
Inácio de Azevedo
e companheiros
Bem-aventurados
1527-1570
e companheiros
Bem-aventurados
1527-1570
Inácio de Azevedo nasceu em Portugal, na cidade do
Porto, em 1527. Seus pais, Manuel e Violante, eram descendentes de famílias
lusitanas, ricas e poderosas. Desde pequeno foi educado sob preceitos cristãos
e recebeu também vasta cultura acadêmica. Aos dezoito anos, tornou-se
administrador dos bens da família, pois tinha inteligência acima da média.
Mas sua vocação era a religião. Após um retiro na cidade de Coimbra, entrou para a Companhia de Jesus em 1548. Cinco anos depois, recebeu a ordenação sacerdotal. Seus estudos eram tão avançados e seus conhecimentos tão extensos que, mesmo sem terminar o curso de teologia, foi nomeado reitor do Colégio Santo Antonio, em Lisboa.
Em 1565, foi escolhido pelos jesuítas para representá-los, em Roma, na eleição do novo geral, que era ninguém menos que o próprio Francisco Borja, hoje santo. Admirado com a capacidade de Inácio, deu-lhe a incumbência de vistoriar as missões jesuítas nas Índias e no Brasil. Tal viagem de inspeção durou três anos.
Mas sua vocação era a religião. Após um retiro na cidade de Coimbra, entrou para a Companhia de Jesus em 1548. Cinco anos depois, recebeu a ordenação sacerdotal. Seus estudos eram tão avançados e seus conhecimentos tão extensos que, mesmo sem terminar o curso de teologia, foi nomeado reitor do Colégio Santo Antonio, em Lisboa.
Em 1565, foi escolhido pelos jesuítas para representá-los, em Roma, na eleição do novo geral, que era ninguém menos que o próprio Francisco Borja, hoje santo. Admirado com a capacidade de Inácio, deu-lhe a incumbência de vistoriar as missões jesuítas nas Índias e no Brasil. Tal viagem de inspeção durou três anos.
No Brasil, a evangelização começara havia apenas dezesseis anos, mas o trabalho
dos jesuítas dava frutos em profusão. A Companhia de Jesus já estava presente
em sete tribos no interior e, no litoral, possuía escolas e seminários.
Ao voltar, Inácio relatou ao geral que o trabalho ia muito bem, mas poderia
render ainda mais se houvesse um número maior de missionários. Recebendo
autorização do superior, recrutou jesuítas na Espanha e Portugal. Após cinco
meses de preparativos, ele e mais trinta e nove companheiros partiram para o
Brasil, em 5 de junho de 1570, num navio mercante.
Na mesma data, partiu também uma embarcação de guerra comandada por dom Luis
Vasconcelos, governador do Brasil, onde seguiam mais trinta jesuítas. Oito dias
depois, os dois navios pararam na ilha da Madeira, para esperar ventos mais
fortes e melhor direcionados. O navio de guerra ali permaneceu, mas o capitão
do mercante, que era Inácio, resolveu zarpar em direção às ilhas Canárias.
Apesar dos boatos da existência de piratas calvinistas no caminho, que estariam
no encalço dos jesuítas, ele não quis ouvir os conselhos de não seguir viagem.
Inácio e seus parceiros preferiram permanecer a bordo e não desistir, pois não
temiam a morte. Ela, de fato, os encontrou em alto mar. O navio foi atacado
pelo corsário calvinista francês Jacques Sourie, que partira de La Rochelle,
justamente no encalço dos missionários. O navio foi dominado, os tripulantes e
demais passageiros poupados, mas todos os jesuítas foram degolados
imediatamente. Era o dia 15 de julho de 1570.
O culto a Inácio de Azevedo e companheiros foi aprovado pelo papa Pio IX em
1854. A festa ocorre no dia do trânsito dos quarenta de jesuítas martirizados
pelas mãos de piratas calvinistas. São venerados como os "Mártires do
Brasil".
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