terça-feira, 16 de abril de 2013

SÉTIMO DIA DE ASSEMBLEIA DESTACA TEMA CENTRAL E ECUMENISMO

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Redação Portal A12
Os bispos do Brasil, reunidos em Aparecida (SP) desde o último dia 10, seguem com os trabalhos de discussões sobre o tema central ‘Comunidade de comunidades: uma nova paróquia’, além de direcionamentos para os demais temas que são apresentados durante a 51ª Assembleia Geral da CNBB.
O presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação informou hoje (16) que os documentos relacionados ao tema central, questão agrária e o diretório de comunicação serão aprovados em ocasião posterior à Assembleia.
Em entrevista coletiva o cardeal arcebispo emérito de São Paulo, Dom Cláudio Hummes, o arcebispo de Salvador (BA) e primaz do Brasil, Dom Murilo Krieger e o bispo de Barra do Piraí – Volta Redonda (RJ) abordaram o tema central, a experiência da assembleia e o ecumenismo em entrevista coletiva.
Dom Claudio Hummes falou sobre o tema central que abre as discussões sobre a renovação das paróquias.
“Eu creio que o tema central está marcando esse momento da Igreja no Brasil, que é a renovação das paróquias, isso foi sempre um desejo manifestado. De renovar as paróquias para que elas se tornassem verdadeiramente missionárias”, disse.
Como presidente da Comissão Episcopal Pastoral Especial para Amazônia, Dom Claudio falou dos trabalhos de Evangelização na Amazônia, principal desafio daquela região.
“A Amazônia é sempre um grande tema para a Igreja, por tantos motivos, em primeiro lugar a Evangelização da Amazônia, mas uma evangelização em uma área muito peculiar da região, com todos os desafios da floresta, a preservação, a questão dos índios, a questão dos ribeirinhos, das cidades, as periferias, a falta de padres, mas por outro lado lá temos uma Igreja muito viva”, disse.
Sobre a experiência de assembleia geral o bispo primaz do Brasil, Dom Murilo Krieger, arcebispo de Salvador destacou as diferenças que se encontram na assembleia, mas citando Santo Agostinho falou da importância da troca de experiencias entre os bispos.
“Participo da assembleia há 28 anos, mas há um aspecto da assembleia que a meu ver é muito rico, que é a nossa convivência. Somos diferentes, de lugares diferentes, formações diferentes, pensamos em muitas coisas diferentes, mas seguimos aquele princípio de Santo Agostinho que dizia ‘ nas coisas essenciais deve haver unidade, nas acidentais, liberdade e em tudo caridade’, se todos nós pensássemos em coisa igual não haveria necessidade dessa assembleia”, destacou.
O tema ecumenismo foi abordado pelo bispo referencial sobre o assunto, Dom Francisco Biasin, que falou do caminho que o Ecumenismo deve conduzir.
“Deus permitiu que houvesse a divisão entre os cristãos, Ele não quer a divisão, mas a permissão que Deus deu, talvez numa visão de sabedoria ajude a entender que o caminho de ecumenismo não deve ser somente um caminho de retorno a uma unidade achatada, mas um caminho de retorno será bonito na medida em cada Igreja, em cada tradição religiosa, cristã, apresentará o melhor de si para que haja uma unidade uniforme, reconciliada”, enfatizou.
Hoje os bispos reunidos em assembleia também aprovaram uma nota, apresentada pela Comissão de Cultura, sobre a Igreja e as eleições antecipando a preocupação da Igreja sobre a política.


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