São Vicente de Paulo
"Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e espírito e amarás ao teu próximo como a ti mesmo." (Mat 22,37.39)
Se não foi o lema da vida deste santo, viveu como se fosse. O santo de hoje, São Vicente de Paulo, nasceu na Aquitânia (França) em 1581. No seu tempo a França era uma potência, porém convivia com as crianças abandonadas, prostitutas, pobreza e ruínas causadas pelas revoluções e guerras.
Grande sacerdote, gerado numa família pobre e religiosa, ele não ficou de braços cruzados mas se deixou mover pelo espírito de amor. Como padre, trabalhou numa paróquia onde conviveu com as misérias materiais e morais; esta experiência lhe abriu para as obras da fé. Numa viagem foi preso e, com grande humildade, viveu na escravidão até converter seu patrão e conseguiu depois de dois anos sua liberdade.
A partir disso, São Vicente de Paulo iniciou a reforma do clero, obras assistenciais, luta contra o jansenismo que esfriava a fé do povo e estragava com seu rigorismo irracional. Fundou também a "Congregação da Missão" (lazaristas) e unido a Santa Luísa de Marillac, edificou as "Filhas da Caridade" (irmãs vicentinas).
Sabia muito bem tirar dos ricos para dar aos pobres, sem usar as forças dos braços, mas a força do coração. Morreu quase octogenário, a 27 de setembro de 1660.
São Vicente de Paulo, rogai por nós!
Se não foi o lema da vida deste santo, viveu como se fosse. O santo de hoje, São Vicente de Paulo, nasceu na Aquitânia (França) em 1581. No seu tempo a França era uma potência, porém convivia com as crianças abandonadas, prostitutas, pobreza e ruínas causadas pelas revoluções e guerras.
Grande sacerdote, gerado numa família pobre e religiosa, ele não ficou de braços cruzados mas se deixou mover pelo espírito de amor. Como padre, trabalhou numa paróquia onde conviveu com as misérias materiais e morais; esta experiência lhe abriu para as obras da fé. Numa viagem foi preso e, com grande humildade, viveu na escravidão até converter seu patrão e conseguiu depois de dois anos sua liberdade.
A partir disso, São Vicente de Paulo iniciou a reforma do clero, obras assistenciais, luta contra o jansenismo que esfriava a fé do povo e estragava com seu rigorismo irracional. Fundou também a "Congregação da Missão" (lazaristas) e unido a Santa Luísa de Marillac, edificou as "Filhas da Caridade" (irmãs vicentinas).
Sabia muito bem tirar dos ricos para dar aos pobres, sem usar as forças dos braços, mas a força do coração. Morreu quase octogenário, a 27 de setembro de 1660.
São Vicente de Paulo, rogai por nós!
São Vicente de Paulo
(1581-1660)
Fundou as congregações:
A Confraria das Damas da Caridade
Os Servos dos Pobres
Os Padres da Missão
Os Padres Lazaristas
e as Filhas da Caridade
A Confraria das Damas da Caridade
Os Servos dos Pobres
Os Padres da Missão
Os Padres Lazaristas
e as Filhas da Caridade
Vicente de Paulo foi, realmente, uma figura
extraordinária para a humanidade. Pertencia a uma família pobre, de cristãos
dignos e fervorosos. Nasceu em Pouy, França, no dia 24 de abril de 1581.
Na infância, foi um simples guardador de porcos, o que não o impediu de ter uma
brilhante ascensão na alta Corte da sociedade de sua época. Aos dezenove anos,
foi ordenado padre e, antes de ser capelão da rainha Margarida de Valois, ficou
preso durante dois anos nas mãos dos muçulmanos. O mais curioso é que acabou
sendo libertado pelo seu próprio "dono", que, ao longo desse período,
Vicente conseguiu converter ao cristianismo.
Todos o admiravam e respeitavam: do cardeal Richelieu à rainha Ana da Áustria,
além do próprio rei Luís XIII, que fez questão absoluta de que Vicente de Paulo
estivesse presente no seu leito de morte.
Mas quem mais era merecedor da piedade e atenção de Vicente de Paulo eram mesmo
os pobres, os menos favorecidos, que sofriam as agruras da miséria. Quando
Mazarino, em represália às barricadas erguidas pela França, quis fazer o país
entregar-se pela fome, Vicente de Paulo organizou, em São Lázaro, uma mesa
popular para servir, diariamente, refeições a duas mil pessoas famintas.
Apesar de ter sempre pouco tempo para os livros, tinha-o muito quando era para
tratar e dar alívio espiritual. Quando convenceu o regente francês de que o
povo sofria por falta de solidariedade e de pessoas caridosas para
estenderem-lhe as mãos, o rei, imediatamente, nomeou-o para ser o ministro da
Caridade. Com isso, organizou um trabalho de assistência aos pobres em escala
nacional. Fundou e organizou quatro instituições voltadas para a caridade: a
"Confraria das Damas da Caridade", os "Servos dos Pobres",
a "Congregação dos Padres da Missão", conhecidos como padres
lazaristas, em 1625, e, principalmente, as "Filhas da Caridade", em
1633.
Este homem prático, firme, dotado de senso de humor, esperto como um camponês,
e sobretudo realista, que dizia aos sacerdotes de São Lazaro: "Amemos
Deus, irmãos meus, mas o amemos às nossas custas, com a fadiga dos nossos
braços, com o suor do nosso rosto", morreu em Paris no dia 27 de setembro
de 1660.
Canonizado em 1737, são Vicente de Paulo é festejado no dia de sua morte, pelos
seus filhos e sua filhas espalhados nos quatro cantos do mundo. E por toda a
sociedade leiga cristã engajada em cuidar para que seu carisma permaneça, pela
ação de suas fundações, que florescem, ainda, nos nossos dias, sempre a serviço
dos mais necessitados, doentes e marginalizados.
S. Vicente de Paulo
São Vicente de Paulo,
nasceu no dia 24 de Abril do ano 1581, em Pouy, Gascony, França. Quando menino,
sua obrigação era cuidar do rebanho do sitio de seus pais. Foi estudar teologia
em 1596, em Toulouse e ordenado padre aos 19 anos de idade, antes de se
estabelecer em Paris, como capelão da rainha Margarida de Calois, por dois anos
foi prisioneiro dos maometanos. Foi libertado pelo seu próprio dono, que ele
converteu. Dedicou-se muito ao alívio material e espiritual dos
"remadores", isto é, dos homens tirados das prisões e condenados a
remar nas galés. É extraordinária a ascensão que teve sobre a alta sociedade do
seu tempo, do cardeal Richeliei à regente Ana da Áustralia, ao próprio rei Luís
XIII que no leito de morte o quis a seu lado. Ao temido Richelieu, o Senhor
Vicente ousava gritar diante da miséria do povo: "Senhor, tende piedade de
nós, dai-nos a paz".
Vicente obteve do
regente o encargo de Ministro da Caridade, e organizou os auxílios aos pobres
em escala nacional. Diziam que nas suas mãos passava mais dinheiro que nas do
ministro das Finanças. Mas no seu banco da CARIDADE, os capitais não paravam.
Quatro são as instituições que fundou: A confraria das Damas de Caridade, os
Servos dos Pobres, a Congregação dos Padres da Missão (lazaristas, aos quais
confiou a dupla incumbência de contribuir para a formação dos futuros
sacerdotes e de organizar pregações adequadas - as missões - especialmente para
o povo da lavoura ) e sobretudo junto com Santa Luísa de Marilac fundou a
congregação das Irmãs da Caridade ou Irmãs Vicentinas, tão conhecidas pelo
apostolado que exercem em hospitais, asilos, orfanatos, manicômios etc.
São Vicente de
Paulo morreu em Paris a 27 de Setembro de 1660 e foi canonizado no ano de 1737.
Senhor nós te pedimos, humildemente, sejamos mensageiros da Boa Nova para os
pobres seguindo os passos de Jesus que passou fazendo o bem a todos. Amém.
São Vicente de Paulo, Confessor
Foi o fundador da Congregação da
Missão e, juntamente com Santa Luísa de Marillac, das Irmãs da Caridade. Sua
vida é tão movimentada e cheia de aventuras que faz lembrar uma obra de ficção.
Nasceu de uma família muito pobre em Landes, França; quando menino
guardou porcos, e só pôde completar seus estudos porque auxiliado por um
advogado caridoso, cujos filhos ajudou a educar ao mesmo tempo em que ele
próprio estudava.
Ordenado sacerdote aos 19 anos, passou a dar aulas particulares
para se manter. Durante uma viagem marítima, caiu prisioneiro de piratas
maometanos e foi conduzido à África, como escravo. Foi comprado por um médico
árabe que lhe ensinou os segredos da medicina, e em troca São Vicente o
converteu à Fé católica.
Conseguindo retornar à França, empenhou-se na prática da caridade
cristã, tanto espiritual quanto corporal, chegando a ter grande penetração na
Corte. Foi capelão e conselheiro da rainha Margarida de Valois e prestou
assistência ao rei Luís XIII moribundo.
Fez parte do Conselho da Regência, durante a menoridade de Luís
XIV, e exerceu grande influência sobre a rainha Ana d'Áustria. Fortunas
espantosas, provenientes de coletas entre a alta nobreza, passavam por suas
mãos e eram por ele distribuídas aos necessitados de toda a França, sem em nada
alterar sua pobreza e simplicidade.
Aos próprios parentes, pobres e necessitados, nunca quis
favorecer, confiando-os à Divina Providência. Recebeu um benefício eclesiástico
muito rendoso, que lhe assegurava uma vida sem preocupações econômicas, mas renunciou
a ele, por achar que não era conveniente para sua santificação.
Aproveitou a enorme influência política que desfrutava para
conseguir a nomeação de Bispos virtuosos, dispostos a promover na França uma
salutar reforma religiosa e a combater os erros do jansenismo. Incentivou a
idéia de uma expedição armada contra a Inglaterra protestante que proibia, sob
pena de morte, a atuação dos católicos em seu reino. Morreu em 1660, cercado da
consideração geral, e foi canonizado em 1737.
São Vicente de Paulo
Fundador da Ordem dos Lazaristas (Congregação da Missão - CM)
Co-fundador da Congregação das Filhas da Caridade
Comemoração litúrgica: 27 de setembro.
Também nesta data: São Fidêncio e São Florentino.
São Vicente de Paulo, um dos maiores amigos da humanidade, sacerdote zelosíssimo, homem apostólico como poucos, santo, entre os santos, um dos maiores, nasceu em Ranguines, perto de Dax, na Gasconha (França), em 1576. De condição humilde, os pais eram gente piedosa e virtuosa. Proprietários de uma pequena herdade, viviam do trabalho. Educaram cristãmente seis filhos, 4 homens e duas mulheres, obrigando-os ao trabalho no campo. Em Vicente, bem cedo descobriram os pais um bom coração e qualidades excelentes de espírito.
A ocupação predileta do menino era vigiar o gado, nas épocas do ano em que este era levado às pastagens. De preferência, levava o gado a um lugar no fundo do mato, onde havia uma capela de Nossa Senhora. Ali fazia muita oração e cantava em honra da Rainha do céu. As flores mais belas que encontrava, depositava-as sobre o altar de Maria Santíssima e com um carinho todo particular, enfeitava a humilde capelinha. Já nesta idade, revelava princípios de caridade, guardando sempre um bocado da refeição para os pobres. O pai, observando com satisfação os belos dotes do filho, quis que ele estudasse. Em quatro anos, Vicente tinha feito tantos progressos nas ciências, que pôde ser professor. Ensinando aos outros, ganhava o bastante para poder continuar os estudos nos cursos superiores, sem com isto exigir sacrifícios do pai. Seguiu os cursos teológicos em Saragoça e Toulouse e, em 23 de setembro de 1600, foi ordenado sacerdote.
Deus, porém, quis proporcionar-lhe ocasião de aperfeiçoar-se nas virtudes de perfeito cristão, que são a mansidão, a paciência e a caridade. Numa viagem em 1605, que fazia, de Marselha a Narbonne, caiu em poder de piratas tunísios, que o venderam como escravo a diversos senhores em Tunis. Com grande conformidade, o santo aceitou esta provação e humildemente se sujeitou aos pesados trabalhos, que se lhe impunham. O que mais o entristecia, eram os diversos estratagemas que os patrões empregavam, para levá-lo a apostasia. O último deles, a quem prestou serviços de escravo, era apóstata, que tinha três mulheres. Uma delas, movida pela curiosidade, acompanhava Vicente, quando este se dirigia ao trabalho no campo. Muitas perguntas lhe dirigia sobre a religião cristã, e pedia-lhe que cantasse alguns cânticos cristãos. Vicente lembrava-se da palavra da Sagrada Escritura: "Como hei de cantar em terra estrangeira?" e cantava então o salmo, que diz: "Nas margens dos rios de Babilônia assentávamos, chorando a nossa terra", ou a "Salve Rainha". A mulher muçulmana ouvia tudo com muita atenção, e cada vez mais se enchia de admiração pelas virtudes do escravo cristão. Tornou-se advogada de Vicente junto ao patrão, a quem repreendeu energicamente por ter abandonado uma religião tão perfeita, como a cristã. O apóstata caiu em si e combinou com Vicente a volta para Paris. Em 1607 fizeram a travessia e chegaram a Aigues Mortes.
No ano seguinte vemos Vicente em Roma. Os grandes e antigos santuários muito o impressionaram e, regressando a Paris, tinha a resolução firme de imitar o exemplo de virtude dos primeiros cristãos. Em Paris, se dedicou por alguns anos ao serviço dos doentes no hospital. Aconteceu que lá caísse sobre ele a grave suspeita de ter praticado um furto. A única resposta que Vicente dava às acusações caluniosas era: "Deus sabe tudo". Só depois de seis anos foi descoberto o verdadeiro culpado, ou para melhor dizer, o ladrão que, não podendo já suportar os remorsos de consciência, fez a declaração do crime.
Pouco depois, Vicente conheceu o venerável Berulle, fundador da Congregação do Oratório, e os dois ligaram-se em estreita amizade, para mais eficazmente poderem trabalhar pelo bem da humanidade. Durante algum espaço de tempo, Vicente administrou a Paróquia de Clichi, onde Trabalhou com grande proveito para as almas, obediente à ordem dos superiores, aceitou o cargo de educador dos filhos do conde de Gondi-Ivigny. Este gênero de ocupação dava-lhe tempo bastante para se dedicar à cura d'almas, e foi aí que Vicente revelou grandes aptidões para missionário. A condessa de Ivigny, senhora de grandes virtudes, deu o maior apoio aos trabalhos apostólicos de Vicente, que em seguida passou a pregar missões aos encarcerados e aos condenados às galés. O rei Luís XIII nomeou Vicente intendente das galeras francesas e esmoler real. Três anos ficou o santo homem em Paris, ocupando este cargo, quando o zelo pelas almas o levou a Marselha, onde havia muitos daqueles infelizes, condenados às galés. Vicente procurou-os e semeou consolo e conforto nas almas daquela desventurada gente, cuja triste sorte o comovia até às lágrimas. Entre os algemados havia um, de porte nobre e fidalgo, que se entregava a uma tristeza, que tocava as raias do desespero. Vicente interessou-se muito em particular por aquele homem e conseguiu dele a revelação de sua triste história. Cúmplice, se bem que quase forçado, de uma fraude, fôra condenado às galés, sabendo mulher e filhos entregues à miséria. Vicente, que até então soubera muito bem disfarçar sua personalidade, ofereceu-se às autoridades em lugar do infeliz e conseguiu-lhe a libertação. A mansidão, a caridade e paciência de Vicente no meio dos sentenciados, gente de péssima espécie, chamou atenção. Como os seus em Paris lhe ignorassem o paradeiro, foram-lhe ao encalço, descobriram-no em Marselha e trataram de libertá-lo. Do tempo de prisão, restou-lhe uma última úlcera no pé, causada pelas grilhetas.
Para combater a ignorância religiosa e o indiferentismo, pregou muitas missões nas cidades e no campo. Sacerdotes do clero regular que o ajudavam nesta tarefa, associaram-se-lhe na Congregação da Missão, fundada em 1624, e com ele como seu superior, fixaram residência no antigo leprosário São Lázaro, de onde a Congregação recebeu a denominação de "Lazaristas". Naquela casa, Vicente dirigiu inúmeros retiros espirituais para todos os estados.
De grande resultado foram os exercícios em preparação às sacras ordens e as conferências sacerdotais nas terças-feiras, nas quais se formaram belíssimas vocações dos melhores bispos da França.
Obra de grande alcance se revelou a fundação da Confraria da Caridade, organização caritativa para ambos os sexos, hoje mais conhecida sob o nome de Conferências de São Vicente. Desta confraria, qual flor maravilhosa, se desenvolveu a Congregação das Filhas da Caridade, à qual deu por superiora uma senhora de grande virtude, que goza das honras dos altares: Santa Luísa de Marillac. Pela fundação dessas conferências e das suas casas, tiveram certa centralização as obras de caridade e beneficência aos pobres, aos enfermos, às crianças, à mocidade feminina periclitada, aos cegos, aos loucos, etc. Em todas estas obras, Vicente recebeu e deu muita animação na qualidade de membro da Companhia do SS. Sacramento. Como membro do conselho real em coisas eclesiásticas, grande influência exercia na nomeação de bispos e distribuição de benefícios. Atrás de uma aparência exterior, simples e fraca, de uma fisionomia humilde, sempre bondosa e sorridente, escondia-se uma inteligência esclarecida, um caráter corajoso e forte, um talento eminentemente prático e organizador, um coração grande, ardoroso e firme na fé.
Em 1693 esta congregação teve a aprovação do Papa Urbano VIII. Os sacerdotes pertencentes a essa congregação, fazem os três votos simples monásticos, da pobreza, castidade e obediência, obrigando-se a trabalhar na própria santificação, na conversão dos pecadores e na formação do clero. São Vicente muito se empenhou pela organização de retiros espirituais para sacerdotes e leigos, e nesse empenho teve forte apoio do Papa Alexandre VII.
É admirável que um homem como São Vicente, destituído completamente de bens materiais, pudesse fazer tanto bem aos necessitados. Quando a província de Lorena, devastada pela guerra oferecia um aspecto desolador, São Vicente fez-se mendigo, angariando esmolas e donativos em benefício das vítimas da grande catástrofe, as quais socorreu com uma vultosa quantia em dinheiro.
Querido e amado por todos, era visto como um anjo do céu. São Francisco de Sales, votava-lhe tanta estima e confiança, que o nomeou Superior da Ordem da Visitação que, havia pouco, fundara. Ainda outras comunidades religiosas, se lhe confiaram à direção.
No meio de tantas ocupações, teve tempo ainda para tratar da sua própria alma. Fossem quais fossem as ocupações, o coração dele estava sempre unido a Deus. Nas maiores contrariedades, conservava sempre calma e tranquilidade de espírito. Em todos os fatos da vida, São Vicente reconhecia os planos da Divina Providência. Entregava-se-lhe confiadamente e, outra coisa não procurava, senão a maior glória de Deus.
Senhor absoluto dos movimentos do coração, não se deixava desanimar ou inquietar pelas vicissitudes da vida. Humilhações, longe de o entristecerem, firmavam-no cada vez mais na humildade. A humildade era a virtude que mais recomendava aos filhos espirituais. Uma das regras principais que estabeleceu sobre a humildade, foi esta: "O religioso não fale dos seus próprios merecimentos e evite chamar a atenção dos outros para a sua pessoa".
São Vicente alcançou a idade de 85 anos. Embora bastante enfraquecido e alquebrado, levantava-se às 4 horas, celebrava a Missa e dedicava três horas à oração. O pensamento da morte era-lhe familiar. Todos os dias rezava as orações da Igreja pelos moribundos. A morte encontrou-o, pois, ótimamente preparado. Morreu aos 27 de setembro de 1660, sendo -lhe o corpo sepultado na igreja de São Lázaro (ou capela dos Lazaristas), enquanto seu coração se conserva também incorrupto no convento das Irmãs da Caridade em Paris. Grandes e numerosos milagres foram-lhe observados no túmulo. A sua canonização realizou-se em 1737 pelo Papa Clemente XII.
Reflexões:
Maior benefício São Vicente não podia dispensar aos cristãos, do que sacudí-los da letargia da morte, em que se achavam submersos. Como um segundo São João Batista, abria-lhes os olhos sobre o estado de pecado em que se achavam e, semelhante ao grande Precursor de Jesus Cristo, lembrava-lhes a necessidade de fazer obras de penitência. É um erro muito grande supor que ao céu, possa razoavelmente aspirar, quem vive sempre entre a virtude e o vício, hoje, praticando aquela e amanhã, se entregando a este. Em outras palavras, no caminho para o céu, não se acha quem hoje é cristão e pagão amanhã. Que dizer daqueles, que trilham constantemente o caminho do pecado, sem se incomodar com os abismos que, ameaçadores, se abrem para todos os lados? As paixões desordenadas são os guias falsos, que levam o homem à loucura, à cegueira, à impiedade. O homem que abandona a Deus, embora seja um portento de sabedoria, cai de erro em erro, comete os maiores desatinos, porque fecha os olhos àquela Luz que veio para todos.
Outra característica importantíssima em São Vicente era o seu grande amor ao próximo, que fazia-o achar mil modos de socorrer o pobre, o necessitado. Como nos tornamos cruéis, diante de uma sociedade que nos induz à insensibilidade. Já existem até placas de sinalização, dizendo que não devemos dar esmolas aos pobres. É a caridade se resfriando, conforme prescrito nas Sagradas Escrituras. Nós, católicos, devemos repelir todo tipo de propaganda ou slogan deste tipo, que não visa outro fim senão destruir a caridade cristã . Não devemos permitir que nos tornemos insensíveis ao sofrimento, à indigência do nosso irmão. "Se alguém, tiver bens de fortuna, ensina São João, e vendo o irmão na miséria, fechar o coração diante da necessidade do mesmo, será possível que nele fique a caridade de Deus?
É nós, quantas ocasiões a vida não nos ofereceu para fazermos caridade! Quantas vezes a graça de Deus não nos impeliu para dar uma esmola, visitar um pobre doente, socorrer famílias em necessidade, consolar viúvas e órfãos! Não nos escusemos, dizendo: Não tenho nada com isso; que se arranjem; que trabalhem; por quê não fizeram economia como eu? Não é essa a linguagem do cristão! Espelhemo-nos nos belos exemplos deixados por São Vicente de Paulo.
São Vicente de Paulo | |
Nascimento | 24 de abril de 1576 |
Local nascimento | França, numa aldeia chamada Poy |
Ordem | Fundador ds Ordem dos Vencentinos e Lazaristas |
Local vida | Paris/ França |
Espiritualidade | São Vicente de Paulo era filho de camponeses pobres - Guilherme de Paulo e Beltranda de Moras e nasceu em um tempo de ideais de grandeza nacional mas devastado pelas guerras e revoluções internas. Mas as dificuldades pelas quais passou fez firmar ainda mais seu caráter, transformando-se em um dos homens mais importantes da França. Sofreu uma marca indelével em retorno de uma viagem, quando fora receber uma herança. Seu barco foi atacado por piratas turcos e ele feito escravo e vendido em praça pública a um pescador, posteriormente repassado a um químico e, finalmente, a um cristão renegado. Grandes foram suas privações, principalmente por haver sido por dois anos, escravo. Estudou de início em um colégio de franciscanos na cidade de ACQS, vindo a iniciar sua vida sacerdotal aos 15 anos, quando recebeu a tonsura. Ordenou-se sacerdote aos 19 anos. Seus interesses centravam-se na reforma do clero e na caridade para com os pobres. Foi pároco esmoler-mor das galés e missionário dos camponeses. Retornando a Paris foi designado capelão da Rainha Margarida de Valois e passou a visitar os doentes no Hospital de Caridade. Ciente das necessidades deles, comunicou à Rainha que os pobres estavam morrendo de fome mas ela lhe responde que já havia feito o suficiente. Mais tarde haveria de mudar seu modo de pensar. Como eram muito pobres fez com que os sacerdotes da nova congregação que fundara (Lazaristas ou padres de missão) emitissem um voto especial de se consagrarem à evangelização dos pobres. Para continuar com a reforma do clero, criou e dirigiu com seus padres, seminários para os necessitados, fundou hospitais e, com santa Luisa de Marillac fundou a congregação das Irmãs de caridade, bem como, funda o "Berçário de Paris". Iniciou visitas às prisões e executou a reforma do clero pelos jovens, organizando seminários, sendo o primeiro em data de 22/01/1624, dirigidos pelos padres da missão, os Lazaristas. Organizou os estudos em dois níveis: o primeiro para humanidades, e o segundo para o estudo da filosofia e da Teologia. As 44 mil irmãs que trabalham hoje em leprosários, orfanatos, hospitais, manicômios, escolas, asilos, continuam a presença de são Vicente de Paulo até os dias de hoje, Sua iniciativa no bem se estende na organização das "Conferencias de Caridade" ou "Damas de Caridade", formada por senhoras de todos os níveis sociais, objetivando à assistência aos pobres. A profícua vida de Vicente, calcada em uma obstinação ilimitada pelo bem ao próximo, fez deste "paladino da Caridade" um realizador incansável de inúmeras obras, como a: Congregação da Missão; Irmãs de Caridade; Orfanatos; Escolas; Hospitais; Confraria de Homens; Asilos; Evangelização dos pobres; Assistência aos doentes; Assistência aos menores; Ensino gratuito às crianças; Assistência aos doentes mentais Recuperação e assistência às prostitutas. Seu prestígio com o Rei Luis XIII lhe fez receber o cargo de Ministro da Caridade, responsável por organizar o serviço social em todo país. Vicente encarava sua missão de forma profundamente humilde. Vejamos esta passagem. Certo dia, quando pedia esmola, lhe cuspiram no rosto. Vicente de Paulo disse ao seu interlocutor: Isto foi para mim, agora dê uma esmola para os pobres. São Vicente de Paulo se destaca como um dos símbolos de santidade de toda uma época - Le grand siecle - e mesmo de todos os povos e de todos os tempos. Trabalhou até a morte, deixando-nos como heranças como superar a todas as dificuldades da vida. Palavras de São Vicente: "Meus irmãos, amemos a Deus, mas amêmo-Lo à nossa custa, com a fadiga de nossos braços, com o suor do nosso rosto". Foi nomeado pelo Papa Leão XIII como Patrono dos Serviços Sociais. Façamos uma retrospectiva: quando menino, este nosso amado santo, extraordinário homem de Deus, criava porcos. Passou de criador de porcos a escravo. De escravo a prior da capela da rainha. Realmente. Sua vida é a confinação plena de que "A boa espada é acrisolada no fogo". |
Local morte | Paris |
Morte | 27 de setembro de 1660, aos 84 anos de idade |
Fonte informação | Santo Nosso de cada dia, rogai por nós |
Oração | Ó glorioso São Vicente, patrono de toda caridade, pai daqueles que estão na miséria e que, enquanto na Terra, jamais deixou de amparar a todos que a Vós recorreram, considerai os males que estão nos oprimindo e vinde em nosso socorro. Obtende junto do Senhor ajuda para os pobres, alívio para os enfermos, consolo para os aflitos, proteção para os abandonados, espírito de generosidade para os ricos, a graça da conversão para os pecadores, entusiasmo para os padres, paz para a Igreja, tranqüilidade e ordem para as nações e salvação para todos. Permiti-nos comprovar os efeitos da vossa misericórdia intercessão e assim sermos ajudados nas misérias da vida. Possamos nós estar unidos com o Senhor no paraíso, onde não existe mais dor, choro ou tristeza, mas alegria, contentamento e duradoura felicidade. Amém. |
Devoção | Aos necessitados tanto material quanto espiritualmente |
Padroeiro | Dos serviços sociais |
Outros Santos do dia | Outros santos do dia: Ántino, Leâncio, Euprépio, Adolfo, João, Florentino, Fidêncio, Hilário, Terêncio, Epicari (mátrs.); Elceário (af); Barroco (monge); Digeberto (rei); Diosdado (ab). FONTE: ASJ |
Nenhum comentário:
Postar um comentário