domingo, 20 de março de 2016

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 20/03/2016

ANO C


Lucas 23,1-49

Comentário do Evangelho

No início da Quaresma, no Domingo da Tentação, o demônio se afastou de Jesus até o tempo oportuno, escreve São Lucas.
O demônio vai voltar e se apresentar como já se apresentou nos dias de Jó. É o tentador, o provocador, o que nos põe à prova esperando que sejamos perdedores. Ele vai voltar para provocar Jesus e voltará nos dias da sua Paixão e Morte. Seu desejo não é atingir apenas Jesus e vê-lo fraquejar. Visa também Pedro e os discípulos. Satanás pede insistentemente para peneirá-los como trigo. Pede a quem? A Deus, como pediu quando sugeriu a Deus que testasse a fidelidade de Jó. Satanás queria peneirar a todos, mas Pedro contou com uma proteção particular de Jesus, que rezou por ele para que a sua fé permanecesse firme. E é nesse momento tão solene do anúncio da negação de Pedro que Jesus lhe diz: Quando você se converter, confirme os seus irmãos. Vou contigo à prisão e a morte, falou alto a presunção de Pedro, que seria denunciado pelo canto do galo. Pedro estava dizendo que não conhecia Jesus quando o galo cantou, e Jesus, voltando-se, fixou o olhar nele. Pedro saiu para fora e chorou amargamente. Chorou as lágrimas da sua conversão e chorou com dor. Agora pode confirmar os seus irmãos.
Se houve um lugar em que Pedro tenha recebido o primado, este lugar foi aqui, regado com lágrimas. Agora Pedro pode compreender os seus irmãos. Em sua bondade, Jesus confiou na conversão de Pedro. No Calvário, onde o crucificaram, teve forças para salvar o mundo numa única frase: Pai, perdoai-lhes, não sabem o que fazem. Proclama nossa ignorante inocência para obtermos o perdão. No Pórtico de Salomão, Pedro dirá que seu povo agiu por ignorância. Não nos falte a oração de Cristo, não nos faltem as lágrimas, não nos falte o perdão.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2016’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)
http://www.npdbrasil.com.br/religiao/evangelho_do_dia_semana.htm

Meditando o Evangelho

O INOCENTE CONDENADO

A paixão de Jesus gira em torno de um paradoxo: um inocente condenado a morrer como os bandidos e os marginais. Seus acusadores foram incapazes de aduzir uma só prova consistente contra ele. A autoridade romana, que deveria confirmar a sentença de morte dada pelo tribunal judaico, declarou não ter encontrado em Jesus nada que justificasse uma punição. Foi por isso que Pilatos achou por bem enviá-lo a Herodes, cuja jurisdição abrangia a Galiléia, na tentativa de confirmar seu parecer. Ao ser enviado de volta, Pilatos deduziu que também Herodes nada havia apurado contra Jesus.
A atitude do Mestre, ao longo de todo o processo, foi de silêncio. Ele agia como o Servo Sofredor, que Isaías comparou com um cordeiro manso, levado ao matadouro. Seu silêncio justificava-se. Era impossível buscar a verdade dos fatos com quem estava fechado para a verdade. Não existe Lei para quem se arvora em senhor da vida e da morte do próximo. Toda tirania descamba para a injustiça.
A fragilidade de Jesus diante de seus carrascos tem a densidade de um gesto profético. Ele se recusou, até o fim, a entrar na ciranda da violência, que paga com a mesma moeda a injustiça sofrida. Não respondendo ao mal com o mal, Jesus conseguiu desarticulá-lo, mostrando que é possível ao ser humano não se deixar dominar por seus instintos perversos.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total - http://www.domtotal.com/religiao/eucaristia/liturgia_diaria.php).
Oração
Espírito de justiça, que a contemplação da morte de Jesus me torne sensível às injustiças que, ainda hoje, se cometem contra tantos inocentes.
http://www.domtotal.com/religiao/meudiacomdeus.php?data=2016-3-20

OUÇA AGORA A HOMÍLIA DIÁRIA

Coloquemos no Senhor a esperança em nossa glória definitiva

Para chegar na glória definitiva, é preciso passar pela Paixão, ser fiel, cumprir na vida os desígnios amorosos de Deus e não se deixar corromper pelas tentações
“Bendito o Rei que vem em nome do Senhor; paz no céu, e glória nas alturas” (Lucas 19, 38).


Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.

http://homilia.cancaonova.com/homilia/coloquemos-no-senhor-a-esperanca-em-nossa-gloria-definitiva/

HOMILIA


nº 1528 – Homilia do Domingo de Ramos (20.03.16)

“Exemplo de humildade”

Aprender de sua Paixão

“Bendito o rei, que vem em nome do Senhor! Paz no céu e glória nas alturas” (Lc 19,38). O grito do povo não é só um desejo político de libertação é realização das esperanças. Ao ser repreendido pelos chefes do povo, Jesus responde: “Se eles se calarem, as pedras gritarão” (Id. 40). A entrada de Jesus em Jerusalém não é somente a narrativa de um fato, mas um projeto que é colocado em ação. Deus visitou seu povo. Ali estavam sendo realizadas as profecias e satisfeitas as esperanças. O povo conhece os passos de Deus. Como celebração litúrgica, temos dois momentos: O primeiro festivo com a procissão de ramos. E o outro, mais recolhido, com a contemplação do Mistério da Paixão.
Por isso lemos os textos do Servo sofredor de Isaias (Is 50,4-7), que é uma imagem de Jesus que sabe ouvir o que o Pai quer falar. Esse Messias é também o Filho de Deus que assumiu a condição humana e se humilhou até à morte e morte de Cruz. Por isso recebe do Pai a Ressurreição. No evangelho ouvimos a narrativa da Paixão do Senhor. O Domingo de Ramos apresenta-se como uma síntese do Mistério Pascal de Cristo: sofrimento que conduz à glorificação. O Cristo que morre é o Ressuscitado. Tudo que acontecerá, conduz à Ressurreição. O ensinamento de Isaias sobre o Servo Sofredor faz dele um discípulo fiel e que está sempre aprendendo. A oração da Missa apresenta a humildade do Filho como exemplo da humildade que devemos ter. Humildade de colocar-se a serviço para que todos tenham vida. Fazendo como Jesus fez, chegamos também à glória. Aprendendo de sua Paixão podemos ressuscitar com Ele em sua glória.

O projeto de um rei pacífico

Ele é o rei pacífico que não vem tomar posse de um reino, mas por-se a serviço de necessitados, pois o rei era encarregado de Deus para cuidar dos pobres. Não entrou como um poderoso dominador, mas como Davi, respondendo à profecia de Zacarias (9,9) de um rei humilde. Tem consciência de sua missão e a apresenta com vigor. Sua humildade se manifesta em sua Paixão. Passou por todas as humilhações. Em tudo se entregou ao Pai: “Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito” (Lc 23,46). Sempre conduzido pelo Espírito Santo sabia assumir até o extremo sua dedicação ao Pai. Nem a glória da aclamação nem o extremo da paixão O desviaram de seu caminho. O projeto desse rei pacífico é entregar-se totalmente ao Pai. Mesmo sentindo a agonia da Paixão, como rezamos no salmo 21, e sentindo-se abandonado pelo Pai, confia. Ao dizer “meu Deus, meu Deus, por que me abandonastes” não deixa de nos dar a lição da fragilidade quando tudo está mal. Podemos sentir dor e até reclamar a Deus, mas é diferente sentir dor e perder o rumo por causa da dor. Se Jesus reclama é porque confia no Pai. Não perde a direção da Glória do Pai.

Seguí-Lo em sua Paixão

A monição do celebrante no início da procissão de Ramos convida à participação: “Celebrando com fé e piedade a memória desta entrada, sigamos os passos de nosso Salvador para que, associados pela graça à sua cruz, participemos também de sua ressurreição e de sua vida”. Há um aspecto exterior na celebração. É o que fazemos. Há o aspecto interior, que é a graça que recebemos ao celebrar essa memória que atualiza em nós o que realizou em Cristo. Com isso, passamos por sua morte e vivemos a graça desse sacramento de salvação. O sofrimento O fez compreensivo: “Ele me deu uma língua adestrada para que eu sabia dizer uma palavra de conforto à pessoa abatida” (Is 50,4).

Leituras: Lucas 19,28-40; Isaias 50,4-7; Salmo 21; Filipenses 2,6-11; Lucas 23,1-49

Ficha nº 1528 – Homilia do Domingo de Ramos (20.03.16)

O Domingo de Ramos é uma síntese que nos apresenta a vitória de Cristo e sua morte. O povo o acolhe como a resposta a suas esperanças.
O projeto de Jesus não é ganhar uma vitória, mas por-se a serviço. Veio na humildade e passa humilhações. Vive ao extremo sua dedicação ao Pai e se entrega em suas mãos.
A celebração é um convite a participar para estar com Ele em sua Morte e em sua Ressurreição.

Forte na fraqueza

Com o Domingo de Ramos Jesus inicia o passo final de sua missão. Continua sua caminhada de humildade. Não recua diante do sofrimento, mas também não esconde que sua missão é vencedora.
A celebração tem dois momentos: Primeiro a gloriosa entrada na cidade. Antes de morrer mostra sua condição de Rei e Senhor. Em segundo lugar temos a leitura de sua dolorosa Paixão.  Passa pela morte para chegar à ressurreição.
Conhecemos o Cristo sofredor que se humilha ao extremo para que não desanimemos quando somos fracos. Em seu projeto de vida prefere o caminho da humildade, pois esse garante a vida. Iniciamos a Semana Santa. Não podemos perder de vista a Páscoa. O Rei glorioso é o Ressuscitado, o Cristo Sofredor é o Servo que assume os pecados da humanidade.
http://www.a12.com/santuario-nacional/santuario-virtual/liturgia-diaria/20/03/2016

REFLEXÕES DE HOJE


20 DE MARÇO-DOMINGO
http://liturgiadiariacomentada2.blogspot.com.br/

Liturgia comentada

Não desviei o rosto… (Is 50, 4-7)

Durante a Semana Santa, a sagrada Liturgia oferece à nossa meditação textos preciosos do Profeta Isaías. Aquela experiência histórica dos profetas, que inclui perseguições e morte, torna-se profecia da Paixão e Morte de Nosso Senhor. De tal forma o livro de Isaías está ligado ao Messias esperado por Israel, que muitos o consideram como um proto-Evangelho (um Evangelho que se antecipa aos Evangelhos do Novo Testamento).
Esta passagem, falando em primeira pessoa, Isaías se identifica com Cristo, discípulo perfeito do Pai, a quem ouve com ouvidos dóceis e coração atento. Mesmo abalado em sua natureza humana, a ponto de suar sangue em sua agonia, no Getsêmani, Jesus foi adiante em seu sacrifício salvador, sem se desviar dos golpes, das ofensas, da cruz.
A Face que revelava o Pai foi alvo de golpes e cusparadas. O Rosto que Maria beijou foi esbofeteado pelo guarda do Sumo Sacerdote. Mas o Servo do Senhor não se esquivou. Apoiado no amor do Pai, Jesus não reluta diante do método escolhido para nos salvar. Ele não se rebela perante a dor e a humilhação. Se o pecado entrara no mundo por um ato de rebeldia e autonomia descabidas, a entrega de Jesus assume o caminho oposto, que Paulo define como despojamento e aniquilação (cf. Fl 2).
Mas podemos ler a palavra de Isaías em novo sentido. “Não desviar o rosto” é uma atitude típica de nosso Deus. Ele não fica indiferente diante de nossa dor. Ele não assume atitude neutra quando o mal nos atinge. Ele é o mesmo Deus que VÊ nossa aflição, OUVE nosso clamor, CONHECE nossos sofrimentos e, por isso, DESCE para nos salvar (cf. Ex 3, 7ss). Ao contrário, desviar o rosto de alguém que passa por nós é um gesto de repulsa, de fechamento do coração. Denota indiferença ou ruptura de relações. Os amigos se encaram, os apaixonados se beijam. A mãe se debruça sobre o berço e o olhar do bebê a contempla, face a face.
Na Semana Santa, mais que ficar comovidos diante das dores do Senhor Jesus, deveríamos sentir-nos impelidos a anunciar ao mundo inteiro que nosso Deus é Amor. Um Deus que se faz carne, convive conosco, senta-se à nossa mesa, palmilha nossas estradas, sem nunca se desviar de nós.
Depois de Cristo e seu Calvário, a Humanidade sabe que não caminha mais sozinha…

Orai sem cessar: “Anunciarei vosso nome aos meus irmãos!” (Sl 22[21], 23)
http://nsrainha.com.br/capela-virtual/liturgia-do-dia-20032016-2/



Lc 22,14-23.56


Vivendo a Palavra

Quando, antes de ser crucificado, Jesus disse «Desejei muito comer com vocês esta ceia pascal...» Ele, com certeza, não se limitava aos convivas daquela ocasião, mas falava a todos os futuros discípulos, que somos nós, hoje. Tomemos consciência de que cada Celebração Eucarística nos faz presentes à Santa Ceia.
http://www.arquidiocesebh.org.br/mdo/pg05.php

Oração Final
Pai Santo, nós não sabemos como agradecer-Te o infinito dom de teu Filho Unigênito que, encarnando-se em Jesus de Nazaré, fez conosco a experiência humana para nos tornar divinos com Ele. Acolhe, Pai querido, o nosso silêncio agradecido e reverente. Pelo mesmo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
http://www.arquidiocesebh.org.br/mdo/pg06.php

 

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