ANO C

Lucas 23,1-49
Comentário do Evangelho
No início da Quaresma, no Domingo da Tentação, o demônio se afastou de Jesus até o tempo oportuno, escreve São Lucas.
O demônio vai voltar e se apresentar como já se apresentou nos dias de Jó. É o tentador, o provocador, o que nos põe à prova esperando que sejamos perdedores. Ele vai voltar para provocar Jesus e voltará nos dias da sua Paixão e Morte. Seu desejo não é atingir apenas Jesus e vê-lo fraquejar. Visa também Pedro e os discípulos. Satanás pede insistentemente para peneirá-los como trigo. Pede a quem? A Deus, como pediu quando sugeriu a Deus que testasse a fidelidade de Jó. Satanás queria peneirar a todos, mas Pedro contou com uma proteção particular de Jesus, que rezou por ele para que a sua fé permanecesse firme. E é nesse momento tão solene do anúncio da negação de Pedro que Jesus lhe diz: Quando você se converter, confirme os seus irmãos. Vou contigo à prisão e a morte, falou alto a presunção de Pedro, que seria denunciado pelo canto do galo. Pedro estava dizendo que não conhecia Jesus quando o galo cantou, e Jesus, voltando-se, fixou o olhar nele. Pedro saiu para fora e chorou amargamente. Chorou as lágrimas da sua conversão e chorou com dor. Agora pode confirmar os seus irmãos.
Se houve um lugar em que Pedro tenha recebido o primado, este lugar foi aqui, regado com lágrimas. Agora Pedro pode compreender os seus irmãos. Em sua bondade, Jesus confiou na conversão de Pedro. No Calvário, onde o crucificaram, teve forças para salvar o mundo numa única frase: Pai, perdoai-lhes, não sabem o que fazem. Proclama nossa ignorante inocência para obtermos o perdão. No Pórtico de Salomão, Pedro dirá que seu povo agiu por ignorância. Não nos falte a oração de Cristo, não nos faltem as lágrimas, não nos falte o perdão.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2016’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)
http://www.npdbrasil.com.br/religiao/evangelho_do_dia_semana.htm
Meditando o Evangelho
O INOCENTE CONDENADO
A paixão de Jesus gira em torno de um paradoxo: um inocente condenado a morrer como os bandidos e os marginais. Seus acusadores foram incapazes de aduzir uma só prova consistente contra ele. A autoridade romana, que deveria confirmar a sentença de morte dada pelo tribunal judaico, declarou não ter encontrado em Jesus nada que justificasse uma punição. Foi por isso que Pilatos achou por bem enviá-lo a Herodes, cuja jurisdição abrangia a Galiléia, na tentativa de confirmar seu parecer. Ao ser enviado de volta, Pilatos deduziu que também Herodes nada havia apurado contra Jesus.
A atitude do Mestre, ao longo de todo o processo, foi de silêncio. Ele agia como o Servo Sofredor, que Isaías comparou com um cordeiro manso, levado ao matadouro. Seu silêncio justificava-se. Era impossível buscar a verdade dos fatos com quem estava fechado para a verdade. Não existe Lei para quem se arvora em senhor da vida e da morte do próximo. Toda tirania descamba para a injustiça.
A fragilidade de Jesus diante de seus carrascos tem a densidade de um gesto profético. Ele se recusou, até o fim, a entrar na ciranda da violência, que paga com a mesma moeda a injustiça sofrida. Não respondendo ao mal com o mal, Jesus conseguiu desarticulá-lo, mostrando que é possível ao ser humano não se deixar dominar por seus instintos perversos.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total)
Oração
Espírito de justiça, que a contemplação da morte de Jesus me torne sensível às injustiças que, ainda hoje, se cometem contra tantos inocentes.
http://www.domtotal.com/religiao/meudiacomdeus.php?data=2016-3-20
OU
Lc 19,28-40
HOMILIA DIÁRIA
Coloquemos no Senhor a esperança em nossa glória definitiva
Para chegar na glória definitiva, é preciso passar pela Paixão, ser fiel, cumprir na vida os desígnios amorosos de Deus e não se deixar corromper pelas tentações
“Bendito o Rei que vem em nome do Senhor; paz no céu, e glória nas alturas.” (Lucas 19, 38)
Começamos, com a celebração de hoje, a Semana Santa da Paixão e Ressurreição gloriosa de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.
Não focamos a Semana Santa apenas na Paixão de Cristo, como se fosse o mistério mais alto daquilo que estamos celebrando, não passamos pela celebração da Páscoa sem passar pela Sua Paixão. Por isso, o Domingo de Ramos é rico em significados do mistério salvífico.
Jerusalém é a cidade santa, cidade da glória, cidade do Grande Rei; é lá que Ele vai celebrar Sua última Páscoa, que começa da mesma forma como termina: gloriosa, com exultação e exaltação.
Aquilo que os judeus fizeram ao Senhor, proclamando “Hosana no mais alto dos céus, bendito que vem em nome do Senhor” são as pessoas que vêm das várias partes de Israel, já O conheciam, já viram o que Ele realizou na Galileia, na Samaria, em tantos lugares que esteve presente, e reconhecem que Jesus está entrando glorioso naquela cidade. Eles O aclamam, proclamam Hosana ao Filho de Davi.
É dessa forma que o Senhor entrou em Jerusalém celeste, e dessa mesma forma voltará glorioso para o meio de nós! Jesus sabe que Sua Páscoa não para na glória, mas termina nela. Para chegar na glória definitiva, é preciso passar pela Paixão, ser fiel, cumprir na vida os desígnios amorosos de Deus e não se deixar corromper pelas tentações das facilidades, de um poder vicioso e maldoso que quer negar a obra de Deus.
Em Jerusalém, Jesus testemunha, mais do que nunca, a obra de Deus em Sua vida.
O Domingo de Ramos é também o domingo da Paixão de Cristo, onde contemplamos o Cristo que entra glorioso, mas sofre a Paixão na cruz por nossos pecados, para nos redimir e nos salvar de todos os eles.
Neste domingo, colocamos na cruz do Senhor o sofrimento de toda a humanidade e os crucificados da história. Colocamos aos Seus pés a esperança em nossa páscoa definitiva. Sabendo lidar com as paixões que sofremos diariamente na vida, os dramas que enfrentamos, as negações e traições que passamos, viveremos, no mistério da Paixão de Cristo, a redenção de nossa humanidade!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
http://homilia.cancaonova.com/homilia/coloquemos-no-senhor-a-esperanca-em-nossa-gloria-definitiva/
HOMILIA

nº 1528 – Homilia do Domingo de Ramos
“Exemplo de humildade”
Aprender de sua Paixão
“Bendito o rei, que vem em nome do Senhor! Paz no céu e glória nas alturas” (Lc 19,38). O grito do povo não é só um desejo político de libertação é realização das esperanças. Ao ser repreendido pelos chefes do povo, Jesus responde: “Se eles se calarem, as pedras gritarão” (Id. 40). A entrada de Jesus em Jerusalém não é somente a narrativa de um fato, mas um projeto que é colocado em ação. Deus visitou seu povo. Ali estavam sendo realizadas as profecias e satisfeitas as esperanças. O povo conhece os passos de Deus. Como celebração litúrgica, temos dois momentos: O primeiro festivo com a procissão de ramos. E o outro, mais recolhido, com a contemplação do Mistério da Paixão.
Por isso lemos os textos do Servo sofredor de Isaias (Is 50,4-7), que é uma imagem de Jesus que sabe ouvir o que o Pai quer falar. Esse Messias é também o Filho de Deus que assumiu a condição humana e se humilhou até à morte e morte de Cruz. Por isso recebe do Pai a Ressurreição. No evangelho ouvimos a narrativa da Paixão do Senhor. O Domingo de Ramos apresenta-se como uma síntese do Mistério Pascal de Cristo: sofrimento que conduz à glorificação. O Cristo que morre é o Ressuscitado. Tudo que acontecerá, conduz à Ressurreição. O ensinamento de Isaias sobre o Servo Sofredor faz dele um discípulo fiel e que está sempre aprendendo. A oração da Missa apresenta a humildade do Filho como exemplo da humildade que devemos ter. Humildade de colocar-se a serviço para que todos tenham vida. Fazendo como Jesus fez, chegamos também à glória. Aprendendo de sua Paixão podemos ressuscitar com Ele em sua glória.
O projeto de um rei pacífico
Ele é o rei pacífico que não vem tomar posse de um reino, mas por-se a serviço de necessitados, pois o rei era encarregado de Deus para cuidar dos pobres. Não entrou como um poderoso dominador, mas como Davi, respondendo à profecia de Zacarias (9,9) de um rei humilde. Tem consciência de sua missão e a apresenta com vigor. Sua humildade se manifesta em sua Paixão. Passou por todas as humilhações. Em tudo se entregou ao Pai: “Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito” (Lc 23,46). Sempre conduzido pelo Espírito Santo sabia assumir até o extremo sua dedicação ao Pai. Nem a glória da aclamação nem o extremo da paixão O desviaram de seu caminho. O projeto desse rei pacífico é entregar-se totalmente ao Pai. Mesmo sentindo a agonia da Paixão, como rezamos no salmo 21, e sentindo-se abandonado pelo Pai, confia. Ao dizer “meu Deus, meu Deus, por que me abandonastes” não deixa de nos dar a lição da fragilidade quando tudo está mal. Podemos sentir dor e até reclamar a Deus, mas é diferente sentir dor e perder o rumo por causa da dor. Se Jesus reclama é porque confia no Pai. Não perde a direção da Glória do Pai.
Segui-Lo em sua Paixão
A monição do celebrante no início da procissão de Ramos convida à participação: “Celebrando com fé e piedade a memória desta entrada, sigamos os passos de nosso Salvador para que, associados pela graça à sua cruz, participemos também de sua ressurreição e de sua vida”. Há um aspecto exterior na celebração. É o que fazemos. Há o aspecto interior, que é a graça que recebemos ao celebrar essa memória que atualiza em nós o que realizou em Cristo. Com isso, passamos por sua morte e vivemos a graça desse sacramento de salvação. O sofrimento O fez compreensivo: “Ele me deu uma língua adestrada para que eu sabia dizer uma palavra de conforto à pessoa abatida” (Is 50,4).
Leituras: Lucas 19,28-40; Isaias 50,4-7; Salmo 21; Filipenses 2,6-11; Lucas 23,1-49
Ficha nº 1528 – Homilia do Domingo de Ramos
O Domingo de Ramos é uma síntese que nos apresenta a vitória de Cristo e sua morte. O povo o acolhe como a resposta a suas esperanças.
O projeto de Jesus não é ganhar uma vitória, mas por-se a serviço. Veio na humildade e passa humilhações. Vive ao extremo sua dedicação ao Pai e se entrega em suas mãos.
A celebração é um convite a participar para estar com Ele em sua Morte e em sua Ressurreição.
Forte na fraqueza
Com o Domingo de Ramos Jesus inicia o passo final de sua missão. Continua sua caminhada de humildade. Não recua diante do sofrimento, mas também não esconde que sua missão é vencedora.
A celebração tem dois momentos: Primeiro a gloriosa entrada na cidade. Antes de morrer mostra sua condição de Rei e Senhor. Em segundo lugar temos a leitura de sua dolorosa Paixão. Passa pela morte para chegar à ressurreição.
Conhecemos o Cristo sofredor que se humilha ao extremo para que não desanimemos quando somos fracos. Em seu projeto de vida prefere o caminho da humildade, pois esse garante a vida. Iniciamos a Semana Santa. Não podemos perder de vista a Páscoa. O Rei glorioso é o Ressuscitado, o Cristo Sofredor é o Servo que assume os pecados da humanidade.
http://www.a12.com/santuario-nacional/santuario-virtual/liturgia-diaria/20/03/2016
REFLEXÕES DE HOJE
REFLEXÕES DE HOJE
20 DE MARÇO-DOMINGO
http://liturgiadiariacomentada2.blogspot.com.br/
Liturgia comentada
Não desviei o rosto… (Is 50, 4-7)
Durante a Semana Santa, a sagrada Liturgia oferece à nossa meditação textos preciosos do Profeta Isaías. Aquela experiência histórica dos profetas, que inclui perseguições e morte, torna-se profecia da Paixão e Morte de Nosso Senhor. De tal forma o livro de Isaías está ligado ao Messias esperado por Israel, que muitos o consideram como um proto-Evangelho (um Evangelho que se antecipa aos Evangelhos do Novo Testamento).
Esta passagem, falando em primeira pessoa, Isaías se identifica com Cristo, discípulo perfeito do Pai, a quem ouve com ouvidos dóceis e coração atento. Mesmo abalado em sua natureza humana, a ponto de suar sangue em sua agonia, no Getsêmani, Jesus foi adiante em seu sacrifício salvador, sem se desviar dos golpes, das ofensas, da cruz.
A Face que revelava o Pai foi alvo de golpes e cusparadas. O Rosto que Maria beijou foi esbofeteado pelo guarda do Sumo Sacerdote. Mas o Servo do Senhor não se esquivou. Apoiado no amor do Pai, Jesus não reluta diante do método escolhido para nos salvar. Ele não se rebela perante a dor e a humilhação. Se o pecado entrara no mundo por um ato de rebeldia e autonomia descabidas, a entrega de Jesus assume o caminho oposto, que Paulo define como despojamento e aniquilação (cf. Fl 2).
Mas podemos ler a palavra de Isaías em novo sentido. “Não desviar o rosto” é uma atitude típica de nosso Deus. Ele não fica indiferente diante de nossa dor. Ele não assume atitude neutra quando o mal nos atinge. Ele é o mesmo Deus que VÊ nossa aflição, OUVE nosso clamor, CONHECE nossos sofrimentos e, por isso, DESCE para nos salvar (cf. Ex 3, 7ss). Ao contrário, desviar o rosto de alguém que passa por nós é um gesto de repulsa, de fechamento do coração. Denota indiferença ou ruptura de relações. Os amigos se encaram, os apaixonados se beijam. A mãe se debruça sobre o berço e o olhar do bebê a contempla, face a face.
Na Semana Santa, mais que ficar comovidos diante das dores do Senhor Jesus, deveríamos sentir-nos impelidos a anunciar ao mundo inteiro que nosso Deus é Amor. Um Deus que se faz carne, convive conosco, senta-se à nossa mesa, palmilha nossas estradas, sem nunca se desviar de nós.
Depois de Cristo e seu Calvário, a Humanidade sabe que não caminha mais sozinha…
Orai sem cessar: “Anunciarei vosso nome aos meus irmãos!” (Sl 22[21], 23)
http://nsrainha.com.br/capela-virtual/liturgia-do-dia-20032016-2/
OU
Lc 22,14-23.56
Vivendo a Palavra
Quando, antes de ser crucificado, Jesus disse «Desejei muito comer com vocês esta ceia pascal...» Ele, com certeza, não se limitava aos convivas daquela ocasião, mas falava a todos os futuros discípulos, que somos nós, hoje. Tomemos consciência de que cada Celebração Eucarística nos faz presentes à Santa Ceia.
http://www.arquidiocesebh.org.br/mdo/pg05.php
Oração Final
Pai Santo, nós não sabemos como agradecer-Te o infinito dom de teu Filho Unigênito que, encarnando-se em Jesus de Nazaré, fez conosco a experiência humana para nos tornar divinos com Ele. Acolhe, Pai querido, o nosso silêncio agradecido e reverente. Pelo mesmo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
http://www.arquidiocesebh.org.br/mdo/pg06.php

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