domingo, 20 de abril de 2025

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 19/04/2025

ANO C


Lc 24,1-12

Comentário do Evangelho

Vigília Pascal e Ressurreição


A Vigília Pascal é, sem dúvida, a solenidade mais importante do ano litúrgico. Inicialmente, a celebração se inicia com a bênção do fogo, simbolizando a luz que dissipa as trevas. Logo após, o anúncio da Páscoa é proclamado, e, durante a liturgia, percorremos o plano divino da salvação, conforme revelado nas Escrituras. Antes de tudo, é necessário contemplar o dom da criação, a oferta de Isaac, que prefigura a entrega de Cristo, e a passagem triunfal pelo mar Vermelho, simbolizando a liberdade que Deus concede ao Seu povo.
Além disso, a Vigília Pascal nos lembra os anúncios dos profetas, que previam um novo tempo de salvação, e a pregação de Paulo sobre o mistério pascal de Cristo, que se torna o centro de nossa fé. Essencialmente, todos esses momentos nos preparam para o grande “Aleluia”, um convite para louvar o Senhor e adentrar com alegria na narrativa da Páscoa, celebrando a vitória sobre a morte.
No primeiro dia da semana, o início da nova criação, as mulheres se dirigem ao túmulo. Logo que chegam, elas percebem que a pedra foi removida, e o sepulcro está vazio. Esse simples gesto, que à primeira vista pode parecer corriqueiro, transforma-se em algo surpreendente. Todavia, o medo e a apreensão das mulheres são logo dissipados pela boa nova trazida pelos mensageiros: “O Mestre está vivo!”
O espanto das mulheres se mistura com a alegria da ressurreição, e elas, como primeiras testemunhas, são chamadas a compartilhar essa grande notícia. Enquanto os discípulos, ainda espantados e céticos, não conseguem acreditar, Pedro não hesita e corre até o sepulcro. A dor da negação de Cristo, que parecia tão grande, encontra agora esperança nos lençóis dobrados, uma mensagem clara de renovação e vida nova. Portanto, a admiração inicial é apenas o começo do novo que Cristo preparou para aqueles que creem.
https://catequisar.com.br/liturgia/vigilia-pascal-e-ressurreicao/

Reflexão

O texto relata a presença das mulheres junto ao túmulo onde fora posto o corpo do Mestre. É o primeiro dia da semana, é a nova realidade que nasce com a ressurreição de Jesus, é a nova era que inicia com a presença do Ressuscitado. Grande foi a surpresa quando as mulheres viram o túmulo vazio. Nem elas acreditavam no que estavam vendo. Dois homens esclarecem e anunciam que Jesus ressuscitou, como fora anunciado pela Escritura e como ele mesmo tinha falado. As mulheres são as primeiras mensageiras a levar a Boa Notícia de que Jesus está vivo. Mas os homens não acreditam na palavra das mulheres. Pedro, representante do grupo, vai ao túmulo, constata e fica admirado com o que aconteceu. A grande Boa-nova que as mulheres receberam dos dois homens e anunciaram é esta: Jesus está vivo na vida de Deus e na memória das pessoas; a vida triunfou sobre a morte. Não adianta procurá-lo no túmulo ou entre os mortos, porque ele está vivo.
(Dia a Dia com o Evangelho 2025 - PAULUS)
https://www.paulus.com.br/portal/liturgia-diaria/dia-19-sabado-11/

Reflexão

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P. Jacques PHILIPPE
(Cordes sur Ciel, França)

Hoje, não meditamos nenhum evangelho em particular, dado que é um dia que carece de liturgia. Mas, com Maria, a única que permaneceu firme na fé e na esperança depois da trágica morte de seu Filho, preparamo-nos, no silêncio e na oração, para celebrar a festa da nossa libertação em Cristo, que é o cumprimento do Evangelho.
A coincidência temporal dos acontecimentos entre a morte e a ressurreição do Senhor e a festa judaica anual da Páscoa, memorial da libertação da escravidão no Egito, permite compreender o sentido libertador da cruz de Jesus, novo cordeiro pascal, cujo sangue nos preserva da morte.
Outra coincidência no tempo, menos assinalada porém sem dúvida muito rica em significado, é a que existe com a festa judaica semanal do “Sabbat”. Esta começa na tarde de sexta-feira, quando a mãe de família acende as luzes em cada casa judia, terminando no sábado de tarde. Recordando que depois do trabalho da criação, depois de ter feito o mundo do nada, Deus descansou no sétimo dia. Ele quis que também o homem descanse no sétimo dia, em ação de graças pela beleza da obra do Criador, e como sinal da aliança de amor entre Deus e Israel, sendo Deus invocado na liturgia judaica do Sabbat como o esposo de Israel. O Sabbat é o dia em que se convida cada um a acolher a paz de Deus, o seu “Shalom”.
Deste modo, depois do doloroso trabalho da cruz, «em que o homem é forjado de novo» segundo a expressão de Catarina de Sena, Jesus entra no seu descanso no mesmo momento em que se acendem as primeiras luzes do Sabbat: “Tudo está realizado” (Jo 19,30). Agora completou-se a obra da nova criação: o homem, antigo prisioneiro do nada do pecado, converte-se numa nova criatura em Cristo. Uma nova aliança entre Deus e a humanidade, que nada poderá jamais romper, acaba de ser selada, já que doravante toda a infidelidade pode ser lavada no sangue e na água que brotam da cruz.
Diz a Carta aos Hebreus: «Por isso, resta um repouso sabático para o povo de Deus» (Heb 4,9). A fé em Cristo a ele nos dá acesso. Que o nosso verdadeiro descanso, a nossa paz profunda, não a de um só dia, mas para toda a vida, seja uma esperança total na infinita misericórdia de Deus, de acordo com o convite do Salmo 16: «A minha carne descansará na esperança, pois tu não entregarás a minha alma ao abismo». Que nos preparemos com um coração novo para celebrar na alegria as bodas do Cordeiro e nos deixemos desposar plenamente pelo amor de Deus manifestado em Cristo.

Pensamentos para o Evangelho de hoje

«Que ideia de Deus tivesse podido ante se formar o homem, que não fosse um ídolo fabricado por seu coração? Era incompreensível e inaccessível, invisível e superior a tudo pensamento humano; mas agora tem querido ser compreendido. De qual jeito? Você se pergunta. Pois estando numa manjedoura, predicando na montanha, passando a noite em oração, o bem colgando da cruz... » (São Bernardo)

- «A treva divina desse dia, deste século, que se converte cada vez mais num sábado santo, fala a nossas consciências. Tem em si algo consolador porque a morte de Deus em Jesus Cristo é, ao mesmo tempo, expressão de sua solidariedade radical conosco. O mistério mais obscuro da fé é, simultaneamente, a sinal mais brilhante duma esperança sem fronteiras» (Bento XVI)

- «A morte de Cristo foi uma verdadeira morte, na medida em que pôs fim a sua existência humana terrena. Mas por causa da união que a Pessoa do Filho manteve com o seu corpo, este não se torneou um despojo mortal como os outros, porque “não era possível que Ele ficasse sob o domínio” da morte (Act 2,24) (...). A ressurreição de Jesus “ao terceiro dia” (1 Cor 15, 4) era disso sinal, até porque se julgava que a corrupção começava a manifestar-se a partir do quarto dia» (Catecismo da Igreja Católica, n° 627)
https://evangeli.net/evangelho/feria/2025-04-19

Reflexão

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Pe. Joan BUSQUETS i Masana
(Sabadell, Barcelona, Espanha)

Hoje, propriamente, não há “evangelho” para meditar ou —melhor— deveríamos meditar todo o Evangelho em maiúscula (a Boa Nova), porque todo ele desemboca no que hoje recordamos: a entrega de Jesus à Morte para ressuscitar e dar-nos uma Vida Nova.
Hoje, a Igreja não se separa do sepulcro do Senhor, meditando sua Paixão e sua Morte. Não celebramos a Eucaristia até que haja terminado o dia, até amanhã, que começará com a Solene Vigília da ressurreição. Hoje é dia de silêncio, de dor, de tristeza, de reflexão e de espera. Hoje não encontramos a Reserva Eucarística no sacrário. Há só a lembrança e o símbolo de seu “amor até o extremo”, a Santa Cruz que adoramos devotamente.
Hoje é o dia para acompanhar Maria, a mãe. Devemos acompanhá-la para poder entender um pouco o significado deste sepulcro o qual velamos. Ela, que com ternura e amor guardava em seu coração de mãe os mistérios que não acabava de entender daquele Filho que era o Salvador dos homens, está triste e sofrendo: «Ela veio para a sua casa, mas os seus não a receberam» (Jo 1,11). É também a tristeza da outra mãe, a Santa Igreja, que sofre pela rejeição de tantos homens e mulheres que não acolheram Aquele que para eles era a Luz e a Vida.
Hoje, rezando com estas duas mães, o seguidor de Cristo reflete e vai repetindo a antífona da pregaria das Laudes: «Cristo humilhou-se a si mesmo tornando-se obediente até a morte e morte de cruz! «Por isso o exaltou grandemente e lhe deu o Nome que está acima de qualquer outro nome» (cf. Flp 2,8-9).
Hoje, o fiel cristão escuta a Homilia Antiga sobre o Sábado Santo que a Igreja lê na liturgia do Oficio de Leitura: «Hoje há um grande silêncio na terra. Um grande silêncio e solidão. Um grande silêncio porque o Rei dorme. A terra se estremeceu e se ficou imóvel porque Deus está dormindo em carne e ressuscitou aos que dormiam há séculos. “Deus morreu na carne e despertou os do abismo».
Preparemo-nos com Nossa Senhora da Soledade para viver a explosão da Ressurreição e para celebrar e proclamar —quando se acabe este dia triste— com a outra mãe, a Santa Igreja: Jesus ressuscitou tal como o havia anunciado! (cf. Mt 28,6).
https://evangeli.net/evangelho/feria/2025-04-19

Reflexão

A morte de Cristo

Rev. D. Antoni CAROL i Hostench
(Sant Cugat del Vallès, Barcelona, Espanha)

Hoje reina o silêncio em toda a criação: Jesus jaz morto no túmulo. Não há celebrações nos templos católicos: Deus —o Criador— realmente morreu por suas criaturas. Mistério no mistério!, Diante o qual nos devemos prostrar em atitude de adoração e submissão.
Em Belém, um Deus com e em fraldas, em Getsemani, um Deus estressado, até suar sangue; em Jerusalém, um Deus julgado, escarnecido e coroado de espinhos; na Cruz, um Deus morto. Para amar há que se perder: Deus —na hora extrema, disposta por Ele mesmo— “perdeu” a vida. Nenhuma outra religião, jamais, havia predicado um fato igual. Não há outro “Deus” tão louco de amor como Jesus Cristo.
—Santa Maria, Mãe das Dores: Perdoa-nos. Tu cuidaste Jesus durante mais de trinta anos. Mas, quando cai nas mãos dos homens, apenas viveu umas doze horas... Agora, milagrosamente, o temos —sofrido, morto e ressuscitado— na Eucaristia. Minha vida será cuidar-lhe!
https://evangeli.net/evangelho-master/feria/2025-04-19

Comentário do Evangelho

O Senhor é enterrado no sepulcro


Hoje, o Senhor não está. Ou melhor, está, mas está sob terra, sepultado. O Criador sepultado! Assim? Talvez seja porque para amar é preciso sepultar-se: se queres demasiadamente ser tu, talvez não chegues a identificar-te com o próximo, com os teus irmãos. Jesus-Homem morreu: a sua Alma humana abandonou o seu Corpo. Mas Jesus-Deus é Deus eterno: continua vivo! E o Corpo que tinha assumido vai ressuscitar. Não ressuscitará como Lázaro (que teve de ser “des-atado”). Jesus Cristo ressuscitará pelo seu próprio poder divino.
- Mas repara: venceu a morte submetendo-se à morte. Entendes que para amar é necessário sepultar-se?
https://family.evangeli.net/pt/feria/2025-04-19

Oração
OREMOS: DEUS ETERNO E TODO-PODEROSO, que dispondes de modo admirável todas as vossas obras, dai aos que foram resgatados pelo vosso Filho a graça de compreender que o sacrifício do Cristo, nossa Páscoa, na plenitude dos tempos, ultrapassa em grandeza a criação do mundo, realizada no princípio. Por Cristo, nosso Senhor. Amém.
https://www.a12.com/reze-no-santuario/deus-conosco?data=19%2F04%2F2025&leitura=meditacao

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