segunda-feira, 15 de abril de 2013

DOCUMENTO SOBRE REFORMA AGRÁRIA SERÁ REEDITADO PARA SER VOTADO EM 2014

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O presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Caridade, Justiça e Paz, dom Guilherme Werlang informou durante a coletiva de imprensa realizada nesta segunda-feira (15) que o documento sobre a Reforma Agrária que iria ser votado na próxima sexta-feira (19) será reelaborado a partir de diversas considerações elencadas pelos bispos na semana passada.
De acordo com o bispo, o texto que foi analisado na sexta-feira (12) e recebeu uma “enxurrada de participação” com considerações e emendas que devem ser inseridas com uma nova redação.
“Nós percebemos que é unânime a voz dos bispos de que é urgente e necessária uma manifestação, é urgente e necessário um documento, é necessário e urgente os bispos falarem de uma urgência tamanha quanto a questão agrária hoje no Brasil”.
O presidente afirmou que todos os bispos têm direito e devem participar na redação do texto dada a sua importância que representa uma “situação transversal que não diz respeito apenas ao homem e a mulher do campo, mas diz respeito a toda a sociedade brasileira”.
Dom Guilherme informou ainda, que o documento depois de sofrer todas as alterações e inserções será enviado aos bispos para que possam fazer uma segunda análise. Depois dessa análise, o documento seguirá para votação na próxima assembleia em 2014, para uma maior participação dos bispos na aprovação do documento, segundo consenso dos bispos neste sexto dia da 51ª Assembleia Geral da CNBB.
“É uma voz dos pastores, nessa temática tão ampla, tão complexa, tão transversal na vida da sociedade brasileira”, disse o bispo referindo-se a competência da assembleia na aprovação do documento.
O bispo reafirmou a presença da Igreja na luta pela terra desde o descobrimento do Brasil.
“A relação da questão agrária e a Igreja no Brasil… fala-se em quinhentos anos que ela existe, não é de agora. Se nós olharmos os primeiros anos da chegada dos europeus, dos portugueses e outros, foi a Igreja que esteve sempre em defesa dos indígenas, dos negros e escravos e quem reivindicou sempre a liberdade, da dignidade de vida. Enquanto Igreja, sempre estivemos presente, não é de agora que se relaciona essa questão agrária”, finalizou dom Guilherme.


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