João 12,20-33
Comentário do Evangelho
Desejo de ver Jesus
Jesus, chegando a Jerusalém para a festa da Páscoa judaica, é aclamado pela multidão de peregrinos que acorrem à cidade para o cumprimento do preceito religioso de participação nesta festa. Entre estes peregrinos encontram-se gregos, os quais se dirigem a Filipe, manifestando o desejo de ver Jesus, o qual os atrai mais do que a própria festa.
Jesus, na ocasião de seu batismo por João, disse a André e ao outro discípulo que o acompanhava, quando lhe perguntavam onde morava: "Vem e vê" (Jo 1,39). Depois, o próprio Filipe, que já havia sido chamado por Jesus para segui-lo, convidou também Natanael para o encontro com Jesus, com a mesma expressão: "Vem e vê" (Jo 1,46). Agora são os gregos da região de Betsaida que se empenham em ver Jesus. "Ver" significa conhecer, ter a experiência da presença e do diálogo, em um tempo de convívio e comunicação com Jesus.
Filipe, diante do pedido dos gregos, vai dizê-lo a André. Filipe, bem como André e Pedro, era de Betsaida, cidade de cultura grega. Os próprios nomes de Filipe (Philippos) e André (Andréas) têm origem grega.
Quando Filipe e André falam com Jesus, ele lhes responde procurando remover qualquer equívoco. Está próximo o desenlace de seu ministério de amor e dom de si, sem temer perseguições, ameaças e morte. A sua glória não é o poder e o sucesso, mas o dom total de sua vida no amor, a ser assumido também pelos discípulos. O dom da própria vida é o ato fecundo que gera mais vida, tanto naquele que se doa como naqueles que são tocados por seu amor. A vida é fruto do amor e ela será tanto mais pujante quanto maior for a plenitude do amor, no dom total.
A metáfora do grão que se transforma exprime que o homem possui muito mais potencialidades do que aquelas que lhe são conhecidas. O grão que desaparece para dar lugar à planta e ao fruto é a conversão de vida. É libertar a vida de submissão e escravidão aos interesses dos chefes deste mundo e colocá-la a serviço de Jesus presente no nosso próximo. É alcançar a liberdade da vida eterna na prática do amor. Com o dom de si, novas e surpreendentes potencialidades se revelam. A morte, sem ser um fim trágico, pode ser também o começo de uma vida nova, mais plena, já neste mundo. Morrer para os limites e valores impostos por uma cultura de consumo e opressão, para viver livre na comunhão de amor e vida com os irmãos, particularmente os mais necessitados. Isto é servir Jesus, e assim se manifesta a glória de Jesus e a glória do Pai. Quem não teme a própria morte confunde o opressor poderoso, chefe deste mundo, e conquista a liberdade que tudo transforma pelo amor.
Viver é dar a vida e tem-se a vida à medida que ela é dada.
José Raimundo Oliva
Vivendo a Palavra
Jesus mostra seu lado humano, temendo a dor que se
avizinhava. Mas mostra, também, sua porção divina, aceitando a missão e
reconhecendo que “foi precisamente para esta hora que eu vim”. Seguir o Mestre
não significa sublimar as tensões próprias do ser humano, mas mantê-las sob o
comando do Espírito Santo que já mora em nós.
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. "MORRER PARA FRUTIFICAR"
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP
Capitão Tininho era o nome de um grão de feijão, que certa ocasião usei como cobaia, na minha adolescência, para saber como era o desenvolvimento das plantas. Na minha fantasia, o Capitão Tininho retrucou, mas eu o convenci de que ele iria se tornar um herói, e poderia até quem sabe, reescrever a “Viagem ao Centro da Terra”, na visão de um grão de Feijão, e então ingenuamente ele aceitou. Ainda fantasiando, cavei um buraco, fiz um belo discurso para a “tropa” reunida ali, e aplaudimos o Capitão Tininho, que coloquei com carinho no buraco e jogamos a terra por cima. Todos os dias eu regava e revolvia a terra até que em uma manhã surgiu um brotinho quase invisível, fiquei eufórico, era como se estivesse nascendo um filho.
Quando finalmente o pezinho de feijão estava “espigadinho” inclusive com algumas folhas, reuni a “tropa”, na minha fantasia, e começamos aquilo que eu chamei de “Operação retorno”, mas cadê o coitado do Capitão Tininho? Examinei cuidadosamente a raiz do meu pé de feijão, e não tinha nem vestígio do meu herói, de noite comentei com um colega na aula de ciência, que sorriu e me explicou friamente que o Capitão Tininho tinha “esticado a canela”.
Não entendendo perguntei: “Você quer dizer que ele morreu?” E o colega esclareceu que se o Tininho não tivesse morrido, eu não teria o meu pé de feijão. Ainda na minha fantasia, no outro dia reuni a tropa e comuniquei oficialmente o ocorrido “Ele morreu como um herói, nessa missão perigosa” – disse em meu discurso, dando assim por encerrada a minha experiência, concluindo que no ciclo das plantas, senão houver morte, a vida não terá continuidade.
Por isso, no primeiro contato com esse evangelho, quando ministro da palavra, nos anos 80, comentei com meus botões “Eis aqui mais um Capitão Tininho”, referindo-me ao grão de trigo da parábola que Jesus contou em Jerusalém, praticamente às vésperas da sua paixão e morte. Qualquer criança em idade escolar, bem cedo irá aprender que a semente morre nas profundezas da terra, para poder brotar nova plantinha. Mas na dimensão teológica, como poderíamos interpretar esse ensinamento de Jesus, o que significa morrer, nesse sentido?
Eu diria que a morte de Jesus teve início com a sua encarnação, pois no paraíso, o homem sentiu-se tão importante que teve a pretensão de ser o Deus - Todo Poderoso, conhecedor do Bem e do Mal, e senhor de todos os seus atos, enquanto isso, para iniciar a obra da salvação, o Deus Todo Poderoso se fez tão pequeno, que se tornou homem. Essa pequenez de Jesus está diretamente ligada à sua missão – eu vim para servir.
Poderíamos até afirmar que pequeno, é todo aquele que serve, é aquele que sabe partilhar com os outros, aquilo que tem inclusive os carismas. Na teologia judaica, a glorificação divina estava reservada aos justos, que no pós-morte seriam levantados por Deus para nunca mais morrerem. Ora, todas as personalidades bíblicas do A.T são uma prefiguração de Jesus e em alguns gêneros literários, como os evangelhos, por exemplo, encontramos em Mateus uma relação mais direta de Jesus com Moisés. Com a Salvação, Jesus insere de novo o homem na plenitude original do paraíso, sendo esse o anúncio que ele faz aos discípulos no evangelho desse quinto domingo da quaresma, com a afirmativa própria de João de que “Chegou a hora em que o Filho do homem vai ser glorificado”.
Quando o homem busca a santidade e a perfeição em todas as suas ações e pensamentos, manifestando fidelidade ao projeto de Deus, revelando o amor ágape em suas relações com o próximo a glorificação não é simplesmente um prêmio divino, por ele ter sido bom, mas é o resgate perfeito da imagem original de cada ser humano, enquanto imagem e semelhança de Deus, é a volta do Filho pródigo à casa do Pai, recuperando a dignidade perdida com o pecado. Esse processo aconteceu primeiro com Jesus de Nazaré, chamado nas cartas paulinas de primogênito de todas as criaturas e embora não tivesse nele nenhum pecado, ao receber a glória, também glorificou o Pai, que agora poderá olhar o homem realmente como Filho, e restabelecer com ele uma vida de comunhão, para comunicar a sua graça.
É este precisamente o caminho do cristão, não há nenhum outro, é o mesmo caminho de Jesus, o caminho do serviço, do amor ágape, da doação, da fidelidade ao Pai, do despojamento e do esvaziamento, e tudo isso significa “morrer” para si mesmo, ou deixar-se morrer para que o irmão seja bem servido e tenha mais vida. A comunidade é o lugar ideal para se viver a vocação do grão de trigo, morrer para atingir a plenitude, uma linguagem e um ensinamento estranho, para uma sociedade onde ainda prevalece, em todos os segmentos, a famosa Lei de Gerson...
José da Cruz é Diácono da
Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP
E-mail cruzsm@uol.com.br
Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP
E-mail cruzsm@uol.com.br
2. Desejo de ver Jesus
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por José Raimundo Oliva - e disponibilizado no Portal Paulinas)
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por José Raimundo Oliva - e disponibilizado no Portal Paulinas)
VIDE ACIMA
Oração
Senhor Jesus, a vida jorrou abundante de tua fidelidade até à morte de cruz. Possa eu beneficiar-me desta plenitude de vida.
3. A Glória de Jesus
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).
Os Evangelhos são coletâneas de memórias de Jesus de Nazaré, elaboradas em meio às primeiras comunidades de discípulos, principalmente aquelas vinculadas a Jerusalém, oriundas do judaísmo. Estas memórias foram surgindo de acordo com as expectativas tradicionais do Primeiro Testamento, voltadas para o messias glorioso e poderoso. Após a morte de Jesus, este messias foi projetado no Cristo ressuscitado.
Em conseqüência, os Evangelhos, escritos algumas décadas após a morte de Jesus, interpretam sua vida sob a ótica do ressuscitado. Assim, nas falas de Jesus foram inseridas referências a sua própria morte e ressurreição. Filipe e André, bem como seu irmão Pedro, eram de Betsaida, cidade de cultura predominantemente grega, situada ao norte do Mar da Galiléia. Alguns gregos, provavelmente seus conhecidos, se aproximam manifestando o desejo de ver Jesus. Evidencia-se como os gregos se interessaram em participar da vida que ele comunica. É o testemunho de que existiam comunidades de discípulos de Jesus no mundo gentílico, fora da influência do judaísmo.
Jesus afirma que chegou a hora da sua glorificação. É a glória do Filho do homem (o humano), e não do messias poderoso. A glória de Jesus é sua missão levada até o fim com os frutos do anúncio e a comunicação da vida eterna ("salvação eterna", conforme a teologia sacrifical da carta aos hebreus - segunda leitura) a todos os povos, sem restrições étnicas, nacionalistas, ou de particularidades religiosas.
Os discípulos são convidados a dedicar a vida a esta missão do anúncio da esperança e à comunicação de amor e vida, que é a glória de Deus. A "lei no coração" anunciada por Jeremias (primeira leitura) é o mandamento do amor comunicado por Jesus, que une a todos e traz a paz.
Postado por: homilia
março 25th, 2012
Estamos quase no fim da Quaresma. Como discípulos, somos convidados a dedicar nossas vidas à missão do anúncio da esperança e à comunicação do amor e da vida, que é a glória de Deus. A “lei no coração”, anunciada por Jeremias, é o mandamento do amor comunicado por Jesus, que une a todos e traz a paz.
Estamos nos dias finais desse tempo de graça para aqueles que souberem acolher o convite de Deus em considerar a “saúde” de sua vida interior. Graça, da mesma forma, para toda comunidade, pois, com certeza, muitos de nós levaram a sério a proposta de cultivar a vida interior a partir do Evangelho, que indica uma mentalidade e um modo de viver e conviver com as pessoas. Trata-se, portanto, de uma celebração especial, no sentido que somos convidados a selar, a assinar esse empenho de cultivar a vida interior na ótica do Evangelho.
É hora de nos questionarmos: “Até que ponto assumimos o compromisso de viver como cristãos? Até que ponto estamos comprometidos com o plano divino de colocar o Espírito de Deus entre nós pela realização do projeto do Reino?”
Em que você coloca o seu coração? Com quem estabelece relações? Fazer aliança com Deus e viver de acordo com o projeto divino faz com que as nossas relações sejam firmes e douradoras, pois se trata de uma aliança assinada com a vida, com aquilo que representa a centralidade dela: o coração amoroso de Deus Pai.
Ser infiel a essa união é o mesmo que “rasgar” a vida, desperdiçá-la, perdê-la como diz Jesus no Evangelho: “Quem quiser ganhar a vida, vai perdê-la”. Quem quiser colocar, no seu coração, outro projeto que não seja o de Deus, perderá o sentido de viver. É por isso que, antes de iniciar a celebração, fazemos o ato penitencial.
Colocar Deus no coração, no centro da existência pessoal, não é tarefa fácil para nenhum de nós. Em nossos dias, as situações parecem mais confusas que outrora. Somos como aqueles que estavam com Jesus e ouviram a voz divina, mas não souberam identificá-la, achando que fosse voz de anjos, trovões ou algo assim. Há tantas vozes que falam e acabam nos confundindo ao invés de nos ajudar a identificar o projeto de Deus.
É preciso considerar a resposta que Jesus deu aos gregos, os quais queriam ver o Senhor para entender bem o sentido de “colocar Deus como centro da vida interior”. Se aqueles gregos queriam ver um Jesus “famoso”, “milagreiro” ou “pregador”, tiveram uma bela decepção!
Jesus fala que o compromisso com o plano divino é exigente, a ponto de termos de morrer para viver de outro modo. Isso exige desapego da própria vida, assumindo a mentalidade do Evangelho, ou seja, tomando para sim um compromisso exigente e só realizável por quem tem o Espírito de Deus dentro de si.
O Plano de Deus foi plenamente realizado por Jesus. Hoje, ainda continua a ser realizado pelos discípulos de Cristo que têm o Espírito Santo em seu coração, por aqueles que levam a sério a aliança assinada no dia do batismo, também por aqueles que não são cristãos “de nome”, mas assumem a mentalidade do Evangelho e fazem dele o seu modo de viver e agir.
Concluo com as seguintes perguntas: O que está no centro de sua vida interior? Qual a coisa mais importante que está em seu coração? O Espírito de Deus ou uma outra mentalidade ajustada a este mundo? Vamos pensar nisso, durante essa semana, para tomar uma decisão sincera sobre nosso modo de ser cristão a partir da Semana Santa.
Quaresma é tempo de preparação para a Páscoa. Duas são as atitudes fundamentais desse tempo para você e para mim: a conversão do coração e a solidariedade aos necessitados. A oração é o melhor meio para orientar a vida nesse caminho.
Padre Bantu Mendonça
Preparo-me para este momento de Leitura Orante da Palavra,
Hino
Humildes, ajoelhados
na prece que a fé inspira,
ao justo Juiz roguemos
que abrande o rigor da ira.
Ferimos por nossas culpas
o vosso infinito amor.
A vossa misericórdia
do alto infundi, Senhor.
Nós somos, embora frágeis,
a obra de vossa mão;
a honra do vosso nome
a outros não deis, em vão.
Senhor, destruí o mal,
fazei progredir o bem;
possamos louvar-vos sempre,
e dar-vos prazer também.
Conceda o Deus Uno e Trino,
que a terra e o céu sustém,
que a graça da penitência
dê frutos em nós. Amém.
1. Leitura (Verdade)
Assim, invocamos as luzes do Espírito Santo, para este momento:
Espírito de verdade,
a ti consagro a mente e meus pensamentos: ilumina-me.
Que eu conheça Jesus Mestre
e compreenda o seu Evangelho.
Leio atentamente o texto:
Os não-judeus que falam com Filipe pedindo para ver Jesus,
3. Oração (Vida)
Oração da Campanha da Fraternidade 2012
Senhor Deus de amor,
Pai de bondade,
nós vos louvamos e agradecemos
pelo dom da vida,
pelo amor com que cuidais de toda a criação.
Vosso Filho Jesus Cristo,
em sua misericórdia, assumiu a cruz dos enfermos
e de todos os sofredores,
sobre eles derramou a esperança de vida em plenitude.
Enviai-nos, Senhor, o Vosso Espírito.
Guiai a vossa Igreja, para que ela, pela conversão
se faça sempre mais, solidária às dores e enfermidades do povo,
e que a saúde se difunda sobre a terra.
Amém.
4. Contemplação (Vida e Missão)
Oração
I. Patrícia Silva, fsp
Leitura Orante
Preparo-me para este momento de Leitura Orante da Palavra,
rezando com toda a Igreja:
- Vinde, ó Deus, em meu auxílio.
- Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.
- Como era no princípio, agora e sempre. Amém.
Hino
Humildes, ajoelhados
na prece que a fé inspira,
ao justo Juiz roguemos
que abrande o rigor da ira.
Ferimos por nossas culpas
o vosso infinito amor.
A vossa misericórdia
do alto infundi, Senhor.
Nós somos, embora frágeis,
a obra de vossa mão;
a honra do vosso nome
a outros não deis, em vão.
Senhor, destruí o mal,
fazei progredir o bem;
possamos louvar-vos sempre,
e dar-vos prazer também.
Conceda o Deus Uno e Trino,
que a terra e o céu sustém,
que a graça da penitência
dê frutos em nós. Amém.
1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto do dia?
"Conhecer a Jesus Cristo pela fé é nossa alegria; segui-lo é uma graça,
e transmitir este tesouro aos demais é uma tarefa que o Senhor, ao nos
chamar e nos eleger, nos confiou."
(DAp,18).
Assim, invocamos as luzes do Espírito Santo, para este momento:
Espírito de verdade,
a ti consagro a mente e meus pensamentos: ilumina-me.
Que eu conheça Jesus Mestre
e compreenda o seu Evangelho.
Leio atentamente o texto:
Jo 12,20-33
Os não-judeus que falam com Filipe pedindo para ver Jesus,
eram considerados pagãos. "Ver", na linguagem do evangelista João,
significa muito mais que ver e visitar. É estar junto, conviver, seguir.
Filipe e André apresentam o pedido dos pagãos a Jesus. Este, por
sua vez, em resposta, faz este magnífico discurso com frases breves,
trazendo a imagem do grão de trigo, as exigências do seguimento,
o anúncio de sua "hora", a aflição que sente. Fala também de sua relação
com o Pai e, até, num momento profundo faz uma pequena oração ao Pai:
"Pai, revela a tua presença!" E o Pai, que está sempre presente, responde,
confirmando que está aí. A multidão chega a confundir a voz do Pai com
um trovão. Alguns diziam que um anjo tinha falado com Jesus.
O Mestre diz, então, que "chegou a hora" e que, quando "for levantado
da terra" atrairá todos a si, inclusive os considerados pagãos.
Ser levantado da terra significava ser pregado na cruz. Os não-judeus,
chamados "gregos" em algumas traduções, não só viram Jesus,
mas também eles tiveram a certeza de que são atraidos, convocados por
Jesus para o Reino.
2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para mim, hoje?
Jesus me fala de seguimento. Seguir Jesus é optar pelo caminho da vida.
É ser atraído por Ele e estar sempre na presença do Pai.
Os bispos, em Aparecida, na V Conferência, nos lembraram dois caminhos.
Os bispos, em Aparecida, na V Conferência, nos lembraram dois caminhos.
Um caminho de vida e outro de morte.
"Hoje se considera escolher entre caminhos que conduzem à vida ou
caminhos que conduzem à morte (cf. Dt 30.15). Caminhos de morte
são os que levam a dilapidar os bens que recebemos de Deus através
daqueles que nos precederam na fé. São caminhos que traçam uma
cultura sem Deus e sem seus mandamentos ou inclusive contra Deus,
animada pelos ídolos do poder, da riqueza e do prazer efêmero,
a qual termina sendo uma cultura contra o ser humano e contra o bem
dos povos latino-americanos. Os caminhos de vida verdadeira e plena
para todos, caminhos de vida eterna, são aqueles abertos pela fé que
conduzem à "plenitude de vida que Cristo nos trouxe: com esta
vida divina, também se desenvolve em plenitude a existência humana,
em sua dimensão pessoal, familiar, social e cultural". Essa é a vida que
Deus nos participa por seu amor gratuito, porque "é o amor que dá a vida"
( DAp 13).
3. Oração (Vida)
Com toda a Igreja, rezo:
Oração da Campanha da Fraternidade 2012
Senhor Deus de amor,
Pai de bondade,
nós vos louvamos e agradecemos
pelo dom da vida,
pelo amor com que cuidais de toda a criação.
Vosso Filho Jesus Cristo,
em sua misericórdia, assumiu a cruz dos enfermos
e de todos os sofredores,
sobre eles derramou a esperança de vida em plenitude.
Enviai-nos, Senhor, o Vosso Espírito.
Guiai a vossa Igreja, para que ela, pela conversão
se faça sempre mais, solidária às dores e enfermidades do povo,
e que a saúde se difunda sobre a terra.
Amém.
4. Contemplação (Vida e Missão)
Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Com os olhos iluminados pela luz da Palavra podemos e queremos ver
Jesus no hoje, na nossa história, na nossa vida pessoal, familiar,
comunitária, eclesial.
Oração
Senhor nosso Deus, dai-nos por vossa graça caminhar
com alegria na mesma caridade que
levou o vosso Filho a entregar-se à morte no seu amor pelo mundo.
levou o vosso Filho a entregar-se à morte no seu amor pelo mundo.
Por nosso Senhor Jesus
Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Bênção
Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Bênção
O Senhor nos abençoe,
nos livre de todo o mal
e nos conduza à vida eterna. Amém.
nos livre de todo o mal
e nos conduza à vida eterna. Amém.
Em nome do Pai,....
Oração Final
Pai Santo, dá-nos a santa ousadia de seguirmos o caminho da Cruz. Ensina-nos,
Pai amado, a nos deixarmos ser lançados como sementes e aceitarmos morrer,
na esperança/certeza de ser este o caminho para a ressurreição.
Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.

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