HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 15/02/2025
ANO C

Mc 8,1-10
Comentário do Evangelho
A Segunda Multiplicação dos Pães: O Banquete da Eucaristia

Ainda em território pagão, Jesus realiza o segundo milagre de “multiplicação” dos pães. A sequência de ações segue o mesmo modelo da primeira multiplicação: o Mestre sente compaixão, dialoga com seus discípulos, distribui os pães (que representam o alimento universal) e os peixes (símbolos do cristianismo primitivo). Após a distribuição, os pedaços que sobram são recolhidos, e, por fim, destaca-se o grande número de pessoas presentes.Essa narrativa, que parece sugerir um público grego, é marcada pela menção de “alguns de longe” e pela simbologia do número sete, remetendo aos sete diáconos da Igreja helenística mencionados em Atos 6, responsáveis pela distribuição das provisões. Jesus organiza a multidão e segue uma série de ações que apontam diretamente para a Eucaristia: Ele toma os pães, dá graças, os parte e distribui aos discípulos.Mais do que uma simples “multiplicação”, como muitas vezes é referida, essa passagem revela que é na Eucaristia que a comunidade é verdadeiramente saciada. Nela, encontramos abundância, e há lugar para todos. Depois de alimentados, podemos continuar nossa missão. Que, a cada dia, experimentemos a graça e a abundância do banquete do Senhor, que nos dá vida e nos torna um só corpo e um só espírito!https://catequisar.com.br/liturgia/a-segunda-multiplicacao-dos-paes-o-banquete-da-eucaristia/
Reflexão
O relato da multiplicação dos pães é um exemplo simbólico de como Cristo supre todas as nossas necessidades. A vinda de Jesus ao mundo devolve a condição da graça ao ser humano, que é novamente alimentado por Deus, como era no paraíso. Curioso que o Evangelho de Marcos apresenta duas narrações da distribuição dos pães e peixes (Mc 6,35-44 e Mc 8,1-10). Não sabemos exatamente se se trata do mesmo episódio ou se o evento milagroso se repetiu. Provavelmente se repetiu, mais do que duas vezes, visto que Jesus era constantemente seguido pela multidão por uma região deserta, onde é difícil encontrar alimento. Isso sem mencionar que a maioria dos que o seguiam eram pobres. Entre um evento e outro narrado por Marcos, vemos pequenas diferenças, certamente carregadas de simbolismo compreendido pelos leitores da época. Por exemplo, o número de pães varia (cinco na primeira distribuição e sete agora), assim como o número de pessoas (4 ou 5 mil?) e, o mais curioso, a quantidade de cestos de sobra (doze cestos antes, sete cestos agora). Será apenas uma questão de matemática?(Dia a Dia com o Evangelho 2025 - PAULUS)https://www.paulus.com.br/portal/liturgia-diaria/15-sabado-10/
Reflexão
«Não têm o que comer»
Rev. D. Carles ELÍAS i Cao(Barcelona, Espanha)
Hoje, tempo de inclemência e ansiedade, também Jesus nos chama para dizer-nos o que sente «Tenho compaixão dessa multidão, porque já faz três dias que está comigo e não têm nada para comer» (Mc 8,2). Hoje, com a paz em crise, pode abundar o medo, a apatia, o recurso à banalidade e à evasão: «Não têm o que comer».A quem chama o Senhor? Diz o texto: «Naqueles dias, havia de novo uma grande multidão e não tinham o que comer. Jesus chamou os discípulos e disse:» (Mc 8,1), quer dizer, me chama a mim, para não os despedir em jejum, para dar-lhes algo. Jesus se compadeceu —esta vez em terra de pagãos porque também têm fome.Ah!, e nós —refugiados em nosso pequeno mundo— dizemos que nada podemos fazer. «Os discípulos disseram: «Onde alguém poderia saciar essa gente de pão, aqui no deserto?» Como poderá alguém saciar de pão estes aqui no deserto?» (Mc 8,4). De onde tiraremos uma palavra de esperança certa e firme, sabendo que o Senhor estará conosco cada dia até o fim dos tempos? Como dizer aos crentes e aos incrédulos que a violência e a morte não são soluções?Hoje, o Senhor nos pergunta, simplesmente, quantos pães temos. Os que sejam eles necessitam. O texto diz «sete», símbolo para pagãos, como doze era símbolo para o povo judeu. O Senhor quer chegar a todos —por isso a Igreja quer ser reconhecida a si mesma desde sua catolicidade— e pede tua ajuda. Dá tua oração: é um pão! Da tua Eucaristia vivida: é outro pão! Dá tua decisão pela reconciliação com os teus, com os que te ofenderam: é outro pão! Dá tua reconciliação sacramental com a Igreja: é outro pão! Dá teu pequeno sacrifício, teu jejum, tua solidariedade: é outro pão! Dá teu amor a sua Palavra, que te dá consolo e forças: é outro pão! Dá, finalmente, o que Ele te peça, mesmo que creias que só é um pouco de pão.Como nos diz são Gregório de Nisa, «aquele que compartilha seu pão com os pobres se constitui em parte daquele que, por nós, quis ser pobre. “Pobre foi o Senhor, não temas a pobreza».
Pensamentos para o Evangelho de hoje
- «"Partir o pão" para o Senhor significa a manifestação do mistério da Eucaristia. A sua ação de graças significa a alegria que a salvação do género humano lhe dá. A entrega do pão aos seus discípulos para que o repartam significa que transmitiu aos Apóstolos a tarefa de distribuírem o sustento da vida, á Sua Igreja» (São Beda, o Venerável)
- «Este milagre não pretende satisfazer a fome apenas de um dia, mas é um sinal do que Cristo está disposto a fazer para a salvação de toda a humanidade, oferecendo a Sua carne e Seu sangue» (Francisco)
- «Fração do Pão, porque este rito, próprio da refeição dos judeus, foi utilizado por Jesus quando abençoava e distribuía o pão como chefe de família (...). É por este gesto que os discípulos O reconhecerão depois da sua ressurreição e é com esta expressão que os primeiros cristãos designarão as suas assembleias eucarísticas (...)» (Catecismo da Igreja Católica nº 1.329)https://evangeli.net/evangelho/feria/2025-02-15
Reflexão
Multiplicação dos pães. Prioridade do espiritual
REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)(Città del Vaticano, Vaticano)
Hoje consideramos a primeira multiplicação dos "pães". É um dos grandes relatos relacionados com o "pão" na vida de Jesus. Por que se faz nesse momento o que antes —também no deserto— foi rejeitado como tentação?As pessoas haviam chegado para escutar a Palavra de Deus e haviam deixado tudo de lado. E assim, como pessoas que abriram seu coração a Deus e aos outros em reciprocidade, podem receber o pão de modo adequado. Este milagre dos pães supõe três elementos: 1) A busca de Deus, de sua palavra, com uma reta orientação de toda a vida; 2) O pão se pede a Deus; 3) um elemento fundamental é a mútua disposição a compartilhar (escutar a Deus se converte em viver com Deus, e leva da fé ao amor, ao descobrimento do outro).—Jesus não é indiferente à fome dos homens, às suas necessidades materiais, mas as situa no contexto adequado e lhes concede a devida prioridade.https://evangeli.net/evangelho-master/feria/2025-02-15
Comentário sobre o Evangelho
A multiplicação dos pães e peixes: «Comeram e ficaram saciados»
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Hoje, Jesus abre o seu coração: «Sinto compaixão desta gente, porque já há três dias que estão comigo…». Três dias com o Mestre! Primeiro deu-lhes o “alimento” da alma: ensinamentos religiosos. Depois, Jesus, correspondendo à fidelidade dos seus seguidores, não permite que se vão embora com fome: houve alimento para todos (mais de 20.000 pessoas).- Alguns, talvez já se tivessem ido embora. Há sempre almas com pressa! Imaginas o que perderam?https://family.evangeli.net/pt/feria/2025-02-15
Meditação
A Palavra: dos ouvidos ao coração!
Pelo pecado, caímos no engano de romper com Deus, fabricamos nosso próprio caminho de infidelidade-infelicidade. Porém, a única maldição de Deus foi para a “serpente”! Mesmo desprezado por nós, não nos abandona; no entanto, imprime inimizade entre o pecado e nós: só Ele, jamais o pecado, nos fará felizes. Jesus viveu inteiramente essa inimizade com o pecado. Os discípulos não encontram alguém que, no deserto, pudesse saciar a multidão faminta, embora tivessem “sete” pães, símbolo de totalidade. Com os “sete” que, mais que deles, eram de Deus, Jesus saciou a multidão e ainda sobrou tudo, “sete cestos”. Os pães eram de Deus porque Jesus os pegou e a Deus deu graças! Na compaixão, o coração de Jesus, e o nosso, jamais se fecham aos irmãos.OraçãoVELAI, SENHOR, nós vos pedimos, com incansável amor sobre vossa família; e porque só em vós coloca a sua esperança, defendei-a sempre com vossa proteção. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.https://www.a12.com/reze-no-santuario/deus-conosco?data=15%2F02%2F2025&leitura=meditacao
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