sábado, 18 de maio de 2019

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 18/05/2019

ANO C


Jo 14,7-14

Comentário do Evangelho

Em Jesus descortina-se o rosto de Deus

A intervenção de Tomé, o gêmeo, permitiu a Jesus declarar: “Eu sou o caminho, a verdade e vida” (v 6). Jesus é o caminho pelo qual se chega à vida verdadeira; é nele que se revela a verdade de Deus. Chegar a Deus, conhecer a Deus somente por ele.
Outra “provocação” de Jesus suscita uma nova intervenção dos discípulos; agora, Filipe: “Senhor, mostra-nos o pai, isso nos basta” (v. 8). Somente conhecendo Jesus, entrando em comunhão com ele, é possível conhecer o Pai. Ante o desejo manifestado por Filipe de ver o Pai, Jesus expressa o seu desapontamento: “Filipe, há tanto tempo estou convosco, e não me conheces?” (v. 9).
Moisés também fez esse pedido audacioso: “Rogo-te que me mostres a tua glória” (Ex 33,18). Falta fé: “Não acreditas…?” (v. 10). A fé permite reconhecer que, diante de Jesus, estamos na presença de Deus. Em Jesus descortina-se o rosto do Deus invisível. As palavras de Jesus são palavras do Pai; são palavras que revelam o Pai, que mostram o Pai. Suas obras, o que ele faz, dão testemunho de que ele está no Pai e o Pai, nele.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, que eu saiba reconhecer-te na pessoa de Jesus, expressão consumada de teu amor misericordioso por todos os que desejam estar perto de ti.
Fonte: Paulinas em 27/04/2013

Vivendo a Palavra

Quem me viu, viu o Pai, diz Jesus. Deus quis se aproximar de nós até se tornar humano. O Reino já está em nós – em mim e nos irmãos! Mas nós teimamos em colocá-lo bem distante, lá no alto ou no futuro, inacessível. Aceitar o Reino anunciado pelo Cristo Jesus nos compromete com os irmãos e com a natureza.
Fonte: Arquidiocese BH em 27/04/2013

VIVENDO A PALAVRA

Quem Me viu, viu o Pai, diz Jesus. Deus quis aproximar-Se de nós até Se tornar humano. O Reino já está dentro de nós – em mim e em todos os irmãos! Mas nós teimamos em colocá-lo bem distante, lá no alto ou no futuro, mas sempre inacessível. É mais cômodo assim, pois aceitar o Reino anunciado pelo Cristo Jesus nos compromete pessoalmente com os irmãos, com a natureza e com o próprio Senhor da Vida.

Reflexão

Jesus é o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém pode chegar ao Pai sem Jesus, pois ele é verdadeiramente o único caminho que nos leva ao Pai. Ninguém pode de fato conhecer o Pai se não for através de Jesus, pois ele é a Verdade que nos revela o Pai, ele é o próprio Ícone do Pai, ele vive em perfeita comunhão com o Pai, quem conhece Jesus, conhece o Pai e quem conhece o Pai, conhece Jesus. Nós também participamos dessa comunhão na medida em que nos tornamos ícones de Cristo e, participar dessa comunhão é que nos garante a vida em plenitude, a vida eterna, que é a participação na vida divina.
Fonte: CNBB em 27/04/2013

Reflexão

Pai e Filho não andam por caminhos opostos; ao contrário, há perfeita sintonia entre eles. O que o Pai quer é o que o Filho executa; o que o Pai manda dizer é o que o Filho diz. Jesus tem circulação livre na esfera de Deus, ou seja, tem o poder de conceder ao discípulo o que este, em seu nome, pedir ao Pai. O Pai haverá de atender seus filhos e filhas espalhados pelo mundo. E neles Deus manifestará a mesma glória que fez resplandecer no Filho Jesus. Em comunhão com o Pai, Jesus poderá dar aos discípulos a capacidade de realizarem obras ainda maiores do que as que Jesus fez durante sua missão terrena. A partir da adesão sincera e fiel ao projeto do Pai e do Filho, que traz vida em abundância, os cristãos poderão realizar coisas admiráveis em suas comunidades.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)

Meditando o evangelho

VER JESUS É VER O PAI

O anseio de ver a Deus face a face é um anseio fundamental, latente no íntimo do ser humano. No entanto, Deus transcende as categorias humanas de tempo e espaço. E isto impossibilita a realização deste desejo. Então, a experiência de Deus transforma-se em experiência do mistério.
Com Jesus, porém, dá-se um passo adiante. Ele foi a revelação de Deus para a humanidade. Por isso, o Pai tornou-se visível na pessoa de Jesus. Tudo o que Jesus dizia e realizava, era feito na mais total sintonia com o Pai. Nada do ser de Jesus escapava da comunhão com o Pai. Por isso, ele podia dizer-se estar totalmente radicado no Pai e o Pai totalmente radicado nele. Jesus tinha consciência de ser instrumento nas mãos do Pai. Suas ações eram ações do Pai, em benefício da humanidade. Suas palavras expressavam o projeto de vida proposto pelo Pai a todas as pessoas.
Esta interação com o Pai é que dava relevância à vida de Jesus e lhe permitia apresentar-se como certeza de salvação. Neste contexto deve também ser entendida a Ressurreição. O Ressuscitado é a presença permanente do Pai junto à comunidade. A vida em comunhão com o Ressuscitado desemboca na comunhão com o Pai. Por sua vez, a comunidade, torna-se transparência de Deus na história humana.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Senhor Jesus, possa eu experimentar a presença de Deus na vida em comunhão contigo e com minha comunidade de fé.

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

1. JESUS E O PAI
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).

Não se pode de compreender a existência de Jesus, prescindindo de sua íntima comunhão com o Pai. Suas palavras e seus gestos foram sempre referidos ao Pai. A consciência de ser o Filho enviado estava sempre presente em tudo quanto fazia. E mais: tinha consciência de estar chegando a hora de voltar para junto do Pai.
Sendo assim, o Filho divino pode ser considerado como a transparência do Pai. Quem o conhece, conhece o Pai. Quem o vê, vê também o Pai. Ouvi-lo, significa ouvir o Pai. Contemplar seus milagres, corresponde a contemplar o Pai manifestando seu amor pela humanidade. É, pois, inútil pretender ter acesso a Deus, prescindindo de Jesus.
Evidentemente, o Pai não é Jesus. E Jesus não é o Pai. As palavras de Jesus não dão margem para equívocos. Seria falsa qualquer identificação, e não corresponderia ao pensamento de Jesus. A comunhão entre ambos não redunda da fusão de um no outro.
Apesar disto, Jesus não titubeou em fazer esta afirmação ousada: "Quem me vê, vê o Pai". Da contemplação da vida de Jesus, é possível chegar a compreender quais são as pautas da ação de Deus, ou seja, a maneira como ele se relaciona com os seres humanos, e o que espera deles.
Portanto, não é preciso ir longe para encontrar Deus. Jesus é o caminho pelo qual chegamos até o Pai.
Oração
Espírito de discernimento ilumina minha mente e meu coração para que eu possa reconhecer o Pai na contemplação do Filho Jesus.
Fonte: NPD Brasil em 27/04/2013

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Tradição e Renovação
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

O problema de Filipe era o mesmo das comunidades cristãs do primeiro século da Igreja. Ainda presos ao passado e a tradição de Israel o Povo da Antiga Aliança, esperava uma manifestação gloriosa e esplendorosa de Deus Pai, através de Jesus Cristo. No Antigo Testamento as manifestações Teofânicas, com ventos, fogo, fumaça e intempéries da natureza, eram comuns na manifestação Divina.
Para Filipe e essas comunidades ainda não tinha “caído a ficha”, Jesus e o Pai são um, Deus Pai e Deus Filho, com o Espírito Santo uma única pessoa e um só Deus.
A queixa de Jesus é antes de mais nada uma bela chamada de atenção “Há tanto tempo estou convosco e ainda não me conheceis, Filipe?” A Fé em Jesus Cristo não é estática mas dinâmica, vamos a cada dia o experimentando e assim o nosso conhecimento vai se aprofundando. Olhamos o Homem Jesus de Nazaré, igual a nós em tudo á exceção do pecado, contemplando e caminhando com ele vamos para o Pai, que Nele já chegou até nós.
A Fé em Deus é confirmada e comprovada nas obras reveladoras do Pai, assim é com Jesus e assim deve ser com cada um de nós. Talvez o leitor fique perplexo diante da afirmativa de Jesus, de que, quem Nele crê fará obras ainda maiores do que aquelas que Ele realizou. Podemos na linha do tempo estar longe do Jesus histórico, mas Jesus age em cada Batizado, formamos o corpo místico da Igreja onde Ele é a cabeça.
Portanto nossas obras não são isoladas, mas na ação da Igreja onde o Senhor é quem age e por isso as obras são ainda maiores do que aquelas que ele realizou há dois mil anos atrás pois se hoje há muitas barreiras e desafios a serem vencidos para um trabalho missionário, há também facilidades, principalmente nos Meios de Comunicação, quando utilizados de maneira responsável e criteriosa á serviço da evangelização.

2. Mostra-nos o Pai
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Deus Pai é o ponto de partida e é o ponto de chegada. Queremos chegar até ele. Na sua casa há muitas moradas e Jesus foi a nossa frente preparar-nos um lugar. É ele o caminho verdadeiro que leva para a vida. É por ele que chegamos ao Pai. “Ninguém vai ao Pai senão por mim.” São João vai nos ajudando a refletir sobre a verdade de Jesus Cristo. Lemos o que ele escreve, meditamos e pedimos ao Espírito Santo que nos ilumine para entrarmos de coração em contato com Jesus e sua mensagem. Aceitamos o que ele diz: quem o conhece, conhece também o Pai. Quem o vê, está vendo o Pai. Ele está no Pai e o Pai está nele. Jesus está nos revelando algo do que Deus é em si mesmo e que não podemos compreender, mas podemos professar ajudados pela revelação recebida. Há duas Pessoas distintas que se identificam com a mesma divindade. Jesus é uma pessoa e o Pai é outra. Jesus glorifica o Pai atendendo aos nossos pedidos.

HOMILIA DIÁRIA


Postado por: homilia
abril 27th, 2013

“Quem me viu, viu o Pai” (Jo 14,9). Estas palavras são fundamentais não só para Filipe, mas também para cada um de nós, pois nelas vemos a clara epifania, ou seja, a manifestação do rosto do Pai na pessoa do Filho Jesus.
Ver Cristo é ver o próprio Deus. Esta verdade é tão profunda que foi o próprio Filho de Deus quem no-la deu a conhecer: “Há tanto tempo estou convosco, e não me conheces Filipe? Quem me viu, viu o Pai”.
Filipe, como muitos dos nossos irmãos hoje em dia, ainda não tinha compreendido a verdade segundo a qual o Filho estava em perfeita sintonia com o Pai, ou seja, numa inter-relação total. Era necessário que se desvendasse, que se derrubasse a parede que lhe impedia de reconhecer Deus Pai no Filho testemunhado pela pomba e no alto do monte da Transfiguração: “Este é o meu Filho muito amado, no qual pus todo o meu agrado. Escutai-o” (Mt 17,1-9).
Ao sermos convidados a escutar a palavra de Jesus neste texto, o Pai se dá a conhecer, assim como quer revelar no seu Filho a sua vontade. Portanto, não nos bastará ouvir… Será necessário fazer uma mudança radical. Uma experiência viva das obras do amor de Jesus, que são as obras do Pai: “As palavras que eu vos digo, não as digo por mim mesmo, mas é o Pai que, permanecendo em mim, realiza as suas obras. Acreditai-me: eu estou no Pai e o Pai está em mim” (Jo 14,10-11).
Ao acreditarmos em Jesus, somos movidos a assumir as suas obras em vista da promoção da vida plena para todos. Procuremos ver o rosto de Deus nos rostos das pessoas por Ele amadas. Talvez você me pergunte como aquele jovem do Evangelho de Lc 10,25-35: “Mas quem é o meu próximo?” A resposta é simples. São os pecadores, os pobres, os humildes, os marginalizados, os andarilhos, os doentes, os encarcerados, as prostitutas, os alcoólatras e tantas outros. Aliás, “quanto pior for a pessoa com quem você convive melhor será para você!”
Por quê? Porque assim com fé, confiança e esperança na conversão desta pessoa, você se converterá num verdadeiro orante e melhor exercitará a caridade, a paciência, a misericórdia, o perdão e o amor desse Deus que se deu no Filho para o perdão dos nossos pecados e salvação das nossas almas. Esta é a glória do Pai, que é a glória de Jesus, à qual os discípulos são chamados a participar.
Como discípulos, eu e você somos interpelados. Peçamos ao Senhor que nos dê esta graça de “sermos um” com Ele, para que o mundo reconheça em nós Jesus Cristo, o enviado do Pai ao mundo cuja missão é a libertação do pecado e a construção do mundo novo de fraternidade e justiça.
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova em 27/04/2013

Oração Final
Pai Santo, ilumina a nossa visão para que possamos discernir os sinais do teu Reino na viagem encantada que fazemos pelo planeta que nos deste para cuidado e desfrute. Ensina-nos a gratidão, especialmente pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 27/04/2013

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, ilumina a nossa visão para que possamos discernir os sinais do teu Reino de Amor na viagem encantada que fazemos pelo planeta que nos emprestas para ser cuidado, desfrutado e partilhado entre todos os irmãos. E ensina-nos a gratidão, amado Pai, especialmente pelo Cristo Jesus, teu Filho que se fez um de nós e, ressuscitado, contigo reina na unidade do Espírito Santo.

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