8 de Outubro de 2013
Ano C

Lc
10,38-42
Comentário do Evangelho
Apelo a dar prioridade à escuta da palavra do Senhor.
O
evangelho não apresenta uma oposição entre ação e contemplação. Neste caso,
Jesus daria prioridade à contemplação sobre a ação. Aqui, a questão é bem
outra: trata-se de receber Jesus, e de recebê-lo de verdade.
Foi Marta quem o recebeu (cf. v. 38). Daí que é
não só precipitado, mas uma má leitura do texto, desqualificar Marta. Jesus
aceita o convite de Marta. Aliás, ele espera ser convidado: “Eis que estou à
porta e bato: se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa
e cearei com ele, e ele comigo” (Ap 3,20). Nós temos sempre uma porta a abrir
para acolher Jesus. A fé em Jesus é hospitalidade – trata-se de recebê-lo em
si, em sua intimidade pessoal e familiar. E recebê-lo bem! Receber bem é deixar
o outro falar e se dispor a ouvi-lo. Frequentemente, há muito barulho à nossa
volta, muito barulho em nós. Escutar alguém exige atenção. Escutar
distraidamente, continuando a fazer as tarefas, é um modo de dizer àquele que
fala que o que ele diz não tem nada de decisivo. Nosso relato tem um valor
simbólico. Ele responde a uma questão fundamental para o cristão: o que é ser,
realmente, discípulo de Jesus? A lição deste episódio é que ele não opõe duas
opções. Ele afirma uma prioridade: escutar, receber uma palavra que se instala
em nós como um hóspede se instala em nossa casa. Nosso texto é um apelo a dar
prioridade à escuta da palavra do Senhor.
Vivendo a Palavra
O serviço ao próximo deve ser conforme
ao seu desejo, não à vontade de quem o presta. Jesus ia para Jerusalém – Ele
sabia que aquela seria sua última viagem – estava angustiado e desejava
companhia, um ouvido amigo que o escutasse. Marta não soube reconhecer e
insistia nas arrumações da casa...
Reflexão
Existem pessoas que se sentem
angustiadas diante do sofrimento de outras pessoas, das injustiças, das
carências e necessidades dos outros e também diante da descrença que existe no
mundo de hoje, e, movidas por essa angústia, se entregam de corpo e alma no
trabalho evangelizador, promocional e assistencial. Porém, todos nós devemos
levar em consideração que o mais importante nem sempre é o que estamos fazendo,
mas a motivação pela qual agimos e a consciência de que, na verdade, somos
colaboradores com o próprio Deus na sua ação de salvação dos homens e que nada
podemos fazer por nós mesmos. Assim, o ativismo é estéril e, além de não
atingir seus objetivos, nos esvazia, enquanto que a mística, o encontro com
Jesus, sustenta e dá eficácia ao nosso agir.
Meditação

É fácil dosar ação e contemplação? - Não se corre o risco de às
vezes ficar esperando tudo dos outros? - Será que Jesus não queria dizer que
não era necessário preparar muitos pratos especiais para o momento? - Seu
coração está sempre pronto para acolher Jesus? - Nossa vida deve ser um misto de
oração e ação. Comente.
Padre
Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
REFLEXÕES DE HOJE
08 DE OUTUBRO - TERÇA
1 - “PORÉM UMA SÓ COISA É NECESSÁRIA”. Olívia Coutinho
2 - Maria ficou ouvindo o que Jesus
ensinava - José Salviano
3 - Uma só coisa
é necessária - Helena Serpa
4 - “SER ou FAZER, eis a questão!” -Diac. José da Cruz
5 - A melhor parte - Helena Serpa
6 - SERMOS MARTA E MARIA!- Fr. José Luís Queimado, CSsR.
7 - Maria escolheu a melhor parte.- Claretianos
Liturgia comentada

2 - Maria ficou ouvindo o que Jesus ensinava - José Salviano
3 - Uma só coisa é necessária - Helena Serpa
4 - “SER ou FAZER, eis a questão!” -Diac. José da Cruz
5 - A melhor parte - Helena Serpa
6 - SERMOS MARTA E MARIA!- Fr. José Luís Queimado, CSsR.
7 - Maria escolheu a melhor parte.- Claretianos
Liturgia comentada
Uma mulher o recebeu... (Lc 10,38-42)
Nada mais humano que a hospitalidade!
Enquanto os animais defendem seu território com garras e dentes, a pessoa
humana abre sua tenda ao visitante e lhe oferece o lugar de honra. Os donos da
casa chegam a sair de seu quarto de casal para cedê-lo ao casal amigo.
Foi assim que Abraão acolheu em seu
acampamento os três visitantes de Gênesis 18. Três peregrinos que os Padres da
Igreja identificaram com as três Pessoas da Trindade. De pé, como um garçom, o
patriarca Abraão serviu-lhes o novilho cevado que mandara matar, enquanto Sara,
sua esposa, amassava os pãezinhos de flor de farinha.
Nosso Deus é um Deus Visitante. Bem que
ele poderia ter ficado alheio à humanidade, à semelhança dos aéreos deuses do
Olimpo, alimentando-se de néctar e ambrosia nas altitudes celestes. Mas Deus
desceu, em busca de hospitalidade...
Na Pessoa do Filho, Jesus Cristo, Deus
desceu até o nível do barro adâmico, deixando que uma Mulher tecesse sua carne,
célula por célula. A mesma Mulher que lhe doou seu sangue durante nove meses de
gestação. Como sintetizou São João, no 4º Evangelho, “o Verbo se fez carne e
habitou entre nós”. (Jo 1,14)
Essa “habitação” divina na carne dos
humanos dependeu inteiramente da acolhida que Maria de Nazaré lhe ofereceu,
abrindo ao Filho de Deus o seu corpo e o seu coração. A Mãe de Deus nos dá o
exemplo acabado de acolhida ao Deus que nos visita.
Na casa de Betânia, lar de Lázaro,
Marta e Maria, nas imediações de Jerusalém [6km], Jesus sempre passava dias de
descanso, fazendo uma pausa em sua cansativa peregrinação. Neste Evangelho, as
duas irmãs o acolhem de modo diferente: Marta, a prática, vai para a cozinha,
pois os hóspedes precisam comer; Maria, a mística, senta-se aos pés do
Visitante, pois ele quer alimentar-se de suas palavras. Aposto que Jesus
valorizou uma e outra...
Não percamos tempo discutindo qual das
duas agiu melhor. Há coisa mais urgente a ser decidida: de que modo vamos
acolher Jesus em nossa vida? Pois ele continua sendo um Deus Visitante e espera
por nossa resposta: “Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir minha voz e
abrir a porta, eu entrarei na sua casa e tomaremos a refeição, eu com ele e ele
comigo”. (Ap 3,20)
Orai sem cessar: “Visita-me, Senhor,
com teu auxílio salvador!” (Sl 106,4)
Texto de Antônio Carlos Santini,
da Comunidade Católica Nova Aliança.
santini@novaalianca.com.br
Lc 10,38-42 - Apenas uma coisa é necessária

Preparo-me para a Leitura
Orante,em sintonia com todas as pessoas conectadas para meditar e viver a
Palavra. Juntas rezamos:
Espírito Santo
que procede do Pai e do Filho,
tu estás em mim, falas em mim,
rezas em mim, ages em mim.
Ensina-me a fazer espaço à tua palavra,
à tua oração,
à tua ação em mim
para que eu possa conhecer
o mistério da vontade do Pai.
Amém.
1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto do dia?
Leio atentamente, na Bíblia, o texto: Lc 10,38-42 e observo pessoas, palavras, relações com Jesus.
Espírito Santo
que procede do Pai e do Filho,
tu estás em mim, falas em mim,
rezas em mim, ages em mim.
Ensina-me a fazer espaço à tua palavra,
à tua oração,
à tua ação em mim
para que eu possa conhecer
o mistério da vontade do Pai.
Amém.
1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto do dia?
Leio atentamente, na Bíblia, o texto: Lc 10,38-42 e observo pessoas, palavras, relações com Jesus.
Jesus e os seus discípulos continuaram a sua viagem e chegaram a um
povoado. Ali uma mulher chamada Marta o recebeu na casa dela. Maria, a sua
irmã, sentou-se aos pés do Senhor e ficou ouvindo o que ele ensinava. Marta
estava ocupada com todo o trabalho da casa. Então chegou perto de Jesus e
perguntou:
- O senhor não se importa que a minha irmã me deixe sozinha com todo
este trabalho? Mande que ela venha me ajudar.
Aí o Senhor respondeu:
- Marta, Marta, você está agitada e preocupada com muitas coisas, mas
apenas uma é necessária! Maria escolheu a melhor de todas, e esta ninguém vai
tomar dela.
Jesus chama a atenção de Marta. Mas
ela não foi censurada porque estava trabalhando, mas porque estava “agitada,
ansiosa, inquieta por tantas coisas”.
Maria é elogiada não por estar
sentada, acomodada, mas por estar “à escuta da Palavra”.
A escuta da Palavra de Deus deve ter
prioridade em relação as nossas ocupaçõesdo dia-a-dia.
A preocupação e a correria pelo
trabalho, não só causam cansaço e até estresse;mas podem também reduzir nossa
atividade a simples barulho, se não houver uma pausa para a escuta da Palavra.
Jesus nos quer ensinar que - escuta da Palavra e trabalho - não devem
constituir um dualismo. Tanto uma como outra são atividades que nos acompanham
e nos sustentam .
O Evangelho de hoje não conclui qual
foi a decisão de Marta, após as palavras de Jesus. Provavelmente foi se acalmar
aos pés do Mestre. E, no fim deste momento especial, Maria e Marta foram,
juntas, preparar a refeição.
2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para mim, hoje?
Como me organizo em minhas
atividades?
Tenho muitas preocupações e agito-me
com muitas coisas como Marta?
Ou, sou capaz de escolher a “melhor
parte”, à escuta da Palavra?
Como Marta implico-me que outras pessoas ficam
tranquilas , “sentadas”, em oração ou à escuta da Palavra?
Consigo ser uma pessoa ativa e
reflexiva, ao mesmo tempo?
Os bispos na conferência de Aparecida disseram: “Para ficar parecido verdadeiramente com o Mestre é necessário assumir a
centralidade do Mandamento do amor, que Ele quis chamar seu e novo: “Amem-se
uns aos outros, como eu os amei” (Jo 15,12). Este amor, com a medida de Jesus,
com total dom de si, além de ser o diferencial de cada cristão, não pode deixar
de ser a característica de sua Igreja, comunidade discípula de Cristo, cujo
testemunho de caridade fraterna será o primeiro e principal anúncio, “todos
reconhecerão que sois meus discípulos” (Jo 13,35).” (DAp 138).
3.Oração (Vida)
O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo, espontaneamente, com salmos ou
outras orações
e concluo:
Espírito vivificador,
a ti consagro o meu coração:
aumenta em mim o amor a Jesus,
Vida da minha vida.
Faze-me sentir filho amado do Pai.
Amém.
4. Contemplação (Vida e Missão)
Qual meu novo olhar a partir da
Palavra?
Meu novo olhar é hoje direcionado à
centralidade do mandamento do amor. Não me deixarei vencer pela ansiedade, pela
agitação. Terei meu olhar voltado para o que é mais importante.
Bênção
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
-Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.
Ir. Patrícia Silva, fsp
Oração Final
Pai
Santo, dá-nos generosidade para colocarmos à disposição dos irmãos tudo o que
temos e somos, mas ensina-nos, também e antes de tudo, a gentileza de ouvirmos
atentamente os desejos e angústias dos nossos próximos. Por Jesus Cristo, teu
Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.

Nenhum comentário:
Postar um comentário