HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 29/11/2024
ANO B

Lc 21,29-33
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
Minhas palavras não passarão

Quando as catástrofes descritas no capítulo 21 de Lucas começarem a acontecer, serão sinal de que o Reino de Deus está perto, de que o fim do mundo chegou, de que a primeira aliança desabrocha na aliança definitiva. A grande catástrofe em termos humanos foi a morte de Jesus na cruz. Em termos humanos porque, no projeto divino, foi a salvação da humanidade. Naquele momento, teve início a nova e eterna aliança já prevista por Jeremias: “Dias virão em que eu selarei com a casa de Israel e com a casa de Judá uma aliança nova […]. Porei a minha lei em seu seio e a escreverei em seu coração”. O profeta diz que a nova aliança não será como a da saída do Egito e do monte Sinai. Não será escrita em pedra nem guardada no exterior. Será escrita no interior do coração humano. Todos conhecerão espontaneamente o Senhor, e os pecados serão perdoados. As catástrofes poderão ser sinal de que o fim do mundo chegou. O próprio Jesus nos adverte a não acreditar rapidamente em qualquer um que diga que o Senhor está aqui ou está lá, que o fim está chegando. Ninguém sabe o dia nem a hora. Quando o Evangelho diz que “esta geração não passará antes que tudo aconteça”, provavelmente está falando da morte de Cristo na cruz. Na realidade, o tempo termina com a Encarnação, Paixão e Morte de Jesus, quando tem início a eternidade. Em certo sentido, já estamos vivendo na eternidade.Cônego Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2024’, Paulinas.Fontes: https://catequisar.com.br/liturgia/minhas-palavras-nao-passarao-2/ e https://www.comeceodiafeliz.com.br/evangelho/exemplo-das-arvores-29112024
Reflexão
A parábola da figueira se refere à proximidade do Reino de Deus. É possível aplicá-la à queda de Jerusalém e ao Julgamento Final (parusia). É mensagem de esperança e libertação. A destruição de Jerusalém forçou a Igreja a desprender-se do judaísmo e abrir-se decididamente aos povos do mundo inteiro: “Serão minhas testemunhas […] até os extremos da terra” (At 1,8). Toda evangelização é uma forma de manter esse Reino sempre presente e eficaz. Portanto, a presença efetiva do Reino de Deus e a chegada do Dia do Senhor, a certeza das palavras que não passam, tudo isso exige de nós prontidão, vigilância e oração. As palavras de Jesus continuam vivas e atuais, tão poderosas e persuasivas que muitas pessoas, por sua influência, entregam a vida pelo anúncio do Evangelho.(Dia a dia com o Evangelho 2024)https://www.paulus.com.br/portal/liturgia-diaria/29-sexta-feira-9/
Reflexão
«Quando virdes acontecer essas coisas, ficai sabendo que o Reino de Deus está perto»
Diácono D. Evaldo PINA FILHO(Brasilia, Brasil)
Hoje nós somos convidados por Jesus a ver os sinais que se descortinam no nosso tempo e época e a reconhecer nestes sinais a aproximação do Reino de Deus. O convite é para que repousemos o nosso olhar na figueira e nas outras árvores— «Olhai a figueira e todas as árvores» (Lc 21,29)— e para que fixemos nossa atenção naquilo que percebemos estar acontecendo nelas: «basta olhá-las para saber que o verão está perto» (Lc 21,30). As figueiras começavam a brotar. Os botões começavam a surgir. Não era apenas a expectativa das flores ou dos frutos viriam a surgir, mas sobretudo o prenúncio do verão, em que todas as árvores “começam a brotar”.Segundo o Papa Bento XVI, «a Palavra de Deus impele-nos a mudar o nosso conceito de realismo». Efetivamente, «realista é quem conhece o fundamento de tudo no Verbo de Deus». Essa Palavra viva que nos indica o verão como sinal de proximidade e de exuberância da luminosidade é a própria Luz: «quando virdes acontecer essas coisas, ficai sabendo que o Reino de Deus está perto» (Lc 21,31). Neste sentido, «a Palavra já não é apenas audível, não possui apenas uma voz, agora a Palavra tem um rosto (...) que podemos ver: Jesus de Nazaré” (Bento XVI).A comunicação de Jesus com o Pai foi perfeita; e tudo o que Ele recebeu do Pai, Ele deu-nos a nós, comunicando-se da mesma forma perfeita conosco. Assim, a proximidade do Reino de Deus, que expressa a livre iniciativa de Deus que vem ao nosso encontro, deve mover-nos a reconhecer a proximidade do Reino, para que também nós nos comuniquemos de forma perfeita com o Pai por meio da Palavra do Senhor – Verbum Domini -, reconhecendo os sinais do Reino de Deus que está perto como realização das promessas do Pai em Cristo Jesus.
Pensamentos para o Evangelho de hoje
- «A verdade sofre, mas não perece» (Santa Teresa de Jesus)
- «O tempo não é uma realidade alheia a Deus. O tempo foi "tocado" por Cristo, Filho de Deus e de Maria, e dele recebeu novos e surpreendentes significados: tornou-se "tempo salvífico", isto é, tempo definitivo de salvação e graça» (Francisco)
- «(…) O Reino de Deus está diante de nós. Aproximou-se no Verbo encarnado, foi anunciado através de todo o Evangelho, veio na morte e ressurreição de Cristo (…)» (Catecismo da Igreja Católica, nº 2.816)https://evangeli.net/evangelho/feria/2024-11-29
Reflexão
«O Reino de Deus está perto»
Rev. D. Albert TAULÉ i Viñas(Barcelona, Espanha)
Hoje, Jesus convida-nos a ver como brota a figueira, símbolo da Igreja que se renova periodicamente graças àquela força interior que Deus lhe comunica (recordemos a alegoria da videira e dos ramos, cf. Jo 15): «Olhai a figueira e todas as árvores. Quando começam a brotar, basta olhá-las para saber que o verão está perto» (Lc 21, 29-30).O discurso escatológico que lemos nestes dias, segue um estilo profético que distorce deliberadamente a cronologia, de maneira que põe no mesmo plano acontecimentos que hão de acontecer em momentos diversos. O fato de que no fragmento escolhido para a leitura de hoje tenhamos um âmbito muito reduzido, dá-nos pé para pensar que teríamos que entender o que se nos diz como algo dirigido a nós, aqui e agora: «esta geração não passará antes que tudo aconteça» (Lc 21,32). De fato, Origenes comenta: «Tudo isto pode suceder em cada um de nós; em nós pode ficar destruída a morte, definitiva inimiga nossa».Eu queria falar hoje como os profetas: estamos a ponto de contemplar um grande broto na Igreja. Vede os sinais dos tempos (cf Mt 16,3). Rapidamente ocorrerão coisas muito importantes. Não tenhais medo. Permanecei no vosso lugar. Semeai com entusiasmo. Depois podereis recolher formosas colheitas (cf. Sal 126,6). É verdade que o homem inimigo continuará a semear a discórdia. O mal não ficará separado até ao fim dos tempos (cf. Mt 13,30). Mas o Reino de Deus já está aqui entre nós. E abre caminho, ainda que com muito esforço (cf. Mt 11,12).O Papa João Paulo II dizia-nos no início do terceiro milênio: «Duc in altum» (cf. Lc 5,4). Às vezes temos a sensação de não fazer nada proveitoso, ou inclusive de retroceder. Mas estas impressões pessimistas procedem de cálculos excessivamente humanos, ou da má imagem que malevolamente difundem de nós alguns meios de comunicação. A realidade escondida, que não faz ruído, é o trabalho constante realizado por todos com a força que nos dá o Espírito Santo.https://evangeli.net/evangelho/feria/2024-11-29
Reflexão
A Igreja nascente desmarcou-se do Templo e seus sacrifícios
REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)(Città del Vaticano, Vaticano)
Hoje admiramos aos primeiros cristãos discernindo os sinais do seu tempo: deviam-se reunir e ler juntos os fragmentos —misteriosos— da palavra de Jesus Cristo. Tarefa nada fácil, que enfrentaram a partir de Pentecostes e, antes do fim material do Templo, todos os elementos essenciais desta nova síntese encontravam-se já na teologia paulina.Para predicar e orar, a Igreja nascente reunia-se em o Templo, mas o “partir o pão” (o novo centro “cultual”, relacionado com a “Ultima Ceia”, morte e ressurreição do Senhor) acontecia em casa. Nesse momento já se perfilava, pois, uma distinção essencial: os sacrifícios substituíram-se por o “partir o pão”.—Na nova síntese teológica destacam-se dois nomes. Para Estevão começou um tempo novo que o leva a cumprir aquilo realmente originário: com Jesus passou o período do sacrifício no Templo. Mas a vida e a mensagem deste “Protomártir” —declarando ante o Senedrim— ficaram interrompidos com a sua lapidação. Correspondeu a outro, Saulo —depois São Paulo!— completar esta visão teológica.https://evangeli.net/evangelho-master/feria/2024-11-29
Comentário sobre o Evangelho
O Reino de Deus está próximo: a Igreja de Jesus se espalha pelo mundo
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Hoje, perguntamos a Jesus: quais são os “rebentos” que nos permitem entrever o Reino de Deus? Certo é que o Filho de Deus encarnou há mais de 2.000 anos e fundou a Igreja que agora vemos muito viva e estendida pelos cinco Continentes. Isto é assim!- Brevemente começaremos o tempo do Advento, caminho para o Natal. Voltaremos a celebrar que Jesus nasceu e… como se nota o seu amor! Este é o seu Reino!https://family.evangeli.net/pt/feria/2024-11-29
Meditação
Bem sabemos que a natureza é cheia de sinais. Também os acontecimentos, para os atentos que têm a sabedoria do Evangelho, trazem sinais indicadores dos caminhos de Deus. Essa é a sabedoria que Jesus nos recomenda para que possamos interpretar bem o que acontece em nós e ao nosso redor. Viveremos mais tranquilos sabendo que Deus, apesar de tudo, continua no comando, sempre. Ele é o Deus sempre presente com seu amor.OraçãoLEVANTAI, SENHOR, nós vos pedimos, o ânimo dos vossos fiéis, para que, fazendo frutificar com solicitude a obra da salvação, recebam maiores auxílios de vossa paternal bondade. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.https://www.a12.com/reze-no-santuario/deus-conosco?data=29%2F11%2F2024&leitura=meditacao
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