2 de Fevereiro de 2014
ANO A

Lc 2,22-40
Comentário do
Evangelho
Realização da promessa
A festa da Apresentação do Senhor é celebrada quarenta dias
depois do Natal. Remete-se ao século V. Comemora-se, nesse dia, o acontecimento
bíblico relatado por Lucas em 2,22-40, relato próprio ao terceiro Evangelho.
O profeta Malaquias atuou em meados do século V
a.C. A comunidade cristã que relê o texto do profeta Malaquias à luz da
Ressurreição de Cristo encontra no trecho proposto para hoje uma clara
referência a Jesus. A profecia serve de pano de fundo para o relato da
apresentação do Senhor no Templo de Jerusalém e o reconhecimento do Messias por
parte de Simeão e Ana. O texto distingue dois personagens, presentes nos
relatos da infância: o “mensageiro” cuja missão é preparar o caminho,
entenda-se, o caminho do Senhor (cf. Ml 3,1a); e depois, o próprio Senhor, a
pessoa esperada e desejada que entra no seu Templo (cf. Ml 3,1b). Na releitura
cristã da profecia de Malaquias, trata-se de João Batista e Jesus.
Lucas parece não ter nenhuma preocupação com a
exatidão histórica e cultural. Originalmente, os costumes da apresentação e
purificação da mãe são distintos; Lucas parece confundi-los. A prescrição para
a purificação da mulher que deu à luz encontra-se em Lv 12,1ss. Lucas modifica
Lv 12,6 – não é só a mulher que deve ser purificada, mas “eles” (cf. Lc 2,22).
A prescrição quanto à consagração ou apresentação do primogênito ao Senhor
encontra-se em Ex 13,1.11-12. O nosso relato baseia-se em 1Sm 1,22-28. O filho
primogênito tinha que ser resgatado ao completar um mês do seu nascimento,
mediante o pagamento de um ciclo de prata a um membro de uma família sacerdotal
(Nm 3,47-48; 18,5-16). Lucas omite toda a menção do resgate do primogênito e
transforma a cerimônia numa simples apresentação do menino no Templo de
Jerusalém. Seja como for, e sem nos atermos a todas as possibilidades de
interpretação, parece-nos que a intenção do evangelista é fazer com que o
Antigo Testamento, representado por Simeão e Ana, tome, pelo Espírito Santo, a
palavra para poder proclamar que a promessa de Deus foi realizada em Jesus (cf.
Lc 2,29-32). Se a cada noite a Igreja canta o nunc dimitis, é para proclamar a
cada dia a realidade da salvação oferecida indistintamente a toda a humanidade.
É essa luz que ilumina todos os povos.
Carlos
Alberto Contieri, sj
ORAÇÃO
Pai, a exemplo de Simeão e de Ana, faze-me
penetrar no mais profundo do mistério de teu Filho Jesus, e torna-me
proclamador da salvação presente na nossa história.
Vivendo a Palavra
A Carta aos Hebreus lembra a humanidade do
Cristo: “Ele não veio para os anjos, e sim para os filhos de Abraão”.
Humanidade que não impediu Simeão reconhecer no Menino Jesus o Messias
prometido. O Cristo permanece entre nós. Cheios de alegria, repitamos com o
velho Simeão: «Agora, Senhor, podes deixar o teu servo partir em paz. Porque
meus olhos viram a tua salvação.»
http://www.arquidiocesebh.org.br/mdo/pg05.php
Reflexão
Deus está sempre vindo ao nosso
encontro, mas precisamos estar abertos à sua presença, precisamos querer vê-lo.
Simeão e Ana queriam ver o Messias e estavam abertos à ação do Espírito Santo.
Por isso, tiveram a oportunidade de reconhecer o salvador da humanidade naquele
menino que, juntamente com tantos outros de sua época, eram apresentados em
cumprimento da Lei do Senhor. Quem quer ver Jesus hoje também deve estar aberto
ao Espírito Santo que nos move constantemente para a caridade e nos leva a
reconhecer a presença do divino Mestre nos pobres e necessitados que precisam
na nossa caridade.
Recadinho

É
fácil hoje envolver os filhos nas coisas da fé? - Acho difícil cumprir os
preceitos da Igreja? - Eu me ocupo em primeiro lugar das coisas de Deus? -
Consigo crescer espiritualmente ou estou sempre na mesma?- Tenho oportunidade
de rezar em família? Em que circunstâncias?
Padre Geraldo
Rodrigues, C.Ss.R
http://www.a12.com/santuario-nacional/santuario-virtual/evangelho-do-dia/02/02/2014
Comentário do Evangelho
MEUS OLHOS VIRAM A SALVAÇÃO
Fiéis às tradições religiosas do
povo, Maria e José cumpriram o rito de apresentação do filho primogênito. Este
gesto simples revestiu-se de simbolismo. Quem tinha sido levado ao templo, mais
que filho de Maria e José, era o Filho de Deus. A liturgia de apresentação
evidenciou os dois grandes eixos da existência de Jesus: sua humanidade e sua divindade.
Fora apresentado o homem Jesus, com todas as suas características
socioculturais e familiares, em sua fragilidade de recém-nascido, na pobreza de
seus pais, inferiorizado, em termos religiosos, por ser galileu. No menino
Jesus, expressou-se a humanidade, de forma irrestrita. Ele não fora poupado em
nada, ao aceitar encarnar-se na história humana. Entretanto, ao consagrá-lo a
Deus e fazendo-o, daí em diante, pertencer-lhe totalmente, a liturgia
evidenciava a divindade de Jesus. Aquele menino indefeso pertencia inteiramente
a Deus, em quem sua existência estava enraizada. Era o Filho de Deus. Por isso,
no templo, estava em sua própria casa. Suas palavras e ações seriam a
manifestação do amor de Deus. Por meio dele, seria possível chegar até Deus. Uma
vez que podia ser contemplada em sua pessoa, sua divindade fazia-se palpável na
história humana. Assim se explica por que Simeão viu a salvação de Deus.
Oração
Senhor
Jesus, como Simeão, eu vejo em ti a salvação atuando em minha vida e na vida da
humanidade, sedenta de Deus.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta,
Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste
Portal a cada mês)
Oração
Deus
eterno e todo-poderoso, ouvi as nossas súplicas. Assim como o vosso Filho
único, revestido da nossa humanidade, foi hoje apresentado no templo, fazei que
nos apresentemos diante de vós com os corações purificados. Por Nosso Senhor
Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
REFLEXÕES DE HOJE

02 de
FEVEREIRO - DOMINGO
2 - APRESENTAÇÃO DE JESUS NO TEMPLO - José Salviano
3 - Apresentação de Jesus no Templo - Canção Nova
4 - Luz para iluminar as nações. Padre Queiroz
5 - "UM DEUS EM FAMÍLIA..." - Diac. José da Cruz
6 - Festa da Apresentação de Jesus no Templo - Jorge Lorente
2 de fevereiro – APRESENTAÇÃO DO SENHOR
GLÓRIA DE ISRAEL E LUZ DAS NAÇÕES
I. INTRODUÇÃO GERAL
A liturgia de hoje é o ponto culminante do natal do Senhor,
porque indica o modo como se deu a encarnação do Filho de Deus e a que ela se
destina. Cristo assumiu todos os condicionamentos da humanidade, até mesmo se
submeteu à lei de Moisés, pela qual era regido o povo ao qual pertenceu. Além
do contexto histórico, geográfico e econômico, o evangelho mostra que a vida
terrestre do “Filho do Altíssimo” (Lc 1,32) estava inserida em um contexto
cultural e religioso particular. Também o destaque dado ao tipo de sacrifício
realizado por sua família (Lv 5,6-7; 12,6) manifesta que ele não somente
assumiu nossa humanidade, mas se fez pobre entre os pobres.
A festa da Apresentação do Senhor é bem antiga, e já houve tempo
em que era celebrada em 14 de fevereiro, quarenta dias após a festa da Epifania
(manifestação aos magos). Também já foi considerada como festa mariana, com o
nome de “Purificação da Bem-aventurada Virgem Maria”. Mas, a partir das
recentes reformas litúrgicas, o nome da festa foi mudado para “Apresentação do
Senhor” e ela passou a ser celebrada quarenta dias depois do Natal. O novo
título e data da celebração são uma indicação mais correta da natureza e do
objeto dessa festa, visto que nesse dia a Igreja celebra um aspecto importante
do mistério salvífico, e não simplesmente um acontecimento da infância de
Jesus.
II. COMENTÁRIO DOS TEXTOS BÍBLICOS
1. Evangelho (Lc 2,22-40): Consagrado ao Senhor
Os primeiros versículos (22-24) do evangelho proclamado na
liturgia de hoje tratam especificamente da manifestação (epifania) do messiado
de Jesus a partir do cumprimento dos ritos de iniciação na religião da sua
família, o judaísmo. Jesus e Maria, recém-nascido e parturiente, submeteram-se
a tudo que a lei de Moisés indicava a respeito do nascimento de um menino
primogênito (Lv 12,1-8; Ex 13,2.12-13).
Pela circuncisão (Lc 2,21), Jesus tinha sido oficialmente
marcado como membro de Israel, ingressando na aliança feita com os patriarcas e
com os descendentes deles desde Abraão até os escravos libertos do Egito. No
momento da circuncisão, de acordo com a lei dada por Deus a Moisés, foi imposto
o nome do menino: ele foi chamado Jesus, conforme o anjo havia orientado.
Naquela cultura, o nome designava a identidade e a missão da pessoa. Jesus quer
dizer “Deus salva”. Isso significa que Deus nunca desistiu de salvar o mundo
por meio de Israel e que cumpriu essa promessa mediante um israelita fiel,
Jesus de Nazaré. Ao se tornar oficialmente membro do povo da aliança, Jesus
realizou em sua vida, morte e ressurreição a vocação que Abraão e seus
descendentes haviam recebido.
Pelo rito de iniciação à religião judaica, ou seja, de pertença
à antiga aliança, Jesus não somente deveria ser circuncidado, mas também
resgatado. O primeiro rito remetia aos patriarcas e o segundo, à libertação do
Egito. O ritual do resgate estava vinculado à Páscoa, quando os primogênitos
dos hebreus tiveram a vida poupada e se tornaram consagrados a Deus (Ex
13,11-15; Nm 18,15-16). O resgate significava que o primogênito era trocado por
uma quantia em dinheiro e, a partir de então, podia deixar o santuário e voltar
ao convívio familiar.
Propositalmente, Lucas não menciona o resgate de Jesus, que, à
semelhança dos levitas (Nm 3,45), continuará sempre pertencendo a Deus. Em vez
do resgate do primogênito, Lucas narra a apresentação de Jesus, evocando a
entrada do Senhor no santuário para realizar uma grande purificação (Ml 3,1-4).
Ao dizer que o menino foi purificado, o evangelho está afirmando que Israel
inteiro foi igualmente purificado por meio dele.
Aqui cabe um esclarecimento sobre o significado de purificação.
Esse termo nem sempre denota algo negativo; nesse trecho do evangelho, a
impureza não é moral, mas ritual (Lv 12,2-4) e significa apenas que, após
aqueles ritos, as pessoas eram reinseridas na esfera da vida comunitária, de
forma análoga a uma âmbula que, após ser purificada, deixa o sacrário e pode
ser mantida junto com outros objetos.
A segunda parte do evangelho de hoje (vv. 25-40) fala sobre o
reconhecimento do Cristo pelos representantes dos piedosos que esperavam a
vinda do Messias, ou seja, a consolação de Israel, a qual, conforme Is 40,1, é
sinônimo da salvação que vem de Deus. Os “pobres de Javé” reconhecem o Messias
libertador naquele frágil recém-nascido.
Primeiramente, aparece Simeão. Seu hino de louvor é também um
discurso de despedida, como acontece no livro do Deuteronômio, que fecha o
Pentateuco (Torah)
com longa despedida de Moisés. O velho Simeão reconhece que a esperança de
Israel converge para aquele menino, o qual realizará a libertação de Jerusalém,
a cidade santa, que no Antigo Testamento representa todos os escolhidos de
Deus. Além disso, o menino é uma luz que parte de Israel para as nações pagãs e
será um sinal de contradição, pois diante dele todos terão de tomar uma
decisão. Nesse sentido, ele será soerguimento para alguns e queda para outros,
pois diante dele se revelarão as intenções dos corações.
Em seguida, Ana é mencionada. O nome dela significa “graça”,
“favor”. Ao fazer referência à família de Ana como pertencente ao clã de
Fanuel, Lucas alude a uma experiência mística do patriarca Jacó e a todos
aqueles que sempre desejaram ver Deus face a face (Gn 32,30). Também a menção à
tribo de Ana é algo bastante significativo, porque, no antigo Israel, a tribo
de Aser ficava ao norte (Js 17,10); isso mostra que Ana era uma profetisa da
Galileia e, portanto, seria considerada pelos legalistas de Jerusalém como
suspeita de heresia. No entanto, é ela, e não os líderes religiosos da época,
quem reconhece Jesus como Messias.
2. I leitura (Ml 3,1-4): Para purificar o seu povo
O dia do SENHOR, mencionado várias vezes no Antigo Testamento,
geralmente é considerado como uma visitação ou vinda; como uma intervenção
divina quase sempre iminente. O texto do profeta Malaquias afirma que o SENHOR
virá ao templo de Jerusalém como um fogo purificador.
A imagem do fogo não tem por objetivo causar medo, mas é simplesmente
uma metáfora tirada da vida cotidiana. Alguns aspectos do processo de refinação
de metais são simbolicamente empregados várias vezes pela Escritura para
discorrer sobre a purificação do pecado e como prova de fidelidade a Deus.
A prata era obtida pelo processo de fusão. Sob alta temperatura,
as substâncias agregadas à superfície do metal se transformavam em pó, o qual
era repelido por uma rajada de ar. Nas diversas referências bíblicas, a
refinação do metal é usada simbolicamente para ilustrar o tipo de provação à
qual os seres humanos são submetidos. Em momentos difíceis da história é que se
pode constatar quem de fato é ou não fiel a Deus. Aqueles que permanecem fiéis,
firmes na fé, experimentarão a libertação definitiva, mesmo que eventualmente suportem
algumas circunstâncias difíceis.
3. II leitura (Hb 2,14-18): Em solidariedade com cada ser
humano
O tema central da carta aos Hebreus é o sumo sacerdócio de
Cristo (8,1). Sacerdote significa mediador, ou seja, alguém por meio do qual se
efetiva a relação entre Deus e a humanidade, entre Criador e criatura. A
mediação realizada por Jesus Cristo somente é possível porque ele é totalmente
divino e totalmente humano, ou seja, faz parte da esfera do Criador (é Filho) e
da criatura (é homem).
Na relação de Cristo com Deus, temos o aspecto da autoridade,
pois foi glorificado à direita do Pai. Já na relação com a humanidade, temos o
da misericórdia, visto que, por experiência própria, participou de nossa
fraqueza, sendo em tudo semelhante a nós, exceto no pecado (Hb 4,15).
Cristo é sumo sacerdote tanto por sua intimidade com o Pai
quanto por sua solidariedade com a humanidade. Ambas as relações foram levadas
ao extremo. A credibilidade e a solidariedade de Cristo fazem dele o fundamento
da nossa fé. O ser humano pode lançar toda a sua existência sobre esse
fundamento, por duas razões: porque Cristo é o Filho de Deus constituído em
dignidade; porque amou a humanidade a ponto de morrer na cruz para libertá-la
do poder da morte e associá-la à oferta de sua própria vida ao Pai.
III. PISTAS PARA REFLEXÃO
Cristo é semelhante a nós e tornou-se solidário conosco,
participando de nossas fraquezas, exceto do pecado; da mesma forma, estamos
unidos a ele, sendo associados à sua oferta ao Pai. A apresentação/consagração
do menino Jesus no templo é também a nossa consagração a Deus, por causa da
nossa união com o Filho humanado.
A morte significa separação. Mas, como estamos unidos a Cristo e
ele está junto do Pai, nada poderá nos separar de Deus; portanto, estamos
livres do poder da morte.
Por tudo que foi mostrado pelas leituras de hoje, o presidente
da celebração deve enfatizar a centralidade do mistério da salvação, evitando
separar a infância de Jesus do restante de sua vida, principalmente do momento
da cruz, ressurreição e ascensão.
Para enfocar a totalidade do mistério salvífico, pode haver,
durante a celebração, o acendimento de velas no círio pascal ou uma procissão
com velas, destacando a unidade entre a Apresentação de Jesus e a Páscoa,
quando de fato o Cristo se tornou “luz para as nações”.
Aíla Luzia Pinheiro
Andrade
Graduada em Filosofia pela Universidade Estadual do Ceará e em Teologia pela Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia (Faje - BH), onde também cursou mestrado e doutorado em Teologia Bíblica e lecionou por alguns anos. Atualmente, leciona na Faculdade Católica de Fortaleza. É autora do livro Eis que faço novas todas as coisas – teologia apocalíptica (Paulinas).
Graduada em Filosofia pela Universidade Estadual do Ceará e em Teologia pela Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia (Faje - BH), onde também cursou mestrado e doutorado em Teologia Bíblica e lecionou por alguns anos. Atualmente, leciona na Faculdade Católica de Fortaleza. É autora do livro Eis que faço novas todas as coisas – teologia apocalíptica (Paulinas).
E-mail:
aylanj@gmail.com.
http://vidapastoral.com.br/roteiros/2-de-fevereiro-apresentacao-do-senhor-2
02/02/2014 - Apresentação do Senhor (festa)
A
festa de hoje, cuja origem remonta ao século IV, era chamada Purificação de
Nossa Senhora, lembrando o cumprimento da lei, conforme descrição do segundo
capítulo de são Lucas. Quarenta dias após o nascimento Jesus foi levado ao
Templo para se cumprir a lei a respeito dos primogênitos e a respeito da
purificação da mãe. A reforma litúrgica de 1960, querendo dar o verdadeiro
sentido ao acontecimento de origem, que é a oferta de Jesus ao Pai, símbolo do
sacrifício da cruz, deu o nome de Apresentação do Senhor. Nem Jesus, nem Maria
estavam sujeitos a essa lei, pois eram sem pecado, mas quiseram dar-nos exemplo
de submissão às autoridades. É comovente lição de humildade, juntamente com a
de pobreza demonstrada no presépio.
O
encontro do Senhor com o profeta Simeão e a profetisa Ana no Templo ressalta o
caráter sacrifical da celebração e a comunhão pessoal de Maria com a morte de
Jesus na cruz. Simeão profetizou a respeito de Maria: “Uma espada traspassará
tua alma”. Maria, por causa da sua íntima união com a pessoa de Cristo, foi
associada ao sacrifício do Filho. O imperador Justiniano decretara feriado para
todo o império do Oriente nesse dia.
Roma
adotou a festividade na metade do século VII. O papa Sérgio I instituiu a mais
antiga das procissões penitenciais de Roma. Partia da igreja de santo Adriano e
chegava até a igreja de santa Maria Maior. O rito da bênção das velas se
inspirava nas palavras do velho Simeão: “Meus olhos viram a tua Salvação que
preparaste diante de todos os povos, como luz para iluminar as Nações”. Data de
Beda, o Venerável, a notícia que esta procissão opunha-se à procissão dos
Lupercalia dos romanos e era destinada à reparação das extravagâncias que se
faziam em tais circunstâncias.
Extraído
do livro:
Um
santo para cada dia, de Mario Sgarbossa e Luigi Giovannini.
02 de fevereiro –
Apresentação do Senhor
LEVANTAR E CAMINHAR PARA A FRENTE
Diz um pensamento que a humildade é o mais alto grau da sabedoria. Faz
sentido. A humildade nos dá abertura. A arrogância, ao contrário, fecha-nos à novidade.
Os humildes estão sempre aprendendo. Não se dão por completos. Os arrogantes e
orgulhosos podem parar no tempo. A celebração de hoje nos convida a meditar
sobre o reino de Deus, o reino dos humildes.
O reino de Deus, ao contrário dos reinos que, ao longo da história se
instalaram no mundo, é o reino dos pobres. Não é o reino da ostentação, das
pompas e circunstâncias. Não é o reino do orgulho, da segregação, do poder
dominador e cruel. O reino de Deus é acolhida, simplicidade, união das diferenças.
É o reino do entendimento, da concórdia, da paz, do amor. É o reino daquele que
se esvaziou por amor, daquele que, do alto da cruz, mesmo na dor, não desistiu
do projeto do Pai: amar até o fim.
É nesse sentido que podemos meditar sobre o texto das bem-aventuranças.
As bem-aventuranças são oito ilustrações de como se pode viver centrado no
projeto de Deus. É um ensinamento sobre a relação entre o discípulo e o reino.
Deus age na vida do discípulo. O grande esforço deste consiste em fazer o
querer de Deus. Nisso consiste sua felicidade. Mas não é uma felicidade do
“bem-bom”. A felicidade está na consciência de que sua vida é centrada em Deus.
Mesmo nas perseguições.
Por isso, o seguimento implica, além da humildade, muita coragem. Quando
Jesus diz “bem-aventurado”, ele quer dizer “levante, caminhe para frente”. Ou
seja, a felicidade é um caminho. Ninguém é feliz no comodismo, no medo. A
felicidade se faz caminhando. Todo dia. Mas não é um caminhar para lugar
nenhum, tampouco na solidão. É um caminho partilhado com os irmãos na fé e na
humanidade. O caminho da felicidade nos leva até Deus.
As bem-aventuranças nos mandam alargar o pensamento, não olhar somente
para nosso umbigo, não ser indiferentes aos que têm fome e sede. Não ser
medíocres, mas ajudá-los a levantar e caminhar com eles, assim como fez Jesus.
Ele nunca temeu apoiar os mais sofredores, os aflitos, os famintos, os
discriminados e dirigir-lhes palavras de esperança.
As bem-aventuranças são o anúncio de que Deus nos ama e está do nosso
lado. Elas confirmam que dias melhores virão e que a situação de dor vai mudar.
As bem-aventuranças nos asseguram que encontramos a felicidade vivendo na
dinâmica do reino de Deus.
Pe. Antonio Iraildo Alves de Brito, SSP
2 de fevereiro:
Apresentação do Senhor
A DANÇA DAS VELAS
Celebramos hoje a festa da luz. Aquela luz
que é o próprio Cristo, a iluminar os que andam nas trevas e nas sombras da
morte.
Será que a luz da pequena vela consegue ainda
despertar em nós alguma emoção e provocar-nos algum estremecimento? Porque
aquela chama, por pequena e frágil que seja, simboliza a chama de nossa fé em
Cristo, recebida no batismo.
É bem possível que, no festival colorido de
tantas luzes artificiais, a memória daquela pequena chama tenha se apagado em
definitivo. Isso significa que nossa fé em Cristo, por ela simbolizada, entrou
em crise.
Continuamente provada pelas inúmeras
tentações da vida, nossa fé sempre corre perigo de “dançar” ao sabor dos ventos
do materialismo. Oportunistas que somos, confessamo-la nas situações
favoráveis. Levantamo-la quando todos a levantam; escondemo-la quando há perigo
de zombaria ou de perseguição por causa dela.
Há momentos de entusiasmo em que daríamos até
a vida por ela; há momentos em que somos até capazes de renegá-la. Em outras
palavras, na hora em que tudo corre de acordo, confessamo-nos cristãos; na hora
dos reveses, viramos descrentes.
Esta é a “dança” a que nossa fé está
submetida. Mas aquela fé que aprende a dançar ao ritmo dos acontecimentos
humanos não demonstra ter raízes profundas. Cabe-lhe aprender a permanecer
firme: no meio da tempestade e no meio da bonança, na hora da derrota e na hora
da vitória, perante a morte e perante a vida.
Então, o que estamos fazendo com a luz da fé
que um dia nos foi entregue? A luz é para aquecer e iluminar. Com tanto frio e
tanta escuridão invadindo a terra, não temos o direito de apagá-la nem de
escondê-la debaixo de tampas sepulcrais.
Pe. Virgílio, ssp
http://www.paulus.com.br/portal/o-domingo/2-de-fevereiro-apresentacao-do-senhor#.Uu79cT1dVIE
HOMILIA
JESUS NO TEMPLO Lc
2,22-40
No evangelho de hoje, nos é mostrado
José e Maria, que formam uma família israelita comum, religiosa, que cumpre
seus deveres e devoções. Seguindo a tradição cumprem o ritual de purificação da
mãe e a apresentação de Jesus no templo: "Todo primogênito do sexo
masculino será consagrado ao Senhor". Jesus é consagrado ao Pai. José e
Maria apresentaram Jesus como pobre, oferecendo um casal de rolinhas ou
pombinhas, a menor das ofertas.
Lucas era muito inteligente e sabia
bem o que escrevia. Repare que nesta passagem da apresentação do Jesus no
templo, o evangelista insiste em mostrar como os pais de Jesus seguiam às leis,
todavia, o mais importante são as profecias de Simeão. De fato, Jesus foi sinal
de contradição, pois sempre seguiu às leis, todavia, foi Ele mesmo quem veio
libertar o povo destas mesmas leis que oprimiam.
O filho de Deus é apresentado em Sua
casa como pobre, um contraste com a riqueza do templo. No Templo encontram o
velho Simão que fala maravilhas do menino Jesus: "luz para iluminar as
nações", luz que vinha de Deus pai, e de sua santidade, luz que nos
libertada do pecado e da opressão. Jesus será aceito pelos excluídos e
marginalizados da sociedade, e os poderosos e doutores da o rejeitarão, sendo
então sinal de contradição O que foi dito de Jesus deixam José e Maria
admirados. Jesus estava agora no Templo em comunhão do o Pai, a casa do Pai que
também era sua casa. E o Filho voltará para restaurar a casa do Pai, agora
descaracterizada, pois Deus é e será sempre o protetor dos pobres, como o foi
Jesus em sua vida inteira.
Irmãos e irmãs, que Jesus, Maria e
José, sejam para nós o modelo de família que é a imagem de Deus, sinal de amor
entre Deus e a humanidade e da entrega Cristo a sua Igreja. Jesus nos é
apresentado todos os dias, basta que percebamos seus sinais, mesmo nas pequenas
coisas, encontramos sinais de Cristo. Percebendo seus sinais nos tornamos
pessoas melhores, menos egoístas, mais humanos, perdoando e sendo perdoados,
sendo misericordiosos nos tornaremos luz na vida de alguém. Nos tornando luz
para quem necessita, é sinal que nós acolhemos Jesus e seus ensinamentos, e que
queremos nos libertar de nossos pecados. Não esquecendo que deixando nosso
coração fechado para luz da vida de Cristo, este é principal caminho para nossa
queda. E somos livres para escolher que caminho seguir o caminho da justiça que
liberta, ou da injustiça que a morte a todos.
Maria nosso exemplo de mãe e
missionária, em sua humildade aceitou e guardou em seu coração, tudo o que lhe
foi dito no Templo. Protegeu o Filho, mas sabia que O estava criando para
humanidade. Aprendamos de Maria tudo o que ela tem a nos ensinar.
Que Jesus seja a luz de nossas vidas,
que possamos estar sempre a serviço do Reino, e nos consagremos inteiram.
Confiemos em seu amor de Pai que nunca deixa um filho desamparado, mesmo quando
achamos que fomos por ele abanados, Ele estará aqui sempre perto, no consolando
e protegendo.
Senhor Jesus, possa eu aprender de ti
e de tua família a obediência ao Pai e o serviço humilde à humanidade.
Fonte Homilia: Padre Bantu Mendonça
Katchipwi Sayla
http://www.liturgiadapalavra.com/
A Voz do Pastor
Apresentação do Senhor
Domingo 02/02/2014
Canal do Youtube: arqrio
HOMILIA
JESUS NO TEMPLO Lc
2,22-40
No evangelho de hoje, nos é mostrado
José e Maria, que formam uma família israelita comum, religiosa, que cumpre
seus deveres e devoções. Seguindo a tradição cumprem o ritual de purificação da
mãe e a apresentação de Jesus no templo: "Todo primogênito do sexo
masculino será consagrado ao Senhor". Jesus é consagrado ao Pai. José e
Maria apresentaram Jesus como pobre, oferecendo um casal de rolinhas ou
pombinhas, a menor das ofertas.
Lucas era muito inteligente e sabia
bem o que escrevia. Repare que nesta passagem da apresentação do Jesus no
templo, o evangelista insiste em mostrar como os pais de Jesus seguiam às leis,
todavia, o mais importante são as profecias de Simeão. De fato, Jesus foi sinal
de contradição, pois sempre seguiu às leis, todavia, foi Ele mesmo quem veio
libertar o povo destas mesmas leis que oprimiam.
O filho de Deus é apresentado em Sua
casa como pobre, um contraste com a riqueza do templo. No Templo encontram o
velho Simão que fala maravilhas do menino Jesus: "luz para iluminar as
nações", luz que vinha de Deus pai, e de sua santidade, luz que nos
libertada do pecado e da opressão. Jesus será aceito pelos excluídos e
marginalizados da sociedade, e os poderosos e doutores da o rejeitarão, sendo
então sinal de contradição O que foi dito de Jesus deixam José e Maria
admirados. Jesus estava agora no Templo em comunhão do o Pai, a casa do Pai que
também era sua casa. E o Filho voltará para restaurar a casa do Pai, agora
descaracterizada, pois Deus é e será sempre o protetor dos pobres, como o foi
Jesus em sua vida inteira.
Irmãos e irmãs, que Jesus, Maria e
José, sejam para nós o modelo de família que é a imagem de Deus, sinal de amor
entre Deus e a humanidade e da entrega Cristo a sua Igreja. Jesus nos é
apresentado todos os dias, basta que percebamos seus sinais, mesmo nas pequenas
coisas, encontramos sinais de Cristo. Percebendo seus sinais nos tornamos
pessoas melhores, menos egoístas, mais humanos, perdoando e sendo perdoados,
sendo misericordiosos nos tornaremos luz na vida de alguém. Nos tornando luz
para quem necessita, é sinal que nós acolhemos Jesus e seus ensinamentos, e que
queremos nos libertar de nossos pecados. Não esquecendo que deixando nosso
coração fechado para luz da vida de Cristo, este é principal caminho para nossa
queda. E somos livres para escolher que caminho seguir o caminho da justiça que
liberta, ou da injustiça que a morte a todos.
Maria nosso exemplo de mãe e
missionária, em sua humildade aceitou e guardou em seu coração, tudo o que lhe
foi dito no Templo. Protegeu o Filho, mas sabia que O estava criando para
humanidade. Aprendamos de Maria tudo o que ela tem a nos ensinar.
Que Jesus seja a luz de nossas vidas,
que possamos estar sempre a serviço do Reino, e nos consagremos inteiram.
Confiemos em seu amor de Pai que nunca deixa um filho desamparado, mesmo quando
achamos que fomos por ele abanados, Ele estará aqui sempre perto, no consolando
e protegendo.
Senhor Jesus, possa eu aprender de ti
e de tua família a obediência ao Pai e o serviço humilde à humanidade.
Fonte Homilia: Padre Bantu Mendonça
Katchipwi Sayla
http://www.liturgiadapalavra.com/
A Voz do Pastor
Apresentação do Senhor
Domingo 02/02/2014
Canal do Youtube: arqrio
Apresentação de Jesus no
Templo
Liturgia de 02.02.2014
Canal do Youtube: Dermeval Neves
HOMÍLIA DIÁRIA
Consagre sua vida a Deus!
O que nós precisamos, hoje, é pedir a Deus a sublime graça
de vivermos essa consagração, essa entrega a Deus! Qual é o tempo que você
consagra ao Senhor na sua vida?
‘‘Quando
se completaram os dias para a purificação da mãe e do filho, conforme a lei de
Moisés, Maria e José levaram Jesus a Jerusalém, a fim de apresentá-lo ao
Senhor” (Lucas 2, 22).
Já se passaram quarenta dias que nós celebramos o Natal de Nosso
Senhor Jesus Cristo e, hoje, os pais d’Ele O estão levando ao Templo. Conforme
prescreve a Lei, toda criança do sexo masculino, aliás, todo primogênito do
sexo masculino, deveria ser apresentado ao Templo para ser consagrado ao
Senhor.
Jesus
é o grande consagrado de toda a humanidade, Ele, além de cumprir a Lei, assim
fazem os pais d’Ele quando O apresentam ao Templo; o
Senhor nos mostra o modelo de consagração e de entrega a Deus. Desde
criança Jesus é totalmente entregue ao serviço do Senhor.
Ao
lado de Jesus, ali naquele Templo, estão outras pessoas que, a seu modo e
a sua maneira, estão também consagrando seu serviço ao Reino de Deus. Ali estão
Maria e José, que consagram a vida, o tempo e todo o ser à vida e ao ministério
de Jesus e ao Reino de Deus.
Naquele
Templo, também se encontra o velho Simeão, que vai pegar Jesus nos seus braços,
contemplá-Lo, agraciá-Lo e louvar a Deus por aquilo que os seus olhos estão
contemplando. Ali também está uma profetisa chamada Ana, viúva, que serve a
Deus dia e noite no Templo. Na sua viuvez ela pode contemplar a presença do
Senhor.
Hoje,
nós queremos apresentar a Deus o coração de todos nós, que nos consagramos ao
serviço do Senhor: sacerdotes, missionários, religiosos, religiosas, moças,
rapazes, em comunidades, em mosteiros, entre outros, nos diversos estágios de
vida consagrando a vida a Deus. Eu penso que todo cristão, pela graça do
batismo, pode fazer a mesma coisa, uns se consagram a Deus de forma integral,
pelos votos evangélicos. E louvado seja Deus por isso! Mas a verdade é que
todos nós podemos consagrar a nossa vida ao Senhor e, o batismo nos dá essa
graça!
O
que nós precisamos, hoje, é pedir a Deus a sublime graça de vivermos essa
consagração, essa entrega a Deus, essa disponibilidade para Deus de forma mais
séria e concreta na vida de cada de um de nós.
Consagrar-se
a Deus significa colocar-se à disposição d’Ele! O que você tem consagrado a
Deus? O seu tempo, seus bens, sua disponibilidade, suas orações, o que você
faz? Qual é o tempo que você consagra a Deus na sua vida?
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
http://homilia.cancaonova.com/homilia/consagre-sua-vida-a-deus/
LEITURA ORANTE
Lc 2,22-40 - Um sinal de Deus

Apresentação do Senhor
- A nós todos, que nos encontramos neste espaço,
a paz de Deus, nosso Pai,
a graça e a alegria de Nosso Senhor Jesus Cristo,
no amor e na comunhão do Espírito Santo.
- Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo!
Preparo-me para a Leitura, rezando, em sintonia com todos:
Inspirai-me, Espírito Santo, para que eu pense santamente!
Impulsionai-me, Espírito Santo, para que eu trabalhe santamente!
Movei-me, Espírito Santo, para que eu ame santamente!
Fortificai-me, Espírito Santo, para que eu proteja o que é santo!
Guardai-me, Espírito Santo, para que jamais perca o que é santo!
(Santo Agostinho)
- A nós todos, que nos encontramos neste espaço,
a paz de Deus, nosso Pai,
a graça e a alegria de Nosso Senhor Jesus Cristo,
no amor e na comunhão do Espírito Santo.
- Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo!
Preparo-me para a Leitura, rezando, em sintonia com todos:
Inspirai-me, Espírito Santo, para que eu pense santamente!
Impulsionai-me, Espírito Santo, para que eu trabalhe santamente!
Movei-me, Espírito Santo, para que eu ame santamente!
Fortificai-me, Espírito Santo, para que eu proteja o que é santo!
Guardai-me, Espírito Santo, para que jamais perca o que é santo!
(Santo Agostinho)
Hoje celebramos a Apresentação do
Senhor
1. Leitura (Verdade)
- O que a Palavra diz?
Leio, na Bíblia, o texto Lc 2,22-40.Chegou o dia de Maria e José cumprirem a cerimônia da purificação, conforme manda a Lei de Moisés. Então eles levaram a criança para Jerusalém a fim de apresentá-la ao Senhor. Pois está escrito na Lei do Senhor: "Todo primeiro filho será separado e dedicado ao Senhor." Eles foram lá também para oferecer em sacrifício duas rolinhas ou dois pombinhos, como a Lei do Senhor manda.
Em Jerusalém morava um homem chamado Simeão. Ele era bom e piedoso e esperava a salvação do povo de Israel. O Espírito Santo estava com ele, e o próprio Espírito lhe tinha prometido que, antes de morrer, ele iria ver o Messias enviado pelo Senhor. Guiado pelo Espírito, Simeão foi ao Templo. Quando os pais levaram o menino Jesus ao Templo para fazer o que a Lei manda, Simeão pegou o menino no colo e louvou a Deus. Ele disse:
- Agora, Senhor, cumpriste a promessa que fizeste e já podes deixar este teu servo partir em paz.
Pois eu já vi com os meus próprios olhos a tua salvação, que preparaste na presença de todos os povos: uma luz para mostrar o teu caminho a todos os que não são judeus e para dar glória ao teu povo de Israel.
O pai e a mãe do menino ficaram admirados com o que Simeão disse a respeito dele. Simeão os abençoou e disse a Maria, a mãe de Jesus:
- Este menino foi escolhido por Deus tanto para a destruição como para a salvação de muita gente em Israel. Ele vai ser um sinal de Deus; muitas pessoas falarão contra ele, e assim os pensamentos secretos delas serão conhecidos. E a tristeza, como uma espada afiada, cortará o seu coração, Maria.
Havia ali também uma profetisa chamada Ana, que era viúva e muito idosa. Ela era filha de Fanuel, da tribo de Aser. Sete anos depois que ela havia casado, o seu marido morreu. Agora ela estava com oitenta e quatro anos de idade. Nunca saía do pátio do Templo e adorava a Deus dia e noite, jejuando e fazendo orações. Naquele momento ela chegou e começou a louvar a Deus e a falar a respeito do menino para todos os que esperavam a libertação de Jerusalém.
Quando terminaram de fazer tudo o que a Lei do Senhor manda, José e Maria voltaram para a Galiléia, para a casa deles na cidade de Nazaré. O menino crescia e ficava forte; tinha muita sabedoria e era abençoado por Deus.
Alguns aspectos merecem ser destacados neste texto:
1º Maria sabia quem era Jesus e, por ser Filho de Deus não precisava ser apresentado no Templo, na comunidade. Mas, quis ser obediente e por isso tem a grande revelação do profeta Simeão.
2º Jesus recém-nascido em tudo é semelhante aos outros. Mas, não passa despercebido: O Espírito Santo abre os olhos da fé ao velho Simeão, que se aproxima e, tomando o Menino nos braços, reconhece nele o Messias. Este Menino, profetiza Simeão, será "sinal de contradição".
3º Para a Mãe supresa, Simeão prediz que a salvação acontecerá através do sofrimento – “espada afiada” - do qual também ela participará.
4º O tema da oferenda mistura-se com o tema da luz: “uma luz para mostrar o caminho a todos”. O Menino será luz das gentes e glória de Israel. Assim, Maria se revela como um candelabro que apresenta Jesus, "Luz do mundo".
5º Jesus dirá mais tarde aos discípulos: "Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará nas trevas, mas terá a luz da vida" (Jo 8,12). "Vocês são a luz do mundo" (Mt 4,15).
2. Meditação (Caminho)
- O que a Palavra diz para mim?
Neste domingo, 2 de fevereiro, celebramos a Festa da Apresentação do Senhor, também chamada, no Brasil, festa de Nossa Senhora da Luz ou de Nossa Senhora da Candelária. O povo, na sua fé, costuma acender uma vela em homenagem a Maria. Sei que quando deixo uma vela acesa diante do sacrário ou do santo de minha devoção, expresso minha fé e, embora não esteja presente fisicamente, estou presente, em espírito. Eu e você podemos, como Maria, ser um candelabro que apresenta Jesus, Luz do mundo, na comunidade, em família, onde quer que estejamos. Os bispos, na Conferência de Aparecida, falaram da alegria do discípulo que poderemos comparar com a luz: "Desejamos que a alegria que recebemos no encontro com Jesus Cristo, a quem reconhecemos como o Filho de Deus encarnado e redentor, chegue a todos os homens e mulheres feridos pelas adversidades; desejamos que a alegria da boa nova do Reino de Deus, de Jesus Cristo vencedor do pecado e da morte, chegue a todos quantos jazem à beira do caminho, pedindo esmola e compaixão (cf. Lc 10,29-37; 18,25-43). A alegria do discípulo é antídoto frente a um mundo atemorizado pelo futuro e oprimido pela violência e pelo ódio. A alegria do discípulo não é um sentimento de bem-estar egoísta, mas uma certeza que brota da fé, que serena o coração e capacita para anunciar a boa nova do amor de Deus. Conhecer a Jesus é o melhor presente que qualquer pessoa pode receber; tê-lo encontrado foi o melhor que ocorreu em nossas vidas, e fazê-lo conhecido com nossa palavra e obras é nossa alegria." (DAp 29).
3. Oração (Vida)
- O que a Palavra me leva a dizer a Deus?
A Palavra me motiva a fazer, hoje, uma prece a Maria.Ó minha Mãe, Maria,
neste momento, a luz do teu Filho Jesus brilhou diante de meus olhos,
iluminou minha mente e se acendeu no meu coração.
Quero também ser, como tu és,
um candelabro para que a Luz brilhe na minha casa,
na comunidade,
na minha família,
no meu trabalho,
por onde eu passar,
em todos os ambientes de comunicação,
em todo o mundo.
Pai nosso...Ave Maria...
4. Contemplação (Vida/Missão)
- Qual o meu novo olhar a partir da Palavra?
Iluminado/a pela Palavra, vamos comunicar a luz de Deus na comunidade, em cada encontro, em cada palavra, a cada situação. Como a luz afasta toda escuridão, vou colaborar para que todo medo, dúvida, injustiça ou conflito sejam esclarecidos e substituídos pela graça e pela paz de Deus.
Bênção
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.
Irmã Patrícia Silva, fsp
Oração Final
Pai Santo, José e Maria nos
deixam o exemplo do respeito aos ritos do seu povo. O Menino é apresentado no
Templo, conforme a Lei de Moisés. Inspira-nos, Pai amado, por teu Espírito, para
participarmos consciente e ativamente na vida sacramental da nossa comunidade,
nós te pedimos por Jesus, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade
do Espírito Santo.
http://www.arquidiocesebh.org.br/mdo/pg06.php

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