ANO B


13 de Janeiro de 2015
Mc 1,21b-28
Comentário do Evangelho
O ensinamento de Jesus expressa sua coerência
Jesus é um judeu de fé e praticante. Um dos traços de Jesus
apresentado pelo evangelho de Marcos é que ele está sempre ensinando; é um
Mestre. Em nossa perícope, o ambiente do ensinamento é o da liturgia sinagogal,
durante o descanso sabático. No entanto, quanto ao conteúdo específico do
ensinamento, o ouvinte ou leitor do evangelho não é informado. O evangelista
centra a sua observação na reação das pessoas diante do ensinamento de Jesus:
admiração. A causa da admiração é que Jesus ensina com autoridade, isto é, no
ensinamento de Jesus é expressa sua coerência, o acordo interno de si consigo
mesmo. Essa coerência faz de Jesus uma pessoa crível, distinguindo-o dos
escribas e dos fariseus, criticados com frequência nos evangelhos como
hipócritas. A hipocrisia é o reino da aparência e da representação. Mas, onde
surge o mal, superabunda a graça. Jesus é mais forte que qualquer força
maligna; o Cristo de Deus vence e destrói o mal que desfigura e escraviza o ser
humano. Este é o ensinamento a reter: no Cristo todo mal já está vencido!
Pe. Carlos Alberto Contieri
Oração
Senhor Jesus, leva-me a perceber, por trás
de teus gestos e palavras, a presença do Pai agindo por meio de ti.
FONTE:
PAULINAS
Reflexão
Jesus tem como costume ensinar nas sinagogas e
o conhecimento da fé é a maior arma que o cristão tem para vencer o mal e o
pecado, pois não só nos mostra o caminho para chegarmos até Deus e o valor da
verdade para nós, além de nos revelar o amor que Deus tem por nós e a
necessidade que temos de corresponder a esse amor por uma vida santa para que
possamos vencer toda sorte de mal que venha a acontecer em nossas vidas e
sentirmos o poder amoroso de Deus que se faz presente na vida de todas as
pessoas que acolhem o que Jesus veio revelar a respeito de Deus e do seu Reino.
FONTE: CNBB
Comentário do Evangelho
PERSONALIDADES
INCOMPATÍVEIS
A pergunta desesperada do homem possuído por um
espírito imundo revela a incompatibilidade radical que existe entre Jesus e
tudo quanto lhe é contrário. A frase "Que temos nós contigo, Jesus de
Nazaré?" pode ser assim desdobrada: "Que existe em comum entre
nós?"; "O que você está querendo fazer conosco?"; "Qual a
sua intenção a nosso respeito?".
Evidentemente,
entre Jesus e o espírito imundo nada havia em comum. Um libertava o ser humano,
o outro o escravizava. Um recuperava as pessoas para Deus, já o outro as
afastava sempre mais do projeto do Pai, numa aberta afronta a ele. Um
restaurava no coração humano o sentido da vida fraterna e solidária, o outro,
pelo contrário, gerava discórdia e divisão. Um encarnava a novidade da
misericórdia de Deus, o outro insistia no caminho inconveniente da soberba. Por
isso, a única intenção de Jesus era derrotar este espírito mau.
À
ordem do Mestre, ele deixou o possesso, depois de agitá-lo violentamente e
fazer grande alarido.
Esta é
a imagem do que se passa no coração de cada um de nós: o mau espírito reluta em
abandonar o espaço conquistado no nosso interior. Se não nos deixamos ajudar
por Jesus, corremos o risco de permanecer escravos desse espírito do mal. O
discipulado cristão exige que façamos a experiência de ser libertados pelo
Mestre, pois é impossível compatibilizá-lo com as forças do mal que age dentro
de nós.
Oração
Pai, dá-me forças para que
jamais eu permita ao poder do mal prevalecer sobre mim. Seja o meu coração
totalmente voltado para ti e para o teu Reino.
(O
comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em
Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Ó Deus, atendei como pai
às preces do vosso povo; dai-nos a compreensão dos nossos deveres e a força de
cumpri-los. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito
Santo.
FONTE: dom total

14 de Janeiro
de 2015
Mc 1,29-39
Comentário do
Evangelho
Senhor age sempre e em todo lugar
É preciso não esquecer
que o Evangelho é uma proclamação pascal cujo conteúdo é a vitória de Jesus
Cristo sobre o mal e a morte. A casa de Simão e André fica a poucos metros da
sinagoga de Cafarnaum. Ali, o evangelho nos relata a cura, ainda no sábado, da sogra
de Simão, acometida de uma febre, e apresenta um sumário da atividade de Jesus,
depois do pôr do sol; portanto, depois de ter passado o descanso sabático, à
porta da casa onde Jesus se encontrava. A observação temporal, “sábado” e
“depois do pôr do sol”, e o deslocamento espacial, da sinagoga à casa, indica
que o Senhor age sempre e em todo lugar. Sua presença, onde quer que seja,
transforma a vida das pessoas, fazendo-as experimentar a proximidade de Deus. É
o Senhor da vida que, tomando a sogra de Simão pela mão, como quem desperta o
outro do sono, que é metáfora da morte, a faz levantar para servir. Jesus
procura lugares afastados para rezar e não admite perder a dimensão universal
de sua missão.
Pe. Carlos Alberto Contieri
Oração
Manifestai,
Senhor da Vida, a vossa misericórdia e concedei-nos a cura das enfermidades que
nos afligem.
FONTE:
PAULINAS
Reflexão
A
centralidade da missão de Jesus encontra-se na revelação do Reino de Deus, de
modo que para ele é mais importante a pregação do que a realização de curas e
outros tipos de milagres. Os milagres estão relacionados com a revelação, pois
explicitam o conteúdo principal da pregação de Jesus que é o amor que Deus tem
por todos nós e o bem que ele concede a nós como manifestação desse amor. Sendo
assim, o mais importante não é o milagre em si, mas a revelação que ele traz
junto de si: Deus ama a todos nós com amor eterno e tudo faz pela nossa
felicidade, e isso deve ser anunciado a todos os povos.
FONTE: CNBB
Comentário do Evangelho
DO CULTO AO
SERVIÇO
Como bom judeu, Jesus não se furtava de
participar da assembleia sinagogal, em dia de sábado. A celebração do culto
oferecia-lhe a possibilidade de exercer o ministério da palavra. Servindo-se de
um direito facultado às pessoas adultas, do sexo masculino, ensinava na
sinagoga, com uma autoridade desconhecida até então. Sua doutrina deixava os
ouvintes admirados, pois era de qualidade diferente daquela dos rabinos
tradicionais.
Nós
conhecemos muito bem a doutrina de Jesus. Ele falava do amor, da necessidade de
viver reconciliado, da urgência de ser solidário com os pobres e pequeninos,
por serem os preferidos de Deus, enfim, falava do Reino do Pai a ser implantado
num mundo marcado pela impiedade.
Das
palavras Jesus passava à ação. E comprovava, com a vida, a força de seus
ensinamentos. De certa forma, o culto prosseguia no serviço aos doentes, na
libertação dos oprimidos pelos maus espíritos, na sua vida de profunda comunhão
com o Pai, mediante a oração, no seu zelo incansável em ajudar a todos. Por
isso, recusava-se a ficar preso a um só lugar, ou a esperar que viessem até ele.
Pelo contrário, ia pelas cidades e aldeias exercendo o ministério da palavra e
o ministério da caridade, duas faces da mesma moeda.
A
íntima relação entre palavra e ação dava credibilidade ao ministério de Jesus.
Sua vida consistia numa demonstração perfeita do que ensinava. Por conseguinte,
ao deixar a sinagoga, só lhe restava fazer o bem.
Oração
Pai, faze minha vida espelhar-se no testemunho de Jesus, o
primeiro a pôr em prática seus próprios ensinamentos, mostrando como é possível
vivenciá-los.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe.
Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e
disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Ó Deus, atendei como pai
às preces do vosso povo; dai-nos a compreensão dos nossos deveres e a força de
cumpri-los. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito
Santo.
FONTE: dom total

15 de Janeiro
de 2015
Mc 1,40-45
Comentário do
Evangelho
A súplica do leproso é ouvida
pelo Senhor
Os que estavam afastados
de Deus encontram acolhida por parte de Jesus. A lepra era compreendida como um
castigo de Deus. Os leprosos eram considerados impuros e sua situação,
praticamente irreversível; viviam como desgraçados, fora dos muros das cidades.
Humilhados e excluídos, deviam gritar declarando a sua impureza, caso alguém se
aproximasse deles; suas vestes em trapos, e as unhas e cabelos sem corte, os
tornavam repugnantes. Somente a misericórdia de Deus podia arrancá-los de tal
situação. Efetivamente, aquele homem anônimo, diante de Jesus, se encontra com
a compaixão de Deus. A súplica do leproso é ouvida pelo Senhor. Tocando com a
mão o leproso, Jesus comunica o Espírito que purifica, devolvendo ao homem o
brilho originário da sua criação. Ao sacerdote cabia expulsar alguém da
comunidade, uma vez constatada a lepra, e a ele cabia reintegrar a pessoa no
seio da mesma comunidade, uma vez verificada a cura. Ora, a constatação da cura
é o reconhecimento da intervenção divina. Purificado, o homem pôde proclamar o
que Jesus fez por ele.
Pe. Carlos Alberto Contieri
Oração
Precisamos
de tua beleza para amenizar nossa dureza. Precisamos de tua paz para nossos
conflitos. Precisamos de teu contato para curar nossas feridas. Ó Jesus Mestre,
Verdade, Caminho, Vida, tem piedade de nós!
FONTE:
PAULINAS
Reflexão
Uma das
promessas que sempre estão presentes nas profecias do Antigo Testamento a
respeito dos tempos messiânicos é a cura da lepra. Isso acontece porque a lepra
era uma das doenças mais temidas entre as pessoas, principalmente porque uma
das suas conseqüências era a exclusão social e religiosa. Ao curar uma pessoa
da lepra, Jesus não apenas o livra da doença em si que a faz sofrer como também
a reintegra na vida social e religiosa. Por isso entendemos a alegria do homem
que foi curado, que fez com que ele não fosse capaz de guardar o fato só para
si, mas passou a divulgá-lo de tal modo que Jesus não podia mais aparecer em
público.
FONTE: CNBB
Comentário do Evangelho
OS LUGARES
DESERTOS
O assédio das multidões fazia Jesus evitar as
cidades e preferir os lugares desertos, para onde acorria quem precisava de sua
ajuda. Esta opção explica-se pelo desejo de realizar sua missão com plena
liberdade, sem ser pressionado pelos ideais messiânicos, largamente difundidos
nos meios populares. O deserto era apropriado para ele se proteger.
Mas é
possível fazer uma interpretação simbólica desta opção de Jesus. O imaginário
da época reportava-se às agruras do êxodo do Egito, quando pensava no deserto.
Sendo desabitado, sem vegetação, este se torna perigoso e mortífero. O deserto
é lugar de provação. Nele é preciso escolher entre confiar em Deus ou confiar
em si mesmo e nas capacidades pessoais de vencer os desafios.
A
configuração terrível do deserto gerou a crença de que, nele, habita o Diabo,
como se fosse o lugar escolhido, por ser neutro, para o confronto com Deus. As
cenas evangélicas da tentação são, por isso, situadas no deserto, para onde
Jesus é conduzido pelo Espírito.
Escolhendo o deserto como lugar de ação, Jesus combatia o inimigo da humanidade, dentro dos domínios deste. Esta luta sem trégua marcou a ação do Mestre, pois a implantação do Reino supunha a derrota das forças diabólicas. Ele as enfrentou e venceu, com destemor. Sinal disto foram as curas e os milagres realizados nas regiões desertas. Com a chegada de Jesus, o Diabo perdeu o poder de oprimir o ser humano.
Escolhendo o deserto como lugar de ação, Jesus combatia o inimigo da humanidade, dentro dos domínios deste. Esta luta sem trégua marcou a ação do Mestre, pois a implantação do Reino supunha a derrota das forças diabólicas. Ele as enfrentou e venceu, com destemor. Sinal disto foram as curas e os milagres realizados nas regiões desertas. Com a chegada de Jesus, o Diabo perdeu o poder de oprimir o ser humano.
Oração
Pai, dá-me forças para
combater e vencer as forças do mal que impedem o Reino acontecer na minha vida
e na história humana.
(O
comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em
Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Ó Deus, atendei como pai
às preces do vosso povo; dai-nos a compreensão dos nossos deveres e a força de
cumpri-los. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito
Santo.
FONTE: dom total

16 de Janeiro
de 2015
Mc 2,1-12
Comentário do
Evangelho
Quem pode perdoar os pecados?
A cura do paralítico é o
primeiro episódio de uma seção denominada, no evangelho de Marcos, de
“controvérsias galileanas”, cuja finalidade é apresentar as dificuldades
enfrentadas por Jesus, por causa dos seus opositores, na realização da sua
missão. A questão da controvérsia, aqui, é o perdão dos pecados. Quem pode
perdoar os pecados? No centro do relato, contudo, está a fé dos quatro homens
anônimos que carregam o paralítico e o conduzem até Jesus. A fé, aqui, aparece
na atitude prática daqueles quatro homens que fizeram todo o possível para o
paralítico estar diante de Jesus. Por que tanta gente procurava Jesus? Porque o
ensinamento de Jesus fazia sentido e dava sentido à vida; comunicava um sopro
que despertava a fé na vida. Para a mentalidade da época, a enfermidade estava
relacionada com o pecado. A oposição a Jesus aparece na forma de murmuração e
na acusação de blasfêmia. Mas o Senhor, que vê o que está oculto, revela a
maldade dos seus opositores e os convida a mudar de mentalidade, a superar a
rigidez do preconceito e a dureza do coração para chegarem à fé que permite
reconhecer que Deus perdoa os pecados através do seu Filho.
Pe. Carlos Alberto Contieri
Oração
Pai,
cura os pecados que me paralisam e me impedem de caminhar para ti. Realiza em
minha vida a maravilha do perdão.
FONTE:
PAULINAS
Reflexão
As pessoas
do tempo de Jesus têm muita dificuldade para acreditar que ele tenha poder de
perdoar pecados. Isso acontece porque perdoar pecados é algo que compete
unicamente a Deus, e as pessoas da época de Jesus, principalmente as
autoridades religiosas, não o reconheceram como o Filho de Deus. Hoje em dia,
porém, vemos acontecer o contrário. Parece que o perdão dos pecados é algo tão comum
que a maioria das pessoas não valoriza mais isso como algo excepcional que Deus
realiza em nossas vidas, vulgarizando a graça sacramental e não dando o devido
valor ao Sacramento da Reconciliação.
FONTE: CNBB
Comentário do Evangelho
SOB O PESO DO
PECADO
A insistência sobre o tema do perdão dos
pecados chama a atenção, na cena da cura do homem paralítico. Assim que Jesus o
vê descer através de um buraco aberto no teto, declara que seus pecados estão
perdoados. Esta declaração provoca alguns escribas que estavam por perto. Para
eles, a palavra do Mestre soava como uma verdadeira usurpação de algo reservado
exclusivamente a Deus. Portanto, Jesus era um blasfemo! A maneira como ele
rebate a maledicência dos escribas é significativa: cura o paralítico para
provar que "o Filho do Homem tem, na Terra, o poder de perdoar os
pecados". O gesto poderoso de cura parece insignificante diante do poder
maior de perdoar os pecados. E Jesus, de certo modo, parece sentir-se mais
feliz por perdoar os pecados do que por curar. Por quê?
O
perdão dos pecados tem, também, uma função terapêutica. Trata-se da cura do ser
humano na dimensão mais profunda de sua existência, ali onde acontece seu
relacionamento com Deus. Sendo esta dimensão invisível aos olhos, as pessoas
tendem a se preocupar mais com as dimensões aparentes de sua vida, buscando a
cura quando algo não está bem no âmbito corporal. Jesus vê além, preocupando-se
por libertar quem pena sob o peso do pecado, mais do que sob o peso da doença.
O primeiro é muito mais grave. Permanecer no pecado significa viver afastado de
Deus e correr o risco de ser condenado. Este é o motivo por que o Mestre, antes
de mais nada, que ver o ser humano liberto de seus pecados.
Oração
Pai, cura os pecados que me paralisam e me impedem de
caminhar para ti. Realiza em minha vida a maravilha do perdão.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe.
Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e
disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Ó Deus, atendei como pai
às preces do vosso povo; dai-nos a compreensão dos nossos deveres e a força de
cumpri-los. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito
Santo.
FONTE: dom total

17 de Janeiro
de 2015
Mc 2,13-17
Comentário do
Evangelho
A acolhida dos pecadores por
Jesus
Jesus atrai multidões. A
bondade, a misericórdia, a acolhida, a palavra que faz sentido e dá sentido
atraem a multidão. Toda a região do mar da Galileia é lugar-chave da atividade
de Jesus. Não obstante a multidão que o cerca, Jesus vê cada um em sua situação
particular; seu olhar é penetrante. Ele vê Levi, publicano, considerado impuro
pelo próprio exercício da profissão de coletor de impostos, a serviço do
império romano. Jesus o chama ao seu seguimento. Ele, deixando a coletoria,
aceita o convite de Jesus. No versículo conclusivo do episódio de Zaqueu, Jesus
diz com clareza qual sua missão: “o Filho do homem veio buscar e salvar o que
estava perdido”. A refeição na casa de Levi, com outros publicanos e pecadores,
tem ares, ao mesmo tempo, de festa de despedida e de inauguração: despedida da
vida passada e inauguração de uma vida nova junto de Jesus. A acolhida dos
pecadores por Jesus provoca crise em um sistema de pureza que exclui as
pessoas. A acolhida que Jesus dá aos pecadores está enraizada na misericórdia
que resgata e aproxima as pessoas de Deus.
Pe. Carlos Alberto Contieri
Oração
Pai,
coloca-me, cada dia, no seguimento de Jesus, pois, assim, estarei no bom
caminho que me conduz a ti.
FONTE:
PAULINAS
Reflexão
Ser
coletor de impostos na época de Jesus era ser um pecador profissional. Por
isso, a escolha de Levi, ou Mateus, para ser discípulo de Jesus e ir comer na
casa dele com os outros cobradores de impostos e pecadores, significava que
Jesus comungava com eles, o que era muito grave. No entanto, esse fato nos
mostra que Jesus veio para nos mostrar o amor misericordioso de Deus, que havia
dito pelo profeta que não quer a morte do pecador, mas que se converta e viva e
que Deus quer que todas as pessoas participem do banquete do Reino definitivo.
FONTE: CNBB
Comentário do Evangelho
DA
MARGINALIZAÇÃO AO DISCIPULADO
A passagem de Jesus pela vida de Levi provocou
nele uma transformação considerável. Ele saiu imediatamente da marginalização
sócio-religiosa para ingressar no discipulado, ao aceitar o convite do Mestre,
exigindo dele a renúncia a uma atividade odiosa aos olhos de seus
contemporâneos. Doravante, Levi não seria mais um publicano, e sim um discípulo
de Jesus. A opção religiosa desse discípulo teve conseqüências também no plano
social.
Na percepção
de Jesus, porém, a mudança na vida de Levi deu-se num nível bem diverso. A
discriminação, devida à profissão de cobrador de impostos, era irrelevante para
o Mestre. Este procurava colocar-se acima dos preconceitos humanos.
Importava-lhe, antes, o que se passava no coração de Levi, sentado no seu local
de trabalho. Embora vivendo num ambiente corrompido e corruptor, sem dúvida,
ele mantinha um elevado padrão de religiosidade. Os preconceitos que recaíam
sobre sua categoria profissional não foram suficientes para levá-lo a apegar-se
aos bens materiais. Assim, quando Jesus passou, estava suficientemente livre
para segui-lo, sem restrições.
Ninguém
ficou sabendo da mudança operada na vida de Levi, além dele mesmo, e do próprio
Mestre. O homem de fé viu concretizar-se o que, até então, era objeto de
esperança. Seguir o Messias Jesus significava ver realizada a promessa divina.
Assim, mais que uma marginalização social, Levi superou a verdadeira
marginalização religiosa, ao se fazer discípulo do Reino.
Oração
Pai, coloca-me, cada dia, no seguimento de Jesus, pois,
assim, estarei no bom caminho que me conduz a ti.
(O
comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em
Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Ó Deus, que chamastes ao
deserto santo Antão, pai dos monges, para vos servir por uma vida heróica,
dai-nos, por suas preces, a graça de renunciar a nós mesmos e amar-vos acima de
tudo. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
FONTE: dom total

18 de Janeiro
de 2015
Jo 1,35-42
Comentário do
Evangelho
Jesus chama à comunhão com Ele
no seguimento
Deus fala ao ser humano
e sua voz pode ser ouvida e reconhecida. Deus chama Samuel; Jesus, os seus
discípulos. A voz que fala em nós precisa ser discernida, para que a voz de
Deus não se confunda com outras tantas vozes que falam em nosso interior. Do
ser humano é requerida abertura do coração para deixar Deus falar e para
escutar a sua voz. Confiado por sua mãe ao sacerdote Eli, Samuel cresceu no
Templo do Senhor. Eli ensinou Samuel a reconhecer a voz do Senhor e a se dispor
generosamente a escutá-lo. Para isso, é preciso fazer calar toda fantasia e
barulho interno. Sob a orientação de Eli, Samuel pôde se abrir à graça da
presença de Deus: “Fala que teu servo escuta!”. Diante de sua disposição,
abre-se para ele um verdadeiro caminho de serviço a Deus. No evangelho, é Jesus
quem chama e convida à comunhão com ele no seu seguimento: “vinde e vede”. João
Batista não era um asceta itinerante; ele continuava em Bethabara, do outro
lado do Jordão, lugar em que ministrava um batismo provisório para a conversão,
tendo em vista a vinda do Messias (cf. Jo 1,28). Somente o evangelho de João
informa ao leitor de que discípulos de João Batista se tornaram discípulos de
Jesus. Nisso também se mostra que a missão do Batista estava orientada para o
Messias. Uma das características do quarto evangelho é a corrente de
testemunhas que, no trecho de hoje, tem sua origem no testemunho de João
Batista sobre Jesus. João aponta para Jesus nomeando-o com um título
soteriológico: “cordeiro de Deus”. Com isso, deixa livre os seus discípulos
para irem atrás de Jesus. Os dois discípulos, um dos quais o leitor não conhece
o nome, aceitam o convite de Jesus, de conhecerem não um lugar, mas a relação
que une o Pai e o Filho. Tendo aceitado o convite, eles decidem “permanecer”
com o Senhor, isto é, viver em comunhão com o Senhor. A nomeação de André,
irmão de Simão Pedro, prepara o encontro deste com Jesus, encontro que mudará
profundamente a orientação da sua vida. Foi André quem apresentou seu irmão a
Jesus. O outro discípulo, no entanto, como dissemos, permanece anônimo,
sugerindo que o leitor se identifique com ele e deseje, como ele, conhecer e
viver com Jesus. A vida cristã se exprime nesse desejo contínuo de “permanecer”
com Jesus.
Pe. Carlos Alberto Contieri
Oração
Jesus,
Mestre Divino, que chamastes os apóstolos a vos seguirem, continuai a passar
pelos nossos caminhos, pelas nossas famílias, pelas nossas escolas, e continuai
a repetir o convite a muitos jovens. Daí coragem aos convidados, forças para
que vos sejam fiéis, como apóstolos leigos, como sacerdotes, como religiosos e
religiosas, para o bem do povo de Deus e de toda a humanidade. Amém.
FONTE:
PAULINAS
Comentário do Evangelho
VINDE E VEDE!
O modo como se dava o discipulado de Jesus era
muito distinto daquele dos rabinos. Na tradição rabínica, o discípulo escolhia
seu mestre e por este era instruído na arte de interpretar as Escrituras. Esta
atividade de caráter intelectual desenvolvia-se numa escola onde o mestre
distinguia-se pela excelência do saber e o discípulo, pelo desejo de conhecer.
O
método adotado por Jesus consistia na transmissão de um modo de ser, mais do
que uma ciência. Os discípulos não estavam confinados numa escola, mas se
colocavam no seguimento do Mestre e aprendiam, ouvindo suas palavras e
presenciando o que ele fazia em favor do povo. Este aprendizado existencial ia
transformando a vida do discípulo, num processo paulatino de assimilação de
tudo que o Mestre realizava.
O
discipulado, neste caso, consistia num duplo movimento. "Vinde"
indicava que o discipulado se dava pela iniciativa de Jesus que convocava para
o seu seguimento. Era ele quem chamava. Cabia ao discípulo aceitar o convite.
"Vede" supunha concentrar a atenção na pessoa de Jesus para captar os
valores que regiam sua ação e deixar-se moldar por eles.
Os
primeiros discípulos aceitaram o convite de Jesus, ficaram fascinados por ele,
e saíram para partilhar com os irmãos a experiência deste encontro transformador.
Quem quiser se fazer discípulo do Senhor deverá trilhar o mesmo caminho.
Oração
Senhor Jesus, tu me chamaste para seguir-te. Faze de mim um
discípulo autêntico, e que minha vida se espelhe na tua.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe.
Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e
disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Deus eterno e
todo-poderoso, que governais o céu e a terra, escutai com bondade as preces do
vosso povo e dai ao nosso tempo a vossa paz. Por Nosso Senhor Jesus Cristo,
Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
FONTE: dom total

19 de Janeiro
de 2015
Mc 2,18-22
Comentário do
Evangelho
A centralidade de Cristo que determina
e orienta o jejum
Trata-se de uma
controvérsia sobre o jejum, seguida de dois ditados sapienciais. A questão
apresentada a Jesus é sobre o comportamento dos seus discípulos, que não
estavam jejuando. Em todo o Novo Testamento, este é o único trecho em que o
leitor é informado de que os discípulos de João praticavam jejum. Quanto aos
fariseus, jejuavam duas vezes por semana. A Lei de Moisés prescreve o jejum uma
vez por ano, no dia do perdão dos pecados. É provável que, aqui, se trate de
uma prática ascética de grupo e que os fariseus tivessem a pretensão de impô-la
como regra para todo o povo. Seja como for, a controvérsia é ocasião para Jesus
afirmar o critério cristológico do jejum. Nesta nova etapa da história da
salvação, é a centralidade de Cristo que determina e orienta o jejum. Somente
quando o noivo for tirado, alusão à morte de Jesus, é que será o tempo de
jejuar. Os dois ditados sapienciais apontam para a incompatibilidade entre o
velho e o novo. A revelação de Deus em Jesus Cristo exige deixar cair a rigidez
na interpretação e na prática da Lei. Na interpretação que Jesus faz da Lei, é
devolvida à misericórdia o seu lugar central.
Pe. Carlos Alberto Contieri
Oração
Pai, a
presença de Jesus na nossa história é motivo de grande alegria. Que a minha
alegria consista em construir um mundo de amor e de fraternidade, como ele nos
ensinou.
FONTE:
PAULINAS
Reflexão
Em todas as épocas, as pessoas sempre
valorizaram as práticas religiosas, e, entre essas práticas, o jejum. Na época
de Jesus, não era diferente. Por isso, os fariseus procuram Jesus e o
questionam sobre a prática do jejum por parte dele e dos seus discípulos. Jesus
nos mostra que as práticas religiosas só têm sentido enquanto são manifestações
do relacionamento que temos com Deus, e que o Novo Testamento apresenta essa
grande novidade em relação ao Antigo. Assim, percebemos que Jesus veio nos
trazer algo realmente novo, e não apenas colocar rótulos novos nas coisas
velhas que já existiam antes da sua vinda ao mundo.
FONTE: CNBB
Comentário do Evangelho
FALANDO DE
FESTA
A intransigência dos fariseus, quanto à prática
do jejum, foi firmemente rejeitada por Jesus. Para darem prova de piedade,
certos fariseus e certos discípulos de João Batista exageravam na prática de
jejuns não obrigatórios. E se admiravam por que os discípulos de Jesus não
faziam o mesmo.
O
jejum tem uma forte conotação de penitência, de recolhimento e de
interiorização. Em torno desta prática, cria-se um clima especial que ajuda o
jejum a atingir seu objetivo: levar a pessoa a se tornar senhora de si mesma,
dominar seus instintos e suas paixões.
Embora
desejando que os discípulos tivessem autocontrole, Jesus preferia que, em torno
dele, houvesse um clima festivo de alegria. Daí ter falado de sua presença no meio
deles servindo-se da metáfora da festa de casamento. Era assim que a piedade
popular entendia os tempos messiânicos. Os ditados a respeito de vestidos e
vinhos novos e velhos também situam-se neste ambiente de festa.
A
presença do Messias Jesus deveria levar o discípulo a superar toda tristeza.
Com o Mestre, renascia a esperança, pois a boa-nova do Reino descortinava um
horizonte novo. Por conseguinte, seria insensato ficar multiplicando jejuns e
penitências, quando era tempo de empenhar-se, festivamente, na vivência do amor
e da fraternidade.
Oração
Pai, a presença de Jesus na nossa história é motivo de grande
alegria. Que a minha alegria consista em construir um mundo de amor e de
fraternidade, como ele nos ensinou.
(O
comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em
Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Deus eterno e
todo-poderoso, que governais o céu e a terra, escutai com bondade as preces do
vosso povo e dai ao nosso tempo a vossa paz. Por Nosso Senhor Jesus Cristo,
Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
FONTE: dom total

20 de Janeiro
de 2015
Mc 2,23-28
Comentário do
Evangelho
O sábado é dom de Deus para seu
povo
- O descanso sabático é
a controvérsia mais recorrente nos evangelhos. Na Lei de Moisés há duas formas
complementares para a prática do descanso sabático (Ex 20,8-12; Dt 5,12-16).
Essas duas tradições oferecem a ocasião para a discussão entre Jesus, os fariseus
e os doutores da Lei. Vale, aqui, a referência a Dt 23,26, em que, mesmo não
mencionando o sábado, há a permissão ao viajante de entrar na plantação do
outro, arrancar as espigas e comer os seus grãos para saciar a fome. Para os
fariseus, no entanto, essa atitude, no sábado, não era permitida, pois violava
o descanso sabático. Na sua resposta, Jesus evoca o caso de Davi (1Sm 21,1-10),
tido em altíssima estima pelos judeus. O que justifica a atitude de Davi e a
transgressão da Lei é a fome e a necessidade de preservar a vida em boas
condições. O sábado é dom de Deus para que seu povo possa fazer a memória do
dom da vida e do dom da libertação da casa da servidão. Essa memória celebrada
no descanso sabático deveria ter como consequência prática a defesa da vida, a
liberdade e a libertação, inclusive, da mentalidade de escravo. O sábado é,
para o Filho do Homem, ocasião de valorizar e promover a vida e a liberdade.
Pe. Carlos Alberto Contieri
Oração
Pai,
ensina-me a ser fiel a ti, vivendo os Mandamentos, sem fanatismo, e sim com a
liberdade de quem está em plena sintonia contigo.
FONTE:
PAULINAS
Reflexão
Novamente entra em discussão a questão das
práticas religiosas. O evangelho de hoje nos apresenta a questão do legalismo
religioso e da verdadeira finalidade da religião. Muitas vezes, vemos que as
religiões estão muito mais fundamentadas em proibições do que em motivações e
na criação de novos relacionamentos das pessoas com Deus e das pessoas entre
si. O resultado dessa mentalidade é que a religião se torna cada vez mais uma
coisa odiosa e insuportável, e Deus aparece não como um Pai amoroso, mas como
um carrasco autoritário. A verdadeira religião é aquela que cria valores e leva
as pessoas à maturidade em todos os sentidos para que livremente possam optar
por Deus.
FONTE: CNBB
Comentário do Evangelho
SUPERANDO O
LEGALISMO
Como no caso do jejum, os judeus também era
exagerados no tocante ao repouso sabático. Por isso, escandalizam-se ao ver os
discípulos de Jesus colher espigas de trigo para comer, enquanto atravessam um
trigal em dia de sábado. O fanatismo pela observância da Lei impedia-os de fazer
qualquer tipo de contemporização. Jesus ia na direção contrária, procurando
mostrar-se fiel a Deus por outros caminhos, e ensinando seus discípulos a
fazerem o mesmo.
Para o
Mestre a finalidade da Lei era propiciar ao ser humano uma autêntica experiência
de encontro com a vontade de Deus. Praticar seus preceitos de maneira puramente
mecânica seria inútil. Este tipo de fidelidade exterior à vontade divina não
era sinal de que a pessoa havia superado a tirania do egoísmo. Jesus pregava
uma fidelidade criativa à Lei, de modo que, ao praticá-la, a pessoa pudesse
atingir seu objetivo.
O
Mestre apresentou dois motivos para justificar a permissão de colher espigas em
dia de sábado. Em primeiro lugar, por ter acontecido coisa semelhante com o rei
Davi, o qual, num dia de sábado, matou a fome com os pães consagrados que só
aos sacerdotes era permitido comer. Além disso, as espigas não eram consagradas
como os pães. Em segundo lugar, porque Jesus tinha autoridade, recebida do Pai,
para agir como agiu. Se os discípulos estavam comendo para poder continuar a
missão, por que censurá-los?
Oração
Pai, ensina-me a ser fiel a ti, vivendo os Mandamentos, sem
fanatismo, e sim com a liberdade de quem está em plena sintonia contigo.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe.
Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e
disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Deus eterno e
todo-poderoso, que governais o céu e a terra, escutai com bondade as preces do
vosso povo e dai ao nosso tempo a vossa paz. Por Nosso Senhor Jesus Cristo,
Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
FONTE: dom total


Que banquete!
ResponderExcluirSó vive anêmico espiritualmente quem quer, pois ainda existem pessoas cheias de generosidade que distribui gratuitamente tanto Alimento vivificante, vindo diretamente do Trono de DEUS!....Continue assim maravilhoso casal de ungidos....E O SENHOR há de ser convosco sempre!.....Amo vcs... amo essa Palavra.....e Comunidade!
Abraços....
Obrigada pelas lindas e ungidas palavras querida filha
Excluirda Mamy e do Papy...
Te amamos...
Beijos...
DEUS ABENÇOE VOCÊ E SUA FAMÍLIA SEMPRE.