26 de Agosto de 2013
Ano C

Mt 23,13-22
Comentário do Evangelho
O caminho que conduz a Deus é Jesus.
O capítulo 23 de Mateus é uma forte crítica aos escribas e fariseus que,
ao longo do evangelho, foram, e continuaram a sê-lo, os adversários mais
importantes de Jesus. O objeto da crítica é a hipocrisia deles. As lamentações
de Jesus contra eles se repetem como um refrão ao longo do capítulo. “Ai de
vós, escribas e fariseus hipócritas!” (vv. 13.15.16.23.27.29). Eles têm
autoridade para interpretar e ensinar a Lei de Moisés (v. 2), mas são
hipócritas: dizem aos outros o que tem de ser feito, mas eles mesmos não o
fazem (v. 3) – nisto consiste a hipocrisia deles.
Eles são como “porteiros”: põem tantas proibições
no que diz respeito às práticas religiosas que ocultam aos outros a ação de
Deus na história. Nisto eles desestimulam os outros a entrar no Reino dos céus.
Mas eles mesmos não entram por causa de sua hipocrisia (cf. v. 13). A campanha
proselitista que eles promovem não visa à conversão dos pagãos ao Deus único e
verdadeiro, mas às suas próprias concepções; por isso fazem dos prosélitos
merecedores do inferno. São “guias cegos”, pois desviam o povo do verdadeiro
caminho que conduz a Deus. O caminho que conduz a Deus é Jesus.
Jesus repudia todo tipo de juramento (cf. Mt
5,33-37). Dizer que são guias cegos significa também afirmar que a prática que
eles propõem não vem da iluminação da Palavra de Deus.
Carlos Alberto
Contieri, sj
Vivendo
a Palavra
Jesus mostra mais uma vez que religião não consiste em conhecer ou mesmo ensinar Leis, mas em vivê-las. Nós não somos professores, mas testemunhas da fé. Tentamos espelhar em nossa vida o exemplo dado por Jesus de Nazaré. Somos seus discípulos encarregados de anunciar a Boa Notícia do Reino no nosso tempo.
Reflexão
Muitas vezes, temos dificuldades de ver
a religião na sua totalidade e, com isso, a reduzimos a alguns aspectos que
julgamos mais importantes, mas que são frutos na nossa subjetividade. O
problema é que, na maioria das vezes, nos prendemos ao que é acidental no plano
da fé, como, por exemplo, sinais externos ou formas de espiritualidade e nos
esquecemos dos valores que de fato são essenciais à nossa fé, seja no plano das
verdades, seja no campo da espiritualidade, seja no campo da moral ou da
virtude, de modo que a nossa religiosidade fica sendo superficial e unilateral,
a religião que nós queremos viver e não a religião que Deus quer que nós
vivamos.
Meditação
Sou coerente no que digo
e no que faço? - Meu modo de viver demonstra que creio no Reino de Deus? - Busco ídolos falsos ou Aquele
que dá respostas autênticas? - Amo a Deus sobre todas as coisas e ao
próximo como a mim mesmo? - Os que seguem a mesma religião que eu sentem-se bem
com minha presença? - Comente a afirmação: “As palavras comovem, mas os
exemplos arrastam!”
Padre
Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Comentários do Evangelho

1 - Ai de vós, guias cegos!-José Salviano - 26 de agosto - Evangelho - Mt 23,13-22
Neste Evangelho,
Jesus continua dizendo a verdade para os mestres da Lei e os fariseus. E Jesus
repete a mesma frase: "Ai de vós, mestres da Lei e fariseus hipócritas!"
Jesus acusa os líderes judaicos de distorcerem a Lei de Moisés, acrescentando
itens que lhes proporcionava o enriquecimento ilícito, explorando o povo
inocente, acusam-nos também de impedir que as demais pessoas entrasse no Reino
dos Céus. Ou seja, nem eles entrariam no Reino dos Céus nem deixavam os
demais entrarem! Por isso Jesus os chamou de hipócritas, e de
merecedores do inferno. Jesus os chamou ainda de guias cegos.
Ora, como pode um guia que não tem visão, que não enxerga, mostrar o caminho a
outras pessoas? Como pode alguém que não sabe ensinar alguma coisa?
Você já reparou na
satisfação de uma pessoa quando nós lhe perguntamos onde fica um certa
rua da cidade? Se a pessoa conhece bem a cidade, ele vibra, fica toda
entusiasmada em lhe explicar nos mínimos detalhes como você deve fazer para
chegar até aquela referida rua... Porém, ao contrário, quando não
sabemos dar uma informação a alguém que nos pede ajuda, ficamos enrolados, sem
jeito e parecidos com um cego que não pode guiar outros.
Essa crítica feita
por Jesus aos mestres da Lei e fariseus, serve para nós hoje. Como pode
alguém que não estudou ou que não lê, se por diante de uma platéia para
explicar alguma coisa? No caso do catequista, alguém poderia dizer: Não precisa
estudar não! Pois o Espírito Santo vai colocar na nossa mente e na nossa boca,
as palavras que deveremos dizer na homilia. Na verdade não é bem assim
que funciona. O Espírito Santo nos lembra o que Jesus nos ensinou, nos lembra o
que nós estudamos. Portanto, se eu não sei o que Jesus disse, se eu nunca
estudei nada, como posso ser lembrado de algo a que desconheço, de algo a
respeito disso tudo?
Além disso, nós
pensamos em frases. Quanto mais frases eu coloco em minha mente através da
leitura, quanto maior é a facilidade que terei de encontrar as palavras ou as
frases certas, na hora certa de anunciar o Reino de Deus, na hora de comentar
ou explicar os textos bíblicos.
Para não ser um
guia cego, o segredo é: Ouvir, estudar, praticar para depois ensinar. Jesus
criticou os fariseus por eles acharem que bastava seguir ao pé da letra a Lei
modificada pelos mestres da Lei, para merecer a salvação eterna. Eles
deixavam de lado toda e qualquer prática da caridade.
Para não ser um
cego que pretende guiar outras pessoas, também é importante o
testemunho de vida. Não basta decorar a Bíblia como muitos o fazem, não basta
ter um conhecimento profundo e puramente intelectual da Sagrada Escritura, se
não pomos esta sabedoria em prática. E é importante lembrar que até uma criança
percebe quando alguém que está evangelizando, não vive o que ensina. Em
cada gesto seu, ele deixa transparecer o seu interior. Não dá para enganar.
Sal
2 - “ somos também
guias cegos?”-Helena Serpa - 26
de agosto - Evangelho - Mt 23,13-22 - “ somos também guias cegos?”
Assim como os fariseus
e os mestres da lei, nós podemos estar fechando o reino de Deus para os que
estão chegando, com a nossa vaidade, orgulho, inveja e egoísmo. Assim fazendo
seremos os mais dignos da ira de Deus e seremos alcunhados também de “guias cegos”.
Tornamo-nos guias cegos quando queremos atrair alguém para seguir a Jesus e
depois que o conseguimos viramos obstáculo para o seu crescimento espiritual
por causa dos formalismos, das leis e de outras invenções. Dizemos que somos
evangelizadores e anunciadores da Palavra de Deus, no entanto impedimos a que
as pessoas assumam papel importante na edificação do reino de Deus porque não
queremos perder a posição. Esquecemos o que é mais importante, o que é
essencial e nos apegamos ao secundário. O essencial é o amor, é o acolhimento,
é a misericórdia. Por isso, precisamos estar atentos (as) quanto às nossas
atitudes com os que se convertem ao reino de Deus, pois o Senhor está vigilante
em relação ao nosso desleixo pelas coisas do reino.
- Qual seria a
atitude que poderíamos tomar e que fecharia o reino de Deus para as outras pessoas?
– Você sabe
compreender o erro das pessoas quando elas estão no início da caminhada?
– Você gosta de
censurar as outras pessoas?
– Você que tem
mais algum tempo de caminhada se sente superior àqueles que estão chegando?
Helena Serpa
3 - “Quando não se distingue o
importante do secundário” - Diac. José da Cruz - SEGUNDA FEIRA DA 21ª SEMANA DO TC
26/08/2013
1ª Leitura - Tessalonicenses 1, 1-5.8b
-10
Salmo - 149,4ª “Cantai ao Senhor
um cântico novo”
Evangelho - Mateus 23, 13-22
Podemos ver neste
evangelho um pouco do ambiente tenso que as primeiras comunidades cristãs
passaram no início do cristianismo no seio do judaísmo. Os Escribas e Fariseus
eram os defensores ferrenhos do Judaísmo e da Lei de Moisés e assim, assumiram
uma postura de defesa contra os primeiros seguidores de Jesus nas comunidades,
eles não aceitavam a Jesus e a seu Reino e tudo faziam para impedir que os
outros o fizessem .
Neste evangelho
percebe-se como Jesus está exaltado contra esse tipo de pessoa, que quer ser o
guia dos demais, a referência da moral e da doutrina, criando leis e normas que
priorizam coisas que não são tão importantes e deixam de lado o que é essencial
na Vida de Fé.
A reflexão engloba também
as comunidades do primeiro século, principalmente as que tinham em seu
meio, Judeus conservadores e aí o conflito era inevitável. O Evangelho
não é um olhar para o passado mas sim para o presente pois nele estamos todos
nós como comunidade e como igreja e nos dias de hoje sempre é perigoso a
influência maléfica do farisaísmo nos irmãos e irmãs que exercem algum
trabalho, principalmente o de coordenação em alguma pastoral, ou até mesmo
entre os ministros ordenados.
Há sempre esse risco de
nos desviarmos do essencial que é o amor traduzido em serviço, essência do
projeto da salvação realizado em Jesus, e que buscamos viver em nossas
comunidades. As vezes nos deparamos com muita burocracia nos meios pastorais,
por causa de normas e determinações que não levam a lugar nenhum, servindo
apenas para exaltar o ego de quem coordena.
Então, diante deste
evangelho, busquemos aquilo que é essencial na Vida de Fé, e que em nossos
trabalhos comunitários, sejam eles quais forem, não tropecemos em nosso próprio
ego, mas como Jesus, nosso Mestre e Senhor, nos disponham,os a servir sempre,
levando e conduzindo os irmãos e irmãs á Jesus Cristo, seu evangelho e seu
Reino que é o essencial.
http://liturgiadiariacomentada2.blogspot.com.br/2013/08/quando-nao-se-distingue-o-importante-do.html
4 - Se alguém jurar pelo
altar...- Alexandre Soledade
Bom
dia!
Gostaria de prender sua
atenção na colocação de Jesus sobre o que fazem as pessoas: “(…) Se alguém
jurar pelo Templo, não é obrigado a cumprir o juramento. Mas, se alguém jurar
pelo ouro do Templo, então é obrigado a cumprir o que jurou.” Tolos e cegos!
Qual é mais importante: o ouro ou o Templo que santifica o ouro? Vocês também
ensinam isto: “Se alguém jurar pelo altar, não é obrigado a cumprir o
juramento. Mas, se jurar pela oferta que está no altar, então é obrigado a
cumprir o que jurou”…
Mais do que estar muito
bravo com a hipocrisia, Jesus demonstrava nitidamente decepção com que se
apegavam aqueles que se diziam seguidores das leis. Isso ainda acontece muito
hoje.
Alguém já se pôs nu lugar
daquele que resolve voltar ou se arrepender de algo, mas ao dar o primeiro
passo da volta pensa duas vezes como será recebido (a)? Quantas pessoas conheço
que trocaram de religião ou de comunidade em virtude dos “santos” que o
receberam no seu retorno?
Aprendi ao longo dos anos
na RCC e ao participar do Seminário de Vida no Espírito, que há algo
maravilhoso em uma das palestras ou ensinamentos chamada “o pecado e a
salvação”. Afirmo e digo que esse seminário deveria ser feito por todas as
pessoas, pastorais ou movimentos e em especial essa palestra. Nesta palestra,
em especial, tomamos noção que o pecado pode nos afligir
ao ponto de fecharmos os olhos para Deus e para sua bondade em nos perdoar, mas
o que me toca nessa palestra é que sim pecamos, mas muito maior que nossos
erros é a vontade gritante do Pai em nos ter de volta… Ou seja, maior que o
pecado é o amor de Deus.
As pessoas erram. Você já
errou e eu também e sempre na volta ou no fundo do posso encontramos a mão
segura de Deus a nos apoiar, mas a pergunta é: E eu? Eu apoio? Eu ajudo a
levantar?
Confesso que me
entristeço quando vejo irmãos e irmãos cristãos, sejam eles ou católicos ou
evangélicos, caçando bruxas! Pessoas mal amadas e mal resolvidas em suas vidas,
que tristemente até andam com a bíblia ou terços nas mãos, que dizem amar o
templo, mas sim ao ouro que esta lá depositado. Trazendo a nossa realidade essa
colocação, mais preocupados em ser um poço de falso
moralismo do que bons samaritanos.
Não devemos cansar de
perseguir e denunciar o pecado, mas termos a docilidade de acolher ao pecador.
É triste ver que a vida dessas pessoas que perseguem cristãos geralmente não é
exemplo para ninguém e não seria difícil de ver que elas não conheceram a Deus.
Geralmente quase vivem na igreja, perpetuam-se como coordenadores, perturbam as
novas lideranças, não dão espaço para a juventude e se possível for até
celebrariam no lugar do padre se pudessem…
O evangelho de hoje não é
só para mim e sim para todo aquele que se reveste do poder ou da balança da
justiça ao invés do simples e bucólico cajado do pastor. Se dizer cristão assim
é ser superficial. O cristão que Deus quer deve ir além disso.
“(…) Muitas vezes, temos
dificuldades de ver a religião na sua totalidade e, com isso, a reduzimos a
alguns aspectos que julgamos mais importantes, mas que são frutos na nossa
subjetividade. O problema é que, na maioria das vezes, nos prendemos ao que é
acidental no plano da fé, como, por exemplo, sinais externos ou formas de
espiritualidade e nos esquecemos dos valores que de fato são essenciais à nossa
fé, seja no plano das verdades, seja no campo da espiritualidade, seja no campo
da moral ou da virtude, de modo que a nossa religiosidade fica sendo
superficial e unilateral, a religião que nós queremos viver e não a religião
que Deus quer que nós vivamos“. (Reflexão segundo a CNBB)
Um imenso abraço fraterno.
Liturgia comentada
Hipócritas! (Mt 23,13-22)
Nesta série de ásperas cominações que Jesus arremessava contra escribas
e fariseus, a razão de palavras tão duras era a grande distância entre o que
eles ensinavam publicamente e o que eles viviam em seu íntimo. A transmissão da
doutrina fora por eles transformada em um aranhol de minúcias que mais afastava
do que aproximava de Deus, enquanto o próprio coração da Lei não era levado em
conta. Na expressão do próprio Jesus, “coavam a mosca e engoliam o camelo”.
E o pior era a atitude de manter uma fachada digna de elogios e
respeito, enquanto o interior cheirava mal, merecendo para eles o rótulo de
“sepulcros caiados”. O termo “hipócrita”, de origem grega, designava alguém que
interpretava um papel no palco. No teatro grego (e a Palestina helenizada
ostentava teatros de arena nas grandes cidades) o ator usava uma máscara, que
os romanos chamavam de “persona”, pois a voz do ator “soava” através dela (daí
o termo “personalidade”).
Claro, teatralizar é fingir. A atriz chora com a máscara trágica, mas no
íntimo não está sofrendo. O ator ri com a máscara cômica, mas no íntimo pode
estar amargurado. Há um descompasso entre o lado de fora (a máscara) e o lado
de dentro (o coração). É possível que o próprio Jesus de Nazaré, vizinho de
Cesareia de Filipe, tenha presenciado uma dessas encenações. Daí o termo
“hipocrisia”.
Só que nossa relação com Deus não é nenhum teatro, não inclui
encenações. E foi a falta de sinceridade no culto e na vida dos homens ligados
ao Templo o alvo da denúncia de Jesus, o mesmo que sempre acolhia o humilde
rebaixamento de quem não se julgava digno de receber favores (cf. Mt 8,8;
15,27).
O monge do deserto Macário, o Grande [300-390 d.C.], nos exorta:
“Esforcemo-nos, pois, por nos convertermos com um coração sincero e nos
aproximarmos de Deus. Não desesperemos de nossa salvação. Se nos parece
difícil, até mesmo impossível, converter-nos dos inumeráveis pecados dos quais
já contraímos o hábito, lembremo-nos e consideremos como o Senhor, em sua
bondade, devolveu a vista aos cegos, restabeleceu os paralíticos, curou todas
as doenças, ressuscitou os mortos já quase decompostos e desfeitos na terra.
Quanto mais Ele não converteria uma alma que se volte para Ele, implore sua
misericórdia, peça sua ajuda! Ele em pessoa estará pronto a nos socorrer. É por
isso que Ele é misericordioso, vivificador, curando paixões incuráveis,
realizando a redenção daqueles que o invocam e se voltam para Ele.”
Somos todos pecadores. Qualquer tentativa de simular santidade é perda
de tempo e de energias. Como Davi, confessemos nosso pecado...
Orai sem cessar: “Cria em mim, ó Deus, um coração puro!” (Sl 51,12)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova
Aliança.
santini@novaalianca.com.br
Tenho vivido de aparências?
Nós podemos ter nossos limites, nossas faltas, nossas falhas
(ninguém é perfeito), mas devemos buscar a perfeição e não viver de aparências.
“Ai
de vós, mestres da Lei e fariseus hipócritas! Vós fechais o Reino dos Céus aos
homens. Vós porém não entrais” (Mt 23,13).
Jesus,
doce, manso e humilde de coração, é firme quando precisa sê-lo. Sobretudo com a
hipocrisia daqueles que exigem viver uma coisa, mas não a vivem; pior ainda,
são duros e exigentes com outras pessoas, mas eles mesmos não colocam nada em
prática daquilo que dizem. São demais exigentes com os outros, mas facilmente
se esquecem dos seus próprios erros, das suas próprias falhas; facilmente
enganam os outros, induzindo-os ao erro, mas não colocam em prática aquilo que
se propõem a viver.
“Guias
cegos”, nos diz Jesus. Não são capazes de esconder nem seus próprios
interesses. Sim, porque eles, muitas vezes, aceitam que se faça o sacrifício no
Templo pelo dinheiro, por aquilo que vão obter de lucros, mas não pelo dom da
santificação, do altar ou do templo.
Essa
hipocrisia é totalmente condenada pelo Senhor, por isso Jesus fala, com toda a
veemência do Seu coração, condenando esse tipo de comportamento.
Deixa
eu dizer a você: nós podemos ter nossos limites, nossas faltas, nossas falhas
(ninguém é perfeito), mas devemos buscar a perfeição e não viver de aparências.
Temos de corrigir, consertar nossos comportamentos ou qualquer coisa que
fazemos, mas que não são dignas do Reino de Deus.
A
Palavra do Senhor nos convida a sermos mais autênticos. A autenticidade começa
quando conhecemos os nossos próprios limites, não quando disfarçamos ou
fingimos não tê-los; a autenticidade acontece para valer quando colocamos Deus
em primeiro lugar e nos esforçamos para viver Sua Palavra em nossa vida.
Deus
abençoe você!
1ª Leitura - Tessalonicenses 1, 1-5.8b -10
Salmo - 149,4ª “Cantai ao Senhor um cântico novo”
Evangelho - Mateus 23, 13-22
Podemos ver neste evangelho um pouco do ambiente tenso que as primeiras comunidades cristãs passaram no início do cristianismo no seio do judaísmo. Os Escribas e Fariseus eram os defensores ferrenhos do Judaísmo e da Lei de Moisés e assim, assumiram uma postura de defesa contra os primeiros seguidores de Jesus nas comunidades, eles não aceitavam a Jesus e a seu Reino e tudo faziam para impedir que os outros o fizessem .
Liturgia comentada
Hipócritas! (Mt 23,13-22)
Nesta série de ásperas cominações que Jesus arremessava contra escribas
e fariseus, a razão de palavras tão duras era a grande distância entre o que
eles ensinavam publicamente e o que eles viviam em seu íntimo. A transmissão da
doutrina fora por eles transformada em um aranhol de minúcias que mais afastava
do que aproximava de Deus, enquanto o próprio coração da Lei não era levado em
conta. Na expressão do próprio Jesus, “coavam a mosca e engoliam o camelo”.
E o pior era a atitude de manter uma fachada digna de elogios e
respeito, enquanto o interior cheirava mal, merecendo para eles o rótulo de
“sepulcros caiados”. O termo “hipócrita”, de origem grega, designava alguém que
interpretava um papel no palco. No teatro grego (e a Palestina helenizada
ostentava teatros de arena nas grandes cidades) o ator usava uma máscara, que
os romanos chamavam de “persona”, pois a voz do ator “soava” através dela (daí
o termo “personalidade”).
Claro, teatralizar é fingir. A atriz chora com a máscara trágica, mas no
íntimo não está sofrendo. O ator ri com a máscara cômica, mas no íntimo pode
estar amargurado. Há um descompasso entre o lado de fora (a máscara) e o lado
de dentro (o coração). É possível que o próprio Jesus de Nazaré, vizinho de
Cesareia de Filipe, tenha presenciado uma dessas encenações. Daí o termo
“hipocrisia”.
Só que nossa relação com Deus não é nenhum teatro, não inclui
encenações. E foi a falta de sinceridade no culto e na vida dos homens ligados
ao Templo o alvo da denúncia de Jesus, o mesmo que sempre acolhia o humilde
rebaixamento de quem não se julgava digno de receber favores (cf. Mt 8,8;
15,27).
O monge do deserto Macário, o Grande [300-390 d.C.], nos exorta:
“Esforcemo-nos, pois, por nos convertermos com um coração sincero e nos
aproximarmos de Deus. Não desesperemos de nossa salvação. Se nos parece
difícil, até mesmo impossível, converter-nos dos inumeráveis pecados dos quais
já contraímos o hábito, lembremo-nos e consideremos como o Senhor, em sua
bondade, devolveu a vista aos cegos, restabeleceu os paralíticos, curou todas
as doenças, ressuscitou os mortos já quase decompostos e desfeitos na terra.
Quanto mais Ele não converteria uma alma que se volte para Ele, implore sua
misericórdia, peça sua ajuda! Ele em pessoa estará pronto a nos socorrer. É por
isso que Ele é misericordioso, vivificador, curando paixões incuráveis,
realizando a redenção daqueles que o invocam e se voltam para Ele.”
Somos todos pecadores. Qualquer tentativa de simular santidade é perda
de tempo e de energias. Como Davi, confessemos nosso pecado...
Orai sem cessar: “Cria em mim, ó Deus, um coração puro!” (Sl 51,12)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova
Aliança.
santini@novaalianca.com.br
Tenho vivido de aparências?Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.Facebook Twitter
LEITURA ORANTE
Preparo-me
para a Leitura, rezando com todos os internautas:
Jesus Mestre, que
dissestes:
"Onde dois ou mais estiverem reunidos em meu nome,
eu aí estarei no meio deles",
ficai conosco,
aqui reunidos, pela grande rede da internet,
para melhor meditar
e comungar com a vossa Palavra.
Sois o Mestre e a Verdade:
iluminai-nos, para que melhor compreendamos
as Sagradas Escrituras.
Sois o Guia e o Caminho:
fazei-nos dóceis ao vosso seguimento.
Sois a Vida:
transformai nosso coração em terra boa,
onde a Palavra de Deus produza frutos
abundantes de santidade e missão. (Bv. Alberione)
1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto do dia?
Leio atentamente o texto: Mt 23,13-22 e observo
pessoas, palavras de Jesus aos fariseus.
- Ai de vocês, mestres da Lei e fariseus, hipócritas! Pois vocês fecham
a porta do Reino do Céu para os outros, mas vocês mesmos não entram, nem deixam
que entrem os que estão querendo entrar.
- Ai de vocês, mestres da Lei e fariseus, hipócritas! Pois vocês exploram as
viúvas e roubam os seus bens e, para disfarçarem, fazem longas orações! Por
isso o castigo de vocês será pior!
- Ai de vocês, mestres da Lei e fariseus, hipócritas! Pois vocês atravessam os
mares e viajam por todas as terras a fim de procurar converter uma pessoa para
a sua religião. E, quando conseguem, tornam essa pessoa duas vezes mais
merecedora do inferno do que vocês mesmos.
- Ai de vocês, guias cegos! Pois vocês ensinam assim: "Se alguém jurar
pelo Templo, não é obrigado a cumprir o juramento. Mas, se alguém jurar pelo
ouro do Templo, então é obrigado a cumprir o que jurou." Tolos e cegos!
Qual é mais importante: o ouro ou o Templo que santifica o ouro? Vocês também
ensinam isto: "Se alguém jurar pelo altar, não é obrigado a cumprir o
juramento. Mas, se jurar pela oferta que está no altar, então é obrigado a
cumprir o que jurou." Cegos! Qual é mais importante: a oferta ou o altar
que santifica a oferta? Por isso, quando alguém jura pelo altar, está jurando
pelo altar e por todas as ofertas que estão em cima dele. Quando alguém jura
pelo Templo, está jurando pelo Templo e por Deus, que mora ali.
Jesus diz uma série de “ais” aos fariseus. Têm um tom de censura, de
lamento, de pesar. O primeiro tem uma ligação ou referência ao próximo.
Jesus fala do juramento. Uma coisa é jurar pelo altar e outra pelo
Templo. É preciso distinguir. E Jesus fala também de uma coisa terrível:
manipular as consciências, impor obrigações aos outros. Mais grave ainda: não
observar o que se impõe aos outros. Assim faziam muitos fariseus. Apoderavam-se
da “chave da consciência religiosa”.
2. Leitura (Caminho)
O que o texto diz para mim, hoje?
Minha vida reflete o que o texto diz ou há contradições?
O meu Projeto de vida
é o do Mestre Jesus Cristo?
Os bispos da América Latina disseram em Aparecida: “Para não cair na armadilha de nos
fechar em nós mesmos, devemos nos formar como discípulos missionários sem
fronteiras, dispostos a ir “á outra margem”, àquela na qual Cristo não é ainda
reconhecido como Deus e Senhor, e a Igreja não está presente”. (DAp 376)
3.Oração (Vida)
O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo com o bem-aventurado Alberione:
Jesus Mestre, disseste que a vida
eterna consiste
em conhecer a ti e ao Pai.
Derrama sobre nós, a abundância
do Espírito Santo!
Que ele nos ilumine, guie e fortaleça no teu seguimento,
porque és o único caminho para o Pai.
Faze-nos crescer no teu amor,
para que sejamos, como o apóstolo Paulo
testemunhas vivas do teu Evangelho.
Com Maria,
Mãe Mestra e Rainha dos Apóstolos,
guardaremos tua Palavra,
meditando-a no coração.
Jesus Mestre, Caminho, Verdade e Vida, tem piedade de nós.
4.Contemplação (Vida e Missão)
Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Vou olhar o mundo e a vida com os olhos de Deus. Vou demonstrar pela vida que o
amor de Deus se revela pela corência e no amor ao próximo.
Bênção
- Deus nos abençoe e
nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.
Irmã Patrícia Silva, fsp
Oração Final
Pai Santo, ensina-nos a tua
Lei e nos dá força e coragem para fazê-la Letra Viva em nossas relações com os
irmãos de caminhada. Que sejamos para eles, mesmo que no silêncio, testemunhas
de fé, de esperança e de amor, seguidores do Cristo Jesus, teu Filho que se fez
nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.

Jesus Mestre, que dissestes:
"Onde dois ou mais estiverem reunidos em meu nome,
eu aí estarei no meio deles",
ficai conosco,
aqui reunidos, pela grande rede da internet,
para melhor meditar
e comungar com a vossa Palavra.
Sois o Mestre e a Verdade:
iluminai-nos, para que melhor compreendamos
as Sagradas Escrituras.
Sois o Guia e o Caminho:
fazei-nos dóceis ao vosso seguimento.
Sois a Vida:
transformai nosso coração em terra boa,
onde a Palavra de Deus produza frutos
abundantes de santidade e missão. (Bv. Alberione)
1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto do dia?
Leio atentamente o texto: Mt 23,13-22 e observo pessoas, palavras de Jesus aos fariseus.
- Ai de vocês, mestres da Lei e fariseus, hipócritas! Pois vocês exploram as viúvas e roubam os seus bens e, para disfarçarem, fazem longas orações! Por isso o castigo de vocês será pior!
- Ai de vocês, mestres da Lei e fariseus, hipócritas! Pois vocês atravessam os mares e viajam por todas as terras a fim de procurar converter uma pessoa para a sua religião. E, quando conseguem, tornam essa pessoa duas vezes mais merecedora do inferno do que vocês mesmos.
- Ai de vocês, guias cegos! Pois vocês ensinam assim: "Se alguém jurar pelo Templo, não é obrigado a cumprir o juramento. Mas, se alguém jurar pelo ouro do Templo, então é obrigado a cumprir o que jurou." Tolos e cegos! Qual é mais importante: o ouro ou o Templo que santifica o ouro? Vocês também ensinam isto: "Se alguém jurar pelo altar, não é obrigado a cumprir o juramento. Mas, se jurar pela oferta que está no altar, então é obrigado a cumprir o que jurou." Cegos! Qual é mais importante: a oferta ou o altar que santifica a oferta? Por isso, quando alguém jura pelo altar, está jurando pelo altar e por todas as ofertas que estão em cima dele. Quando alguém jura pelo Templo, está jurando pelo Templo e por Deus, que mora ali.
2. Leitura (Caminho)
O que o texto diz para mim, hoje?
Os bispos da América Latina disseram em Aparecida: “Para não cair na armadilha de nos fechar em nós mesmos, devemos nos formar como discípulos missionários sem fronteiras, dispostos a ir “á outra margem”, àquela na qual Cristo não é ainda reconhecido como Deus e Senhor, e a Igreja não está presente”. (DAp 376)
3.Oração (Vida)
O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo com o bem-aventurado Alberione:
Jesus Mestre, disseste que a vida eterna consiste
em conhecer a ti e ao Pai.
Derrama sobre nós, a abundância
do Espírito Santo!
Que ele nos ilumine, guie e fortaleça no teu seguimento,
porque és o único caminho para o Pai.
Faze-nos crescer no teu amor,
para que sejamos, como o apóstolo Paulo
testemunhas vivas do teu Evangelho.
Com Maria,
Mãe Mestra e Rainha dos Apóstolos,
guardaremos tua Palavra,
meditando-a no coração.
Jesus Mestre, Caminho, Verdade e Vida, tem piedade de nós.
4.Contemplação (Vida e Missão)
Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Vou olhar o mundo e a vida com os olhos de Deus. Vou demonstrar pela vida que o amor de Deus se revela pela corência e no amor ao próximo.
Bênção
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.
Irmã Patrícia Silva, fsp

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