ANO C

João 8,51-59
Comentário do
Evangelho
A palavra de Jesus é um sopro
A palavra de Jesus é um sopro que faz viver. “Guardar”, isto
é, pôr em pratica a sua palavra, é viver e experimentar a vitória sobre toda a
realidade da morte. No episódio de Lázaro (Jo 11,1-57), no diálogo com Marta,
Jesus diz: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra,
viverá; e quem vive e crê em mim, não morrerá jamais” (11,25-26). No diálogo
noturno de Jesus com Nicodemos, ele também dirá: “… Deus amou tanto o mundo que
entregou seu Filho único para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a
vida eterna” (Jo 3,16).
Carlos Alberto
Contieri, sj
Oração
Pai, coloca-me em sintonia com as palavras e o modo de pensar
de teu Filho Jesus, para que eu possa compreender seus ensinamentos, sem
deturpá-los.
Fonte: Paulinas em 21/03/2013
Vivendo a Palavra
O Mestre revela seu segredo messiânico: «Antes que Abraão
existisse, Eu Sou.» Os ouvintes se embaraçam diante da humanidade daquele homem
simples. Nós somos privilegiados porque nossa fé é fruto da Ressurreição.
Guardar e viver a Palavra de Jesus é o penhor para a nossa Vida que nunca vai
experimentar a morte.
Fonte: Arquidiocese BH em 21/03/2013
VIVENDO A PALAVRA
Antes que Abrão
existisse, “EU SOU”. Muitas vezes aparece no Evangelho de João a expressão “EU
SOU”, mas quase sempre acompanhada de substantivos: o Bom Pastor, o Caminho, a
Verdade, a Vida, a Porta das ovelhas… Mas esse “EU SOU” – assim, isolado – é um
convite para o mergulho na essência do Cristo. Precisamos de sabedoria para
compreender, de coragem, gratidão e humildade para aceitá-lo!
Reflexão
O nosso Deus é o Deus da vida e da vida em abundância. Ele é
causa de alegria para todos os que verdadeiramente crêem nele e em Jesus ele
manifesta todo o amor que tem por nós. Assim sendo, Jesus, que é o Filho do
Deus vivo, veio nos ensinar o caminho da verdadeira vida, por isso nos diz que
quem guarda a sua palavra jamais verá a morte. E como todos nós desejamos a
vida e nos alegramos com ela, Jesus também é a causa de nossa alegria, assim
como foi a causa para Abraão exultar de alegria ao ver o seu dia, ao reconhecer
o seu Deus como o Deus da vida. Aos que não acreditam nas verdades do Reino de
Deus e rejeitam os valores evangélicos, só resta a revolta, a tristeza e a
morte.
Fonte: CNBB em 21/03/2013
Reflexão
Abraão é o primeiro elo de uma corrente que se estende ao longo da
história da salvação. História que tem como centro e ponto de chegada a pessoa
de Jesus Cristo. Abraão esperava a manifestação plena da vida. E isso só
acontece com a presença e a prática de Jesus. Como as autoridades não aceitam a
vida que Jesus oferece, planejam eliminá-lo. Para escândalo de seus
conterrâneos, Jesus afirma: “Antes que Abraão existisse, Eu sou”. “Eu sou”
recorda o nome Javé, com que Deus se deu a conhecer a Moisés, por ocasião da
libertação do Egito. Jesus assume esse nome por ser o Filho de Deus que revela
de modo pleno o projeto do Pai. Não comprometidos com Jesus, os chefes recolhem
pedras para apedrejá-lo. Ameaçado de morte, Jesus se retira do Templo e se
esconde. Hoje, como sempre, muitas pessoas são ameaçadas de morte. Por quê?
(Dia a dia com o Evangelho 2019 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Meditando o evangelho
PALAVRA DE VIDA
Quando Jesus falava em "minhas palavras", estava contrapondo
seus ensinamentos aos de seus adversários. Onde está a divergência?
As palavras de Jesus têm origem no Pai, e são expressão do ensinamento
divino. Já as palavras dos adversários não correspondiam, necessariamente, ao
pensamento divino, pôr estarem contaminadas por uma série de elementos sem
relevância, aos quais eles davam muito valor; o essencial, porém, nem sempre era
devidamente valorizado.
Os ensinamentos de Jesus eram um constante convite à conversão, um apelo
a usar de misericórdia, a exemplo do Pai. Os adversários, pelo contrário,
insistiam na submissão estrita aos ditames da Lei, minuciosamente
especificados. Bastava a mera obediência exterior da Lei, para a pessoa ser
considerada justa.
As palavras do Mestre eram portadoras de vida, porque geradoras de
comunhão, ao passo que as dos seus adversários, incapazes de tocar o íntimo do
coração humano, acabavam por levar as pessoas a uma falsa confiança em Deus.
Evidentemente, as palavras de Jesus são mais exigentes e requerem um
empenho maior do que as palavras de seus adversários. De fato, é fácil
observar, exatamente, certas normas bem precisas. O difícil é aventurar-se na
proposta feita por Jesus.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe.
Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE –
e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Espírito de vida, que eu seja suficientemente sábio para acolher as
palavras de Jesus, que me proporcionam vida, e rejeitar o que me afasta do Pai.
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
1. O SENHOR DA VIDA
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe.
Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e
disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).
A origem e o destino de Jesus foram motivo de controvérsia
com os judeus. Por um lado, o Mestre proclamava: “Se alguém guarda a minha
palavra, jamais verá a morte”. Por outro, afirmava: "Antes que Abraão
existisse, Eu sou".
Seus adversários raciocinavam de maneira aparentemente
lógica. Os personagens mais veneráveis do povo, como Abraão e os profetas,
morreram. Acreditava-se na volta do profeta Elias, que fora arrebatado ao céu
numa carruagem de fogo. Não se tinha, porém, notícia de alguém que não iria
experimentar a morte. Com Jesus, não haveria de ser diferente. Quanto à sua
origem, era suficiente considerar sua idade bastante jovem – "Ainda não
tens cinqüenta anos..." – para se dar conta da falsidade de sua afirmação.
Este modo de pensar estava em total descompasso com a real
intenção de Jesus. Referindo-se à morte, pensava em algo muito mais radical que
a pura morte física. Suas palavras abririam caminho para a vida eterna, na
comunhão plena com o Pai, para além das vicissitudes desta vida terrena. Ao
referir-se à sua origem, não estava pensando no seu nascimento carnal,
historicamente determinável, e sim na sua vida prévia, no seio do Pai. Neste
sentido, pode-se dizer anterior ao patriarca Abraão, por possuir uma existência
eterna.
Os inimigos de Jesus eram demasiados terrenos para
compreender esta linguagem.
Oração
Pai, coloca-me em sintonia com as palavras e o modo de pensar
de teu Filho Jesus, para que eu possa compreender seus ensinamentos, sem
deturpá-los.
Fonte: NPD Brasil em 21/03/2013
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. O Perigo do Fundamentalismo
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
Podemos dizer que os Judeus eram fundamentalistas em extremo e entendiam a escritura antiga ao Pé da Letra. Desta visão distorcida e equivocada dos Profetas e da Torá, é que vem o confronto com Jesus, que jamais contradisse uma só letra da escritura antiga, mas fazia dela uma releitura aplicando á sua vida, tornando-se ele próprio a Palavra Viva e a revelação mais clara da vontade de Deus, o mesmo Deus Javé ou o Deus da Aliança, Pai de Jesus Cristo.
Jesus interpretava a Lei e os Profetas mostrando em seu conteúdo o Deus que se revela e que busca o homem para salvá-lo e resgatá-lo em definitivo das Forças do Mal. Interpretar significa exatamente aplicar a Palavra de Deus escrita na Bíblia, nos dias de hoje, na minha vida e na vida da comunidade, se não houver essa interpretação, corre-se o risco de ser fundamentalista e isso acontece quando não se faz a hermenêutica.
Jesus mostra com palavras e obras á sua relação direta com o Pai, que é o Deus da Aliança, o Deus de Moisés, o Deus de Abrão, Isaac e Jacó. Os Judeus julgam serem exímios conhecedores de Deus, apenas pelas escrituras, são eles os interpretadores oficiais e não admitem que nenhum outro o faça, muito menos Jesus, um simples galileu. O que na verdade eles conhecem de Deus é o que dele escreveram os profetas e se falaram dos Patriarcas, conheciam na teoria mais Jesus, o Filho Vivo de Deus está ali diante deles, mais do que conhecer a Deus, Ele provém de Deus, Ele é o Deus vivo...
Jesus nunca se preocupou em fazer sinais prodigiosos para superar os profetas ou os Patriarcas, pois estes apenas prepararam o caminho para aquele que haveria de vir, preliminarmente Deus se manifestou nesses Santos Homens, mas jamais com a perfeição com que se manifestou em Jesus Cristo, seu Filho. Todos os que o precederam anunciaram a Salvação e a libertação, Jesus é a Salvação e a Libertação, ele não mostra o caminho mais ele é o caminho, ele não mostra a Verdade, ele é a Verdade, ele não mostra a Vida, ele é a Vida!
Jesus é a Escritura Viva de Deus, é o Verbo Encarnado, mas os Judeus fundamentalistas só o vêem como um intermediário, na linha dos Patriarcas e dos Profetas de Israel, valorizam a "casca" e menosprezam o fruto doce que está dentro dela, enfiam as mãos pelos pés e confundem o meio com o fim....Confusão típica de quem é fundamentalista e não consegue sentir em sua vida os efeitos maravilhosos da Graça operante e santificante que Jesus oferece mediante a Fé...
2. Vós não o conheceis
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)
Enquanto os judeus afirmam ser descendentes do patriarca de todos os povos, Jesus reafirma sua existência anterior à do próprio Abraão. Ele é o Verbo que existia no princípio e por quem tudo foi feito. Quando Jesus disse aos fariseus: “Antes que Abraão existisse, eu Sou”, eles pegaram pedras para atirar nele. Não estavam errados os fariseus e estava muito certo Jesus. Ele é o “Eu Sou”, e “Eu Sou” é o nome com que Deus se revelou a Moisés no Egito. “Estamos certos de que você tem um demônio”. “Quem você pretende ser?” O evangelista coloca a comunidade cristã diante dessa verdade aparentemente paradoxal: Jesus é o Verbo de Deus, que existia antes dos tempos e que veio morar entre nós para nos tornar filhos de Deus.
HOMILIA
DIÁRIA
Postado por: homilia
março 21st, 2013
A origem e o destino de Jesus foram motivos de
controvérsia com os judeus. Por um lado, o Mestre proclamava: “Se alguém guarda
a minha palavra, jamais verá a morte”. Por outro, afirmava: “Antes que Abraão
existisse, Eu sou”.
Seus adversários raciocinavam de maneira
aparentemente lógica. Os personagens mais veneráveis do povo, como Abraão e os
profetas, morreram. Acreditava-se na volta do profeta Elias, que fora
arrebatado ao céu numa carruagem de fogo. Não se tinha, porém, notícia de
alguém que não iria experimentar a morte. Com Jesus, não haveria de ser
diferente. Quanto à sua origem, era suficiente considerar sua idade bastante
jovem – “Ainda não tens cinquenta anos” – para se dar conta da falsidade de sua
afirmação.
Este modo de pensar estava em total descompasso
com a real intenção de Jesus. Referindo-se à morte, pensava em algo muito mais
radical que a pura morte física. Suas palavras abririam caminho para a vida
eterna, na comunhão plena com o Pai, para além das vicissitudes desta vida
terrena. Ao referir-se à sua origem, não estava pensando no seu nascimento
carnal, historicamente determinável, e sim na sua vida prévia, no seio do Pai.
Neste sentido, pode-se dizer anterior ao patriarca Abraão, por possuir uma
existência eterna.
Os inimigos de Jesus eram demasiados terrenos
para compreender esta linguagem.
Neste texto, temos a conclusão do tenso e longo
diálogo de Jesus com os judeus em Jerusalém, por ocasião da festa das Tendas.
Jesus mostra-se acolhedor e reafirma o dom da vida eterna, já: “Se alguém
cumprir a minha palavra, nunca verá a morte”. Contudo, os judeus permanecem
firmes em sua rejeição a Jesus, procurando apedrejá-lo.
Jesus, que cumpre a palavra do Pai, já vive a
eternidade. Pois “antes que Abraão existisse, Eu sou”, disse Jesus àquele povo
e continua dizendo o mesmo hoje. Quando estas palavras encontrarem espaço em
nossos corações, então significa que viveremos em comunhão eterna com Jesus e
com o Pai ao cumprirmos sua palavra, no despojamento e na partilha, na
mansidão, na acolhida ao irmão, na prática da misericórdia e da justiça que
liberta e promove a vida.
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova em 21/03/2013
Oração Final
Pai Santo, ilumina a nossa fé para que ela
complete o que falta à nossa limitada compreensão dos Mistérios da Criação, da
Redenção, da Santificação da humanidade e do Reino de Amor. Que sigamos os
passos do Cristo Jesus, teu Filho Unigênito que se fez nosso Irmão e contigo
vive e reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 21/03/2013
ORAÇÃO FINAL
Pai Santo,
conduze-nos no Caminho que leva à Verdade do teu Filho Unigênito, para que
assumamos a Liberdade de filhos teus que nós já somos – e todos muito amados
por Ti! Faze-nos alegres, agradecidos e entusiasmados anunciadores desta Boa
Notícia para os peregrinos desta terra abençoada! Pelo Cristo Jesus, teu Filho
que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
http://arquidiocesebh.org.br/para-sua-fe/espiritualidade/meu-dia-em-oracao/procurem-o-senhor-recordem-as-maravilhas-que-ele-fez/

http://arquidiocesebh.org.br/para-sua-fe/espiritualidade/meu-dia-em-oracao/procurem-o-senhor-recordem-as-maravilhas-que-ele-fez/

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