ANO B
Lc 18,35-43
Comentário do Evangelho
Os pobres reconhecem Jesus
Jesus e os discípulos caminham para Jerusalém, onde ocorrerá o desfecho de seu ministério com sua pregação entre os peregrinos e a repressão que o levará a morte de cruz. Jesus, pressentindo o que ocorreria, já advertira os discípulos por três vezes (três "anúncios da Paixão" - Lc 9,22; 9,44; 18,32-33). Estes estão apegados à concepção de que Jesus seria o poderoso messias davídico e Jesus procurava demove-los desta ideia.
Agora se aproximam de Jericó. Um cego, à beira do caminho, ouve que é Jesus de Nazaré quem vai passando. Dirige-se a Jesus chamando-o, contudo, de "Filho de Davi", título messiânico de poder que Jesus rejeitava. Nisto consistia a sua cegueira. Curado por Jesus, o homem passa a segui-lo, glorificando a Deus. Neste cego pode-se ver a dificuldade dos próprios discípulos em compreenderem Jesus.
Os pobres que começam a ver integram-se no Reino, o que é fonte de alegria e motivo de glória a Deus.
José Raimundo Oliva
Oração
Pai, infunde em mim uma fé profunda como a do pobre cego, cujo desejo de ser curado por Jesus levou-o a se abrir para a verdadeira visão que leva à salvação.
Fonte: Paulinas em 19/11/2012
Comentário do Evangelho
Por onde passa, o Senhor vai despertando a esperança e a fé na vida.
Jericó é um verdadeiro oásis em meio ao deserto, distante uns vinte quilômetros de Jerusalém. Por onde passa, o Senhor vai despertando a esperança e a fé na vida. O cego, anônimo no relato lucano, é identificado com Bartimeu em Marcos (Mc 10,46-52). O cego, ao que o relato nos possibilita compreender, já tinha conhecimento da fama de Jesus que se espalhava cada vez mais. Por isso, ao ouvir da multidão que se tratava de Jesus de Nazaré que estava passando, ele grita suplicando por compaixão. A multidão não foi capaz de conter o seu grito repleto de confiança. O Senhor não é alheio à voz do sofrimento do seu povo (cf. Ex 3,7-9). Diante de Jesus que mandou buscá-lo, ele é provocado no seu desejo mais profundo pela pergunta que Jesus lhe dirige. Ver é o que ele deseja. A fé salva, a fé ilumina, ela faz ver; é a fé que arranca da escuridão à luz de um novo dia. O desejo do cego devia ser o desejo de todo verdadeiro discípulo, isto é, ser iluminado pela fé. A fé em Jesus não foi a causa da cura do cego, mas a condição para deixar-se iluminar. A consequência da iluminação da fé é o seguimento de Jesus Cristo.
Oração
Pai, infunde em mim uma fé profunda como a do pobre cego, cujo desejo de ser curado por Jesus levou-o a se abrir para a verdadeira visão que leva à salvação.
Fonte: Paulinas em 17/11/2014
Vivendo a Palavra
Nosso Mestre ensina o respeito à liberdade do próximo: naquela situação de dor, seria óbvio para nós que o desejo do cego era ver. Mas Jesus quis ouvir dele: «O que quer que eu faça por você?» Será que nós, discípulos de Jesus, oferecemos ao companheiro de caminhada a oportunidade de ser ouvido?
Fonte: Arquidiocese em 19/11/2012
Vivendo a Palavra
Aprendamos com o Mestre o respeito à vontade do outro, a delicadeza de dar-lhe a oportunidade de expressar o seu desejo, por muito evidente que possa parecer para nós... Não poucas vezes nós, cheios de boas intenções, supomos qual seja a vontade do próximo e nos esquecemos de ouvi-lo.
Fonte: Arquidiocese em 17/11/2014
Vivendo a Palavra
Jesus cura. Mas, antes, deseja que o cego exerça sua liberdade, perguntando-lhe o que queria que lhe fosse feito. Nós, em seu lugar, pensaríamos ser coisa lógica... E, depois, Ele atribui o milagre à fé do curado. Quantas lições neste texto evangélico! Humildade, modéstia, gratuidade, reconhecimento do Poder do Pai Misericordioso. E, vendo isso, todo o povo louvou a Deus!
Fonte: Arquidiocese em 14/11/2016
VIVENDO A PALAVRA
Nosso Mestre ensina o respeito à liberdade do próximo: naquela situação de dor, talvez fosse óbvio para qualquer um de nós que o desejo do cego fosse enxergar. Mas Jesus quis ouvir dele: «O que quer que eu faça por você?» Será que nós, discípulos de Jesus, oferecemos ao companheiro de caminhada a oportunidade de ser ouvido?
Fonte: Arquidiocese em 19/11/2018
VIVENDO A PALAVRA
Muitas lições podemos garimpar no texto ouvido: da parte de Jesus, o interesse humano e fraterno de saber do próprio cego qual era o seu desejo. Naquelas condições, qualquer outro pensaria que, logicamente, o desejo daquele homem seria ver de novo! Da parte do pobre cego, nós admiramos sua Fé, a coragem de enfrentar uma multidão que seguia o Mestre e queria calá-lo, o discernimento ao expressar o seu desejo e, por fim, a sua confiança na Pessoa de Jesus da Galileia.
Fonte: Arquidiocese em 16/11/2020
Reflexão
Jesus passou toda a sua vida fazendo o bem para manifestar o amor de Deus para conosco. Quando Jesus realiza curas, quer mostrar que o amor de Deus pelos homens faz com que as pessoas não fiquem à margem do caminho pedindo esmolas, mas com que cada um tenha condições de seguir o seu próprio caminho. É por isso que ele tem compaixão do cego e o cura. Após o processo de libertação, todos são convidados a seguir o próprio caminho, sendo que alguns, como é o exemplo do cego do Evangelho de hoje, resolvem seguir o caminho de Jesus. Quando Jesus cura, não tira a liberdade da pessoa. Aqueles que depois de curados resolvem segui-lo, o fazem de livre e espontânea vontade, mas tornam-se um motivo para que todos glorifiquem a Deus.
Fonte: CNBB em 19/11/2012, 17/11/2014 e 14/11/2016
Reflexão
O cego, que reconhece o Messias, contrasta com a cegueira mental dos apóstolos. De fato, o cego, sem ver, já reconhece o filho de Davi (cf. Lc 1,32), ao passo que os discípulos (“os que iam à frente”) tentam impedir que o cego se aproxime do Mestre. Com fé e esperança, o cego expressa gritando seu anseio (v. 38). Sensível à dor alheia e coerente com sua prática libertadora, Jesus pergunta ao cego: “O que deseja que eu faça por você?”, e lhe restitui a visão. Exultante, ele segue Jesus pelo caminho, e a multidão, atenta aos sinais de Deus em seu meio, “deu louvores a Deus”. Em nossa caminhada diária, com frequência encontramos pessoas que, em vez de reerguer-nos com palavras e gestos animadores, nos deixam senta- dos “à beira do caminho”!
(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 19/11/2018
Reflexão
O cego, que reconhece o Messias, contrasta com a cegueira mental dos apóstolos. De fato, o cego, sem ver, já reconhece o Filho de Davi (cf. Lc 1,32), ao passo que os discípulos (“os que iam à frente”) tentam impedir que o cego se aproxime do Mestre. Com fé e esperança, o cego expressa gritando seu anseio (v. 38). Sensível à dor alheia.
e coerente com sua prática libertadora, Jesus pergunta ao cego: “O que deseja que eu faça por você?”, e lhe restitui a visão. Exultante, ele segue Jesus pelo caminho, e a multidão, atenta aos sinais de Deus em seu meio, “deu louvores a Deus”. Em nossa caminhada diária, com frequência encontramos pessoas que, em vez de reerguer-nos com palavras e gestos animadores, nos deixam sentados “à beira do caminho”!
Oração
Ó Jesus de Nazaré, ao mendigo cego dás a possibilidade de “ver novamente”. Alegria geral. Diante desse fato maravilhoso, o povo dá louvores a Deus, e o que fora cego, exultante, se põe a te seguir pelo caminho. Bendito sejas, Mestre, por iluminares nossas mentes e nossos passos. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2020 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp (dias de semana) Pe. Nilo Luza, ssp (domingos e solenidades))
Fonte: Paulus em 16/11/2020
Reflexão
O cego representa todos os que vivem à beira do caminho. Ele vê Jesus com os olhos da fé. É importante notar que ele pergunta à multidão o que está acontecendo. A condição humana lhe confere o direito de perguntar. Nessa pergunta certamente há um desejo guardado em seu coração: o de contemplar o Messias esperado. Sua visão restituída é expressão da novidade trazida por Jesus, que veio recuperar a visão dos cegos. Pelo batismo, com os olhos iluminados pela fé, somos convidados a iluminar as realidades que nos cercam.
(Dia a dia com o Evangelho 2022)
Fonte: Paulus em 14/11/2022
Comentário do Evangelho
SENHOR, QUE EU VEJA!
Ao fazer a leitura do profeta Isaías, na sinagoga de Nazaré, Jesus identificou-se com o Messias, ungido pelo Espírito do Senhor, para "anunciar aos cegos a recuperação da vista". De certo modo, todo o seu ministério consistiu em ajudar a humanidade a superar a cegueira de que era vítima. Cegueira do egoísmo, que impede de reconhecer o semelhante como quem merece afeição. Cegueira da idolatria, que leva o ser humano a trocar Deus pela criatura e deixar-se tiranizar por ela. Cegueira do pecado, com suas mais diversas manifestações, cujo resultado é a desumanização da pessoa, reduzindo-a à mais terrível escravidão.
A súplica do cego de Jericó pode ser a de todo discípulo: "Senhor, que eu veja!" Sim, o discipulado exige a libertação de todo tipo de cegueira. Isto só pode ser obra de Jesus. É ele quem possibilita ao discípulo ter visão e discernimento para fazer as escolhas certas e optar pelos caminhos mais condizentes com as exigências do Reino.
Contudo, o motor de tudo isto é a fé. No caso do cego de Jericó, foi a fé que o moveu a implorar misericórdia junto a Jesus. E, também, pela fé o discípulo é levado a buscar libertação junto a ele. Quanto mais profunda ela for, tanto mais apurada será a visão do discípulo, ou seja, maior será sua capacidade de "ver" o que Deus deseja dele.
Oração
Espírito que faz recobrar a visão, abre meus olhos para que eu possa discernir, com clareza, os caminhos do Reino, e andar por eles, com determinação e segurança.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Ó Deus, que destes a santa Isabel da Hungria reconhecer e venerar o Cristo nos pobres, concedei-nos, por sua intercessão, servir os pobres e aflitos com incansável caridade. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Dom Total em 17/11/2014
Meditando o evangelho
O CEGO DE JERICÓ
O homem cego, sentado à beira do caminho para Jericó, padecia de cegueira física, não, porém, de cegueira espiritual. Seu interesse em saber quem estava passando era mais que simples curiosidade. Deu mostras de intuir estar passando exatamente a pessoa com quem queria se encontrar: Jesus de Nazaré.
Por isso, quando lhe deram a notícia desejada, pôs-se a gritar freneticamente, sem se importar com quem o intimava a se calar. Quanto mais se esforçavam para reduzi-lo ao silêncio, tanto mais alto gritava. Afinal, não podia deixar escapar a chance, há tanto tempo esperada.
Mais uma vez, Jesus mostrou-se solidário com os pobres e os marginalizados dos quais o cego era um bom exemplo. Os gritos lancinantes chegaram não só aos seus ouvidos, mas principalmente ao seu coração. E se fez todo ouvido aos apelos do homem desejoso de cura.
O desejo do cego – ver – recebeu dupla resposta. Por um lado, o homem viu-se curado da deficiência física, tendo recuperado a visão. Por outro, abriram-se-lhe também os olhos da fé. Daí a constatação de Jesus: "A tua fé te salvou!" E como manifestação disto, o ex-cego tornou-se seguidor de Jesus, louvando a Deus pelas maravilhas operadas em seu favor. Levou, igualmente, a multidão a dar glória a Deus.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total)
Oração
Pai, infunde em mim uma fé profunda como a do pobre cego, cujo desejo de ser curado por Jesus levou-o a se abrir para a verdadeira visão que leva à salvação.
Fonte: Dom Total em 14/11/2016
Meditando o evangelho
QUE QUERES QUE EU FAÇA?
A cura do cego de Jericó é carregada de simbolismo.
Estando bem próximo de Jerusalém, onde sofreria a paixão, foi da boca de um pobre marginalizado que Jesus ouviu a proclamação de sua condição messiânica. Ao chamá-lo de Filho de Davi, o mendigo cego professou sua fé no Mestre, como o Messias longamente esperado pelo povo. Seu pedido de piedade manifestava a condição da humanidade inteira, carente da misericórdia de Jesus. Sua fé profunda no poder taumatúrgico do Senhor revelava o tipo de relacionamento que se deveria estabelecer entre Jesus e seus discípulos; relacionamento feito de entrega total e confiante.
A recuperação da visão significava que, para seguir Jesus, como fez o ex-cego, era preciso estar de olhos abertos, colocar-se em contínuo discernimento e não se deixar levar pela cegueira espiritual que pode levar à decepção em relação a Jesus. Tendo-se posto a seguir Jesus, glorificando a Deus, o miraculado tornava-se símbolo da disposição que deve ter o discípulo para seguir o Mestre, mormente, quando se trata de enfrentar a paixão e a cruz.
Jesus dirige a cada discípulo a pergunta "Que queres que eu te faça?". E reserva-lhe um gesto misericordioso, cujo efeito será prepará-lo para a provação da fé. Mas o discípulo não poderá manter-se cego, indiferente ao Senhor que passa, despreparado para segui-lo.
Fonte: Dom Total em 19/11/2018, 16/11/2020 e 14/11/2022
Oração
(Dia a dia com o Evangelho 2020 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp (dias de semana) Pe. Nilo Luza, ssp (domingos e solenidades))
Senhor Jesus, prepara-me, cada dia, para eu ser teu seguidor, reforçando minha fé e curando a cegueira que me impede de caminhar resoluto contigo.
Fonte: Dom Total em 19/11/2018 e 16/11/2020
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
1. O cego gritava mais ainda: Filho de Davi, tem compaixão de mim!
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)
Sexta etapa. “Eis que estamos subindo a Jerusalém.” Aproximando-se de Jericó, Jesus encontra um mendigo cego sentado na beira do caminho. Ele grita: “Jesus, Filho de Davi, tem compaixão de mim”. “Que queres que eu te faça?”, pergunta Jesus. É cego, é pobre, está na beira da estrada, mas o que é que ele quer? A pergunta de Jesus mostra o respeito pela liberdade daquele ser humano. “Que eu possa ver novamente”, foi a resposta. Não era cego de nascença. “A tua fé te salvou.” Recuperou então a vista e seguiu Jesus, glorificando a Deus. O cego de Jericó gritou: “Filho de Davi, tem compaixão de mim”. Os dez leprosos clamaram: “Mestre, tem compaixão de nós”. O publicano no Templo rezava: “Meu Deus, tem piedade de mim, pecador”. Tendo aprendido com eles, repitamos muitas vezes: “Senhor Jesus Cristo, tende piedade de mim”. Desfiando as contas de um komboskini grego ou um tchotki russo, do terço bizantino ou do nosso terço, repita calmamente a jaculatória que se tornará em você a “oração do coração”.
Fonte: NPD Brasil em 19/11/2018
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. Uma entrevista esclarecedora com o Ex-Cego
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
(Será que o problema desse homem era apenas a cegueira física, ou havia algo a mais que o fazia infeliz?
___O que você queria mesmo, era apenas enxergar?
___Não! Além de enxergar eu queria um sentido para a minha vida, enxergar era importante, mas eu, além do mundo, das coisas e objetos e das pessoas, queria ver algo mais, vislumbrar algo que me desse uma boa razão para viver.
___Então você está falando de uma escuridão mais terrível que a cegueira física?
___Sim, exatamente isso, a Vida de quem não descobriu uma razão e um sentido para o existir, é uma escuridão terrível, você não sabe de onde veio e para onde caminha, não imagina que rumo tomar…Por isso fica á beira do caminho a espera de alguma referência, alguma orientação, alguém que te dê uma luz....
___Ah então começo a perceber uma coisa importante, a narrativa da cura da sua cegueira é mais teológica do que jornalística?
___Mas é claro, Lucas o evangelista sabia de como aquela experiência com Jesus o Filho de Davi, mudou totalmente a minha vida.
___E por que você o chama por esse nome de "Filho de Davi"?
___Ah meu amigo, "Filho de Davi" era o grito dos pobres e pequenos daquele tempo, não só isso mas também de todo homem ou mulher que não tinha mais nenhuma esperança nesta vida, de quem estava no fundo do poço. E eu sabia que era ele... que estava se aproximando e gritei com todas minhas forças...
___O que você diz dos que tentaram fazer você se calar...
___Eles achavam que eu não tinha a menor chance de dar uma "guinada de 90 graus" na minha existência, o Nazareno não iria perder tempo comigo, que era considerado impuro, desgraçado, sem nenhuma perspectiva futura de mudar para melhor... Igual hoje, pois vocês aí do Terceiro Milênio também têm uma multidão de cegos á beira do caminho, gente que parou de andar porque não sabe para onde vai. Tendo a luz que é Jesus Cristo, e nada fazendo para que estes também conheçam a Luz, é omissão muito grave...
___E sobre a pergunta de Jesus, "O que queres que te faça?", parecer que ele foi irônico, claro que você queria enxergar, não é?
___Não foi irônico não, ele só queria saber se o que eu desejava era apenas uma cura física ou estava a procura de um novo rumo para a minha vida, por isso me fez essa pergunta...
___Nossa! Essa eu não sabia, a coisa mais lógica de um deficiente visual é querer enxergar...
___Pois é, mas a deficiência espiritual é mil vezes pior, então na minha resposta o Mestre percebeu que eu queria mais do que isso, queria ser seu seguidor e discípulo, porque sabia no meu coração que Ele era a Verdadeira Luz, aquele que dá sentido e razão a nossa existência…, pois muitos recebem a graça de uma cura física, Jesus não se nega a fazê-lo, porque sempre age com compaixão e misericórdia, mas as vezes o que foi curado continua com a doença grave que é a descrença e o pecado.
___Olha “Sêo” ex-Cego, o seu testemunho foi ótimo, pois a gente aqui do Terceiro Milênio, fica olhando só a cura física e não percebe esse algo mais que você falou, e que foi na verdade o que levou a multidão a dar glórias a Deus...
___Isso mesmo, eu entrei para a comunidade me sentindo um homem novo, que agora vê e enxerga esse Reino que Jesus inaugurou em nosso meio, aquele dia foi uma Festa inesquecível, o dia em que encontrei com Jesus e a minha vida mudou...porque descobri o sentido e a razão da minha existência. Vê se vocês cristãos aí do terceiro milênio, levam Jesus a esse monte de cegos e cegas que perambulam sem rumo, ou se acomodam á beira do caminho e da sociedade, paralisados pela cegueira, pelo desânimo e falta de esperança. Vê se vocês cristãos das comunidades cristãs, facilitam o acesso á salvação, e não tenham a conduta daqueles que queriam fazer calar a minha voz, o meu grito.
___Pode deixar meu irmão: Essa sua entrevista vai revolucionar a vida de muita gente aqui dos nossos tempos.
2. Jesus, Filho de Davi, tem compaixão de mim! - Lc 18,35-43
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)
O caminho para Jerusalém lá está, mas só é caminho de verdade se alguém por ele caminhar. Jesus é o caminhante que dá sentido ao caminho que vai encurtando as distâncias. De tal modo a distância se encurtou que foi possível ouvir a voz que clamava: “Jesus, Filho de Davi, tem compaixão de mim”. Disseram ao cego que Jesus Nazareno estava passando. Esta é a visão cristã do mistério da encarnação. Ele fez caminho e veio até nós. Desceu e nos encontrou na beira da estrada e ouviu nosso clamor. “Que queres que eu te faça?” O clamor é devolvido. Agora você decide. O que você quer que aconteça? Acredita mesmo que vai acontecer? O pedido não podia ser outro: “Que eu veja”. Seus olhos se abriram e ele viu. Viu Jesus de Nazaré e o seguiu. “A tua fé te salvou!” A nossa fé nos salvará. Já não vemos Jesus como o povo o viu naquele tempo. Agora nós o vemos na fé. Há, porém, um cego na beira do caminho. A esse podemos ver com nossos próprios olhos. Ele está por aí. Basta sair passando e fazendo caminho.
Fonte: NPD Brasil em 16/11/2020
HOMILIA
JESUS, FILHO DE DAVI TENHA PENA DE MIM
Jesus se aproxima de Jericó, etapa final de sua subida a Jerusalém, distante cerca de 20 quilômetros. Há um cego sentado a beira do caminho, pedindo esmola. Sabendo que Jesus passa, grita por ele, identificando-o como aquele que lhe pode dar tudo o que precisava para curar a sua cegueira e grita: Jesus, Filho de Davi, tenha pena de mim!
A cegueira quando acomete o indivíduo perfeito e o torna deficiente é muito amarga. Ela no texto de hoje bateu nas porta de Bartimeu. Sua vida havia mudado drasticamente pelo fato de a cegueira o haver acometido há algum tempo atrás. O homem era a personificação da infelicidade. Não podia enxergar. Lucas nos relata que ele passava suas horas, seus dias, sentado a beira do caminho que levava a Jericó. Por certo uma passagem obrigatória de todos os viajantes que se dirigiam àquela cidade ou de lá saíam. Ele, o cego, conhecia cada caravana só pelo tropel de seus camelos, as risadas e os gritos de cada cavaleiro. E, sentado à beira do caminho, pedia esmola. Bartimeu, é o te retrato e o de todos aqueles que ignoram a Jesus. Cego e pobre mendigo seria a expressão mais correta.
Na manhã dos acontecimentos narrados pela pena de Lucas, o caminho de Jericó parecia diferente. Bartimeu chegou cedo, como de costume. Afinal não se podia perder a oportunidade de arrecadar o máximo possível da bondade dos transeuntes daquele lugar. Algo entretanto cheirava diferente para Bartimeu.
A fama de Jesus já havia corrido por todos os lados daquela região. Por onde quer que Ele fosse uma multidão o acompanhava. Gente de todas as raças e lugares. O colorido era visto de longa distância. Assim era o charme de Jesus gente de todos os lugares, de todas as cores e raças. Inclusive as raças de víboras que João Batista falara tanto.
Um grande som, diferente, se ouvia dos lados de Jericó. O que representava aquele barulho diferente Bartimeu não podia identificar. E chegava cada vez mais perto, a ponto de agora, poder-se ouvir perfeitamente as vozes alegres de pessoas caminhando.
Bartimeu ouvia aquilo, mas não sabia o que era. Aliás, o pecador, cego, sem Jesus, ouve muito bem, até mesmo a respeito de Jesus, mas não sabe quem Ele é.
Intrigado com algo tão inusitado, pois naquele caminho os sons que ele estava acostumado a ouvir eram diferentes, Bartimeu interpela alguém que se aproxima dele. A notícia da chegada de Jesus alvoroça Bartimeu. Ele agora toma consciência do fato. Sabe ser aquela a sua única e grande chance. Sim, porque não quer permanecer a vida toda na cegueira. Jesus para ele agora se tornou a grande esperança de felicidade. Há dias ele ouvira falar que aquele homem tinha feito muitos milagres entre os samaritanos e até pensou que se pudesse iria ao encontro dele. Que felicidade! Jesus veio ao seu encontro. Mas não era bem assim... Jesus estava passando. Mas aquele momento era decisivo. Não poderia deixar passar a oportunidade. Toma a mais importante decisão de sua vida: clama por Jesus. Algumas pessoas o recriminam, impedem-no até. Mas, se houvesse cura para ele aquela era sua única chance. Clama mais alto: Jesus, Filho de Davi, tem compaixão de mim.
Que fato interessante! Jesus que tudo sabe, não se importou com aquele cego. Ia passando. É claro que Jesus sabia da sua profunda necessidade. Estava apenas aguardando o momento certo. E, Bartimeu aos gritos insistia: tem misericórdia de mim. Jesus ouviu. Desde o primeiro instante Jesus ouviu. Como ouve a todos.
Ordenou que trouxessem o cego. E faz a pergunta: O que é que você quer que eu faça? Sua necessidade era física, cura, disse o cego: Senhor, eu quero ver de novo!.
Para Jesus a necessidade dele ia mais além, a cura espiritual. Igual a todo pecador sem Jesus necessita de cura espiritual para enxergar a salvação. Entretanto, Jesus notou no cego Bartimeu, além do profundo desejo de cura física uma fé sem limites. Fé que o levou a clamar por compaixão, não se importando com todos os obstáculos que estivessem a sua frente. Essa tamanha fé leva Jesus a afirmar: A tua fé te salvou. O resultado dessa fé foi imediatamente notada pois Bartimeu sai exultante dando glórias a Deus. O povo que ia junto a Jesus vendo isto também glorificava a Deus. O pecado cega o homem. Deixa-o a margem da estrada, mendigando, implorando por migalhas da compaixão do mundo.
Coberto por esta capa imunda que Satanás lhe ata sobre os ombros, segue a passos largos rumo ao Inferno. Mas Jesus, o Filho de Deus, pode dar luz, vida e salvação. A visão mais desejada deve ser a visão espiritual.
Seja tu também Bartimeu e grite bem alto: Jesus, Filho de Davi, tenha pena de mim! E Jesus assim como curou e salvou a ele respondendo também te dirá: vai em paz! Veja, a tua fé te salvou.
PADRE BANTU SAYLA
Fonte: Liturgia da Palavra em 17/11/2014
HOMILIA DIÁRIA
A visão mais desejada deve ser a visão espiritual
Postado por: homilia
Novembro 19th, 2012
Jesus se aproxima de Jericó, etapa final de sua subida a Jerusalém, distante cerca de vinte quilômetros. Há um cego sentado à beira do caminho, pedindo esmola. Sabendo que Jesus passa, grita por Ele, identificando-O como Aquele que lhe pode dar tudo o que precisava para curar a sua cegueira e grita: “Jesus, Filho de Davi, tem piedade de mim!”
A cegueira quando acomete o indivíduo perfeito e o torna deficiente é muito amarga. A vida daquele homem havia mudado drasticamente pelo fato de a cegueira o haver acometido há algum tempo atrás. O homem era a personificação da infelicidade: não podia enxergar.
Lucas nos relata que ele passava suas horas, seus dias, sentado à beira do caminho que levava a Jericó. Por certo, uma passagem obrigatória de todos os viajantes que se dirigiam àquela cidade ou de lá saíam. Ele, o cego, conhecia cada caravana só pelo tropel de seus camelos, as risadas e os gritos de cada cavaleiro. E, sentado à beira do caminho, pedia esmola.
Na manhã dos acontecimentos narrados pela pena de Lucas, o caminho de Jericó parecia diferente. O pobre mendigo cego chegou cedo, como de costume. Afinal, não se podia perder a oportunidade de arrecadar o máximo possível da bondade dos transeuntes daquele lugar. Algo, entretanto, “cheirava diferente” para ele.
A fama de Jesus já havia corrido por todos os lados daquela região. Por onde quer que Ele fosse, uma multidão O acompanhava. Gente de todas as raças e lugares. O colorido era visto de longa distância. Assim era a fama de Jesus: gente de todos os lugares, de todas as cores e raças. Inclusive, as “raças de víboras” que João Batista falara tanto.
Um grande som, diferente, se ouvia dos lados de Jericó. O que representava aquele barulho diferente? O cego não podia identificar. E chegava cada vez mais perto, a ponto de agora, poder-se ouvir perfeitamente as vozes alegres de pessoas caminhando.
Aquele cego ouvia a tudo aquilo, mas não sabia do que se tratava. Aliás, o pecador, cego, sem Jesus, ouve muito bem, até mesmo a respeito de Jesus, mas não sabe quem Ele é.
Intrigado com algo tão inusitado, pois naquele caminho os sons que ele estava acostumado a ouvir eram diferentes, ele interpela alguém que se aproxima dele. A notícia da chegada de Jesus alvoroça o coração do homem! Ele agora toma consciência do fato. Sabe ser aquela a sua única e grande chance. Sim, porque não quer permanecer a vida toda na cegueira. Jesus, para ele, agora se tornou a grande esperança de felicidade.
Há dias ele ouvira falar que aquele homem tinha feito muitos milagres entre os samaritanos e até pensou que, se pudesse, iria ao encontro dele. Que felicidade! Jesus veio ao seu encontro. Mas não era bem assim… Jesus estava passando. Mas aquele momento era decisivo. Não poderia deixar passar a oportunidade. Então, ele toma a mais importante decisão de sua vida: clama por Jesus. Algumas pessoas o recriminam, impedem-no até. Mas, se houvesse cura para ele, aquela era sua única chance. Clama mais alto: “Jesus, Filho de Davi, tem piedade de mim!”
Que fato interessante! Jesus que tudo sabe, não se importou com aquele cego. Ia passando. É claro que Jesus sabia da sua profunda necessidade. Estava apenas aguardando o momento certo. E, aos gritos, o cego insistia: “Tem piedade de mim!” Jesus ouviu. Desde o primeiro instante, Jesus ouviu. Como ouve a todos.
Ordenou que trouxessem o cego. E faz a pergunta: “Que queres que eu faça por ti?” Sua necessidade era física. Era a cura. Disse o cego: “Senhor, eu quero enxergar de novo”.
Para Jesus, a necessidade dele ia mais além: ele necessitava da cura espiritual. Igual a todo pecador que, sem Jesus, necessita da cura espiritual para enxergar a salvação.
Entretanto, Jesus notou naquele cego – além do profundo desejo de cura física – uma fé sem limites. Fé que o levou a clamar por compaixão, não se importando com todos os obstáculos que estivessem a sua frente. Essa tamanha fé leva Jesus a afirmar: “A tua fé te salvou”.
O resultado dessa fé foi imediatamente notada, pois, agora curado, aquele homem sai exultante dando glória a Deus. O povo que ia junto a Jesus, vendo isto, também glorificou a Deus. O pecado cega o homem. Deixa-o a margem da estrada, mendigando, implorando por migalhas da compaixão do mundo.
Coberto por esta capa imunda que Satanás lhe ata sobre os ombros, segue a passos largos rumo ao inferno. Mas Jesus, o Filho de Deus, pode dar luz, vida e salvação. A visão mais desejada deve ser a visão espiritual.
Seja você também como aquele cego e grite bem alto: “Jesus, Filho de Davi, tem piedade de mim!” E Jesus, assim como curou e salvou a ele, respondendo também lhe dirá: “Vai em paz! Veja, a tua fé te salvou”.
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova em 19/11/2012
HOMILIA DIÁRIA
Precisamos ver o mundo com os olhos da fé
Existem muitas coisas à nossa frente, na nossa casa e na nossa família que estão se perdendo ou desandando, porque não sabemos ver as coisas como elas deveriam ser vistas. Mas se o Senhor tocar dentro de nós, os nossos olhos da fé se abrirão!
“O cego respondeu: ‘Senhor, eu quero enxergar de novo’. Jesus disse: ‘Enxerga, pois, de novo. A tua fé te salvou’.” (Lucas 18, 41-42)
Este cego do Evangelho de hoje, que está à beira do caminho em Jericó, onde Jesus estava passando, representa, na verdade, a realidade espiritual e humana de muitos de nós. Trata-se de um tipo de cego muito comum, que um dia já enxergou. Não é um cego de nascença, mas, por alguma razão e um motivo específico, ele perdeu a visão.
Imagine qualquer um de nós ter a graça de enxergar, mas, de repente, por qualquer circunstância, seja por acidente ou problema de saúde, formos perdendo a nossa visão e não pudermos mais enxergar.
Deixe-me dizer uma coisa a você: no mundo espiritual, acontece isso com todos nós quando não nos cuidamos nem damos ao nosso interior a atenção de que ele precisa. Assim como nossos olhos precisam ser cuidados e precisamos ter toda delicadeza para que a nossa visão seja sempre boa e apurada, o mesmo acontece com nossa visão interior, se não cuidarmos dela, ficaremos cegos aos poucos. Tantas coisas podem acontecer na nossa vida e vão tirando nossa visão interior, aquela que um dia tivemos. Muitas vezes, as causas dessa cegueira são o excesso de vaidade e as ilusões da vida.
Quando nos iludimos com as coisas deste mundo, quando mudamos o nosso referencial de valores, deixamos de praticar os bens espirituais e passamos a priorizar o material. Então, o materialismo entra em nós e só conseguimos enxergar, a partir daí, as coisas mundanas. Dentro de nós há decepções, mágoas e ressentimentos. Quando não sabemos lidar bem com essa realidade, ela nos cega aos poucos.
Não importa o ponto espiritual no qual nos encontramos hoje, o que nós queremos é fazer como esse cego de Jericó e pedir ao Senhor: “Jesus, tenha piedade de mim! Se eu estou cego, iludido e não consigo mais ver as coisas com Seus olhos, abra os meus, Senhor! Tenha compaixão de mim, permita que eu enxergue de novo o mundo com pureza e bondade, e veja as coisas com o olhar da fé!”.
Como o Senhor teve misericórdia daquele cego em Jericó, que também tenha misericórdia de nós! Existem muitas coisas à nossa frente, na nossa casa e na nossa família que estão se perdendo ou desandando, porque não sabemos enxergar as coisas como deveríamos vê-las.
Se o Senhor tocar dentro de nós, os nossos olhos da fé se abrirão! Jesus, Filho de Davi, tenha piedade de nós!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 17/11/2014
HOMILIA DIÁRIA
Jesus ilumina o nosso interior
Quanto precisamos da graça de Deus para iluminar nosso interior, para iluminar a nossa capacidade de enxergar!
“O cego respondeu: ‘Senhor, eu quero enxergar de novo‘. Jesus disse: ‘Enxerga, pois, de novo. A tua fé te salvou.” (Lucas 18,41-42)
A caminho de Jericó, o cego, sentado, ouviu aquele burburinho, ouviu aqueles ruídos de que Jesus estava por ali, então, começou a gritar de forma insistente: “Jesus, filho de Davi, tende piedade de mim!”. Quanto mais Jesus se aproximava, de forma mais insistente ele gritava.
Sabe, meus irmãos, esse cego não é um cego de nascença, ele já havia enxergado, mas, por alguma circunstância da vida, perdeu a visão, deixou de enxergar e percebeu quanta diferença isso fez.
O drama desse cego, que busca em Jesus instituir novamente a sua visão, é um drama que, na verdade, ilumina tantas situações presentes em nossa vida. Quantos de nós perdemos a visão do essencial, da compreensão da vida, da fé, a visão iluminada, guiada e conduzida por Deus.
Jesus já nos disse que os olhos são a luz do corpo, mas, aqui, não se trata dos olhos físicos apenas, e sim dos olhos que nos dão a visão e a compreensão. Somos aquilo que enxergamos, e só conseguimos ser aquilo que conseguimos enxergar. Muitas vezes, a nossa visão é muito limitada, reduzida ou proliferada, aberta demais; enxergamos demais, porém não enxergamos o que precisamos enxergar.
Quanto precisamos da graça de Deus para iluminar nosso interior, para iluminar a nossa capacidade de enxergar, para ver coisas que estão à nossa frente, mas não conseguimos ver! Olhamos para a situação de muitas famílias: às vezes, a pessoa consegue enxergar o problema de todos, consegue ver o problema da vizinha, daquela outra casa, mas não enxerga o problema dentro da sua própria casa, não vê as coisas que estão acontecendo a sua frente, a sua vista, onde mora.
A pior cegueira é quando não conseguimos enxergar nós mesmos, quando não conseguimos enxergar nossas realidades interiores, onde precisamos ser tocados. Precisamos de modificações, de direção e luz de Deus.
O pior cego é, de fato, aquele que não se enxerga. Não é só o cego que não quer ver, é o cego que, de fato, enxerga demais o mundo lá fora, vê a luz exterior com muita facilidade, mas não tem a percepção interior necessária para que possa caminhar na vida.
São tantos atropelos! Machucamo-nos em tantas circunstâncias da vida… Que bom seria se enxergássemos melhor o mundo que está ao nosso lado! Por isso, nosso grito precisa ser como o desse cego: “Senhor, que eu veja! Que eu enxergue de novo! Eu necessito melhorar minha visão”.
Que nossa fé seja um elemento principal para abrirmos nossos olhos, para iluminarmos nossa mente, para que possamos enxergar o mundo e a nós mesmos com os olhos de Jesus, que é a luz do mundo.
Que Ele seja a luz da nossa vida, do que fazemos, das decisões que tomamos. Quanto precisamos de uma visão interior muito mais ampla, mais perceptível, sensitível para termos direção, prudência, sensatez nas escolhas que fazemos na vida!
Que Deus nos dê aquilo que deu ao cego: a graça de enxergarmos o que, de fato, precisamos enxergar.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 14/11/2016
HOMILIA DIÁRIA
A fé nos faz enxergar o mundo com o olhar de Deus
Quando a fé nos contagia por inteiro, por dentro e por fora, enxergamos o mundo com o olhar de Deus
“‘Que queres que eu faça por ti?’ O cego respondeu: ‘Senhor, eu quero enxergar de novo’. Jesus disse: ‘Enxerga, pois, de novo. A tua fé te salvou’.” (Lucas 18, 41-42)
Impressiona-me muito a cura desse cego. Não se trata de um cego de nascença, trata-se de um homem que, um dia, enxergou. E, por situações desconhecidas da vida, ficou cego.
Para quem um dia enxergou e não enxerga mais, a situação se torna muito mais dramática e complicada. Percebemos que, quando os anos vão passando ,a nossa visão fica mais comprometida, já não enxergamos tão bem como como quando jovens. A situação desse homem é que ele ficou realmente cego, mas ele tinha uma luz da fé dentro dele.
Foi movido por essa luz da fé que disseram a ele que Jesus de Nazaré estava passando por ali. Ele correu ao encontro de Jesus e clamou: “Jesus, Filho de Davi, tenha compaixão de mim”. Jesus disse: “O que você quer de mim, meu filho?” Ele respondeu: “Eu quero enxergar de novo”.
Ao longo da vida, vamos perdendo a visão, mas vamos perdendo também a fé. Ao longo do caminhar da vida, vamos perdendo a visão interior a respeito de nós. Ficamos cegos e, também, nos tornamos pessoas egoístas, individualistas, soberbas, orgulhosas e isso cega a nossa visão de mundo. Por isso, não enxergamos tantas coisas importantes para a vida.
O mais ruim é que, quando vamos melhorando de vida, vamos perdendo a nossa ligação com Deus, a nossa dependência com Ele, vamos nos cegando interiormente.
O grito desse cego precisa ser o nosso grito: “Eu quero enxergar de novo!” O nosso clamor pode até ser diferente: “Eu quero enxergar o que até hoje não enxerguei, eu quero enxergar de verdade aquilo que sou, eu quero enxergar quem é o meu irmão, eu quero enxergar a vida, o mundo, eu quero enxergar o Senhor; porque até agora com a visão que tenho, enxergo pouco e mal, ou quase não enxergo”.
É a graça que precisamos pedir: “Abre os nossos olhos, Senhor”.
A fé desse cego fez com que ele recuperasse a vista ou, melhor ainda, que ele tivesse uma vista nova porque ele nunca mais olhou o mundo do mesmo jeito. Parece que quando ele enxergava, não tinha fé, ele enxergava as coisas apenas de forma natural. E, agora, ele pode enxergar o mundo com os olhos de Deus de forma sobrenatural, porque tem fé.
Quando a fé nos contagia por inteiro, por dentro e por fora, enxergamos o mundo com o olhar de Deus.
Que o Senhor abra os nossos olhos e permita-nos enxergar o que até agora não conseguimos enxergar bem, sobretudo, a respeito de nós mesmos.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 19/11/2018
HOMILIA DIÁRIA
A fé nos permite enxergar o mundo
“O cego respondeu: ‘Senhor, eu quero enxergar de novo’. Jesus disse: ‘Enxerga, pois, de novo. A tua fé te salvou’.” (Lucas 18,41-42)
Passando em Jericó, o cego gritava de forma insistente ao Mestre Jesus: “Jesus, Filho de Davi, tem piedade de mim”. O grito desse cego é o grito de toda alma necessitada da libertação, da restauração, necessitada da presença de Deus na sua vida.
O grito do cego não é um grito de desespero, é um grito de fé, é um clamor de confiança, na certeza de que só Jesus poderia libertá-lo. Aquilo que o cego está gritando é, na verdade, a sua profissão de fé, pois ele acredita que Jesus é o Messias, ele crê no senhorio de Jesus.
Aqui tem duas coisas importantes naquilo que o cego está exclamando: primeiro, ele professa a sua fé em Jesus, o Filho de Davi. Sabemos que o Messias, aquele que era ungido de Deus, enviado de Deus, seria de fato o sucessor de Davi, viria da casa de Davi e, ao mesmo tempo, Ele tem o poder de perdoar os nossos pecados, de nos redimir, libertar-nos, por isso que do seu coração há esse clamor: “Tende piedade de mim”.
É preciso sair de todos esses marasmos para que possamos enxergar, para que realmente possamos ver a luz e a fé
Envoltos em tantas cegueiras no mundo em que estamos, precisamos, a cada dia, clamar para enxergar de novo, para enxergar melhor, para enxergar de verdade, porque estamos cegos, perdidos e não estamos enxergando o próprio interior.
Tantas coisas se passam na nossa alma e no nosso coração, mas nós não percebemos, não vemos, não enxergamos como devíamos enxergar. Do outro lado, há tantas pessoas passando ao nosso lado, convivendo e morando conosco, trabalhando conosco em diversas realidades, e não conseguimos enxergar o outro.
Segundo, porque há, dentro de nós, cada vez mais, de forma inflamada o pecado do egoísmo que faz de nós pessoas individualistas, centrados em nós. Movem-se muitas vezes dentro do nosso coração a soberba que nos deixa realmente presos às nossas mágoas, rancores e, acima de tudo, aos nossos interesses.
Precisamos sair de todos esses marasmos para enxergarmos, para que realmente possamos ver que a luz e a fé são, de fato, aquilo que ilumina o nosso interior. É por isso que Jesus está proclamando a esse cego: “Enxerga, pois, de novo. A tua fé te salvou”.
A fé nos salva, liberta e coloca-nos de pé; acima de tudo, a fé nos permite enxergar o mundo, as coisas, não com os nossos olhos humanos ou com a nossa visão humana, egoísta e distorcida, mas enxergar as coisas à luz, com a direção e a graça de Deus.
Com humildade, fé e persistência, clamemos ao Senhor Jesus: “Dá-me a graça de enxergar de novo e de enxergar melhor a cada dia”.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 16/11/2020
HOMILIA DIÁRIA
Cristo vai ao encontro da sua pequenez e te resgata
“’Que queres que eu faça por ti?’” O cego respondeu: ‘Senhor, eu quero enxergar de novo’. Jesus disse: ‘Enxerga, pois, de novo. A tua fé te salvou’.” (Lucas 18,41-42)
Meus irmãos, nessa passagem conhecidíssima do cego de Jericó, em que o Senhor foi ao encontro dele, o Senhor foi àquela cidade baixa, Jericó — cidade alta, Jerusalém —, a eternidade, o Céu, a busca pelas coisas no Alto. Jericó, a cidade baixa, que lembra o pecado, lembra os males.
Jesus foi até lá, até o pecador, até aquele cego que ouviu falar que Ele estava por ali. E, aquele cego, embora cego dos olhos, enxergava com o coração. Por isso, clamou por Jesus: “Jesus, filho de Davi, tem piedade de mim”.
Meus irmãos, o quanto nós precisamos curar a cegueira do nosso coração e clamar pelo nosso Deus, clamar por Nosso Senhor. E aquele cego recebeu a graça de estar com o Senhor e fez o pedido correto. Primeiro, ele pediu piedade, pediu misericórdia, o Senhor foi até ele e disse: “O que você deseja? O que você quer?” Depois, ele fez o pedido de enxergar.
É assim que nós devemos nos colocar na presença de Deus: primeiro, pedir perdão, reconhecer que nós somos pecadores. Depois, podemos fazer o nosso pedido a Deus. E aquele homem pediu para enxergar de novo.
Um detalhe que, às vezes, passa despercebido, ou seja, se ele pediu para enxergar de novo é sinal que ele já enxergava. Não sabemos quais foram os motivos que o cegaram, que fizeram com que ele ficasse cego, mas fato é que ele ouviu falar do Senhor, pediu piedade e pediu para enxergar novamente.
A partir do encontro com Cristo, podemos vê-Lo e podemos também ver o nosso irmão
Ele não podia mais mendigar, ele não aguentava mais mendigar. Sim, meus irmãos, sem a luz do Senhor nós mendigamos, sem a luz d’Ele ficamos à beira do caminho, como aquele cego estava. Mas, a partir do encontro com Cristo, nós enxergamos, a partir do encontro com Ele, podemos vê-Lo e podemos também ver o nosso irmão.
A cura da cegueira daquele homem o fez enxergar a Deus e também os irmãos. Ele saiu da condição de pobreza, de indignidade e até de maldição. Ele era mal visto e, agora, bem visto pelo Senhor, passou a enxergar e passou a seguir Nosso Senhor. Aquele homem enxergou de novo.
Quais são os males que nos impedem de enxergar o Senhor? Peçamos a Ele: “Senhor, que eu enxergue de novo. Senhor, que meu coração arda novamente em estar na Tua presença. Lembra como era antes? Senhor, que eu reze como rezava antes, que eu reze melhor, que eu reze com mais fé, que eu faça mais o bem ao meu irmão, ao meu próximo, porque eu não estava fazendo”.
Tudo isso ocorre a partir do encontro com Nosso Senhor. Pode ter certeza: Ele vai ao seu encontro, ao encontro da sua pequenez, ao encontro do seu pecado e te resgatar. Mas diga a Nosso Senhor o que você realmente precisa. Precisa pedir perdão e precisa sim de uma graça, enxergar de novo, ouvir de novo, estender as mãos para o outro de novo para ajudar.
Que o Senhor cure a nossa cegueira, a cegueira do nosso coração, para que possamos enxergá-Lo e servi-Lo no nosso irmão, no nosso próximo.
Abençoe-vos o Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!
Padre Márcio Prado
Sacerdote da Comunidade Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 14/11/2022
Oração Final
Pai Santo, quando a vida nos oferecer condições de servir ao nosso próximo, ensina-nos a sermos humildes e tratarmos com respeito e delicadeza o nosso irmão. Faze-nos parecidos com Jesus de Nazaré, o Cristo, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese em 19/11/2012
Oração Final
Pai Santo, ensina-nos a virtude de ouvir o nosso irmão. Que o teu Espírito nos ajude a refrear nossa língua e que tardemos em dar nossa opinião, mantendo-nos sempre disponíveis para ouvir com carinho e vontade de ajudar. Assim estaremos seguindo o Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese em 17/11/2014
Oração Final
Pai Santo, dá-nos a consciência de que, para melhor servir ao irmão, devemos respeitar sua liberdade. Que nós nos disponhamos a oferecer-lhe o que ele necessita ou deseja e não apenas aquilo que nos parece mais adequado ou que esteja sobrando para nós. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo. Amém
Fonte: Arquidiocese em 14/11/2016
ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, quando a vida nos apresentar condições de servir ao próximo, ensina-nos a ser humildes e tratar com respeito e delicadeza o nosso irmão. Faze-nos ouvintes tranquilos, pacíficos e atenciosos, parecidos com Jesus de Nazaré, o Cristo, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese em 19/11/2018
ORAÇÃO FINAL
Pai que és todo Misericórdia, como sinal de nosso Amor a Ti e de reconhecimento pela maravilha da Criação, queremos conduzir a nossa vida de maneira que encontremos, desenvolvamos e façamos frutificar todas as oportunidades que nos forem oferecidas para viver a plenitude do teu Projeto de Amor. Ajuda-nos, Pai querido, por Jesus, o Cristo, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese em 16/11/2020
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