
Redação
Portal A12
Os bispos do Brasil, reunidos em Aparecida
(SP) desde o último dia 10, seguem com os trabalhos de discussões sobre o tema
central ‘Comunidade de comunidades: uma nova paróquia’, além de direcionamentos
para os demais temas que são apresentados durante a 51ª Assembleia Geral da
CNBB.
O presidente da Comissão Episcopal Pastoral
para a Comunicação informou hoje (16) que os documentos relacionados ao tema
central, questão agrária e o diretório de comunicação serão aprovados em
ocasião posterior à Assembleia.
Em entrevista coletiva o cardeal arcebispo
emérito de São Paulo, Dom Cláudio Hummes, o arcebispo de Salvador (BA) e primaz
do Brasil, Dom Murilo Krieger e o bispo de Barra do Piraí – Volta Redonda (RJ)
abordaram o tema central, a experiência da assembleia e o ecumenismo em
entrevista coletiva.
Dom Claudio Hummes falou sobre o tema central
que abre as discussões sobre a renovação das paróquias.
“Eu creio que o tema central está marcando
esse momento da Igreja no Brasil, que é a renovação das paróquias, isso foi
sempre um desejo manifestado. De renovar as paróquias para que elas se
tornassem verdadeiramente missionárias”, disse.
Como presidente da Comissão Episcopal
Pastoral Especial para Amazônia, Dom Claudio falou dos trabalhos de
Evangelização na Amazônia, principal desafio daquela região.
“A Amazônia é sempre um grande tema para a
Igreja, por tantos motivos, em primeiro lugar a Evangelização da Amazônia, mas
uma evangelização em uma área muito peculiar da região, com todos os desafios
da floresta, a preservação, a questão dos índios, a questão dos ribeirinhos,
das cidades, as periferias, a falta de padres, mas por outro lado lá temos uma
Igreja muito viva”, disse.
Sobre a experiência de assembleia geral o
bispo primaz do Brasil, Dom Murilo Krieger, arcebispo de Salvador destacou as
diferenças que se encontram na assembleia, mas citando Santo Agostinho falou
da importância da troca de experiencias entre os bispos.
“Participo da assembleia há 28 anos, mas há
um aspecto da assembleia que a meu ver é muito rico, que é a nossa convivência.
Somos diferentes, de lugares diferentes, formações diferentes, pensamos em
muitas coisas diferentes, mas seguimos aquele princípio de Santo Agostinho que
dizia ‘ nas coisas essenciais deve haver unidade, nas acidentais, liberdade e
em tudo caridade’, se todos nós pensássemos em coisa igual não haveria
necessidade dessa assembleia”, destacou.
O tema ecumenismo foi abordado pelo bispo
referencial sobre o assunto, Dom Francisco Biasin, que falou do caminho que o
Ecumenismo deve conduzir.
“Deus permitiu que houvesse a divisão entre
os cristãos, Ele não quer a divisão, mas a permissão que Deus deu, talvez numa
visão de sabedoria ajude a entender que o caminho de ecumenismo não deve ser
somente um caminho de retorno a uma unidade achatada, mas um caminho de retorno
será bonito na medida em cada Igreja, em cada tradição religiosa, cristã,
apresentará o melhor de si para que haja uma unidade uniforme, reconciliada”,
enfatizou.
Hoje os bispos reunidos em assembleia também
aprovaram uma nota, apresentada pela Comissão de Cultura, sobre a Igreja e as
eleições antecipando a preocupação da Igreja sobre a política.
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