HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 04/11/2024
ANO B

Lc 14,12-14
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
A recompensa na ressurreição dos justos

Continua a conversa durante a refeição na casa de um dos chefes dos fariseus. Os fariseus observavam Jesus e nós também, e o vemos sempre muito à vontade na companhia dos fariseus. Jesus se dirige a quem o convidou. Agora sabemos que ele tinha sido convidado.O ensinamento de Jesus é simples: não faça nada por interesse, não busque recompensas. Um exemplo claro de uma atitude gratuita e sem interesse de retorno seria oferecer um almoço para quem não tem nada nem poderia retribuir com outro almoço. São exemplos-limite dados por Jesus. Limite porque até aí se pode chegar.Não se trata de um preceito. Podemos convidar parentes e amigos sem escrúpulo de consciência, desde que nossa atitude seja límpida e cristalina, sem segundas intenções. Não se sinta constrangido com o que estiver fazendo nem crie constrangimento para os outros.De qualquer forma, não faça nada para aparecer, e menos ainda para tirar vantagem pessoal da boa vontade dos outros. A mão direita não deve saber o que faz a esquerda, a não ser que você seja pianista. Jesus sai do nível puramente terreno e abre as portas do banquete celeste. Nossa recompensa virá na ressurreição dos justos. Aqui se une a caridade com a fé e a esperança. Falamos como quem convida para a refeição. Podemos falar como quem é convidado, os pobres, os aleijados, os coxos e os cegos.Cônego Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2024’, Paulinas.Fontes: https://catequisar.com.br/liturgia/a-recompensa-na-ressurreicao-dos-justos/ e https://www.comeceodiafeliz.com.br/evangelho/os-convidados-e-o-anfitriao-04052024
Reflexão
As recomendações de Jesus nos remetem ao cântico de Maria, que diz: “Deus exaltou os humildes, encheu de bens os famintos e despediu os ricos sem nada” (Lc 1,52-53). Recordam-nos também as bem-aventuranças: “Felizes vocês, os pobres, porque de vocês é o Reino de Deus” (Lc 6,20ss.). O que Jesus propõe é também o que ele realiza: acolhe os pobres, cura os doentes, alimenta a multidão faminta. Muitos seguidores do Mestre puseram em prática seus ensinamentos. Santa Teresa de Calcutá (1910-1997) dedicou-se inteiramente à causa dos mais pobres, em seu campo de missão. Vendo a delicadeza com que ela tratava os doentes, um jornalista lhe disse: “Madre, eu não faria isso nem por um milhão de dólares”, ao que ela respondeu: “Eu também não o faço por um milhão de dólares; faço por amor a Jesus”.(Dia a dia com o Evangelho 2024)https://www.paulus.com.br/portal/liturgia-diaria/4-segunda-feira-9/
Reflexão
«Quando deres um banquete, convida os pobres, (...), pois estes não têm como te retribuir! Receberás a recompensa na ressurreição dos justos»
Fr. Austin Chukwuemeka IHEKWEME(Ikenanzizi, Nigria)
Hoje, o Senhor ensina-nos o verdadeiro sentido da generosidade cristã: o dar-se aos demais. «Quando ofereceres um almoço ou jantar, não convides teus amigos, nem teus irmãos, nem teus parentes, nem teus vizinhos ricos. Pois estes podem te convidar por sua vez, e isto já será a tua recompensa» (Lc 14,12).O cristão move-se no mundo como uma pessoa comum; mas o fundamento do trato com os seus semelhantes não pode ser nem a recompensa humana nem a vanglória; deve procurar ante tudo a glória de Deus, sem pretender outra recompensa que a do Céu. «Pelo contrário, quando deres um banquete, convida os pobres, os aleijados, os coxos, os cegos! Então serás feliz, pois estes não têm como te retribuir! Receberás a recompensa na ressurreição dos justos» (Lc 14, 13-14).O Senhor convida-nos a dar-nos incondicionalmente a todos os homens, movidos somente pelo amor a Deus e ao próximo pelo Senhor. «Se emprestais àqueles de quem esperais receber, que recompensa mereceis? Também os pecadores emprestam aos pecadores, para receberem outro tanto» (Lc 6,34).Isto é assim porque o Senhor ajuda-nos a entender que se damo-nos generosamente, sem esperar nada em troca, Deus nos pagará com uma grande recompensa e nos fará seus filhos prediletos. Por isto, Jesus nos diz: «Pelo contrário, amai os vossos inimigos, fazei bem e emprestai sem daí esperar nada. E grande será a vossa recompensa e sereis filhos do Altíssimo» (Lc 6-35).Peçamos à Virgem a generosidade de saber fugir de qualquer tendência ao egoísmo, como seu Filho. «Egoísta!— Tu, sempre tu, sempre o que é "teu".— Pareces incapaz de sentir a fraternidade de Cristo: nos outros, não vês irmãos; vês degraus (...)» (São Josemaria).
Pensamentos para o Evangelho de hoje
- «Uma palavra, um sorriso amigo, muitas vezes bastam para animar uma alma triste» (Santa Teresa do Menino Jesus)
- «A quem quer segui-lo, Jesus pede para amar a quem não merece, sem esperar recompensa, para preencher as lacunas de amor que existem nos corações, nas relações humanas, nas famílias, nas comunidades, no mundo» (Francisco)
- «A Eucaristia compromete-nos com os pobres: Para receber, na verdade, o Corpo e o Sangue de Cristo entregue por nós, temos de reconhecer Cristo nos mais pobres, seus irmãos» (Catecismo da Igreja Católica, nº 1.397)https://evangeli.net/evangelho/feria/2024-11-04
Reflexão
O “principio da gratuidade” na atividade econômica
REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)(Città del Vaticano, Vaticano)
Hoje, temos de reconhecer que o desenvolvimento económico está a ser afetado por desvios e problemas dramáticos. A crise atual coloca-nos necessariamente perante decisões que afetam cada vez mais o próprio destino do homem, que, acima de tudo, não pode prescindir da sua natureza.O ser humano está feito para o dom. Tanto no campo das ideias como no do comportamento, não só não se podem esquecer os princípios tradicionais da ética social (transparência, honestidade, responsabilidade...), como o “princípio da gratuidade” e a “lógica do dom”, como expressões de fraternidade, podem e devem ter o seu espaço na atividade económica normal. O que é uma exigência do homem na atual situação, mas também da própria razão económica.—Na época da globalização, a atividade econômica não pode prescindir da gratuidade, que fomenta e propaga a solidariedade e a responsabilidade pela justiça e o bem comum. Trata-se, definitivamente, de uma forma concreta e profunda de “democracia económica”.https://evangeli.net/evangelho-master/feria/2024-11-04
Comentário sobre o Evangelho
Jesus aos fariseus: O céu é para todos, especialmente para os pobres
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Hoje essas palavras de Jesus podem nos parecerem absurdas. Que tipo de banquete é esse? Além disso, se foi organizado um banquete é para desfrutá-lo agora e não na vida eterna… No entanto, as palavras de Jesus Cristo são sábias: Merecemos o banquete da Eucaristia? Que tipo de “amigo” seria eu se só fizesse favores “interessados”? Ou só quando pudessem me devolver? Deus não é assim!—Todos —sem exceção— ante Deus somos pouca coisa. Felizmente sua Casa está aberta especialmente para pobres, paralíticos, mancos, cegos… Se não fosse assim, eu poderia entrar?https://family.evangeli.net/pt/feria/2024-11-04
Meditação
De maneira cortante, Jesus ensina que não devemos fazer o bem aos outros contando com vantagens e recompensas humanas. Mas, só por amor, levados pelo amor novo que o Senhor colocou em nosso coração. Jesus é realista. Diz que podemos saber que estamos agindo assim se fizermos o bem para quem não pode nos retribuir, para os pequenos e pobres. Ainda temos muito para caminhar e aprender de Jesus.OraçãoSENHOR, conservai no vosso povo o espírito que infundistes no bispo São Carlos Borromeu, para que a vossa Igreja seja continuamente renovada e, conformando-se à imagem de Cristo, mostre ao mundo a verdadeira face do vosso Filho. Ele, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.https://www.a12.com/reze-no-santuario/deus-conosco?data=04%2F11%2F2024&leitura=meditacao
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