
Iolanda da Polonia
Bem-aventurada
1235-1299
Bem-aventurada
1235-1299
Iolanda, ou Helena, como foi chamada depois pelos
súditos poloneses, nasceu no ano de 1235, filha de Bela IV, rei da Hungria, que
era terciário franciscano, e irmã da bem-aventurada Cunegundes. Além disso, era
sobrinha de santa Isabel da Hungria, também da Ordem Terceira. Aliás, a
tradição franciscana acompanhou a linhagem desde seus primórdios, pois a
família descendia de santa Edwiges, santo Estêvão e são Ladislau.
Porém é claro que Iolanda não se tornou santa só porque vinha de toda essa
tradição extremamente católica e repleta de santos. Não basta ter o caminho da
fé apontado para entrar-se nele. É preciso que todo o ser o aceite e o corpo se
disponha a caminhar por uma trilha de entrega total e muito árdua, como ela
fez.
Iolanda foi educada desde muito pequena pela irmã, Cunegundes, que se casara,
então, com um dos reis mais virtuosos da Polônia, Boleslau, o Casto. Por
tradição familiar e social da época, Iolanda deveria também se casar com alguém
da terra e, anos depois, escolheu outro Boleslau, o duque de Kalisz, conhecido
como "o Pio". Foi uma época de muita alegria para o povo polonês, que
viu nas duas estrangeiras pessoas profundamente bondosas, cristãs, justas e
caridosas. Pena que tenha sido uma época não muito longa, pois alguns anos
depois o quarteto foi desmanchado pela fatalidade.
Primeiro morreu o rei, ficando Cunegundes viúva. Logo o mesmo aconteceu com
Iolanda. Ela já tinha então três filhas, das quais duas se casaram e uma
terceira retirou-se para o convento das clarissas de Sandeck, onde já se
encontrava Cunegundes. As duas logo seriam seguidas por Iolanda.
Muitos anos se passaram e as três damas cristãs continuavam naquele lugar,
fazendo do silêncio do claustro o terreno para um fecundo período de meditação
e oração. Quando morreu Cunegundes, em 1292, Iolanda deixou aquele mosteiro e
foi mais para o Ocidente, ao convento das clarissas de Gniezno, fundado por seu
marido. Ali terminou seus dias como superiora, no dia 14 de junho de 1298.
Amada pela população, seu culto ganhou força entre os fiéis do Leste europeu e
difundiu-se por todo o mundo católico ao longo dos tempos. Seu túmulo tornou-se
meta de romeiros, pelos milagres e graças atribuídos à sua intercessão. Em 1827,
o papa Urbano VIII autorizou a beatificação e marcou a festa litúrgica para o
dia do seu trânsito.
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