Ano C


27 de Junho de 2016
Mt 8,18-22
Comentário do Evangelho
A liberdade diante do seguimento de Jesus
O relato de vocação do evangelho de hoje se encontra, também no evangelho de Lucas, porém, com diferenças importantes (9,57-62). Em Lucas há três anônimos que recorrem a Jesus: o primeiro e o terceiro tomam a iniciativa (vv. 57.61), enquanto o segundo é chamado por Jesus (v. 59). Em Mateus, um escriba toma a iniciativa (v. 19), e também um entre os discípulos, que põe uma condição ao chamado de Jesus (v. 21). Ao escriba disposto a seguir Jesus, ele alerta que a vocação do discípulo é itinerante e exige desapego: “As raposas têm tocas e os pássaros do céu têm ninhos; mas o Filho do Homem não tem onde repousar a cabeça” (v. 20). Ao outro, que não sabemos se a iniciativa foi dele ou de Jesus, o Senhor adverte que não há nada que possa anteceder ou retardar o seguimento. Se ninguém é excluído do seguimento de Cristo, é verdade, igualmente, que ninguém pode pôr condições para segui-lo.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, confronta-me, cada dia, com as exigências do discipulado, e reforça minha disposição para enfrentá-las com a tua graça.
Fonte: Paulinas em 01/07/2013
Vivendo a Palavra
Jesus ensina que a opção pelo Reino de Deus deve ser radical e não sofrer nenhuma condição. Seguir o Mestre, mesmo sabendo que Ele não tem onde repousar a cabeça, é o único jeito de fazermos, já agora neste mundo, a experiência do Amor Misericordioso que um dia será plena no Reino de Deus.
Fonte: Arquidiocese BH em 01/07/2013
Vivendo a Palavra
O texto de Mateus destaca a pobreza material do Senhor: «O Filho do Homem não tem onde repousar a cabeça.». O Evangelho de João privilegia o Ser de Jesus: Eu Sou! Seguir o Mestre é isto: ser pobre em espírito, ser desapegado dos bens materiais, mas vigiar e orar para que o nosso ser se conforme ao Ser de Jesus de Nazaré.
http://www.arquidiocesebh.org.br/mdo/pg05.php
Reflexão
O seguimento de Jesus traz consigo uma série de implicações e exige de todos nós muito mais do que o entusiasmo ou a boa vontade. Exige disposição de deixar muita coisa para trás, inclusive o conforto, os costumes, a cultura e até mesmo os grandes valores que norteiam a nossa vida. Seguir Jesus significa ter a disposição de sempre ir em frente, sempre ir além, sempre buscar o novo para que a boa nova aconteça, é uma vida marcada sempre por novos desafios, é sempre atravessar o lago e buscar a outra margem do lago onde novas pessoas esperam para serem evangelizadas. Seguir Jesus significa colocar a obra evangelizadora acima de tudo.
http://liturgiadiaria.cnbb.org.br/app/user/user/UserView.php?ano=2016&mes=6&dia=27
Meditação
Há muitos modos de seguir a Jesus. Qual é o seu? - Você apoia e incentiva os que fazem uma opção mais radical no seguimento de Cristo? - Será que não somos egoístas ao lançarmos mãos de tantas desculpas para não cuidarmos das coisas de Deus? - Você procura estar sempre vivo para cuidar das coisas de Deus? - Cite um caso de alguém que renunciou a muito em favor do Reino de Deus.
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário em 01/07/2013
Comentário do Evangelho
DISPOSTOS A SEGUIR JESUS
O seguimento de Jesus tem seus pré-requisitos. Além da disposição de tornar-se discípulo, é preciso saber o que o seguimento exige de cada categoria de pessoas. O Evangelho refere-se ao caso de um escriba e de um discípulo. São dois exemplos ilustrativos do que se passa com quem se predispõe a seguir Jesus.
O mestre da Lei judaica é advertido para não tomar uma decisão apressada e superficial. Talvez confundindo Jesus com os rabinos da época, não tinha consciência de um dado importante: para seguir o Mestre Jesus era preciso estar pronto para abraçar a pobreza e o despojamento. Seria ilusório escolher segui-lo, pensando em poder levar uma vida de bem-estar e segurança. As exigências da pobreza deveriam ser previamente conhecidas e aceitas.
Quanto ao discípulo, parece não ter-se dado conta das reais exigências de sua opção. Por isso, pede ao Mestre para interromper sua missão e voltar para casa, a fim de cumprir seu dever de filho, e dar uma sepultura digna a seu velho pai. O pedido não é aprovado, pois, na família, deve haver quem se preocupe em fazer este gesto de misericórdia.
Qualquer que seja a questão, Jesus pensa o discipulado como uma escolha coerente, total e radical, feita para toda a vida, e que se torna a opção fundamental do discípulo. Diante dela, tudo é relativizado, mesmo as coisas mais caras ao ser humano.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total - http://www.domtotal.com/religiao/eucaristia/liturgia_diaria.php).
Oração
Espírito de afeição ao Reino, predispõe-me a ser discípulo de maneira radical e coerente, a ponto de relativizar tudo, mesmo aquilo que considero mais querido.
http://www.domtotal.com/religiao-meu-dia-com-deus.php?data=2016-06-27

28 de Junho de 2016
Mt 8,23-27
Comentário do Evangelho
Por que tanto medo?
Jesus entra no barco seguido por seus discípulos para fazer uma travessia à outra margem do Lago (cf. v. 18). A travessia é feita de surpresa, pois ela pode ser dificultada pelos ventos que levantam as ondas, as quais ameaçam o barco e seus ocupantes (v. 24). No universo simbólico da tradição bíblica, o mar evoca o mal e a morte. Enquanto Jesus dorme (ver: Jn 1,4-6), os discípulos se apavoram: “Senhor, salva-nos, estamos perecendo!” (v. 25). A menção de que Jesus dormia pode aludir à sua morte. Ao discípulo é exigida confiança, não importa em que situação: “Por que tanto medo, homens de pouca fé?” (v. 26). O medo é contrário à fé. E o discípulo só será plenamente livre quando superar, pela fé, o medo da morte. Jesus repreende o mar como se estivesse expulsando um demônio (cf. Mc 1,21-28). Sua palavra é eficaz como é eficaz a Palavra de Deus, que domina sobre as ondas do mar (Sl 68[67],2; Sl 89[88],10). O Senhor acordado do seu sono domina o mal, vence a morte; sua presença dá segurança, pois a sua vitória permite continuar a travessia, a peregrinação pela história. Mas “quem é este que até os ventos e o mar obedecem?” (v. 27). Cabe a cada um que se encontra diante do Senhor responder.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, põe no meu coração a certeza de que o Ressuscitado está comigo e me dá força nos momentos de tribulação. E, assim, eu dê provas de que a minha fé é sólida.
Fonte: Paulinas em 01/07/2014
Vivendo a Palavra
Jesus nos ensina uma grande lição: a fé afasta o medo e gera o Amor. Vivemos um tempo de muitos medos e somos tentados a nos deixar envolver por essa onda. Lembrando que o Espírito vive em nós, testemunhemos nossa fé, caminhando na alegria de quem já se sente na presença do Pai Misericordioso.
Fonte: Arquidiocese BH em 01/07/2014
Reflexão
A nossa vida é constantemente marcada por turbulências que nem sempre são fáceis de serem vencidas, sendo que algumas vezes temos a impressão de que seremos engolidos. São situações que nos desafiam e exigem de nós muito mais do que somos capazes de realizar. É justamente nessas situações que a nossa fé deve falar mais alto. É claro que devemos reconhecer a nossa impotência diante de determinadas situações, mas a vida de quem realmente crê em Deus não pode ser marcada pelo medo, pela covardia ou pela transferência da responsabilidade do dia a dia para Deus. É assumir com coragem os desafios na certeza de que Deus é o grande parceiro e que seremos sempre vitoriosos porque não realizamos uma obra que é nossa, mas somos protagonistas de uma obra que é o próprio Deus quem realiza.
http://liturgiadiaria.cnbb.org.br/app/user/user/UserView.php?ano=2016&mes=6&dia=28
Recadinho

Consegue crer que Jesus está a seu lado sustentando sua caminhada? - Reze: Aumentai, Senhor, minha fé!Nas tempestades da vida, segura firme em Deus? - Consegue abandonar-se nas mãos de Deus? - Lembre-se de alguém que vive intensamente sua fé. E Deus o confortará.
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santário Nacional em 01/07/2014
Meditando o evangelho
ENFRENTANDO AS TEMPESTADES
A tempestade no lago de Genesaré prefigurava as que haveriam de se abater sobre os discípulos de Jesus, a caminho de terras distantes, a serviço do Reino. Seria ingênuo sonhar com acolhidas calorosas ou sucesso fáceis. Era preciso contar com reveses, perseguições e até com a perspectiva de morte violenta.
Como agir nestas situações dramáticas? A tentação imediata seria deixar-se abater diante do fracasso irremediável, num evidente sinal de falta de fé. O desespero resultaria do sentimento de abandono e de solidão, como se o apóstolo estivesse entregue à própria sorte. Seria fatal tomar este caminho que levaria com toda certeza, à frustração.
É mister agir de maneira diferente, e saber-se em companhia do Senhor, com o qual se pode contar, e junto a quem se encontra amparo e proteção. Ele é o Senhor da História. Nada escapa ao seu poder, como se vê na maneira decidida com que deu ordens ao vento e ao mar, e estes lhe obedeceram, acalmando-se imediatamente.
Tendo o Senhor junto de si, o apóstolo enfrentará toda e qualquer tempestade, sem se apavorar. A presença do Mestre jamais eliminará perseguições e adversidades, apenas possibilitará ao apóstolo enfrentá-las e superá-las de maneira conveniente. Será uma maneira excelente de dar testemunho do Reino e mostrar que o Ressuscitado está vivo e atuante junto aos seus enviados.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total - http://www.domtotal.com/religiao/eucaristia/liturgia_diaria.php).
Oração
Pai, põe no meu coração a certeza de que o Ressuscitado está comigo e me dá força nos momentos de tribulação. E, assim, eu dê provas de que a minha fé é sólida.
http://www.domtotal.com/religiao-meu-dia-com-deus.php?data=2016-06-28

29 de Junho de 2016
Mt 8,28-34
Comentário do Evangelho
Onde Jesus passa, o mal é destruído
Toda a cena se desenvolve num ambiente de impureza: região pagã, os túmulos, os porcos, o mar. Os dois possessos saem dos túmulos, o que significa que, por esse contato com os mortos, eles se tornam os mais impuros aos olhos da Lei judaica. Os demônios falam pela boca dos possessos. O mal está sempre diante do homem, e cabe a ele consentir ou não com o mal que lhe é oferecido. Mas onde Jesus passa, o mal é destruído. Para um judeu, o porco simboliza a impureza e o paganismo, e, por isso, a manada de porcos só existe em território pagão. Na lógica própria ao símbolo, é normal que os demônios se encontrem nos animais e que eles se precipitem no mar, símbolo da morte e do mal. O pedido para que Jesus deixasse a região significa a rejeição também dos pagãos à sua pessoa e à sua mensagem. A vitória sobre a tempestade havia suscitado a admiração dos homens, mas, aqui, em nosso episódio, o final é um fracasso, pois o combate de convencer os pagãos não foi, ainda, ganho. No entanto, os discípulos testemunharam o poder de Jesus sobre o mal.
Pe. Carlos Alberto Contieri
Oração
Pai, coloca-me bem junto de teu Filho Jesus, para que as forças do mal não prevaleçam contra mim nem me mantenham prisioneiro de seu poder opressor.
Fonte: Paulinas em 01/07/2015
Vivendo a Palavra
Na meditação do Evangelho, nós, que desejamos ser discípulos de Jesus, não podemos parar no encantamento com as curas surpreendentes que Ele fez, mas devemos nos lembrar que seu comportamento é modelo a ser seguido: libertar os irmãos dos muitos demônios que lhes impedem a Vida sonhada por Deus-Pai.
Fonte: Arquidiocese BH em 01/07/2015
Reflexão
Apesar de toda evidência do amor de Jesus, existem pessoas que não o aceitam, e fazem isso porque consideram a aceitação de Cristo e de suas exigências como perda de algo a que estão apegados como uma verdadeira idolatria. Para os gadarenos, parece que é melhor ficar com os porcos, mesmo que seja com o diabo junto, do que aceitar um irmão resgatado e reconhecer a manifestação do amor salvífico de Deus. De fato, rejeitar Jesus em vista de algum bem material constitui-se em uma atitude diabólica, uma verdadeira idolatria.
http://liturgiadiaria.cnbb.org.br/app/user/user/UserView.php?ano=2016&mes=6&dia=29
Meditando o evangelho
INIMIGOS IRRECONCILIÁVEIS
O episódio dos endemoninhados de Gadara é, ao mesmo tempo, misterioso e desconcertante. Desconhecemos o fato que deu origem à narração evangélica, visto ser impossível que uma manada de porcos tenha se precipitado de um despenhadeiro, dentro do lago de Genesaré. Simplesmente não existe um tal despenhadeiro nas imediações do lago.
Em todo caso, fica patente o domínio soberano de Jesus sobre as forças demoníacas que oprimem o ser humano, e mostra como a salvação oferecida por Jesus atinge também os pagãos. O Reino não é exclusividade dos judeus.
Chama a atenção, no texto evangélico, a inimizade insuperável entre Jesus e as forças demoníacas. O Mestre recusa-se a contemporizar com elas, e as submete sem piedade.
São os possessos, encarnação dos demônios, que se põem a gritar que não existe nada em comum entre eles e o Filho de Deus, cuja missão é tirar-lhes o sossego, quer dizer, privar-lhes do poder de manter as pessoas cativas.
A cura do endemoninhado caracteriza-se como uma luta entre dois inimigos figadais. Entretanto, os demônios reconhecem sua inferioridade e incapacidade de fazer frente a Jesus. E obedecem, sem demora, a ordem de sair daqueles homens, e deixá-los em liberdade. A vitória do Senhor é, de antemão, garantida. Quem deseja vencer as forças do maligno deve colocar-se do lado de Jesus.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total - http://www.domtotal.com/religiao/eucaristia/liturgia_diaria.php).
Oração
Pai, coloca-me bem junto de teu Filho Jesus, para que as forças do mal não prevaleçam contra mim nem me mantenham prisioneiro de seu poder opressor.
http://www.domtotal.com/religiao-meu-dia-com-deus.php?data=2016-06-29

30 de Junho de 2016
Mt 9,1-8
Comentário do Evangelho
“Coragem, filho, os teus pecados estão perdoados!”
O mal não só desfigura o ser humano, mas faz com que ele sinta Deus distante. Este mesmo relato encontra-se em Marcos e Lucas, com traços típicos de cada um dos evangelistas (Mc 2,1-12; Lc 5,17-26). A paralisia é uma doença incurável; é como se a pessoa fosse um “morto vivo”, como dizemos coloquialmente. O ponto de partida tem de ser a fé capaz de reconhecer que para Deus nada é impossível. É esta fé, da qual Jesus se admira, que impulsiona aqueles anônimos a levarem o paralítico diante de Jesus. Na antiguidade bíblica, a enfermidade está ligada ao pecado. Por esta razão, a cura é precedida pela palavra que liberta: “Coragem, filho, os teus pecados estão perdoados!” (v. 2). Em Marcos 2,7, é sugerido que só Deus pode perdoar pecados. Por isso, os letrados dizem que ele blasfema. Mas a blasfêmia não está no perdão oferecido; o mal está no pensamento dos opositores de Jesus, que se recusam a reconhecer que ele é o Filho do Homem e tem o poder de perdoar os pecados. A Igreja, povo que o Senhor reúne, é o lugar do perdão e da reconciliação. A comunidade cristã é a comunidade dos reconciliados.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, que minha fé ilimitada em teu Filho Jesus seja penhor de perdão e cura. Que o poder de Jesus me cure a partir do meu interior.
Fonte: Paulinas em 04/07/2013
Vivendo a Palavra
A leitura do Evangelho deixa clara a missão da Igreja, dos discípulos evangelizadores de Jesus Cristo: o cuidado dos irmãos em sua inteireza – corpo, mente, coração e espírito – curando, ensinando, acolhendo e vivendo juntos a extraordinária experiência do Reino de Deus já nesta terra, ainda que não em sua plenitude.
Fonte: Arquidiocese BH em 04/07/2013
Meditação
Peço a Deus o dom da coragem diante das dificuldades? - Em que sentido o coração de Jesus me atrai? - Dou glória a Deus pelo amor que nutre para comigo? - Sou corajoso(a)? - Pense em algum exemplo pelo qual pode manifestar coragem.
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário 04/07/2013
Reflexão
Onde é mais fácil que vejamos a ação de Deus na nossa vida, quando Deus realiza uma cura ou nos concede alguma graça pela qual suplicamos ou fizemos promessas ou quando ele perdoa os nossos pecados? É claro que ao lermos este texto, afirmamos que é quando ele perdoa nossos pecados, mas a gente não vê as pessoas celebrarem ações de graças quando são perdoadas e sempre vemos celebrações em ação de graças por curas, conquistas e coisas do gênero. Isto tudo nos mostra que intelectualmente sabemos as coisas certas, mas existencialmente vivemos subordinados aos valores do mundo, de modo que somos pessoas divididas entre o que falamos e o que de fato acreditamos. O Evangelho de hoje é para todos nós um convite: precisamos de fato enxergar mais além para valorizarmos mais os verdadeiros dons que Deus nos concede.
http://liturgiadiaria.cnbb.org.br/app/user/user/UserView.php?ano=2016&mes=6&dia=30
Meditando o evangelho
CONFIANÇA ILIMITADA
A grandeza da fé do paralítico, estendido num leito, chamou a atenção de Jesus. O texto diz que o Mestre viu a fé daquele homem. Só é possível ver a fé de alguém, quando manifestada nas suas ações. As providências tomadas pelo paralítico para estar na presença de Jesus devem ter sido formidáveis, pois chamou-lhe a atenção.
Esta confiança ilimitada explica a iniciativa do Mestre: declarar-lhe, imediatamente, perdoados os pecados e, assim, reconciliá-lo com Deus. Segundo se acreditava na época, as doenças eram conseqüência dos pecados. O perdão era, por conseguinte, o primeiro passo para a cura, por cortar o mal pela raiz. Só, então, teria sentido propiciar ao paralítico a cura física.
A ação taumatúrgica de Jesus recriava o ser humano a partir de seu interior, atingindo os níveis mais profundos, ali onde se processa a comunhão entre a criatura e o Criador. A restauração dos laços rompidos entre ambos permitia ao ser humano refazer-se, até chegar aos níveis exteriores. A cura acontece de dentro para fora. Quando o exterior é curado, é porque o interior já deve ter sido totalmente refeito.
A cura do paralítico foi possível por causa de sua confiança inabalável em Jesus. Esta é a fé que se exige de quem pretende ser curado por ele. Mas, a partir de dentro!
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total - http://www.domtotal.com/religiao/eucaristia/liturgia_diaria.php).
Oração
Pai, que minha fé ilimitada em teu Filho Jesus seja penhor de perdão e cura. Que o poder de Jesus me cure a partir do meu interior.
http://www.domtotal.com/religiao-meu-dia-com-deus.php?data=2016-06-30


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