domingo, 6 de agosto de 2017

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 06/08/2017

ANO A


Mt 17,1-9

Ambientação

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: Celebramos hoje, a solenidade da Transfiguração do Senhor. A transfiguração é uma meta para aquele que escuta Jesus. Transfiguração quer dizer, em primeiro lugar, transformação pessoal por meio da conversão, para num segundo momento, caminhar com Cristo até a fascinante aventura da entrega total aos irmãos, especialmente aos mais necessitados, sendo solidários nas alegrias e esperanças, tristezas e angústias de nossos semelhantes. Que eles nos vejam com o bom odor de Cristo, isto é, como homens e mulheres de bem, cheios de bondade, compreensão, justiça, reconciliação, paz, perdão e fraternidade. Neste Domingo em que se inicia o mês vocacional, intercedamos ao Pai que desperte vocações sacerdotais para testemunhar a luz da glória divina nesse mundo marcado por tantas trevas.
http://diocesedeapucarana.com.br/portal/userfiles/pulsandinho/06-de-agosto-de-2017---18-tempo-comum.pdf

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: Irmãos e irmãs, bem-vindos a esta celebração. Neste domingo, a Igreja celebra a festa da Transfiguração do Senhor. Assim como Moisés subiu ao monte para estar na presença de Deus, é Jesus que agora, diante dos discípulos, é transfigurado pelo Pai, sendo envolvido por uma nuvem, sinal da glória da presença de Deus. Olhando para Jesus transfigurado no monte Tabor, ladeado de Moisés e Elias, contemplemos a glória do Pai que se manifesta no seu Filho bem amado e agradeçamos ao Senhor que nos deu a graça de sermos seus filhos adotivos e de experimentarmos da sua glória pelo Santo Batismo. Neste domingo em que também recordamos o ministério sacerdotal, rezemos pelos nossos presbíteros.
http://diocesedeapucarana.com.br/portal/userfiles/pulsandinho/06-de-agosto-de-2017---18-tempo-comum.pdf

INTRODUÇÃO DO WEBMASTER: Revelar-nos ao outro é um ato de confiança, porque lhe dá poder para intervir sobre nós, e partilhar a mesma vida como acontece na amizade e no matrimonio é deixar que seja envolvida toda nossa existência.
http://www.npdbrasil.com.br/religiao/evangelho_do_dia_semana.htm#d1

Comentário do Evangelho

Transfiguração de Jesus.

O relato da transfiguração de Jesus é uma prolepse da sua glorificação escatológica. A montanha é o lugar do encontro com Deus, lugar da revelação de Deus (cf. Ex 3,1ss). É na comunhão com Deus que o rosto de Jesus é transfigurado e que o Pai revela o Filho. A nuvem é símbolo da presença de Deus (Ex 16,10; 19,9; 24,15-16; 33,9). Dela sai a voz que interpreta a visão. A voz da transfiguração é idêntica à do Batismo (Mt 3,17); ela evoca tanto o Messias (Sl 2,7) como o servo de Deus (Is 42,1; 44,2). A intervenção de Pedro cai no vazio, pois precipitada. A nuvem luminosa que os envolve é o que os faz entrar na intimidade divina para conhecer o mistério de Jesus a quem eles seguem. Esconderam o rosto e foram tomados de “medo”, pois eles sabiam estar na presença de Deus; sabiam que ver Deus é morrer (Jz 6,23; 13,22; Ex 33,20). Agora, Pedro e os outros dois podem compreender que a verdadeira tenda, isto é, o lugar da habitação de Deus, é Jesus, a quem eles são convidados a escutar, isto é, a aderir incondicionalmente.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, que eu seja capaz de contemplar a cena patética de Jesus pendente da cruz, sem me deixar abater pela estupefação, para poder contemplá-lo glorioso na ressurreição.
Fonte: Paulinas em 06/08/2014

Vivendo a Palavra

Pedro rompe o silêncio imposto por Jesus e, cumprida a exigência da ressurreição, lembra em sua carta a voz que ouviu: «Este é o meu Filho amado, que muito me agrada. Escutem o que ele diz.» Que importância nós temos dado em nossa vida à voz do Pai que nos pede para escutar o Filho Amado?
Fonte: Arquidiocese BH em 06/08/2014

VIVENDO A PALAVRA

Cumprida a exigência da ressurreição, Pedro rompe o silêncio imposto por Jesus e lembra em sua carta a voz que ouviu dentro da nuvem: «Este é o meu Filho amado, que muito me agrada. Escutem o que ele diz.» Pedro deu sua vida pelo Mestre. Que importância nós temos dado em nossa vida à voz do Pai que nos pede para escutar o Filho Amado?
http://arquidiocesebh.org.br/para-sua-fe/espiritualidade/meu-dia-em-oracao/transfiguracao-do-senhor-e-bom-estarmos-aqui/

Recadinho

Você se apresenta diante dos irmãos como um transfigurado pela graça de Deus? - Sua presença é alegria? - Seus olhos espelham o brilho de Deus que habita em seu coração? - Cite uma tarefa que sua comunidade faz para ajudar a transfigurar o mundo. - Em seus sofrimentos e lutas do dia a dia Deus está sempre presente?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 06/08/2014

Meditando o evangelho

O DESTINO DO MESSIAS

Pedro, Tiago e João, os mais destacados do grupo dos discípulos, tiveram o privilégio de “ver” a glória do Messias, antecipada na cena da transfiguração. Este estava destinado a ser glorificado por Deus, e revestido de imortalidade divina.
O episódio evangélico está todo envolvido pela presença divina. O monte, para o qual Jesus e seus discípulos se dirigiram, simboliza o lugar da presença e da comunicação divinas. Dirigiram-se para o alto monte, porque o ser humano deve elevar-se para poder contemplar a manifestação da glória divina.
O rosto de Jesus, “brilhante como o sol”, apontava para a glória dos justos no reino do Pai. Igualmente, o esplendor luminoso de suas vestes.
A presença de Moisés e Elias indicava que as Escrituras – Palavra de Deus – estão todas centradas na pessoa de Jesus. Tudo quanto Deus havia falado a seu povo eleito tinha sido em função do seu Filho amado. Moisés e Elias evocavam o monte Sinai, lugar da manifestação de Deus, onde ambos estiveram.
O auge da presença divina revela-se quando uma nuvem luminosa envolveu Jesus, e a voz celeste se fez ouvir: “Este é o meu filho amado, que muito me agrada. Escutem o que ele diz!”.
Assim, os discípulos estavam em condições de compreender a verdadeira identidade de Jesus, na sua condição humana e divina. Este seria um dado importante para quem haveria de ver o Mestre tornar-se vítima da incompreensão das lideranças religiosas do povo.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Pai, que a transfiguração leve-me a confessar Jesus como teu Filho amado, e a reconhecer que sou chamado a expressar o esplendor divino que trago dentro de mim.

REFLEXÕES DE HOJE


06 de AGOSTO-DOMINGO

VEJA AQUI MAIS HOMILIAS DESTE DOMINGO

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO


1. TRANSFIGURAÇÃO DO SENHOR - A CERTEZA DA VITÓRIA
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Nem tudo o que reluz é ouro – Lembro-me bem deste provérbio que finalizava uma história no meu livro do antigo primário, ensinando-nos que nesta vida confundimos muita coisa com ouro valioso, mas que no fundo não passam de simples bijuteria.
Há pessoas que passam esta vida correndo atrás de quinquilharias, sem nunca descobrir o tesouro que Deus quer nos dar.
Os apóstolos pensavam que o Reino que Jesus havia implantado, era igual aos reinos deste mundo, e que ele seria um Rei muito rico e poderoso que iria dominar a todas as nações fazendo de Israel a mais importante de todas as nações da terra. Eles tinham muitos planos em seus corações e mentes, por causa de serem seguidores de Jesus, que naquele momento estava desacreditado, mas que em um futuro bem perto iria manifestar toda a sua força e poder. Muitas vezes como os apóstolos, buscamos um Jesus que atenda as nossas necessidades e realize os nossos sonhos neste mundo, essa fé tão distorcida nos impede de conhecer realmente quem é Jesus e para onde a sua graça nos leva.
Podemos afirmar que esta narrativa da transfiguração do Senhor está no coração do evangelho de Marcos porque se trata de um momento de profunda comunhão dos discípulos com Jesus, que ao transfigurar-se diante deles os introduz no mistério de Deus, que por sua vez revela quem é Jesus: O filho amado do Pai!
Ele não é simplesmente um profeta poderoso na linha de Elias, que foi arrebatado ao céu, nem um Líder como Moisés, principal protagonista da libertação do Povo da escravidão do Egito, esses dois personagens que aparecem ao lado de Jesus naquele momento representam todo o antigo testamento que preparou o coração dos homens para o tempo da plenitude inaugurado por Jesus.
Quando a voz se fez ouvir do meio da nuvem que os envolveu, os discípulos olharam e só viram a Jesus, que estava sozinho. As escrituras antigas apontam para Jesus, pois nele Deus irá falar diretamente aos homens, sem intermediários.
Pedro queria construir três tendas, uma para Jesus, outra para Moisés e outra para Elias, que estavam ali no monte Tabor onde poderia ser instalado o QG do grupo, de onde partiriam as ordens dadas por eles. Fazer tendas significa acomodar-se e interromper a caminhada porque já se alcançou o objetivo. Na verdade o apóstolo não sabia bem o que estava falando pois o Reino de Deus, requer planejamento e não se pode queimar etapas. Jesus transfigurado, tendo Moisés e Elias ao seu lado, era tudo o que Pedro queria, não precisaria enfrentar as cruzes do caminho, nem tribulações ou desencantos, sofrimentos e tribulações, o Reino já chegara e era uma realidade bem ali diante dele.
A humanidade toda iria se render à força do Reino de Cristo! Mas o brilho que seus olhos iriam contemplar no alto do monte, não seria do ouro e nem da prata com que talvez sonhasse mas à luz de Deus presente em Jesus, algo nunca visto, suas vestes ficaram brancas , de uma brancura jamais vista.
No Cristo transfigurado e proclamado solenemente Filho amado do Pai, descobrimos o nosso destino, Deus nos quer transfigurados, com vestes brancas resplandecentes, envolvidos pela sua Santidade que em Jesus eles nos dá.
Somos uma multidão de filhas e filhos amados do Pai que já participamos da vida de Deus ainda neste mundo, que um dia chegará para nós em plenitude. Jesus antecipou a glória que o envolveria na ressurreição, porém, nunca escondeu o que viria antes: a cruz da rejeição, o sofrimento e a paixão no calvário, e a morte na cruz. É disso que Pedro quer fugir ao construir as três tendas, é isso que às vezes nos causa angústia e medo.
Compreender a cruz e aceitar o calvário de cada dia, percorrer os caminhos desta vida que parecem tortuosos, mas sem tirar o olhar da glória Futura, como o profeta Daniel na primeira leitura dessa liturgia, pois na perspectiva da ressurreição vivemos esta vida em uma Igreja que não se fundamenta em fábulas ou lendas, mas sim no relato do apóstolo Pedro, segunda leitura desse domingo, que foi testemunha ocular do Cristo Transfigurado, que segundo ele, fez clarear o dia e nascer a estrela da manhã em nossos corações antes envolvido pelas trevas do pecado.
José da Cruz é Diácono da
Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP
E-mail jotacruz3051@gmail.com

2. Transfiguração do Senhor
(O comentário do Evangelho aEste é o meu filho amado, escutai-o!baixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Os evangelistas contam que Jesus se transfigurou no alto de um monte diante de Pedro, Tiago e João. O calendário litúrgico celebra esse acontecimento no dia seis de agosto. Se o dia seis de agosto cair num domingo, os textos da missa não são os do domingo, e sim os da festa da Transfiguração, como neste ano. O Evangelho da Transfiguração é lido também, todos os anos, no segundo domingo da Quaresma. Por que fazemos da Transfiguração uma festa? Porque esse acontecimento da vida de Jesus revela quem ele é, quem somos nós e o que nos espera no dia em que o veremos face a face. Na segunda carta de Pedro temos o relato de uma testemunha ocular que estava no monte e garante não estar transmitindo fábulas. São Paulo, por sua vez, ergue os olhos dos filipenses para o céu, de onde virá o Salvador Jesus Cristo que vai transfigurar o nosso corpo humilhado, conformando-o ao seu corpo glorioso. O mesmo Paulo convida os romanos a oferecerem este corpo que vai ser transfigurado como hóstia viva e agradável a Deus, não assimilando a forma do mundo. A forma que almejamos é a do corpo glorioso do Senhor. Paulo usa a raiz verbal “esquema” para propor a forma ou conformidade com o corpo do Senhor, e não conformidade com o mundo. “Não se deixem esquematizar por este mundo.”
No alto do mundo, enquanto rezava, o aspecto do rosto de Jesus se alterou e suas roupas começaram a brilhar. Quando Moisés falava com Deus, os filhos de Israel viam seu rosto resplandecer. A proximidade da luz ilumina mais intensamente, mas também ofusca a vista. Por enquanto somos chamados a brilhar como astros no meio de uma geração corrompida. Um dia, porém, vamos resplandecer transfigurados na luz de Deus. Tudo acontece no alto de um monte porque, num monte, tanto Moisés quanto Elias experimentaram a presença de Deus. Hoje, o Cristo transfigurado assimila e sintetiza a Lei e os Profetas representados por Moisés e Elias. Tudo o que está escrito nas Escrituras se realiza em Jesus Cristo. Começamos a sentir a transformação do nosso corpo miserável que se conforma ao corpo glorioso do Cristo que vem. O profeta Daniel vê alguém com aparência humana que vem entre as nuvens dos céus. Este alguém é “filho de homem”, o que significa que é um ser humano. Ele se aproxima de um Ancião que está sentado num trono e recebe um poder e um reino eternos. É o Messias que vai até Deus e recebe poder, glória e realeza sobre todos os povos.
A liturgia oriental, que celebra com destaque esta festa, canta no Ofício Divino: “Luz imutável da luz do Pai, o Verbo, na tua brilhante luz; nós hoje vimos no Tabor a luz que é o Pai e a luz que é o Espírito, luz que ilumina toda a criatura”. O ambiente da Transfiguração é todo de luz.

HOMILIA

ESTE É O MEU FILHO AMADO; OUVI-O

Em Mt 17, 1-9, Jesus nos mostra sua Majestade e seus sofrimentos para nos ensinar que não há triunfo se não houver batalha.
Pouco depois de explodir o coração de S. Pedro em cesárea, quando proclamou Jesus Cristo como Filho de Deus, a Transfiguração vem confirmar e vem dar aos três melhores discípulos um antegozo da glória definitiva antes das amarguras passageiras da Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo.
Este Mistério é-nos contado por S. Marcos, S. Mateus e S. Lucas. O Divino Salvador, que recapitulava em Si todas as grandezas do povo eleito, conversa com Moiséis e Elias, os dois arautos que tinham parcialmente preferido a Sua Missão. Tem havido santos que numa hora decisiva da existência, ouviram uma voz divina. Assim Paulo então Saulo, perto de Damasco, ou tiveram aparições do céu.
Na Transfiguração temos isso e mais. A cena gloriosa do Tabor destina-se a colocar na sua verdadeira luz a bem-aventurada Paixão do Calvário. E a nossa vida quotidiana pode ser uma térmica de sofrimentos: oferecido a Deus, torna-se já um vestuário de glória.
Com esta visão sobrenatural Jesus dava uma confirmação à confissão de Pedro: Tu és o Cristo, Filho de Deus Vivo. Aquele instante de glória sobre-humana era o penhor da glória da ressurreição. O Filho do Homem vivia na glória do Seu Pai. O próprio tema do colóquio com Messias.
A Transfiguração que faz parte do mistério da Salvação, é bastante merecedora de uma celebração litúrgica, que a igreja, tanto do Ocidente como do Oriente celebrou de vários modos e em diferentes datas, até o papa Calisto II a estender à igreja universal.
Quando Deus veio à terra, na pessoa de Jesus, adotou uma forma humana. Fisicamente, Jesus se parecia como qualquer outro homem. Ele teve fome, sede, cansaço, etc. Sua divindade foi vista apenas indiretamente, em suas ações e suas palavras. Mas, numa ocasião, a glória divina interior de Jesus resplandeceu e se tornou visível. A história é contada em Mateus 17:1-8:
Seis dias depois, tomou Jesus consigo a Pedro e aos irmãos Tiago e João e os levou, em particular, a um alto monte. E foi transfigurado diante deles; o seu rosto resplandecia como o sol, e as suas vestes tornaram-se brancas como a luz. E eis que lhes apareceram Moisés e Elias, falando com ele. Então disse Pedro a Jesus: Senhor, bom é estarmos aqui; se queres, farei aqui três tendas; uma será tua, outra para Moisés, outra para Elias. Falava ele ainda, quando uma nuvem luminosa os envolveu; e eis, vindo da nuvem, uma voz que dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo; a ele ouvi. Ouvindo-a os discípulos, caíram de bruços, tomados de grande medo. Aproximando-se deles, tocou-lhes Jesus, dizendo: Erguei-vos e não temais! Então, eles, levantando os olhos, a ninguém viram, senão Jesus.
O mandato novo é de obediência ao representante de Deus na terra. Quem me ouve, ouve o Pai. Mais: quem a vós ouve é a mim que ouve(Lc 10, 16). Não somos divinos nem únicos para determinar nossas circunstâncias. Por isso todo aquele que quiser ter uma vida própria e independente não pode ser discípulo de Jesus: a da obediência. A regra da vida plena não é fazer o que convém mas a obediência manifestada nas palavras da nuvem. A vontade divina manifestada na Palavra que desceu do céu, demonstra a vontade divina que é a norma das vidas que dEle depende.
Pai, que a transfiguração me leve a confessar Jesus como teu Filho amado, e a reconhecer que sou chamado a expressar o esplendor divino que trago dentro de mim.
Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
Fonte: Liturgia da Palavra em 06/08/2014

HOMILIA DIÁRIA

Jesus nos aponta a luz, a direção e o caminho do céu

A transfiguração de Jesus nos aponta a luz, a direção e o caminho do céu. Permitamos que essa luz do alto resplandeça em nossa vida e nos dê ânimo, fé e coragem!
“E foi transfigurado diante deles; o seu rosto brilhou como o sol e as suas roupas ficaram brancas como a luz” (Mateus 17, 2).
A Igreja nos dá a graça de celebrarmos hoje a Festa da Transfiguração de Jesus, que, de tão importante por ter um sentido tão profundo para a nossa fé, merece uma celebração à parte na liturgia. Mesmo que nós meditemos este mesmo Evangelho em outros domingos, em outro dia, vale a pena meditar e celebrar o dia em que Jesus, bem antes de Sua morte, subiu à montanha sagrada e diante dos apóstolos Pedro, Tiago e João transfigurou-se, isto é, mudou a figura diante de Seus discípulos, o Seu rosto brilhou como o sol e Suas vestes brancas ficaram como uma luz única.
O que tudo isso tem a nos ensinar? Primeiro que Jesus nos dá a garantia e nos mostra aquilo que seremos, aquilo que a vida eterna vai transformar: o corpo do homem e da mulher será novo e ressuscitado em Cristo Jesus. E que receberemos uma nova veste, uma veste branca, única, transfigurada pelo amor divino. A veste do homem novo e da mulher nova não terá mais a mancha do pecado, do mal e nossa vida brilhará como a luz, como o sol. O brilho do Cristo Ressuscitado há de também resplandecer em nós!
Nós hoje celebramos a festa da luz, da luz que vem do céu, da luz que brota do Cristo vivo e ressuscitado, que ilumina a nossa vida. É importante dizer isso, porque, muitas vezes, no fundo da nossa alma, caminhamos na penumbra, na incerteza, no medo e na insegurança por não sabermos o que será da nossa vida depois. O pânico que a morte causa na vida de muitas pessoas! “O que vai ser de mim? Vou morrer um dia!”.
Ah, quando não nos alimentamos da eternidade, quando não recebemos a Eucaristia, que faz transfigurar e transparecer a vida nova do Cristo em nós, a nossa vida fica muito humana e terrena e perdemos a direção do céu. Ao transfigurar-se diante desses apóstolos Jesus lhes antecipa como será a ressurreição futura.
A transfiguração de Jesus, hoje, é para nos apontar a luz, a direção e o caminho do céu, e para que não percamos essa luz chamada Cristo Jesus. Permitamos que a luz, que vem do alto, resplandeça em nossa vida e nos dê ânimo, fé, coragem e a certeza de que, um dia, também estaremos gloriosos com Ele no céu!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 06/08/2014

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, dá-nos um coração sensível, capaz de perceber tua presença na obra da Criação, nos irmãos do caminho e nos sinais dos tempos que vivemos. Faze-nos agradecidos por tanto carinho, especialmente pelo Cristo Jesus, teu Filho que se fez humano, habitou entre nós fazendo o Bem a todos e, ressuscitado, contigo reina na unidade do Espírito Santo. Amém.

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