terça-feira, 27 de agosto de 2024

COLETÂNEA DE HOMÍLIAS DIÁRIAS, COMENTÁRIOS E REFLEXÕES DO EVANGELHO DO DIA, DE ANOS ANTERIORES - 27/08/2024

ANO B


Mt 23,23-26

Comentário do Evangelho

Denúncia contundente

Com mais duas increpações, introduzidas com a advertência: "Ai de vós...", temos a continuidade da contundente denúncia de Jesus aos escribas e fariseus, integrantes da cúpula religiosa de Israel.
Nas comunidades do evangelista Mateus, havia membros oriundos do judaísmo que ainda frequentavam a sinagoga. Pressionados por seus antigos chefes religiosos, estavam diante do dilema: ou abandonariam a sua fé em Jesus ou seriam expulsos da sinagoga.
Mateus, com os sete "ais", exprime o anúncio de Jesus confrontando-o com a doutrina das sinagogas. Embora se dirijam aos chefes religiosos, eles têm o caráter de instrução às comunidades, advertindo-as contra a incoerência desta doutrina. Lucas também reproduz estas advertências em "ais" em seu evangelho, de maneira mais resumida, em diferente contexto. Mateus, aos "ais", acrescenta a qualificação de hipócritas aos escribas e fariseus.
Com esta contundente denúncia, Mateus tem em vista demover os membros de sua comunidade do retorno às sinagogas. Afastando-se de uma religião opressora e excludente, na comunidade eles encontram o jugo suave de Jesus, na liberdade, na misericórdia e no amor.
José Raimundo Oliva
Oração
Pai, dá-me pureza de coração para que do meu interior brotem a justiça, a misericórdia e a fidelidade, e assim, eu possa guiar meus semelhantes na caminhada para ti.
Fonte: Paulinas em 28/08/2012

Comentário do Evangelho

A Lei é dom de Deus o seu povo.

Hipócrita” é palavra utilizada para o ator de teatro que atua numa peça. Através da crítica à hipocrisia dos escribas e fariseus, que dizem mas não fazem, Jesus adverte os seus discípulos de não imitá-los. A Lei é dom de Deus a seu povo. Ela é dada por Deus para proteger a vida e a liberdade, de tal modo que o povo não volte a cair em nenhum tipo de escravidão. Nesse sentido, é inadmissível um modo de praticar a Lei que prescinda da misericórdia e do amor. Paradoxalmente, o que os escribas e fariseus exigem da prática da Lei escraviza, tira a liberdade e a capacidade de discernir. O legalismo, que é apego à letra da Lei, cega e fecha o coração para a necessidade dos semelhantes. Nas controvérsias galileanas de Marcos (2,1–3,6) percebe-se que os adversários de Jesus são dominados pela “esclerocardia”, pela dureza de coração. Para o fiel não pode existir a alternativa de fazer o bem ou fazer o mal, salvar uma vida ou perdê-la. Isso porque, como dissemos, a Lei visa proteger a vida, o que obriga o fiel ao bem e à defesa da vida. O interior (= coração) é mais importante que o exterior e a aparência. Importa a pureza do coração.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, dá-me pureza de coração para que do meu interior brotem a justiça, a misericórdia e a fidelidade, e assim, eu possa guiar meus semelhantes na caminhada para ti.
Fonte: Paulinas em 26/08/2014

Vivendo a Palavra

O Evangelho aponta o caminho excelente a ser seguido: a busca do essencial: a justiça, a misericórdia e a fidelidade. A prática dos preceitos se tornará, então, consequência e não mais o objetivo existencial. A norma evangélica é atual: nós não raramente somos tentados a viver uma fé de aparência, sem conteúdo interior que leve Esperança aos companheiros de jornada.
Fonte: Arquidiocese BH em 28/08/2012

Vivendo a Palavra

A profunda psicologia de Jesus nos alerta contra a hipocrisia: a tentação – tão humana... – de cumprir com rigor pequenas prescrições para encobrir transgressões à Lei Maior do Amor, que significa justiça e fraternidade; significa generosidade, partilha, solidariedade, compaixão e misericórdia.
Fonte: Arquidiocese BH em 26/08/2014

VIVENDO A PALAVRA

O Evangelho aponta o caminho excelente a ser seguido – a busca do essencial: a justiça, a misericórdia e a fidelidade. A observância de preceitos se tornará, então, consequência e não a razão do nosso jeito de viver. A norma evangélica é atual, pois nós, não raramente, somos tentados a viver uma fé de aparência, apenas seguindo regras, sem conteúdo interior que leve Esperança aos companheiros de jornada.
Fonte: Arquidiocese BH em 28/08/2018

VIVENDO A PALAVRA

Em que consiste a hipocrisia condenada por Jesus? Em substituir o Espírito da Lei pelo que está escrito. A letra é rígida, fria e estática. O Espírito é leve, cálido e fluido. Mais do que por suas palavras, nosso Mestre nos ensinou, vivendo a plenitude da Lei com a liberdade de Filho de Deus.
Fonte: Arquidiocese BH em 25/08/2020

Reflexão

O Evangelho de hoje é a continuação do de ontem, de modo que a nossa reflexão também é uma continuidade da de ontem. Um dos meios através dos quais tornamos a nossa religião superficial e unilateral é o formalismo religioso, que faz com que sejamos capazes de cumprir até mesmo os menores preceitos, mas tiram da nossa vida o mais importante que são os ensinamentos fundamentais para a nossa vida como a justiça, a misericórdia e a fidelidade. Ser verdadeiramente cristão significa ser capaz de viver os valores do Reino e não simplesmente o cumprimento de rituais e a capacidade de falar coisas bonitas e poéticas a respeito de Deus.
Fonte: CNBB em 28/08/2012 e 26/08/2014

Reflexão

Se há uma atitude que Jesus não suporta é a falsidade. Sim, porque o comportamento falso é enganador, mostra uma imagem distante da realidade, às vezes totalmente oposta. Em outra passagem, Jesus ensinava: “Que o sim de vocês seja sim, e o não seja não” (Mt 5, 37). As mentiras se tornam ainda mais graves quando envolvem religião, pois aí está em jogo a boa fé das pessoas. Por temor ou respeito a Deus, o povo simples se entrega, de modo ingênuo, aos “comandos” de seus líderes. Os doutores da Lei e fariseus se fixavam no cumprimento minucioso de certas prescrições válidas, mas secundárias, enquanto negligenciavam as mais importantes: a prática da justiça, da misericórdia e da fidelidade ao projeto de Deus. É prudente não se deixar iludir pelos falsos mestres.
(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 28/08/2018

Reflexão

Se há uma atitude que Jesus não suporta é a falsidade. Sim, porque o comportamento falso é enganador, mostra uma imagem distante da realidade, às vezes totalmente oposta. Em outra passagem, Jesus ensinava: “Que o sim de vocês seja sim, e o não seja não” (Mt 5,37). As mentiras se tornam ainda mais graves quando envolvem religião, pois aí está em jogo a boa-fé das pessoas. Por temor ou respeito a Deus, o povo simples se entrega, de modo ingênuo, aos “comandos” de seus líderes. Os doutores da Lei e fariseus se fixavam no cumprimento minucioso de certas prescrições válidas, mas secundárias, enquanto negligenciavam as mais importantes: a prática da justiça, da misericórdia e da fidelidade ao projeto de Deus. É prudente não se deixar iludir pelos falsos mestres.
Oração
Ó Jesus, desaprovas os doutores da Lei e fariseus, pois realçam preceitos secundários, enquanto descuidam aspectos essenciais da Lei, como a justiça, a misericórdia e a fidelidade a Deus. “Coam um mosquito, mas engolem um camelo”. Orienta-nos, Senhor, para cumprirmos o que agrada ao Pai celeste. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2020 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp (dias de semana) Pe. Nilo Luza, ssp (domingos e solenidades))
Fonte: Paulus em 25/08/2020

Recadinho

Ai de quem se preocupa com coisas insignificantes, se esquecendo dos grandes problemas que nos envolvem, alerta Jesus! Cite algum exemplo concreto. - Ai de quem cuida de coisas exteriores secundárias e se esquece do que vai no íntimo de seu coração, alerta novamente Jesus. Cite algum exemplo! - Sinto-me feliz? Por quê? - Seria porque sou coerente em meu modo de viver? - Jesus quer nos levar a pensar na grande distância que existe entre a realidade interior e a aparência. É o tal do “parece mas não é!” Reflita!
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 26/08/2014

Comentário do Evangelho

O capítulo 23 de Mateus é uma coletânea de advertências contra os escribas e fariseus e sua doutrina oficial, sob a forma do lamento "ai de vós...". Esta expressão é bastante usada no Primeiro Testamento, dirigida aos que praticam a iniquidade. A forma literária deste texto se aproxima das advertências do profeta Isaías (5,8-22). A hipocrisia é a atitude do sistema religioso representado pelos escribas e fariseus, os quais se fecham em seu prestígio e poder, julgando-se justos e desprezando o povo humilde. A novidade de Jesus, marcada por um estilo profético, contradiz a religião da Lei que oprime e humilha o povo com suas inumeráveis observâncias, favorecendo as elites religiosas. Com uma sequência de sete "ais", ficam em foco vários aspectos em que estas elites religiosas procuram manter as aparências, porém falta o essencial, que é a acolhida da novidade de Jesus com seu amor misericordioso, libertador e vivificante. As advertências visam também aos membros da própria comunidade de Mateus, com discípulos oriundos do judaísmo, para que não retornem à antiga prática a que haviam renunciado.
Oração
Ó Deus, que unis os corações dos vossos fiéis num só desejo, dai ao vosso povo amar o que ordenais e esperar o que prometeis, para que, na instabilidade deste mundo, fixemos os nossos corações onde se encontram as verdadeiras alegrias. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Dom Total em 26/08/2014

Meditando o evangelho

CEGUEIRA E HIPOCRISIA

O exagero dos mestres da Lei e dos fariseus em cumprir, minuciosamente, certas prescrições, tinha como contraponto o desprezo pelo que, de fato, era importante. Os exemplos oferecidos por Jesus eram contundentes. Embora fossem fiéis no pagamento do dízimo das hortaliças, até mesmo das ervas mais comuns, deixavam de praticar a justiça, a misericórdia e a fidelidade. Agindo dessa forma, invertiam os valores: o prioritário ocupava o segundo lugar, tornando-se menos importante, ao passo que o elemento secundário passava a ter primazia.
Esta visão desfocada da realidade pode ser fatal. Deixando de lado o que é fundamental, a pessoa estará investindo sua vida numa causa perdida. A condenação virá na certa, por se tratar de um projeto de vida sem consistência. Só a justiça, a misericórdia e a fidelidade podem projetar a existência humana na perspectiva da salvação.
A distorção da realidade acontece também no cuidado que os mestres da Lei e dos fariseus tinham com a limpeza das louças, para não contrair impureza, enquanto seu interior estava repleto de maldade. Sem a pureza interior, a preocupação com a pureza das coisas materiais de uso diário perde seu sentido. A impureza do coração afasta a pessoa da vontade de Deus. Pelo contrário, buscando-se a pureza interior, tudo o mais torna-se puro.
Portanto, é prudente não dar ouvidos aos ensinamentos dos falsos mestres.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Espírito de sabedoria, ensina-me a distinguir as coisas fundamentais das secundárias, de maneira a não me equivocar na realização da vontade do Pai.
Fonte: Dom Total em 28/08/2018 25/08/2020

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Um bem humorado bate papo com Mateus.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Embora pareça tão claro por ser quase que uma repetição do de ontem, achamos oportuno aprofundar a reflexão em uma conversa com o autor desse evangelho.

Anônimo __ São Mateus, parece que logo de início Jesus está dizendo sobre dízimo, que o pessoal pagava em espécie, parece que ele não quer que pague o dízimo?
São Mateus __ (rindo) Nada disso, o que o nosso Mestre dizia, em mais esse confronto com os Fariseus, era exatamente que não adianta só pagar o Dízimo e achar está muito bom.

Anônimo _____ Olha que coisa... Pensei mesmo nisso, da pessoa ofertar o dízimo e achar que é uma prestação paga, para ter direito a ir para o céu!
São Mateus____ Bem pensado, é por aí mesmo, os Fariseus cumpriam a lei ao pé da letra, nos mínimos detalhes, mas naquilo que lhes interessava. Eles deixavam de lado as coisas mais importantes.

Anônimo _____  Pagavam o dízimo em espécie até de plantas rasteiras como a hortelã e a erva doce, mas parece que Justiça, misericórdia e fidelidade, não era com eles?
São Mateus ____ Isso mesmo, e você sabe o que isso significa?

Anônimo ____  Que falta sinceridade e coerência. Seria isso?
São Mateus ____ Exatamente, e quando faltam essas duas coisas, sinceridade e coerência, cai naquele adágio popular que vocês conhecem “Por Fora bela viola, por dentro pão bolorento”.

Anônimo ____ Ah, entendi... Religião brota aqui de dentro, é coisa do coração, é uma postura íntima Eu e Deus...
São Mateus_____ Exatamente. Vive-se a Fé e a celebra em Comunidade, mas cada um deve ter para com Deus essa relação íntima, da qual toda a exterioridade é apenas um sinal.

Anônimo ____ Mas São Mateus, e quando a coisa fica apenas no sinal exterior, porque parece que isso que está tirando o Mestre do Sério diante dessa gente falsa e fingida?!
São Mateus ____ Certo! Quando isso acontece você tem o Farisaísmo e a Hipocrisia, em lugar da sinceridade e do testemunho, apresentando-se uma vida de Fé, mas que é só de fachada, sem compromisso com os irmãos.  Mas você que está aí na pós-modernidade, diga a palavra final, olhando para a sua comunidade e para você mesmo...

Anônimo ___ Bom, Jesus pede para que tiremos a máscara, para que pareçamos menos e façamos mais. Vixe! A coisa não é lá com eles há dois mil anos atrás, o assunto é com nós da Igreja de hoje.

2. Ai de vós, escribas e fariseus - Mt 23,23-26
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)

“Ai de vós, hipócritas!” A exclamação vale para todos em todos os tempos. O que é um hipócrita? É um falso e um fingido. É um mascarado. A palavra “hipócrita”, de origem grega, referia-se às máscaras usadas no teatro. Os espectadores viam a máscara, mas não viam a face do ator. O hipócrita da vida real está do lado oposto da verdade. Por fora aparenta ser observante dos pormenores da Lei, mas por dentro está cheio de roubo e de cobiça. Jesus fala com dureza contra eles. É o que diz nosso povo: “Por fora bela viola, por dentro, pão bolorento”. Não somos assim e não queremos ser assim. A religião tem esse perigo, de mascarar com cara de piedade a dureza de um coração sem misericórdia. Graças a Deus, entre nós há muita gente boa, sincera e honesta, que são, em primeiro lugar, nossos santos e santas! Basta olhar a vida dos santos de hoje, São Luís, rei da França, e São José de Calasanz. Ainda nesta semana celebramos Santa Mônica, Santo Agostinho e São João Batista, homem sincero como nenhum outro. Já celebramos São Bartolomeu, o Natanael do Evangelho de São João. Dele Jesus disse que era um verdadeiro israelita, sem fingimento. Façam o que quiserem, sem omitir o direito, a misericórdia e a fidelidade.
Fonte: NPD Brasil em 25/08/2020

HOMILIA

JESUS E OS FARISEUS

O capítulo 23 de Mateus é uma coletânea de advertências contra os escribas e fariseus e sua doutrina oficial, sob a forma do lamento "ai de vós...". Esta expressão é bastante usada no Primeiro Testamento, dirigida aos que praticam a iniquidade. A forma literária deste texto se aproxima das advertências do profeta Isaías (5,8-22). A hipocrisia é a atitude do sistema religioso representado pelos escribas e fariseus, os quais se fecham em seu prestígio e poder, julgando-se justos e desprezando o povo humilde.
Jesus critica severamente os escribas e fariseus porque eles desprezavam os preceitos mais importantes da lei, que era: a justiça, a misericórdia, a fidelidade. A hipocrisia dos fariseus e escribas com relação à religiosidade era algo que eles não conseguiam disfarçar, não obstante a sua falsa aparência de santos. Eles se fecham para não perder prestígio e poder, julgando-se justos e perfeitos desprezavam o povo humilde e excluído da sociedade. Jesus que enxerga além das aparências daqueles falsos santos denuncia toda a sua falsidade. Por outro lado, Jesus, no estilo profético, contradisse a religião da Lei que oprime e humilha o povo com suas inumeráveis observâncias, favorecendo aqueles que subjugavam o povo em nome de Deus. E estes mandatários ou representantes da elite religiosa procuram manter as aparências, porém falta o essencial, que é a acolhida da pessoa de Jesus, e o seu plano de salvação com seu amor misericordioso, libertador e vivificante.
Jesus é duro em suas advertências chegando a chamar os Fariseus de cegos e de hipócritas que limpam o exterior dos seus corpos enquanto por dentro continuava sujo de pecados.
Jesus penetra no coração dos homens e com muita sabedoria e propriedade Ele denuncia o que há de escondido por debaixo das aparências. Assim como Ele falava para os mestres da lei e para os fariseus, chamando-os de “hipócritas”, Ele também poderá estar dirigindo-se a qualquer um de nós que nos enaltecemos em vista das nossas “boas ações”. Nós também como os antigos, podemos estar pagando o dízimo de todos os nossos proventos e até promovendo o bem comum, no entanto, ao mesmo tempo, podemos está agindo como guias cegos, se as nossas atitudes não estiverem edificando a ninguém. Se estivermos fazendo o bem apenas para aparecer e chamar a atenção estão nos faltando os ensinamentos mais importantes, que são a justiça, a misericórdia e a fidelidade. Isto acontece quando nós aproveitamos os momentos em que todos tomam conhecimento das nossas boas obras em campanhas que têm como objetivo somente a nossa promoção pessoal. Os que se preocupam com isso são os fariseus e hipócritas. Que a semente e o veneno dos fariseus hipócritas bem como dos Escribas não caia em nossos corações a ponto de uma vez germinando sufoque, envenene e mate a boa nova que recebemos de Jesus. Procuremos, pois, viver o que nós ensinamos, pregamos e aparentamos ser perante a comunidade cristã! Pois não nos esqueçamos que Deus que vê tudo vai um dia nos julgar.
A partir daqui é fundamental que tanto o nosso exterior quanto o interior apareçam sem manchas e não como os doutores da lei, cujo exterior aparecia sem manchas, todavia o seu interior estava cheio de maldade. Jesus nos adverte enquanto é tempo: “limpa primeiro o copo por dentro, para que também por fora fique limpo”. Podemos enganar a todos, mas não enganamos a Deus que sonda o nosso coração e conhece o que há de mais camuflado dentro de nós. A justiça, a misericórdia e a fidelidade, portanto, se constituem em atos concretos de amor. Somos chamados a dar o dízimo e a fazer o bem, mas tudo com sentido e, por amor! Mesmo que não participemos de campanhas beneficentes nem de grandes promoções na época do Natal que a regra de ouro da nossa vida seja TUDO FAZER POR AMOR!
Prezados irmãos: Será que Jesus no evangelho de hoje está dizendo alguma coisa para nós? Será que nós também não lavamos muito bem o nosso corpo e até passamos perfume e deixamos a nossa alma embaçada pelo pecado? Ou será que nós procuramos manter uma aparência de santos, de quem observa todos os mandamentos de Jesus, e tudo mais, porém, na realidade, não passamos de pecadores maiores que aqueles que ao ver as nossas aparências de justos se sentem pequeninos em relação a nós?
Com que espírito você tem dado o seu dízimo? Você acha que Deus está vendo as suas ações de caridade? Você tem sido fiel, justo (a) e misericordioso (a) com as pessoas com quem você convive? Você faz alguma coisa para aparecer?
Pai dá-me pureza de coração para que do meu interior brotem a justiça, a misericórdia e a fidelidade, e assim, eu possa guiar meus semelhantes na caminhada para ti.
Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
Fonte: Liturgia da Palavra em 26/08/2014

REFLEXÕES DE HOJE

TERÇA

Fonte: Liturgia Diária Comentada2 em 26/08/2014

HOMILIA DIÁRIA

Condene o pecado, mas não o pecador

Postado por: homilia
agosto 28th, 2012

Parece estranho alguém se levantar e se pôr em briga contra si mesmo. Mas foi, é e será sempre a exigência de Jesus. É preciso fazer guerra contra nós mesmos, a fim de destruir em nós o causador da nossa morte.
No “Ai de vós!” temos a continuidade da contundente denúncia de Jesus quanto a incoerência e a hipocrisia dos escribas e fariseus que integravam a cúpula religiosa de Israel.
Se quiser avançar corretamente, com discrição e dando frutos no caminho da verdadeira religião, você deve ser austero e rígido consigo mesmo e sempre alegre e aberto para com os outros, esforçando-se, no seu coração, por caminhar nos cumes da retidão, sabendo inclinar-se, com bondade, para com os mais fracos. Numa palavra, perante o juízo da sua consciência, você deve moderar os rigores da justiça, de tal forma que não seja duro para com os pecadores, mas acessível ao perdão e indulgente.
Considere o seu pecado como perigoso e mortal; o dos outros, considere-o como fragilidade da condição humana. A falta que, em você, considera digna de severa correção, pensa que, nos outros, não merece mais do que uma pequena admoestação. Não seja “mais justo do que o Justo”. Receie cometer o pecado, mas não hesite em perdoar ao pecador. A verdadeira justiça não é a que precipita as almas dos irmãos no laço do desespero. É preciso sabermos que, se a nossa vida não nos parece tão brilhante, a dos outros não nos dever parecer toda feia. E como seria bom se fôssemos para nós mesmos juízes severos! Aposto com você que as faltas dos outros não encontrariam em nós censores tão rigorosos.
Partamos para a guerra como Josué. Tomemos de assalto a cidade mais forte deste mundo, o meu e o seu coração de onde está toda a malícia. Destruamos as suas muralhas orgulhosas. Só então encontraremos à nossa volta o caminho que é preciso tomar, o campo de batalha e o inimigo a derrubar. Quem é? Você já sabe: é o pecado. O que falta é descobrir onde está e quais são as suas artimanhas.
Portanto, embora lhe pareçam estranhas as minhas palavras, elas são verdadeiras: limite a sua procura a si mesmo. Está em você o combate que irá travar, no seu interior, o edifício de malícia que você tem de minar; o seu inimigo sai do fundo do seu coração. Não sou eu quem o diz, mas Cristo: “É do coração que vêm os maus pensamentos, os assassínios, os adultérios, as impurezas, os roubos, os falsos testemunhos, as palavras injuriosas” (Mt 15,19).
Percebe qual é o poder deste exército inimigo que avança contra você a partir do fundo do seu coração? Ei-los! Os inimigos que temos de massacrar no primeiro combate, de eliminar na primeira linha da batalha. Se formos capazes de derrubar as muralhas deles e exterminá-los até que não reste nenhum para contar, nenhum para recobrar o ânimo (cf. Js 11,14), se não ficar um único para retomar vida e ressurgir nos nossos pensamentos, então Jesus dar-nos-á o grande repouso.
Jesus, não querendo ser alvo de censura como os fariseus, no Evangelho de hoje – que se preocupavam com as coisas externas deixando o essencial para segundo plano – vos peço: “Dai-me forças para ser guerreiro de mim mesmo, para transformar o meu coração. Dai-me um coração puro para que do meu interior brotem a honestidade, a verdade, a justiça, a misericórdia e a fidelidade. E, assim, eu possa ser o caminho para os perdidos, a luz para os que estão nas trevas, a voz para os mudos nas coisas de Deus, a vez para os excluídos da convivência humana, a alegria para os tristes, o pão para os famintos, a paz para os que estão em guerra, amor para os que semeiam ódio e vingança, levando todos os homens para Vós que sois o Caminho, a Verdade e a Vida do homem”.
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova em 28/08/2012

HOMILIA DIÁRIA

A vida em Cristo exige justiça, misericórdia e fidelidade

Não deixemos de lado o espírito da fé. Não se vive a religião de Jesus Cristo sem a prática da justiça, da misericórdia e da fidelidade.

Ai de vós, mestres da Lei e fariseus hipócritas! Vós pagais o dízimo da hortelã, da erva-doce e do cominho, e deixais de lado os ensinamentos mais importantes da Lei, como a justiça, a misericórdia e a fidelidade.” (Mateus 23, 23)

Jesus continua o Seu embate e, ao mesmo tempo, o ensinamento sobre o perigo da vida farisaica, que está voltada a observar as práticas externas da Lei de Deus e, contudo, deixa de lado o essencial da Lei Divina. Vejam, os fariseus pagam direitinho o dízimo e fazem questão de realizar tudo na medida, tirar cada medida certa e mostrar para os homens que cumprem com seus deveres e suas obrigações. Mas o essencial eles não vivem: não colocam em prática a justiça. Justiça no sentido de sermos justos uns com os outros, de sabermos reconhecer os valores e as necessidades dos mais pobres, dos mais sofridos, dos injustiçados. Fazer justiça quer dizer reparar os erros, não permitir que a injustiça prevaleça, nem reine, nem triunfe em nenhum lugar.
“Vós não praticais a misericórdia”; a misericórdia vem como o coração da Lei Divina, a misericórdia é o resumo, a essência, do coração de Deus, que conhece nossas misérias e nossas fragilidades. E movido por compaixão, o Senhor não nos trata conforme as nossas faltas, mas sim conforme o Seu amor infinito e conforme a Sua bondade. O Senhor nos molda segundo o Seu coração misericordioso. Quem experiencia em sua vida a misericórdia divina sabe ter misericórdia para com o seu próximo.
Vós deixais de lado a fidelidade”; a fidelidade ao coração de Deus, fidelidade à Lei de Deus e ao amor de Deus. Ser fiel quer dizer ser comprometido com a vida, com o coração; ser fiel significa estar aplicado, mesmo que erre, a reparar seus próprios erros.
Sabem, meus irmãos, Deus hoje nos chama a conhecermos o Seu coração bondoso e a não vivermos uma religião de fachada; uma religião em que nos preocupamos com as atitudes externas. Não! Se nós rezamos, se nós participamos das coisas da Igreja, dessa ou daquela pastoral ou grupo, não deixemos de lado o espírito da fé, não deixemos de lado, de modo nenhum, o espírito que move a nossa fé. Não se vive a religião de Jesus Cristo sem a prática da justiça, da misericórdia e da fidelidade.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 26/08/2014

HOMILIA DIÁRIA

A prioridade é cuidarmos do nosso interior

Tomemos cuidado com essa hipocrisia de cuidarmos só do externo e não nos dedicarmos à limpeza do nosso interior

“Ai de vós, mestres da Lei e fariseus hipócritas! Vós limpais o copo e o prato por fora, mas, por dentro, estais cheios de roubo e cobiça. Fariseu cego! Limpa primeiro o copo por dentro, para que também por fora fique limpo.” (Mateus 23,25)

Estamos usando a comparação do copo e do prato, porque gostamos de mostrar sempre o externo limpo, temos questão de caprichar em limpar a nossa pele, em limpar o nosso exterior, usar roupas que mostram que estamos sempre bem limpos e cuidados.
Tomemos cuidado com essa hipocrisia de cuidarmos só do externo, mas não nos dedicarmos na limpeza do copo por dentro, ou seja, em limparmos a alma, o coração, em lavarmos realmente o nosso interior. Se o exterior tem uma capacidade de se sujar, de contaminar as poeiras e vírus do mundo externo que nós vivemos, imagina o nosso interior, porque as nossas emoções estão sempre fragilizadas; estamos sempre vivendo com essa ou aquela situação e, facilmente, nos ressentimos, magoamo-nos e nos decepcionamos. Facilmente, guardamos as coisas erradas que os olhos captam, que os ouvidos escutam e entram no nosso interior.
A verdade é que lixos vão se acumulando dentro de nós, coisas velhas e estragadas estão apodrecendo dentro de nós. O grande cuidado da alma é cuidar do nosso interior, é nos dedicarmos, de verdade, em limpar e purificar os sentimentos da alma, dos nossos sentidos interiores, porque o que vem de dentro é aquilo que, de fato, vai edificar.
A boca fala do que tem no coração, os olhos cobiçam o que por dentro é puxado, por isso é fundamental cuidar do interior, e o trabalho principal do homem religioso é aplicar-se de corpo, alma e mente, com todas as suas forças, nesse doloroso e ardoroso trabalho de sempre limpar o copo por dentro, lavar a alma, o coração e o interior.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 28/08/2018

HOMILIA DIÁRIA

Usemos a religião para cuidarmos do próximo

“Vós pagais o dízimo da hortelã, da erva-doce e do cominho, e deixais de lado os ensinamentos mais importantes da Lei, como a justiça, a misericórdia e a fidelidade. Vós deveríeis praticar isto, sem contudo deixar aquilo.” (Mateus 23,23)

Os fariseus estão aí juntando-se aos Mestres da Lei e formando, de fato, uma tropa de hipocrisia. Muito cuidado, meus irmãos, para não vivermos a religião da hipocrisia, porque essa é uma tentação, é o grande perigo que podemos viver na nossa experiência religiosa, sermos pessoas que carregam símbolos religiosos, que falam de Deus para tudo e para todos.
Temos brincos com o nome de Jesus, com a Virgem Maria, nós até usamos blusas; temos Tau, uma cruz como a do padre, alguns usam até um pouco maior, e hoje se usa véu. Nem vou olhar para essas práticas, porque para mim elas podem dizer tudo, mas ao mesmo tempo nada.
Os fariseus usavam roupas longas e importantes, chamavam a atenção pela forma como se vestiam. E chamavam a atenção por aquilo que queriam fazer, religiosamente falando, porque não perdiam nada dos cultos das sinagogas, eram os primeiros a chegar, pagavam o dízimo até um pouco mais, da hortelã e tudo mais. Porém, o principal da Lei deixavam de lado: a justiça, a misericórdia e a fidelidade.

Jamais use a religião para sobrepor-se ao outro, mas a use para cuidar do outro

Preste bastante atenção, não é para deixarmos de fazer as nossas práticas: pagar o dízimo, ir ao culto religioso… Há pessoas que também desprezam isso. “Não vou à Igreja, mas sou melhor do que quem vai”. Está errado também! A questão é que precisamos ir, mas temos que cumprir o que ouvimos lá. E até se as pessoas lá não cumprem, o problema é delas, mas nós precisamos.
Não podemos deixar de lado, de forma nenhuma, o amor e a fidelidade a Deus e praticar a justiça e a misericórdia. Sejamos justos, porque ser justo é o sinal da sensatez humana com a graça de Deus. Jamais cometamos injustiça com o irmão, jamais falemos aquilo que não é, jamais façamos acepção de pessoas, jamais deixemos alguém desamparado, desprovido ou descuidado. Jamais usemos a religião para nos sobrepormos ao outro, mas a usemos para cuidar do outro.
A religião faz de nós pessoas misericordiosas e bondosas para com os nossos irmãos, a misericórdia de exercer o perdão, de não julgar nem condenar. Não adianta viver em redes sociais exaltando o nome do Senhor, mas não as usar, ou as nossas conversas no dia a dia, para exercer o perdão, a misericórdia e a reconciliação uns com os outros.
Cuidemos, porque estamos transformando a nossa religião numa religião farisaica, de preceitos e dogmas, e não estamos vivendo a religião da justiça, da misericórdia e do amor a Deus.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 25/08/2020

Oração Final
Pai Santo, ajuda-nos a ser no mundo sinal da tua Misericórdia para com todos os teus filhos. Que no exercício da nossa missão de arautos do teu Reino, não sejamos apenas repetidores de lições que aprendemos, mas que mostremos vida – a nossa vida! – aos que estiverem próximos a nós. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 28/08/2012

Oração Final
Pai Santo, faze-nos justos e fraternos. Que a palavra do Evangelho seja a estrela-guia da nossa vida e aprendamos por ela o cuidado e o carinho para com os peregrinos que colocaste junto a nós para a travessia desta estrada encantada – a Vida! Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 26/08/2014

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, ajuda-nos a ser neste mundo um sinal da tua Misericórdia para com todos os teus filhos. Que no exercício da nossa missão de arautos do teu Reino, não sejamos apenas repetidores de lições que aprendemos, mas mostremos vida – a nossa vida! – aos que estiverem próximos a nós. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 28/08/2018

ORAÇÃO FINAL
Pai amado, ensina-me a escolher um “eu quero” decidido e corajoso entre os muitos “tu deves” prescritos na Lei. Que o meu querer seja apenas cumprir a tua Divina Vontade, mas que eu A viva com paixão e alegria. Que eu seja justo, misericordioso e fiel. Por Jesus, o Cristo teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 25/08/2020

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