ANO C

12º DOMINGO DO TEMPO COMUM
Ano C – Verde
“E vós, quem dizeis que eu sou?”
Lc 9,18-24
Ambientação
INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: Reunidos
à mesa do Eterno Pai, celebramos a Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus
Cristo. Conhecemos tal mistério mediante testemunho dos Apóstolos e,
associando-nos a eles, seguimos compreendendo Jesus de modo progressivo. A
liturgia de hoje O aponta como autêntico Messias. Sem desejar fama e poder,
escolheu ser fiel ao Pai, tornando-se servo de todos até a morte.
http://diocesedeapucarana.com.br/portal/userfiles/pulsandinho/23-de-junho-de-2019---12-tem-comum.pdf
INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE
DEUS: Irmãos
e irmãs, Deus nos concede uma grande graça: a de estarmos reunidos neste dia a
Ele dedicado para celebrarmos juntos o memorial da morte e ressurreição do seu
Filho Jesus. Nele e por Ele fomos salvos e libertos! Nele e por Ele queremos
fazer de nossa vida uma oferta agradável ao Pai. Queremos seguir os passos de
Jesus, aceitando o caminho da cruz que leva à ressurreição.
INTRODUÇÃO DO WEBMASTER: Cristo
tem uma identidade pessoal que salva e revela; e uma missão a cumprir. Para
revelar sua identidade e cumprir sua missão, para salvar a verdade de sua vida,
está ele disposto a tudo, até a perder a vida física. A decisão
"incondicional" e absoluta de ser ele mesmo e cumprir a sua missão a
"qualquer preço" é o ato supremo de fidelidade (obediência) a Deus.
INTRODUÇÃO DO FOLHETO
DOMINICAL PULSANDINHO: Mais
uma vez nos encontramos reunidos ao redor da Mesa da Palavra da Eucaristia,
celebrando o mistério central de nossa fé: Paixão, Morte e Ressurreição de
Jesus Cristo. Temos a graça de conhecer a Jesus por meio do testemunho dos
discípulos que o conheceram pessoalmente e também das comunidades cristãs
primitivas. Todavia, constatamos que o seguimento de Jesus se dá dentro de um
processo gradativo de compreensão. Assim como aconteceu com os discípulos,
todos nós somos contaminados com falsas ideologias que vão introduzindo falsos
valores, segundo os interesses dos que dominam a sociedade. Somos convidados a
seguir Jesus, o Messias. Lembremos, no entanto, que em seu messianismo não
ambicionou fama e triunfalismo, mas escolheu livremente ser fiel ao Pai,
sendo servo de todos até a morte.
INTRODUÇÃO DO FOLHETO
DOMINICAL O POVO DE DEUS: Hoje
é o Dia Nacional do Migrante, cuja trajetória pelos caminhos da nossa Pátria
lembra o Povo de Deus atravessando o deserto em busca da Terra Prometida.
Rezemos para que encontrem o lugar onde possam viver com tranquilidade, criar
seus filhos com dignidade e semear sua história com sabedoria e paz.
INTRODUÇÃO DO WEBMASTER: Cristo tem uma identidade pessoal que salva
e revela; e uma missão a cumprir. Para revelar sua identidade e cumprir sua
missão, para salvar a verdade de sua vida, está ele disposto a tudo, até a
perder a vida física. A decisão "incondicional" e absoluta de ser ele
mesmo e cumprir a sua missão a "qualquer preço" é o ato supremo de
fidelidade (obediência) a Deus.
Fonte: NPD Brasil em 23/06/2013
QUEM É JESUS PARA MIM?
“... Hoje, as mesmas perguntas feitas pelo Senhor são repropostas a cada
um de nós: Quem é Jesus para as pessoas do nosso tempo? Mas a outra é mais
importante: Quem é Jesus para mim?. Somos chamados a fazer da resposta de Pedro
a nossa resposta, professando com alegria que Jesus é o Filho de Deus, a
Palavra eterna do Pai que se fez homem para redimir a humanidade, derramando
sobre ela a abundância da misericórdia divina. O mundo precisa mais do que
nunca de Cristo, da sua salvação, do seu amor misericordioso. Muitas pessoas
sentem um vazio ao seu redor e dentro de si e outras vivem na inquietação e na
insegurança por causa da precariedade e dos conflitos. Todos nós temos
necessidade de respostas adequadas às nossas interrogações, às nossas perguntas
concretas. Em Cristo, somente nele, é possível encontrar a paz verdadeira e o
cumprimento de todas as aspirações humanas. Jesus conhece o coração do homem
como ninguém. É por isso que o pode curar, dando-lhe vida e consolação.
Depois de ter concluído o diálogo com os Apóstolos, Jesus dirige-se a
todos dizendo: Se alguém quer vir após mim, renegue-se a si mesmo, tome cada
dia a sua cruz e siga-me (v. 23). Não se trata de uma cruz ornamental, nem de
uma cruz ideológica, mas da cruz da vida, da cruz do próprio dever, da cruz do
sacrifício pelo próximo com amor, da cruz da disponibilidade a sermos
solidários com os pobres e a comprometer-nos a favor da justiça e da paz.
Quando assumimos esta atitude, estas cruzes, perdemos sempre algo. Nunca
devemos esquecer-nos que quem perder a própria vida [por Cristo], salvá-la-á
(v. 24). Trata-se de um perder para ganhar. E recordemos todos os nossos irmãos
que ainda hoje põem em prática estas palavras de Jesus, oferecendo-lhes o seu
tempo, o seu trabalho, o seu cansaço e até a sua vida para não negar a própria
fé em Cristo. Mediante o seu Espírito Santo, Jesus dá-nos a força de ir em
frente no caminho da fé e do testemunho: fazer aquilo em que cremos; não dizer
uma coisa e fazer outra. E ao longo deste caminho Nossa Senhora está sempre
próxima de nós e precede-nos: deixemo-nos pegar pela sua mão, quando
atravessamos os momentos mais obscuros e difíceis...”
(Papa Francisco, Angelus, 19 de Junho de 2016)
QUEM É JESUS?
Jesus dirige-se diretamente aos Apóstolos - porque é isto que mais lhe
interessa - e pergunta: «E vós, quem dizeis que eu sou?». Imediatamente, em
nome de todos, Pedro responde: «O Cristo de Deus» (v. 20), ou seja: Tu és o
Messias, o Consagrado de Deus, por Ele enviado para salvar o seu povo segundo a
Aliança e a promessa. Assim, Jesus dá-se conta de que os Doze e em especial
Pedro receberam do Pai o dom da fé; e por isso começa a falar-lhes abertamente
- assim diz o Evangelho: "abertamente" - daquilo que o espera em
Jerusalém: "É necessário que o Filho do Homem - diz - padeça muitas
coisas, seja rejeitado pelos anciãos, pelos príncipes dos sacerdotes e pelos
escribas. É necessário que seja levado à morte e que ressuscite no terceiro
dia" (v. 22).
Hoje, aquelas mesmas perguntas são repropostas a cada um de nós:
"Quem é Jesus para as pessoas do nosso tempo". Mas a outra é mais
importante: "Quem é Jesus para cada um de nós?". Para mim, para ti,
para ti, para ti...? Quem é Jesus para cada um de nós? Somos chamados a fazer
da resposta de Pedro a nossa resposta, professando com alegria que Jesus é o
Filho de Deus, a Palavra eterna do Pai que se fez homem para redimir a
humanidade, derramando sobre ela a abundância da misericórdia divina. O mundo
precisa mais do que nunca de Cristo, da sua salvação, do seu amor
misericordioso. Muitas pessoas sentem um vazio ao seu redor e dentro de si —
talvez, às vezes, até nós — e outras vivem na inquietação e na insegurança por
causa da precariedade e dos conflitos. Todos nós temos necessidade de respostas
adequadas às nossas interrogações, às nossas perguntas concretas. Em Cristo,
somente nele, é possível encontrar a paz verdadeira e o cumprimento de todas as
aspirações humanas. Jesus conhece o coração do homem como ninguém. É por isso
que o pode curar, instilando-lhe vida e consolação.
Depois de ter concluído o diálogo com os Apóstolos, Jesus dirige- -se a
todos dizendo: "Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome
cada dia a sua cruz e siga-me" (v. 23). Não se trata de uma cruz
ornamental, nem de uma cruz ideológica, mas da cruz da vida, da cruz do próprio
dever, da cruz do sacrifício pelo próximo com amor - pelos pais, pelos filhos,
pela família, pelos amigos e até pelos inimigos - da cruz da disponibilidade a
sermos solidários com os pobres e a comprometer- nos a favor da justiça e da
paz.
Quando assumimos esta atitude, estas cruzes, perdemos sempre algo. Nunca
devemos esquecer- nos que "quem perder a própria vida [por Cristo], vai
salvá-la" (v. 24). Trata-se de um perder para ganhar. E recordemos todos
os nossos irmãos que ainda hoje põem em prática estas palavras de Jesus,
oferecendo-lhes o seu tempo, o seu trabalho, o seu cansaço e até a sua vida
para não negar a própria fé em Cristo. Mediante o seu Espírito Santo, Jesus
dá-nos a força de ir em frente no caminho da fé e do testemunho: fazer aquilo
em que cremos; não dizer uma coisa e fazer outra. E ao longo deste caminho
Nossa Senhora está sempre próxima de nós e precede-nos: deixemo-nos pegar pela
sua mão, quando atravessamos os momentos mais obscuros e difíceis.
(Papa Francisco, Angelus, 19 de Junho de 2016)
Comentário do Evangelho
A vida é ganha na entrega sem reservas
O texto do evangelho deste domingo, conhecido
como “profissão de fé de Pedro”, seguido do anúncio da paixão, morte e
ressurreição, é a sequência do relato da confusão de Herodes que, ouvindo falar
de Jesus, não pode conhecer sua verdadeira identidade (vv. 7-9); e do relato da
multiplicação dos pães em que Jesus alimenta abundantemente uma multidão de uns
cinco mil homens (vv. 10-17). A dupla pergunta posta aos discípulos revela a
preocupação de Jesus de que sua missão e a sua verdadeira identidade não estejam
sendo compreendidas. O autor do quarto evangelho apresenta esta preocupação de
modo claro: “Vós me procurais não porque vistes sinais, mas porque comestes e
ficastes saciados” (Jo 6,26).
Na primeira parte do texto há uma dupla pergunta:
“Quem dizem as multidões que eu sou?” (v. 18), e “quem dizeis que eu sou?” (v.
20). À resposta acerca da opinião da multidão, Jesus não faz nenhum comentário.
A resposta acerca da opinião da multidão confirma a suspeita de incompreensão.
Mesmo que a pessoa de Jesus suscite perguntas e provoque a opinião das pessoas,
a multidão continua voltada para o passado de Israel, incapaz de perceber e
reconhecer a irrupção da visita salvífica de Deus (Lc 1,68; 7,16). É a vez de
os discípulos se engajarem na resposta à pergunta: “E vós, quem dizeis que eu
sou?” A resposta é mais importante para os discípulos do que para Jesus. Dela
dependerá a adesão ou não ao Senhor. Pedro, como porta-voz de todos os demais,
toma a iniciativa: “O Cristo de Deus” (v. 20). Isto significa: o Messias prometido
e esperado, aquele que é habitado pelo Espírito Santo (cf. Lc 3,22; 4,1.18).
Jesus impede os discípulos de divulgarem o que Pedro acaba de proclamar. Isto
porque será preciso esclarecer de que Messias se trata; talvez o Messias que
Jesus é não seja exatamente o que os próprios discípulos pensavam ter
encontrado (ver: Mc 8,32-33). Mas também é verdade que cada um deve dar a sua
resposta. É neste ponto que Jesus anuncia, pela primeira vez no evangelho
segundo Lucas, sua paixão, morte e ressurreição (v. 22). Este anúncio tem
consequências para os Doze como para todos os discípulos. Em primeiro lugar,
eles devem se distanciar da opinião da multidão e se engajarem, na fé, na
verdadeira missão de serviço, e não de poder. Em segundo lugar, o caminho de
Jesus passa a ser o caminho necessário de todos os que aderem, pela fé, e
livremente, à sua pessoa: “Se alguém quer vir após mim, renuncie a si mesmo…”
(v. 23). A cruz passa a fazer parte da vida do discípulo. É a forma de superar
todo egoísmo que fecha a pessoa sobre si mesma. Paradoxalmente, a vida é ganha
na entrega sem reservas: “... quem quiser salvar sua vida a perderá, e quem
perder sua vida por causa de mim a salvará” (v. 24).
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Espírito do Messias solidário e servidor, não me
deixes nutrir esperanças vãs de um messianismo glorioso e mundano, que não
corresponde à opção do Senhor Jesus.
Fonte: Paulinas em 23/06/2013
Vivendo a Palavra
«O Filho do Homem deve ser rejeitado e morto, mas
ressuscitará!» Ser Igreja de Jesus é isto: seguir o Mestre pela vida afora,
aceitando por amor a rejeição do mundo, na certeza de que nós ressuscitaremos
com Ele para receber definitivamente o abraço do Pai Misericordioso.
Fonte: Arquidiocese BH em 23/06/2013
VIVENDO A PALAVRA
Tomar a cada dia a minha cruz, significa
confiar no Pai Misericordioso e assumir com alegria e gratidão a minha condição
de vida, com as dificuldades a serem superadas e as possibilidades que devem
ser reconhecidas, acolhidas, desenvolvidas e aproveitadas para fazer o Bem aos
peregrinos que vão ao meu lado – tudo em nome de fiel seguidor do Caminho de
Jesus de Nazaré.
Reflexão
QUEM É JESUS PARA MIM?
Jesus continua a nos interrogar também hoje: Quem
sou eu para você? Trata-se de pergunta intrigante à qual nem sempre
consegui-mos dar resposta adequada. E a resposta mais adequada não consiste nas
palavras que aprendemos no catecismo, mas, sim, no compromisso que firmamos com
o projeto de Cristo.
Não basta dizer que Jesus é um profeta ou uma
grande personagem que nasceu e viveu há dois mil anos. É preciso fazer nossa a
resposta de Pedro: Jesus é o Messias de Deus. Isso significa acreditar que ele
é o Filho de Deus, o ungido pelo Espírito para uma missão. Encarnando-se no
seio de Maria, Deus, em Jesus, veio morar entre nós.
Quando respondemos sabiamente e nos comprometemos
com Jesus, mostramo-nos dispostos a assumir a cruz do dia a dia. Olhamos sempre
adiante com otimismo e não nos amedrontamos com as dificuldades que surgem
diante de nós. Jesus não foi ao encontro da cruz; ela veio até ele à medida de
sua fidelidade ao Pai. Também nós não precisamos inventar cruzes para
demonstrar nossa fidelidade ao Pai, basta-nos assumir a cruz do compromisso de
discípulos e missionários.
Quando confessamos que Jesus é o ungido e o
enviado de Deus, reconhecemos que ele não é um sonhador sem base na realidade,
mas o autêntico “reformador” da humanidade, com programa claro e objetivo,
capaz de transformar de verdade a comunidade e a sociedade. Aceitá-lo significa
deixar de lado a injustiça, o ódio, a violência e tudo aquilo que fere a
dignidade humana.
A pergunta de Jesus é dirigida a todos, mas a
resposta só é possível aos que estão dispostos a segui-lo, partilhando com ele
o caminho que leva à cruz. Aquele que nos interroga – e ao qual muitas vezes
nos recusamos a responder para não nos comprometer – é justamente aquele que
nos salva, aquele do qual depende nosso destino.
Pe. Nilo Luza, ssp
Fonte: Paulus em 23/06/2013
Reflexão
O
texto deste domingo se desenrola em três temas: a confissão de Pedro em nome da
comunidade, o anúncio da paixão e o convite a seguir o Mestre. Para Jesus, não
basta aquilo que o povo em geral pensa dele. Diante disso, ele provoca os
apóstolos a uma decisão, mediante uma resposta própria. A resposta de Pedro, em
nome do grupo – o Messias de Deus – revela o que Jesus é e faz: ele é mestre,
profeta e presença libertadora de Deus. Para não restar dúvidas a respeito da
messianidade de Jesus, ele revela seu destino trágico. Ele não é o Messias
poderoso, conquistador e triunfalista como pensam. Será o Messias doador da
própria vida em favor dos mais vulneráveis e desprezados. Jesus assume a causa
dos pobres e, por isso, é condenado à morte. Seu sofrimento e sua morte não são
um desejo masoquista seu, mas uma consequência de sua fidelidade ao Pai. A
seguir, o Mestre convida quem estiver disposto a segui-lo a renunciar a tudo o
que possa impedir o seguimento fiel. Quem quiser segui-lo terá de se
identificar com seu projeto, sabendo que poderá ser desafiado a perder a
própria vida. Renunciar a si mesmo é desfazer-se da ambição do enriquecimento,
do poder e da glória.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 - Pe. Luiz Miguel
Duarte, ssp)
Meditando o evangelho
ANUNCIANDO A PAIXÃO
A questão apresentada por Jesus aos discípulos, a respeito de sua
identidade, situa-se num momento crucial de sua vida. Por um lado, as multidões
não haviam compreendido bem o tipo de messianismo vivido pelo Mestre. Ele se
apresentava como Messias-servo, ao passo que o povo esperava um Messias cheio
de glória e majestade. Por outro lado, autoridades políticas, como Herodes,
perguntavam-se: "Quem poderá ser este de quem ouço tais coisas?" O
que se passava com os discípulos? Sua fé era consistente e estavam realmente
preparados para subir com Jesus até Jerusalém?
A questão apresentada aos discípulos visava explicitar-lhes a fé no
Messias Jesus. A resposta de Pedro, embora verdadeira, carecia de reparos. O
Messias estava destinado a sofrer nas mãos dos anciãos, dos sumos sacerdotes e
dos escribas, ser morto e ressuscitar no terceiro dia. A causa do sofrimento
estaria relacionada com seu modo de viver. Longe de buscar glórias mundanas,
Jesus colocava-se ao lado dos pobres e marginalizados, vivia uma experiência de
Deus muito diferente da preconizada pela religiosidade da época, anunciava um
Reino de igualdade e solidariedade, muito mais exigente do que, até então, se
conhecia. Sua morte decorreria de sua opção de ser solidário e servidor. Daí o
Pai decidir ressuscitá-lo.
Quem quisesse segui-lo, deveria considerar atentamente este aspecto.
Caso contrário, estaria nutrindo esperanças vãs.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe.
Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da
FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total).
Oração
Espírito do Messias solidário e servidor, não me deixes nutrir
esperanças vãs de um messianismo glorioso e mundano, que não corresponde à
opção do Senhor Jesus.
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. Que
Jesus é o nosso? A quem seguimos realmente?
(O
comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da
Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
Parece estranho que naquela altura da caminhada, Jesus dirija a seus
discípulos uma pergunta tão provocante “Quem sou eu para vocês?”... Tem-se a
impressão de que, até ele ficou meio receoso de ir direto ao assunto, e
primeiro perguntou a eles, quem o povo dizia que era ele, e quando o coitado do
Pedro deu aquela resposta no “capricho”, Jesus parece ter sido “duro” dando um
solene “cala boca”, exigindo que ele não contasse a ninguém, parece que queria
guardar segredo sobre a sua pessoa e missão, Que problema havia, na resposta de
Pedro?
Quando vamos à celebração da Palavra ou da santa Missa, quando recebemos
algum sacramento, quando vivemos o nosso dia a dia, rezando em alguns momentos,
trabalhando ou estudando, dirigindo no transito, conectados a internet, assistindo
TV, em um estádio de futebol, em uma chácara ou na piscina, na praia ou no
campo, nos desafios do trabalho pastoral ou no exercício de um ministério, será
que a nossa conduta é coerente com aquilo que pensamos de Jesus?
Jesus não está preocupado com a sua imagem, ou conceito ou o discurso
que se faz dele, mas quer saber qual a importância dele em nossa vida, nas
decisões do dia a dia, em certas atitudes que somos obrigados a tomar, na vida
em família, na comunidade, no trabalho ou na escola, quando estamos alegres ou
tristes, quando estamos atarefados e com mil preocupações á cabeça, ou quando
estamos tranquilos e em paz, quando estamos endividados ou quando pagamos todas
as nossas contas, é aí que precisamos definir quem é ele em nossa vida, o que
ele representa, ou a diferença que faz, crer ou não crer, viver a Fé ou
ignorá-la, assumir ou não assumir o Batismo, ser igreja ou não ser de nada...
Ir sempre, vestir a camisa, ou ir de vez em quando e manter um pé atrás, sempre
desconfiados com essa Igreja de Cristo, conduzida por homens. Note-se que a
indagação é feita ao grupo e que podemos interpretar assim: qual é o Jesus de
nossas comunidades e paróquias? Pois é aí que somos Igreja.
O discurso que se faz sobre Jesus é sempre muito bonito, certos pregadores
conseguem arrancar lágrimas dos seus ouvintes. Mas... e depois... .o que muda
ou o que fica? Na verdade, nesse 12º Domingo do tempo comum, estamos diante de
dois modelos distintos, o Jesus da Pós Modernidade, que é um Jesus bem light,
liberal, bem açucarado, sem muitas exigências, um Jesus que “pega leve” e vai
minimizando ou relativizando a Lei do Senhor e os valores do evangelho, o
caráter doutrinário em questões polêmicas como: pena de morte, aborto, do
adultério e todas essas coisas que nos incomodam. Um Jesus bem aprumado, olhos
azuis, loiro, dois metros de altura, de um Jesus que pede uma conversão, que
não precisa ser tão radical. Um Jesus que vira e mexe, faz algum milagre,
chamando unicamente para si, a responsabilidade de fazer as mudanças
acontecerem, se a coisa não anda e está emperrada, chama Jesus e está
resolvido. Esse Jesus da Pós Modernidade faz um sucesso tremendo, lota templos,
estoura a audiência, agrega multidões e acima de tudo, ajuda a encher os cofres
dos espertalhões da Fé, que juram serem os emissários de Deus, podendo garantir
ainda nesta vida, um cantinho no céu para os que forem fiéis seguidores desse
“Jesus” idealizado pela Pós-modernidade.
O Jesus que se apresenta diante dos discípulos e diante de todos nós,
neste evangelho do 12º Domingo do Tempo Comum, não é um Jesus de muito sucesso.
Principalmente por que fala em sofrimento, padecimento, rejeição e morte, uma
catástrofe para a Pós Modernidade, quem vai querer seguir um Jesus assim? Nós
mesmos, que somos cristãos de “carteirinha”, quantas vezes, diante de um
sofrimento iminente, não rezamos, pedindo para que Deus afaste de nós tal
dissabor... Não é mesmo? Sofrimento e pós-modernidade, são palavras que não
combinam.
E no final do evangelho, o que já era ruim, ficou ainda pior: “Se alguém
quer vir após mim, renegue-se a si mesmo, tome a sua cruz de cada dia e
siga-me, pois quem quiser salvar a sua vida, vai perdê-la, mas quem sacrificar
a sua vida, por causa de mim, irá salva-la”. Com um discurso assim, as Igrejas
irão esvaziar-se, e Jesus vai ficar falando sozinho, porque renúncia e
desapego, também não combinam de forma alguma, com a pós-modernidade, que nos
ensina a sempre ganhar, nunca perder!
Será que não existe aí uma alternativa? Um modo mais brando de se viver
a Fé e frequentar a comunidade, sem que haja necessidade de encarar uma “cruz”
no meio do caminho? Infelizmente nas palavras de Jesus não há atenuantes, ou
aceitamos viver esses ensinamentos, ou então desistimos, tiramos o time de
campo, enquanto ainda é tempo, mesmo porque, o Reino é uma proposta... “Se
alguém quiser...”.
Ninguém precisa casar na igreja, batizar-se, fazer catequese, ser
confirmado na Fé, confessar-se, receber a Eucaristia, receber o Sacramento da
Ordem, ou a unção que nos fortalece na enfermidade, enfim, ninguém é obrigado a
crer no Senhor Jesus e ser discípulo, e nem por isso Deus irá deixar de amar,
aquele que assim agir. Trata-se de uma proposta, para quem quiser desinstalar o
sistema em sua vida, contaminado pelo hacker do pecado, e reiniciar o processo,
agora configurado com o homem novo Jesus Cristo, o primogênito de toda
criatura. Uma proposta revolucionária para homens e mulheres ousados, dispostos
a transformar o mundo com o seu testemunho, porque tem forças suficientes na
graça de Deus, mastigando os “freios” da pós-modernidade, libertando-se do
cabresto e trilhando um caminho novo, fazendo uma história nova, exatamente nas
pegadas de Jesus de Nazaré, Aquele que vai á frente das comunidades, mostrando
a plenitude que aguarda todos os que vivem pela Fé, sem medo de Ser Feliz,
passando pela “morte” que leva à Vida.
Deixo para as comunidades cristãs, essa pergunta que sempre me faço: Que
Jesus é o nosso? Será que podemos anunciá-lo com toda firmeza e convicção, ou
como Pedro, ouviremos dele um solene “cala a boca?” (12º Domingo do Tempo Comum
– Lc 9, 18-24).
José da Cruz é Diácono da
Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP
E-mail jotacruz3051@gmail.com
2. Tome sua cruz, e siga-me!
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva,
‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)
Celebradas as festas da Ascensão, Pentecostes, Trindade e Corpus,
retomamos o evangelista do ano, que é São Lucas. Nos domingos do Tempo Comum
lemos e proclamamos passagens do seu Evangelho. É próprio do evangelista São
Lucas destacar a oração de Jesus. Jesus estava rezando sozinho e os discípulos
estavam por perto. Assim começa a passagem do Evangelho de hoje. Jesus anuncia
aos discípulos sua paixão, morte e ressurreição. Ele o faz para prepará-los
para quando tudo isso acontecer. Ele o faz também para que tenham ideia clara e
certa de quem ele é. É Jesus de Nazaré, o Filho do Homem, é o Cristo de Deus,
disse São Pedro. Afirmação acertada de Pedro, mas o que ele entende por Cristo
de Deus? Certamente o que todos os judeus entendiam. Jesus é o Messias,
restaurador do Reino de Israel, prometido por Deus por meio dos profetas. Em
algum momento, ele iria mostrar o seu poder e restabelecer o trono de Davi. Se
assim pensavam, estavam equivocados. Jesus é o Servo sofredor anunciado por
Isaías. Os judeus tinham dificuldade de interpretar a passagem de Zacarias que
lemos na primeira leitura. Entendiam que ela fala do Messias, mas não entendiam
que ele fosse traspassado e que se chorasse a sua morte. Chegavam a dizer que
Zacarias não falava do Messias, filho de Davi.
Que grande luto é esse em Jerusalém, anunciado pelo profeta e comparado
a lutos da antiguidade? Há uma resposta no Talmud dos judeus, no tratado Succa,
onde se lê que o Rabi Dossa e os outros sábios discutiam a passagem de
Zacarias. Unspara o mal, que é morta. O Messias, filho de José, seria um
primeiro Messias da linhagem de José do Egito que precede a vinda do Messias,
filho de Davi. Lendo com olhos cristãos o texto de Zacarias, nele vemos Jesus
de Nazaré, filho de José, crucificado e traspassado pela lança do soldado romano.
Jerusalém está de luto e chora como se chora a morte de um filho único, de um
primogênito. Da cruz, à disposição de Davi e de Jerusalém, jorra uma fonte que
lava os pecados e a impureza. Jesus crucificado devolve a Davi não um trono,
mas a vida de Deus. Para os cristãos, Jesus é o Messias Filho de José e o
Messias Filho de Davi. Ele veio e morreu. Ele virá ressuscitado em sua glória.
O Apóstolo São Paulo mostra aos gálatas o alcance da morte salvífica de
Cristo na cruz. Todos os que foram lavados pela fonte que brotou da cruz, todos
os que se lavaram nas águas batismais, se revestiram de Cristo. São todos
filhos de Deus pela fé. São todos herdeiros das promessas feitas a Abraão. São
todos um só em Cristo Jesus. Todas as diferenças se encontram e se unificam em
Cristo Jesus. Não há mais judeu ou grego, escravo ou livre, homem ou mulher.
Nascemos todos cidadãos livres no mesmo mundo. Só depois nos ensinaram uma
língua e nos deram uma bandeira.
Com o Salmista cantamos que nossa alma tem sede de Deus e que somos como
terra sedenta e sem água. Encontramos, porém, como lemos na profecia de
Zacarias, uma fonte acessível à casa de Davi e aos habitantes de Jerusalém para
ablução e purificação. Buscamos a água da ablução e da purificação para nos
lavar, não para bebê-la. Na verdade, porém, a sede da nossa alma é sede de Deus
e não de água. É ele quem mata a nossa sede. Nossa alma se agarra em Deus e é
saciada como em um grande banquete de festa. Queremos louvá-lo ao longo de
nossa vida, elevando a ele nossas mãos que carregam a cruz e anunciando a todas
as criaturas seu amor de salvação. Diziam que se tratava do Messias, filho de
José, que é morto. Outros diziam que se tratava da inclinação.
REFLEXÕES
DE HOJE
23 DE JUNHO-DOMINGO
VEJA AQUI
MAIS HOMILIAS DESTE DOMINGO
HOMILIA
DIÁRIA
O que é necessário para seguir Jesus?
Para seguir Jesus é
necessária a capacidade de renunciar a si mesmo. Abrimos mão dos nossos
gostinhos, das nossas vontades, do nosso bem-estar por causa do seguimento
de Jesus.
“Se alguém me quer seguir, renuncie a si mesmo,
tome sua cruz cada dia, e siga-me. Pois quem quiser salvar a sua vida, vai
perdê-la; e quem perder a sua vida por causa de mim, esse a salvará” (Lc 9,23-24).
Para seguir Jesus é necessária a capacidade de
renunciar a si mesmo. Nós somos muito cheios de vontades, queremos que as
coisas andem do nosso jeito, não gostamos de ser contrariados. No entanto,
muitas vezes, seremos contrariados por causa do Evangelho. Nós abrimos mão dos
nossos gostinhos, das nossas vontades, do nosso bem-estar por causa do
seguimento de Jesus.
Pelo Senhor Jesus nós passamos por desconfortos,
por situações constrangedoras; por Ele renunciamos à nossa vontade.
Aqueles que se dispõem a ser contrariados, abrem
mão de suas vontades, de seus gostos, de suas disposições, na verdade podem
servir a Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Fazendo isso, eles abraçam sua
cruz, abraçam a condição para a qual são chamados a viver, as circunstâncias
próprias da vida.
Muitas vezes, essas cruzes vêm em forma de
doenças, de incompreensões, perdas, situações difíceis, momentos delicados… E
nós entendemos tudo ao contrário, pois achamos que esses sofrimentos que
vivemos são castigos de Deus. Não! O Senhor não tem tempo para castigar
ninguém, Ele nos dá força e suporte para carregarmos a nossa cruz de cada dia.
Quando renunciamos a nós mesmos e tomamos nossa
cruz, morremos a cada dia para nós. Somente quem morre, quem perde sua vida é
que, na verdade, a ganha, porque a ganha para sempre junto de Deus. Que nós aprendamos,
a cada dia, a nos tornarmos discípulos de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo –
Comunidade Canção Nova
Oração Final
Pai Santo, permite-nos a ousada alegria de sermos
neste mundo que nos emprestaste testemunhas do teu Amor de Pai que também é
Mãe. Queremos anunciar aos companheiros de caminhada a certeza de que somos
todos teus filhos muito amados, irmãos de Jesus de Nazaré, o Cristo, teu Filho
Unigênito que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 23/06/2013
ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, faze-me agradecido pela Vida que me
ofereces e que a Fé transforme a minha existência num caminhar cheio de
Esperança. Assim eu poderei espalhar pelo mundo o Amor ao próximo, à natureza,
e a Ti, amado Pai, como testemunha do Cristo Jesus, teu Filho que se fez meu
Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.

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