sexta-feira, 8 de novembro de 2024

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 08/11/2024

ANO B


Lc 16,1-8

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

O administrador desonesto


Estamos nos aproximando sempre mais do fim do ano civil e do fim do ano litúrgico. É tempo de prestação de contas. O que fizemos durante o ano, o que fizemos ao longo da vida? O administrador infiel da história contada por Jesus é exemplo de esperteza. Ele é esperto nas coisas do mundo. Soube fazer amigos, também eles pouco honestos, para ter quem o acolhesse na hora do abandono. E aqueles que estão no mundo e sabem que não são do mundo, como é que se comportam nas coisas de Deus? Chegará o momento em que precisaremos ser acolhidos, quando perdermos a administração dos bens temporais desta vida. Quem vai nos acolher? Aqueles que socorremos e ajudamos neste mundo.
Cônego Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2024’, Paulinas.
Fontes: https://catequisar.com.br/liturgia/o-administrador-desonesto/ e https://www.comeceodiafeliz.com.br/evangelho/-usar-da-riqueza-para-fazer-amigos-08112024

Reflexão

Exclusiva de Lucas, a parábola do gerente desonesto quer alertar-nos para o modo como estamos “administrando” as coisas do Reino de Deus. Antes de tudo, Jesus nos ensina a fazer bom uso do dinheiro. Não se deve idolatrar o “deus dinheiro” (v. 13), nem se tornar seu escravo. Ele não foi feito para ser acumulado de modo egoísta, nem para transformar-se em armazéns lotados de mercadoria (cf. Lc 12,18). O dinheiro existe para circular e beneficiar a comunidade. O que o senhor elogia nesse gerente sem escrúpulo é a esperteza para solucionar, em curto prazo, sua complicada situação. O dono admira sua capacidade de pronta decisão. Esse é o comportamento que Jesus quer encontrar em seus discípulos, isto é, firme empenho na prática da justiça e da misericórdia.
(Dia a dia com o Evangelho 2024)
https://www.paulus.com.br/portal/liturgia-diaria/8-sexta-feira-9/

Reflexão

«Os filhos deste mundo são mais espertos (...) em seus negócios do que os filhos da luz.»

Mons. Salvador CRISTAU i Coll Obispo de Terrassa
(Barcelona, Espanha)

Hoje, o Evangelho nos apresenta uma questão surpreendente à primeira vista. Com efeito, diz o texto de São Lucas: «E o proprietário admirou a astúcia do administrador, porque os filhos deste mundo são mais prudentes do que os filhos da luz no trato com seus semelhantes» (Lc 16,8).
Evidentemente, não se nos propõe aqui que sejamos injustos em nossas relações, e menos ainda com o Senhor. Não se trata, não obstante, de um louvor à estafa que comete o administrador. O que Jesus manifesta com seu exemplo é uma queixa pela habilidade em solucionar os assuntos deste mundo e a falta de verdadeiro engenho dos filhos da luz na construção do Reino de Deus: «E o proprietário admirou a astúcia do administrador, porque os filhos deste mundo são mais prudentes do que os filhos da luz no trato com seus semelhantes» (Lc 16,8).
Tudo isso nos mostra - mais uma vez!- que o coração do homem continua tendo os mesmos limites e pobrezas de sempre. Na atualidade falamos de tráfico de influências, de corrupção, de enriquecimentos indevidos, de falsificação de documentos... Mais ou menos como na época de Jesus.
Mas a questão que tudo isto nos propõe é dupla: Por acaso pensamos que podemos enganar a Deus com nossas aparências, com nossa mediocridade como cristãos? E, ao falar de astúcia, teríamos também que falar de interesses. Estamos interessados realmente no Reino de Deus e sua justiça? É frequente a mediocridade em nossa resposta como filhos da luz? Jesus disse também que ali onde esteja nosso tesouro estará nosso coração (cf. Mt 6,21). Qual é nosso tesouro na vida? Devemos examinar nossos anelos para conhecer onde está nosso tesouro... Diz-nos Santo Agostinho: «Teu anelo contínuo é tua voz contínua. Se deixas de amar calará tua voz, calará teu desejo».
Talvez hoje, ante o Senhor, teremos que questionar qual deve ser nossa astúcia como filhos da luz, isto é, dizer nossa sinceridade nas relações com Deus e com nossos irmãos. «Na realidade, a vida é sempre uma opção: entre honestidade e desonestidade, entre fidelidade e infidelidade, entre bem e mal (...). Com efeito, diz Jesus: É preciso decidir-se» (Bento XVI).

Pensamentos para o Evangelho de hoje

- «O senhor elogiou o mordomo que ele demitiu de sua administração por ter olhado para o futuro» (Santo Agostinho)

- «O costume do suborno é um costume mundano e fortemente pecaminoso. É um costume que não vem de Deus: Deus nos pediu para trazer o pão para casa com nosso trabalho honesto!» (Francisco)

- «Segundo o desígnio de Deus, o homem e a mulher são vocacionados para ‘dominarem a terra’ (245) como 'administradores' de Deus. Esta soberania não deve ser uma dominação arbitrária e destruidora. A imagem do Criador, ‘que ama tudo o que existe’ (Sb 11, 24), o homem e a mulher são chamados a participar na Providência Divina em relação às outras criaturas. Daí a sua responsabilidade para com o mundo que Deus lhes confiou» (Catecismo da Igreja Católica, nº 373)
https://evangeli.net/evangelho/feria/2024-11-08

Reflexão

O "purgatório”

REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)
(Città del Vaticano, Vaticano)

Hoje, inclusive para este “administrador infiel”, do coração de Jesus sai um louvor (pela sua astúcia). Admiramos a tenacidade divina para salvar nossas vidas, nem que sejam aproveitando alguns poucos “fragmentos” do bem que Ele ache na nossa existência terrena. Nesta linha discorre o ensino católico sobre o "purgatório".
Em grande parte dos homens —isto podemos supor— fica no mais profundo do seu ser uma última abertura interior à verdade, ao amor, a Deus, porém nas opções reais da vida, dita abertura tenha-se embaçado com compromissos com o mal. Deus pode recolher os “fragmentos” e fazer “algo” com eles (purificá-los e uni-los). Necessitamos de certa limpeza final (um purgatório!), onde o olhar de Cristo nos limpe de verdade, fazendo-nos aptos para Deus e capazes de estar na sua moradia. É uma necessidade tão humana que, se não existisse o purgatório, teríamos de inventá-lo!
—Senhor, antes que uma “peça malograda de um oleiro”, desejo ser salvo para culminar contigo minha existência.
https://evangeli.net/evangelho-master/feria/2024-11-08

Comentário sobre o Evangelho

Parábola do Administrador Infiel: o cristão deve ser ousado


Hoje o Mestre nos deixa desconcertados... Parece que aprova a “cultura do bolaço”: favores e mais favores entre mafiosos com falta de solidariedade que só pensam em um benefício próprio, sem importar-lhes a carestia dos muitos que sofrem. Não é isso! Não se trata de nos fazer “amigos do dinheiro”, senão de pôr o prestigio profissional ao serviço dos outros. O cristão não tem vocação de “burro decaído”. No trabalho, no social, no esporte… Deus nos exige aspirar à excelência. Se não, como removeríamos os corações?
—São Paulo fez valer o prestigio e os direitos de sua “cidadania romana”. Então, vou de “paletó” pela vida? Atenção, que no céu não há lugar para “bonzinhos burros”!
https://family.evangeli.net/pt/feria/2024-11-08

Meditação

O homem da historieta de Jesus deve ter levado grande susto ao ser chamado às contas. Jesus não elogia sua desonestidade, mas a prontidão com que reage. A mesma prontidão devemos ter ao tratar de nossa salvação. Prestar atenção às ofertas do Senhor, saber interpretar o que acontece ao nosso redor, não perder a hora oportuna: aí está nossa esperteza, nossa verdadeira sabedoria.
Oração
Ó DEUS DE PODER E MISERICÓRDIA, que concedeis a vossos filhos e filhas o dom de vos servir como devem, fazei que corramos livremente ao encontro das vossas promessas. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.
https://www.a12.com/reze-no-santuario/deus-conosco?data=08%2F11%2F2024&leitura=meditacao

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