ANO C

Jo 20,11-18
Comentário do Evangelho
Mulher, por que choras?
Há uma tristeza que imobiliza e impede de dar o
salto da fé. As lágrimas da desolação distorcem o olhar. Por isso, os
mensageiros de Deus dizem a Maria Madalena uma palavra que é extensiva a toda a
Igreja: “Mulher, por que choras?” Ela tinha razão, Jesus não está onde ela
procurava, e alguém o havia levado. A presença do Ressuscitado não é evidente;
é preciso outro olhar e ouvidos bem atentos. A tristeza distorce a realidade,
mesmo a da fé, e confunde a visão. A irrupção do Ressuscitado na vida de Maria
de Magdala, e na nossa vida, nos interpela: “Mulher, por que choras? Quem
procuras?” É o encontro com o Senhor da vida que enxuga nossas lágrimas; ele é
quem nos faz sair da realidade da morte. Por sua presença, que é dom, nosso
olhar e nossos ouvidos são transformados para poder dizer a palavra do
reconhecimento: “Rabûni” (v. 16). Maria compreende agora que o corpo de Jesus
não foi roubado, mas transfigurado. Por isso, ela poderá dizer, por mandato do
Senhor aos demais discípulos: “Eu vi o Senhor” (v. 18).
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, ensina-me a ter um relacionamento conveniente
com o Ressuscitado, reconhecendo que ele quer fazer de mim uma testemunha da
ressurreição.
Fonte: Paulinas em 02/04/2013
Vivendo a Palavra
Como Maria Madalena, também nós temos dificuldade
de reconhecer o Mestre que se coloca em nosso caminho. Ele se mostra nos sinais
dos tempos, nos irmãos que encontramos, nos Sacramentos da Igreja, nas Palavras
Sagradas da Bíblia e no mais profundo do nosso coração.
Fonte: Arquidiocese BH em 02/04/2013
VIVENDO A PALAVRA
Como Maria Madalena, também nós temos dificuldade de
reconhecer o Mestre que se coloca em nosso caminho. Ele se mostra nos sinais
dos tempos, nos irmãos que encontramos, nos Sacramentos da Igreja, nas Palavras
Sagradas da Bíblia e no mais profundo do nosso coração.
Reflexão
Maria Madalena queria somente estar com Jesus,
ainda que ele estivesse morto. Queria estar com ele, mesmo que tivesse que ir
buscá-lo, onde quer que o tivessem colocado. Chorava porque não havia
encontrado Jesus. Estaria disposta a qualquer sacrifício para realizar o seu
intento. Porém, se as pessoas correspondem ao amor de Deus, tanto mais Deus
corresponde ao amor dos homens. Maria Madalena recebeu a grande recompensa pelo
seu amor: fez a grande experiência do encontro pessoal com o ressuscitado, e
anunciou a todos esta experiência.
Fonte: CNBB em 2/04/2013
Reflexão
Maria Madalena ocupa o centro deste episódio. Por
não ver o cadáver de Jesus, ela chora. Um choro sentido e expressivo. Os anjos
lhe perguntam: “Por que chora tanto?”. O próprio Jesus, que ela imaginava ser
um jardineiro, lhe dirige a mesma pergunta: “Por que você chora?”. Quando ela
reconhece a presença do Mestre, cessa o choro e a alegria inunda seu ser. Jesus
controla o ímpeto de Maria que quer segurá-lo, talvez demonstrar-lhe imenso
carinho. Os discípulos, doravante, deverão reconhecer Jesus, não mais pelo
contato físico, mas pelo caminho da fé. Maria então recebe a importante missão
de levar aos outros discípulos, que Jesus aqui chama “meus irmãos”, a Boa
Notícia do Ressuscitado. E se torna testemunha ocular e fidedigna: “Eu vi o
Senhor”.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 – Pe. Luiz Miguel
Duarte, ssp)
Meditando o evangelho
POR QUE CHORAS?
POR QUE CHORAS?
O pranto de Maria Madalena revela que seu relacionamento com Jesus era
pouco consistente. A morte do Mestre significou para ela a perda de uma
pessoa querida. Ele soube valorizá-la, ajudando-a a recompor sua existência
esfacelada por experiências negativas. Isto bastou para ela nutrir por Jesus um
amor cheio de gratidão.
Uma sensação de vazio tomou conta do coração de Maria Madalena, quando
veio a faltar-lhe este apoio humano. Diante do amigo morto, só lhe restava
debulhar-se em lágrimas.
Maria Madalena, contente com o que Jesus representava para ela, só deu
um passo adiante na sua compreensão, quando defrontou-se com o Ressuscitado. A
humanidade do amigo querido era apenas um aspecto de sua verdade. Ele era
também o Filho enviado pelo Pai, cuja missão, na Terra, havia sido
concluída. Agora, estava de volta para junto de quem o enviara. Ele era o
Senhor. Discípulo algum tinha o poder de retê-lo para si, ou de apossar-se
dele. O Mestre estaria junto dos seus discípulos, mas sem a limitação de tempo
e espaço.
Por conseguinte, Maria Madalena não tinha por que chorar. Ela teria para
sempre consigo o Senhor ressuscitado. A ressurreição devolveu-lhe, novamente, a
alegria. O Ressuscitado preencheu o vazio que a morte tinha deixado no coração
dessa mulher. E o sentimento de perda foi superado por uma forma nova de
presença do Mestre, mais interior e consistente.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe.
Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE –
e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Espírito de júbilo, que a alegria proveniente da ressurreição do Cristo
me ajude a superar todo pranto causado pela frustração e pelo vazio da vida.
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. Experimentar o Cristo
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz -
Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
Nesta Terça Feira da Oitava da Páscoa nos encontramos com Maria
Madalena, uma mulher apaixonada por Jesus, uma paixão até hoje incompreendida e
mal falada por alguns "iluminados", que não conseguem vislumbrar algo
além da carne. Jesus é o Grande Amor, não só de Madalena mas de todos os que
Nele crêem, e que só podem experimentá-lo a partir do amor que fascina e deslumbra.
Parece que João, Evangelista, neste evangelho apresenta-nos um resumo da
Vida de Madalena, tendo como enredo a sua experiência com Jesus. Em Jesus
tivera início a Nova Criação, era o primeiro dia da Semana, Madalena VIU a
pedra removida do sepulcro, ainda estava escuro, era o início da sua Vida de
Fé, ainda não consegue experimentar aquilo que transcende e prevalece a Lógica
humana "Tiraram o corpo do meu Senhor", vai dizer aos apóstolos.
Inclinar-se para olhar dentro do sepulcro é atitude de quem está a
procura de algo mais, VE dois anjos, "Levaram o meu Senhor!" com a Fé
um pouco mais amadurecida ela consegue ver além, entretanto ainda pensa dentro
da lógica humana. Depois disso ela se volta e vê Jesus, mas não o reconheceu,
de fato, Jesus se deu a conhecer enquanto Palavra a ponto do próprio João
chamá-lo de Verbo Encarnado, é a Palavra Poderosa de Deus que irá criar o mundo
"FAÇA-SE", quando Jesus a chama pelo nome "Maria", então
ela o reconhece, é precisamente a Palavra que nos comunica o dom da Fé, é a
Palavra que cria e nos recria, nos renova e restaura.
"Mestre" vai exclamar Madalena. Quem o reconheceu quer
experimentá-lo, tocar o outro, achegar-se mais ao outro, abraçar, pegar na mão.
Madalena pensa ser esse o modo de experimentar Jesus em sua vida agora iluminada
pela Fé.
As comunidades Joaninas dos anos 70 – 80 estavam desejosas de saber
melhor quem era Jesus, e desejavam, como Madalena, tocá-lo, vê-lo, enxergá-lo.
Retê-lo como um Bem particular, porém, não é mais esse o modo de se fazer a
experiência de Jesus em nossa vida e em nossas comunidades.
Em seu estado glorioso, há uma presença real do Senhor, porém mística,
que não se alcança com nossos sentidos, como cantamos no "Tão Sublime
Sacramento". Madalena representa toda uma comunidade que por aquele tempo,
quando tudo parecia ainda obscuro, soube vislumbrar essa nova presença de Jesus
junto aos seus. Continuou uma eterna enamorada de Jesus, até o dia em que, na
visão Beatífica, pode contemplá-lo plenificando o amor que alimentou nessa
vida.
Inspirados por Santa Maria Madalena, que possamos também fazer essa bela
experiência, reconhecendo o Senhor a partir da sua Santa Palavra, percebendo-o
na vida dos irmãos e irmãs, que conosco caminham na comunidade.
2. Mulher, quem procuras?
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva,
‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)
Primeira semana da Páscoa. Celebramos oito dias como se fossem um só.
Tempo de vitória e alegria. No entanto, Maria está chorando. Ela chora num dia
de alegria e por isso não vê o Ressuscitado. “Mulher, por que choras? Quem
procuras?” Não estaria ela equivocada em sua procura? Procure o Senhor enquanto
se deixa encontrar, mas procure-o de forma correta. Pare de chorar e contemple
a existência iluminada pela luz da ressurreição. Pare de chorar e ouça quando o
Mestre chama você pelo nome. “Maria” – “Mestre”, e então começa o diálogo de
amor. Não fique parada. Anuncie aos discípulos que Jesus vai subir ao Pai. Ela
foi e nos deixou seu melhor testemunho em poucas palavras, mas fundamentais:
“Eu vi o Senhor!”.
HOMILIA DIÁRIA
Postado por: homilia
abril 2nd, 2013
Maria, em lágrimas, inclina-se e olha para dentro
do túmulo. Ela já tinha, todavia, constatado que o túmulo estava vazio e tinha
anunciado o desaparecimento do Senhor. Por que se inclina, então, ainda? Por
que quer ver de novo? Porque o amor não se contenta com um único olhar. O amor
é uma conquista sempre mais ardente. Ela já O procurou, mas em vão. Obstina-se
e acaba por descobrir.
No Cântico dos Cânticos, a Igreja dizia do mesmo
Esposo: «No meu leito, de
noite, procurei aquele que o meu coração ama. Procurei-o, mas não o encontrei.
Vou levantar-me e percorrer a cidade; pelas ruas e pelas praças, vistes aquele
que o meu coração ama?» (Ct 3, 1-2). Duas vezes ela exprime a
sua decepção: «Procurei-o, mas não o encontrei!» Mas o sucesso vem, por fim,
coroar o esforço: «Os
guardas encontraram-me, aqueles que fazem ronda pela cidade. Vistes aquele que
o meu coração ama? Mal os ultrapassei, encontrei aquele que o meu coração ama.
» (Ct 3,3-4)
E nós, quando, nos nossos leitos, procuraremos o
Amado? Durante os breves repousos desta vida, quando suspiramos na ausência do
nosso Redentor. Nós O procuramos na noite, pois, apesar do nosso espírito já
estar desperto para Ele, os nossos olhos só veem a Sua sombra. Mas como não
encontramos nela o Amado, levantemo-nos! Percorramos a cidade, ou seja, a
assembleia dos eleitos. Procuremos de todo o coração. Procuremos nas ruas e nas
praças, ou seja, nas passagens escarpadas da vida ou nos caminhos espaçosos.
Abramos os olhos, procuremos aí os passos do nosso Amado.
Esse desejo fez Davi dizer: «A minha alma tem sede do Deus da vida.
Quando irei ver a face de Deus? Sem descanso, procurai a Sua face» (Sl
42,3).
Lembro a você que “ver o Senhor é ver nosso
próprio destino”. Nós fomos criados para a eternidade, na vida em comunhão com
Deus. Chore! Grite! Apresente a Jesus sua tristeza e necessidade. Pois Ele lhe
responderá chamando o seu nome, como chamou a Maria. E dirá: “Por que choras?
Eu estava morto, mas agora vivo para sempre e tenho as chaves de tudo nas mãos.
Posso abrir e fechar. Peça o que quiser e Eu lhe darei o que pedir”.
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova em 02/04/2013
Oração Final
Pai Santo, dá-nos discernimento para perceber e
amar a tua Presença no Universo, obra de tua criação, e nos irmãos que nos
deste como companheiros de jornada nesta terra. E ensina-nos a gratidão,
especialmente pelo Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo
reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 02/04/2013
ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, dá-nos discernimento para perceber e amar a tua
Presença no Universo, obra de tua criação, e nos irmãos que nos deste como
companheiros de jornada nesta terra. E ensina-nos a gratidão, amado Pai,
especialmente pelo dom do Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e
contigo reina na unidade do Espírito Santo.

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