
O presidente da
Comissão Episcopal Pastoral para a Caridade, Justiça e Paz, dom Guilherme
Werlang informou durante a coletiva de imprensa realizada nesta segunda-feira
(15) que o documento sobre a Reforma Agrária que iria ser votado na próxima
sexta-feira (19) será reelaborado a partir de diversas considerações elencadas
pelos bispos na semana passada.
De acordo com o bispo, o texto que foi
analisado na sexta-feira (12) e recebeu uma “enxurrada de participação” com
considerações e emendas que devem ser inseridas com uma nova redação.
“Nós percebemos que é unânime a voz dos
bispos de que é urgente e necessária uma manifestação, é urgente e necessário
um documento, é necessário e urgente os bispos falarem de uma urgência tamanha
quanto a questão agrária hoje no Brasil”.
O presidente afirmou que todos os bispos têm
direito e devem participar na redação do texto dada a sua importância que
representa uma “situação transversal que não diz respeito apenas ao homem e a
mulher do campo, mas diz respeito a toda a sociedade brasileira”.
Dom Guilherme informou ainda, que o documento
depois de sofrer todas as alterações e inserções será enviado aos bispos para
que possam fazer uma segunda análise. Depois dessa análise, o documento seguirá
para votação na próxima assembleia em 2014, para uma maior participação dos
bispos na aprovação do documento, segundo consenso dos bispos neste sexto dia
da 51ª Assembleia Geral da CNBB.
“É uma voz dos pastores, nessa temática tão
ampla, tão complexa, tão transversal na vida da sociedade brasileira”, disse o
bispo referindo-se a competência da assembleia na aprovação do documento.
O bispo reafirmou a presença da Igreja na
luta pela terra desde o descobrimento do Brasil.
“A relação da questão agrária e a Igreja no
Brasil… fala-se em quinhentos anos que ela existe, não é de agora. Se nós
olharmos os primeiros anos da chegada dos europeus, dos portugueses e outros,
foi a Igreja que esteve sempre em defesa dos indígenas, dos negros e escravos e
quem reivindicou sempre a liberdade, da dignidade de vida. Enquanto Igreja, sempre
estivemos presente, não é de agora que se relaciona essa questão agrária”,
finalizou dom Guilherme.
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