ANO C

Jo 21,1-14
Comentário do Evangelho
É o Senhor!
O capítulo 21 é considerado uma inserção tardia.
Levando-o em consideração, é a quarta aparição do Senhor ressuscitado dos
mortos aos discípulos (Jo 20,11-18.19-25.26-27). Também aqui, é-nos sugerido
que a presença do Ressuscitado é algo diferente de uma presença física, por
isso não é evidente (cf. Vê-lo não é uma questão de enxergar bem, mas de fé. O
homem de fé, o “discípulo que Jesus mais amava”, é quem poderá dizer: “É o
Senhor!”
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, que a presença do Ressuscitado reforce a
comunhão com meus irmãos e minhas irmãs de fé, a fim de podermos atrair para
ele muitas outras pessoas de boa vontade.
Fonte: Paulinas em 05/04/2013
Vivendo a Palavra
Se o desânimo toma conta de nós, não desistamos.
Lancemos mais uma vez a rede – agora, do outro lado e não mais confiados na
nossa competência, mas na Palavra e no mandato do Senhor. E o nosso trabalho,
em nome de Jesus, renderá muitos frutos para serem partilhados entre os irmãos.
Fonte: Arquidiocese BH em 05/04/2013
VIVENDO A PALAVRa
Naquela manhã, o desânimo tomava
conta dos pescadores. Se o mesmo acontecer conosco, não desistamos. Lancemos
mais uma vez a rede – agora, do outro lado, e não mais confiados na nossa
competência profissional, mas na Palavra e no mandato do Senhor. E o nosso
trabalho, em nome de Jesus, renderá muitos frutos para serem partilhados entre
os irmãos.
Reflexão
Diante das dificuldades, muitas vezes temos a
tendência de enfraquecer, de voltar à vida de antes, parece que perdemos o rumo
e a motivação. Pedro e os demais discípulos desanimaram e quiseram voltar à
vida de pescadores de peixes, como muitas vezes queremos voltar à vida da
imaturidade na fé. Jesus realiza mais uma vez o milagre da pesca milagrosa,
para que os apóstolos se recordem que não são pescadores de peixes. Assim
também, ele atua em nossas vidas, para que o Mistério Pascal não seja apenas
celebração, mas processo de maturação, a fim de que possamos crescer cada vez
mais na fé, e um dia atingir a estatura de Cristo.
Fonte: CNBB em 05/04/2013
Reflexão
Sete apóstolos decidem ir pescar. Sete é número
simbólico e equivale à totalidade dos seguidores de Jesus. A pesca representa a
missão. Tiberíades indica todos os povos. Nessa noite não pegam nada. Sem a
presença e a palavra do Ressuscitado, a missão fracassa. De madrugada, volta a
luz. A luz é Jesus que, com sua palavra, passa aos pescadores a confiança e a
promessa de sucesso. E assim acontece. A pesca de cento e cinquenta e três
grandes peixes indica que a missão atinge o mundo inteiro e produz abundantes
frutos. Os 153 peixes representam os povos então conhecidos. Acabada a pesca
maravilhosa, Jesus convida a comunidade a se alimentar. É a comunhão universal
da humanidade com Jesus. Comunhão que vai sustentar seus missionários pelos
caminhos do mundo.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 – Pe. Luiz Miguel
Duarte, ssp)
Meditando o evangelho
É O SENHOR!
Os discípulos fizeram a experiência de encontrar-se com o Ressuscitado,
nas mais variadas situações, até mesmo no contexto das atividades diárias. Uma
pescaria serviu de pretexto para Jesus se manifestar a eles. A pesca
comunitária resultou de um convite amigo. A fadiga de uma noite de trabalho
tinha sido em vão. Não tinham conseguido pegar um peixe sequer. Esta era a
imagem da comunidade, quando agia sozinha, sem se dar conta da Ressurreição de
Jesus. Por mais que se esforçasse, tudo acabava em frustração.
A situação, porém, se reverteu quando, surgiu o Ressuscitado. No início,
era apenas um desconhecido que dava ordens para um grupo de pescadores
decepcionados. A ordem foi obedecida sem hesitação, e a rede se encheu de
grandes peixes. Só então o Ressuscitado foi reconhecido como o Jesus com quem
tantas vezes tinham estado naquele mar.
Quando se deixava guiar por ele, a comunidade cristã experimentava o
êxito na sua missão e seu trabalho era frutuoso. Sem ele, tudo estava fadado ao
fracasso. Só com Jesus ressuscitado, o esforço de levar adiante a missão
recebida atingia seus objetivos e os frutos eram palpáveis.
A comunidade cristã teve de fazer, muitas vezes, a mesma experiência até
se convencer de que o Crucificado estava vivo e presente no meio dela.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe.
Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE –
e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Senhor Jesus, ajuda-me a descobrir-te ressuscitado e presente no meu
cotidiano, dando um sentido novo à minha vida.
COMENTÁRIOS
DO EVANGELHO
1. Anunciando a Boa Nova
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo
Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim
– SP)
Claro que a propaganda é a alma do negócio, o
pessoal da área de marketing defende essa idéia de com unhas e dentes e não
estão errados. Mas há também uma propaganda eficiente e que dizem ser tiro e
queda, é aquela passada de boca em boca "Não comprei tal produto porque vi
na TV, mas porque meu vizinho comprou e disse que é bom".
Jesus poderia fazer um grande estardalhaço em sua
volta, aparecer no Palácio dos poderosos, aparecer no meio do Conselho do
Sinédrio, para desafiá-los e convocar uma mega concentração em Jerusalém pára
comunicar oficialmente que ele estava Vivo e que agora iria dar as cartas,
humilhando os que conspiraram contra ele e tramaram sua morte. Os marqueteiros
de plantão até lamentam "Ah se eu estivesse lá para preparar a volta de
Jesus em grande estilo!"
Não que Jesus e seu evangelho não precisem de
divulgação, precisa sim, mas o cristianismo não pode ser feito de
"oba-oba". Por isso Jesus descarta sua volta em uma Glória
Messiânica, como os Judeus esperavam, e prefere a comunicação boca a boca,
apareceu primeiro a Maria Madalena, diz o evangelho, que já tinha experimentado
á sua Força Libertadora, esta mulher vai correndo anunciar aos irmãos da
comunidade, que ainda estavam guardando o luto e chorando de tristeza, marcados
pela aflição, mas eles não acreditaram no anúncio e no testemunho da mulher,
talvez porque não podiam admitir a idéia de que Jesus não viesse direto a eles,
mas primeiro aparecesse a uma mulher era inconcebível.
Mais tarde Jesus apareceu a dois discípulos que
iam para Emaús e estes foram anunciá-lo aos demais, mas quem diz que os
discípulos acreditaram... Talvez estivessem excessivamente preocupados sobre
que rumo iriam tomar, o que deveriam fazer, Jesus lhes havia dito apenas para
propagarem o evangelho e batizar as pessoas, nada mais. Madalena e os dois
discípulos, que haviam feito essa experiência estavam fazendo exatamente o que
o Mestre havia mandado. Talvez estivessem fazendo alguma reunião de
planejamento pastoral, as vezes fazemos uma reunião, para preparar outra
reunião...
Os discípulos, tanto como os agentes pastorais de
nossos tempos, queriam FAZER. Então durante uma refeição quando estavam é mesa
Jesus apareceu aos onze e deu uma "dura" por não terem acreditado no
anúncio e no Testemunho que haviam presenciado. E para que não houvessem mais
dúvidas sobre a missão primária da Igreja, repetiu-lhes o que já lhes havia
falado "Ide por todo mundo e pregai o evangelho a toda criatura".
Que a Igreja precisa ter uma organização em sua
estrutura e nos trabalhos pastorais, isso não resta a menor dúvida, mas não
podemos nos acomodar e deixar que tantos trabalhos e compromissos, acabem sendo
mais importantes do que o anúncio e o testemunho pessoal, senão estaremos
priorizando o que não é essencial, e o pior, os nossos trabalhos pastorais,
tantos encontros e reuniões não passarão de um grande "oba-oba", que
não terá nenhuma serventia... Muita propaganda sobre o que fazemos, quem somos
na comunidade, a importância daquilo que fazemos. Quando a Jesus e seu
evangelho, quando dá tempo a gente se lembra e até fala um pouco dele. "E
com licença que agora tenho uma reunião importante...
2. COMEÇAR DE NOVO
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe.
Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e
disponibilizado no Portal Dom Total acada mês).
A aparição do Ressuscitado junto ao mar de
Tiberíades evoca o primeiro encontro dos discípulos com Jesus, quando foram
chamados a deixar tudo para se tornarem pescadores de homens. É como se tudo
começasse de novo, e fossem chamados a retomar o caminho de serviço ao Reino,
abandonado após a decepção diante da morte de Jesus na cruz.
O Evangelho apresenta-nos a profissão de alguns
dos discípulos do Mestre: pescadores. Depois de uma noite de trabalho
infrutífero, o Senhor apareceu-lhes para mostrar-lhes como se pesca de maneira
proveitosa. E esta pesca foi deveras abundante! Mas a última, naquele lago,
dando início aos tempos novos.
Depois de ter ceado com o Ressuscitado, a vida
dos discípulos tomaria um rumo diferente. Doravante, deveriam lançar-se à
missão de enviados do Senhor, pelos caminhos do mundo. Sua condição de
apóstolos estava para se concretizar.
A novidade da experiência consistia em não mais
contar com a presença física do Mestre. Ele se faria presente, na condição de
Ressuscitado, onde quer que estivessem os seus apóstolos, animando-os na
missão.
A rede superlotada de peixes simbolizava a humanidade
toda à qual eles deveriam apresentar a proposta do Reino. No mar do mundo,
muitos seriam os atraídos pela mensagem de Jesus.
Oração
Espírito de renovação, faze-me, cada dia de minha
vida, retomar o serviço ao Reino a que sou chamado.
Fonte: NPD Brasil em 05/04/2013
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. Ação Pastoral sem Kerígma acaba em fracasso...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz -
Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
A Oitava da Páscoa termina com um alerta que para nós cristãos do mundo
de hoje, é atualíssimo: Atividade pastoral sem a experiência do querígma, vai
resultar em fracasso!
São Pedro estava louco para começar a fazer as coisas acontecerem, não
aguentava mais esperar por Jesus, apesar de duas aparições á comunidade, Pedro
achava que agora a coisa era com eles, não podiam mais esperar pelo Mestre e
manifestou o seu desejo: Eu vou pescar; e os demais também abraçaram a causa e
foram com Pedro.
Primeiro podemos pensar que São Pedro e os demais, haviam "jogado a
toalha" e resolveram voltar a vidinha antiga de pescadores, já que o
projeto de Jesus de Nazaré deu em nada, mas não é isso...
São Pedro representa muito bem aqueles agentes de pastoral que quase se
matam de tanto trabalhar na comunidade, reuniões, encontros, atividades,
mas esquecem de algo essencial, o sentido daquilo que fazem. Desenvolver
qualquer ação pastoral sem uma espiritualidade sólida, fundamentada na oração e
na meditação da Palavra de Deus, é pedir para "voltar sapateiro" da
pescaria. Lidaram a noite inteira e nada pegaram.... Alguns trabalhos pastorais
não dão resultado, ou quando dão, ele não é bom....Algumas atividades de
movimentos nada produzem de positivo para a comunidade, por que será?
Alguns grupos fazem muito, mas também nada agregam á Paróquia, o motivo
é um só: fazer por conta própria, usando método humano, deixando Jesus de lado.
De manhã Jesus estava na praia, mas eles não o reconheceram, estavam tão
desanimados e cansados do trabalho infrutífero, que nem se deram conta de
que Jesus estava ali com eles. Jesus quer experimentar a nova comunidade e
pergunta se não há nada para servirem a ele, mas a resposta é negativa.
É preciso a gente se perguntar de vez em quando, para que está servindo
o nosso trabalho pastoral, ele está ajudando as pessoas a terem mais vida, mais
esperança e mais coragem? O que estamos oferecendo ás pessoas? O mesmo em
relação aos movimentos, as pessoas estão sendo acolhidas e bem servidas? Quando
falta o essencial, isso é, a experiência profunda com Jesus Cristo, sempre
ficamos devendo e nada temos para servir, como responderam os discípulos.
Então vem uma ordem de Jesus para jogarem a rede ao lado direito
da barca, para que a pesca seja boa. Os discípulos eram ex-pescadores, a hora
da pesca é durante a noite, de manhã é hora de recolher as redes e contar os
peixes... A pessoa que ali está diante deles não é pescador, ora, que diferença
então iria fazer, jogar a rede a direita ou a esquerda, seria mais um trabalho
árduo para nada...
Na comunidade ninguém pode se julgar absoluto naquilo que faz, as
idéias, opiniões e sugestões têm que ser partilhadas e todas as opiniões são
importantes, senão haverá monopólio de um grupo ou de uma pessoa, e isso irá
comprometer a comunhão e a partilha.
Os discípulos levam em conta a orientação de Jesus e daí a pesca foi
abundante. Quem tem o coração cheio de amor de Deus é sempre o primeiro a
identificar a presença de Jesus na ação pastoral levada a bom termo. João
anuncia a Boa Nova á Pedro, de que o Senhor está com eles. Pedro cobriu-se,
porque estava nú e lançou-se ás águas, tomado pelo espanto e alegria de rever
Jesus.
Quando tentamos fazer as coisas acontecerem do nosso modo na comunidade,
estamos nús, e é preciso nos revestir de Jesus Cristo, só Ele nos dá a
dignidade necessária para darmos continuidade á missão, pois esse
"Barco" chamado Igreja, é Dele, e se o ouvirmos sempre, a pescaria
será farta e o resultado sempre surpreendente...
2. É o Senhor!
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva,
‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)
Um grupo bem selecionado reúne-se com Jesus para uma ceia pós-pascal na
praia, depois da pesca maravilhosa narrada por João: Pedro que o negou, Tomé
que duvidou, Natanael que o rejeitou, Tiago e João que queriam os primeiros
lugares. E mais dois, eu e você. É a Igreja inteira reunida com o Ressuscitado.
HOMILIA DIÁRIA
A rede de Jesus não se rompe jamais
Postado por: homilia
abril 5th, 2013
Temos uma nova aparição de Jesus Ressuscitado.
Desta vez, à beira do mar de Genesaré, na Galileia. Mas o evangelista chama a
este local com seu nome romano: Tiberíades, talvez para indicar que a missão
deve se estender a todos os povos pagãos e não somente à Galileia.
João nos apresenta o firme propósito dos
discípulos em ir pescar. Na hora em que Jesus aparece, eles estavam lançando as
redes. O que poderia parecer o retorno às suas atividades normais –
“humanamente” falando – já que passava a impressão do fracasso do ministério do
Mestre. Mas, com a presença do “Pescador por excelência”, faz com que
eles retomem a missão deixada por eles.
A narrativa é semelhante a da pesca milagrosa, no
Evangelho de Lucas, quando Jesus chama os primeiros discípulos. A pesca é
símbolo da missão. A presença e a palavra de Jesus são necessárias para o seu
sucesso, e a comunidade missionárias e une em torno da refeição eucarística
partilhada com Jesus.
Um fato muito importante a se ter em conta é o da
rede que não se rompeu. Ela representa a túnica de Jesus que não foi rompida
(Jo 19,23-24), a rede de Jesus não se rompe. Quero lhe dizer, meu irmão, que
quem vai à pesca com Jesus tem um Guia, uma rede segura que não se rompe
jamais! Venha o que vier e de onde. Ela está firme para sempre.
Eu e você precisamos ser esta rede que não se
divide e nem divide, mas onde todos caibam. Ele mesmo rezou por
esta unidade necessária (Jo 17).
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova em 05/04/2013
Oração Final
Pai Santo, dá-nos discernimento e coragem para
viver de tal maneira que a simples presença no mundo anuncie a nossa fé em
Jesus de Nazaré. Nele, humano como qualquer um de nós, Tu fizeste encarnar o
teu Filho Unigênito, o Messias prometido. Pelo mesmo Cristo Jesus, que contigo
reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 05/04/2013
ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, dá-nos discernimento e coragem para viver de tal
maneira que a nossa simples e discreta presença no mundo seja anúncio vibrante
da fé em Jesus de Nazaré. Nele, humano como qualquer um de nós, fizeste encarnar
o teu Filho Unigênito, o Messias prometido. Nós Te pedimos pelo mesmo Cristo
Jesus, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.

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