jesus.
Fonte: NPD Brasil em 27/04/2013
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. Tradição e Renovação
(O
comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da
Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
O problema de Filipe era o mesmo das comunidades cristãs do primeiro
século da Igreja. Ainda presos ao passado e a tradição de Israel o Povo da
Antiga Aliança, esperava uma manifestação gloriosa e esplendorosa de Deus Pai,
através de Jesus Cristo. No Antigo Testamento as manifestações Teofânicas, com
ventos, fogo, fumaça e intempéries da natureza, eram comuns na manifestação
Divina.
Para Filipe e essas comunidades ainda não tinha “caído a ficha”, Jesus e
o Pai são um, Deus Pai e Deus Filho, com o Espírito Santo uma única pessoa e um
só Deus.
A queixa de Jesus é antes de mais nada uma bela chamada de atenção “Há
tanto tempo estou convosco e ainda não me conheceis, Filipe?” A Fé em Jesus Cristo
não é estática mas dinâmica, vamos a cada dia o experimentando e assim o nosso
conhecimento vai se aprofundando. Olhamos o Homem Jesus de Nazaré, igual a nós
em tudo á exceção do pecado, contemplando e caminhando com ele vamos para o
Pai, que Nele já chegou até nós.
A Fé em Deus é confirmada e comprovada nas obras reveladoras do Pai,
assim é com Jesus e assim deve ser com cada um de nós. Talvez o leitor fique
perplexo diante da afirmativa de Jesus, de que, quem Nele crê fará obras ainda
maiores do que aquelas que Ele realizou. Podemos na linha do tempo estar longe
do Jesus histórico, mas Jesus age em cada Batizado, formamos o corpo místico da
Igreja onde Ele é a cabeça.
Portanto nossas obras não são isoladas, mas na ação da Igreja onde o
Senhor é quem age e por isso as obras são ainda maiores do que aquelas que ele
realizou há dois mil anos atrás pois se hoje há muitas barreiras e desafios a
serem vencidos para um trabalho missionário, há também facilidades,
principalmente nos Meios de Comunicação, quando utilizados de maneira
responsável e criteriosa á serviço da evangelização.
2. Mostra-nos o Pai
(O
comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia
dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)
Deus Pai é o ponto de partida e é o ponto de chegada. Queremos chegar
até ele. Na sua casa há muitas moradas e Jesus foi a nossa frente preparar-nos
um lugar. É ele o caminho verdadeiro que leva para a vida. É por ele que
chegamos ao Pai. “Ninguém vai ao Pai senão por mim.” São João vai nos ajudando
a refletir sobre a verdade de Jesus Cristo. Lemos o que ele escreve, meditamos
e pedimos ao Espírito Santo que nos ilumine para entrarmos de coração em
contato com Jesus e sua mensagem. Aceitamos o que ele diz: quem o conhece,
conhece também o Pai. Quem o vê, está vendo o Pai. Ele está no Pai e o Pai está
nele. Jesus está nos revelando algo do que Deus é em si mesmo e que não podemos
compreender, mas podemos professar ajudados pela revelação recebida. Há duas
Pessoas distintas que se identificam com a mesma divindade. Jesus é uma pessoa
e o Pai é outra. Jesus glorifica o Pai atendendo aos nossos pedidos.
HOMILIA DIÁRIA
Postado por: homilia
abril 27th, 2013
“Quem me viu, viu o Pai” (Jo 14,9). Estas palavras são
fundamentais não só para Filipe, mas também para cada um de nós, pois nelas
vemos a clara epifania, ou seja, a manifestação do rosto do Pai na
pessoa do Filho Jesus.
Ver Cristo é ver o próprio Deus. Esta verdade é tão
profunda que foi o próprio Filho de Deus quem no-la deu a conhecer: “Há
tanto tempo estou convosco, e não me conheces Filipe? Quem me viu, viu o Pai”.
Filipe, como muitos dos nossos irmãos hoje em dia,
ainda não tinha compreendido a verdade segundo a qual o Filho estava em
perfeita sintonia com o Pai, ou seja, numa inter-relação total. Era necessário
que se desvendasse, que se derrubasse a parede que lhe impedia de reconhecer
Deus Pai no Filho testemunhado pela pomba e no alto do monte da Transfiguração:
“Este é o meu Filho muito amado, no qual pus todo o meu agrado. Escutai-o” (Mt
17,1-9).
Ao sermos convidados a escutar a palavra de Jesus
neste texto, o Pai se dá a conhecer, assim como quer revelar no seu Filho a sua
vontade. Portanto, não nos bastará ouvir… Será necessário fazer uma mudança
radical. Uma experiência viva das obras do amor de Jesus, que são as obras do
Pai: “As palavras que eu vos digo, não as digo por mim mesmo, mas é o
Pai que, permanecendo em mim, realiza as suas obras. Acreditai-me: eu estou
no Pai e o Pai está em mim” (Jo 14,10-11).
Ao acreditarmos em Jesus, somos movidos a assumir
as suas obras em vista da promoção da vida plena para todos. Procuremos ver o
rosto de Deus nos rostos das pessoas por Ele amadas. Talvez você me
pergunte como aquele jovem do Evangelho de Lc 10,25-35: “Mas quem é o
meu próximo?” A resposta é simples. São os pecadores, os pobres, os
humildes, os marginalizados, os andarilhos, os doentes, os encarcerados, as
prostitutas, os alcoólatras e tantas outros. Aliás, “quanto pior for a pessoa
com quem você convive melhor será para você!”
Por quê? Porque assim com fé, confiança e esperança
na conversão desta pessoa, você se converterá num verdadeiro orante e melhor
exercitará a caridade, a paciência, a misericórdia, o perdão e o amor desse
Deus que se deu no Filho para o perdão dos nossos pecados e salvação das nossas
almas. Esta é a glória do Pai, que é a glória de Jesus, à qual os discípulos
são chamados a participar.
Como discípulos, eu e você somos interpelados.
Peçamos ao Senhor que nos dê esta graça de “sermos um” com Ele, para que o
mundo reconheça em nós Jesus Cristo, o enviado do Pai ao mundo cuja missão é a
libertação do pecado e a construção do mundo novo de fraternidade e justiça.
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova em 27/04/2013
Oração Final
Pai Santo, ilumina a nossa visão para que possamos
discernir os sinais do teu Reino na viagem encantada que fazemos pelo planeta
que nos deste para cuidado e desfrute. Ensina-nos a gratidão, especialmente
pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do
Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 27/04/2013
ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, ilumina a nossa visão
para que possamos discernir os sinais do teu Reino de Amor na viagem encantada
que fazemos pelo planeta que nos emprestas para ser cuidado, desfrutado e
partilhado entre todos os irmãos. E ensina-nos a gratidão, amado Pai,
especialmente pelo Cristo Jesus, teu Filho que se fez um de nós e,
ressuscitado, contigo reina na unidade do Espírito Santo.

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