HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 20/07/2025
ANO C

16º DOMINGO DO TEMPO COMUM
Ano C – Verde
“Uma só coisa é necessária” (Lc 10, 42)
Lc 10,38-42
Ambientação
INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: Somos chamados pelo próprio Senhor de
amigos seus, isso nos leva a tomar parte de toda
a sua vida, suas expectativas e consequências.
Atentos ao mistério de sua presença entre nós,
sejamos presença Dele, pela escuta e pela ação!https://diocesedeapucarana.com.br/storage/105046/16-domingo-tempo-comum-ano-c-20-julho-2025.pdf
FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: Irmãos e irmãs, aqui
somos acolhidos pelo Pai, como hóspedes em sua casa. Por Cristo e em
Cristo, Ele nos entrega o Espírito de
Amor, o “único necessário”, e ceia
conosco. Oferece-nos assim, a sua
intimidade, a sua “melhor parte”
que é a vida plena e a participação
em seu Reino. Como fiéis discípulos, sentemo-nos aos pés de Jesus e, em
nossas vidas, tornemo-nos atentos
e sensíveis a todos os irmãos.https://arquisp.org.br/wp-content/uploads/2025/05/Ano-49C-43-16o-DOMINGO-DO-TEMPO-COMUM.pdf
IGREJA, UMA COMUNIDADE ACOLHEDORA
A Palavra de Deus neste domingo
toca num ponto importante da vida
de nossas comunidades e nossas
paróquias, bem como de nosso testemunho cristão no mundo. Falamos da acolhida e da hospitalidade.Abraão, tal como lembra a carta aos
Hebreus (Hb 13,2), pela hospitalidade praticada, acolheu os três viajantes que se aproximaram de sua
tenda. Eles são vistos por alguns
Padres da Igreja antiga como manifestação da Trindade Santa, cuja
visita é fonte de vida na promessa
da gravidez de Sara - a Abraão havia
sido prometida uma descendência
numerosa como as estrelas do céu
e as areias do mar.O episódio do encontro de Jesus
com Marta e Maria em Betânia, por
sua vez, pode ser visto sob diversas
óticas importantes, tal como a necessidade de se conjugar o trabalho
e a contemplação, o “ora et labora” em nossa vivência da fé, mas o
quadro se insere também na perspectiva da acolhida e da hospitalidade para com Jesus. Tanto Marta
como Maria O acolhem do melhor
modo possível. Diante da agitação
de Marta, Jesus ensina oportunamente o que é essencial: fazer-se
discípulo(a) do Reino e saber aproveitar a especial ocasião para escutar o único que tem palavras de
vida eterna (cf. Jo 6, 68).Abraão acolhe os três misteriosos viajantes portadores de vida e
Marta e Maria acolhem Jesus, que
veio para o que era seu e os seus
não o receberam (cf. Jo 1,11), e que
traz vida em plenitude para os que
O acolhem. Ao mesmo tempo em
que O acolhemos, somos também
acolhidos no amor que salva e traz
vida e salvação.Pensando na missão evangelizadora da Igreja, na perspectiva de uma
Igreja em saída, acolhedora, misericordiosa e samaritana, valorizemos a acolhida e a hospitalidade
em nossas comunidades e também
junto aos que convivemos no dia-a-dia. Há, segundo dados recentes,
uma epidemia de solidão no mundo, e podemos - a partir das lições
que a ternura de Jesus nos ensina
- ser um sinal profético do amor de
Deus que se aproxima, escuta, toca,
dialoga e acolhe todos os que ama
e os salva.O documento de Aparecida já falava da importância de comunidades
unidas e acolhedoras, capazes de
atrair para Cristo as pessoas. Sejamos dedicados aos esforços pastorais em nossa missão, mas sem
esquecermos que, acolhidos por
Cristo em Seu amor incondicional
que convida: “Vinde a mim” (cf. Mt
11,28), também somos chamados a
ser acolhedores e hospitaleiros para
com todos, de modo a testemunhar
ao mundo que Deus nos ama e não
faz acepção de pessoas. Pensemos
sobretudo nos que se sentem sós,
nos que estão expatriados - como
tantos refugiados - e nos que ainda
não tomaram consciência de que
são chamados a fazer parte desta
maravilhosa família de Deus que é
a Igreja. A Igreja deve ser casa e escola de comunhão que alimenta-se
da espiritualidade trinitária.Sejam, portanto, nossas paróquias
e comunidades oásis de acolhida
e ternura em meio ao deserto da
indiferença desta sociedade, que
trata a pessoa como um número e
não segundo a sua vocação à comunhão com Deus e com os irmãos, à
luz do Mistério da Trindade.Dom Edilson de Souza SilvaBispo Auxiliar de São PauloVigário Episcopal para a Região Lapahttps://arquisp.org.br/wp-content/uploads/2025/05/Ano-49C-43-16o-DOMINGO-DO-TEMPO-COMUM.pdf
Comentário do Evangelho
A lição de Marta e Maria

No caminho do discipulado, somos chamados a refletir sobre a hospitalidade, um valor fundamental nas civilizações antigas, especialmente em Israel. Receber o outro é, na verdade, receber a presença de Deus. Esse gesto de acolhimento é um ato de amor, de abertura à Palavra divina, que toca e transforma o coração humano. Na primeira leitura, vemos Deus visitando Abraão e Sara na forma de três estranhos. Ao vê-los, Abraão se aproxima e os trata com respeito, oferecendo-lhes água para lavar os pés, sombra para descansar e alimento — gestos simples, mas significativos da hospitalidade. Como recompensa, Deus aproxima a promessa de Abraão se tornar pai de uma grande nação. Acolher Deus é, portanto, também acolher Sua Palavra, reconhecendo Sua presença na comunidade de fé, que é chamada a evangelizar e ensinar a Boa Nova, como fez Paulo. Ele se dedica aos outros, enfrentando sofrimento em prol da evangelização, demonstrando solidariedade com a Igreja, que deve viver em unidade com Cristo.A hospitalidade se manifesta ainda na casa de Marta e Maria, em Betânia. Quando Jesus chega, Ele é bem recebido, encontra descanso e compartilha momentos de convivência com Seus amigos. Porém, o acolhimento de Jesus vai além das práticas comuns de hospitalidade. Marta, preocupada com os preparativos, assume o papel de anfitriã e se dedica ao trabalho, enquanto Maria, por sua vez, escolhe a postura de discípula, sentando-se aos pés de Jesus para ouvir Suas palavras. Marta, mesmo tendo Jesus em sua casa, se afasta d’Ele ao se concentrar nas tarefas e não na escuta atenta. Ela, então, reclama da ausência de Maria, desejando que sua irmã a ajude com os afazeres. Marta não percebe que as preocupações cotidianas a afastam do essencial: escutar a Palavra de Deus, o que é fundamental para o verdadeiro serviço. Jesus a corrige gentilmente, repetindo seu nome duas vezes, mostrando que, embora a hospitalidade seja importante, a escuta da Palavra deve ter prioridade. Marta, como nós, não deve permitir que as preocupações do dia a dia a afastem do que realmente importa. O essencial é manter a comunhão com Deus, buscando sempre viver em Sua presença e ouvir Sua voz.https://catequisar.com.br/liturgia/a-licao-de-marta-e-maria/
Reflexão
Na caminhada para Jerusalém, Jesus é recebido na casa de suas amigas Marta e Maria. Marta acolhe o Senhor com muito carinho e se preocupa em servi-lo, tarefa própria da mulher na cultura judaica. Maria se coloca à escuta da palavra do Mestre, algo que cabia aos homens. Cada uma delas se relaciona com ele de forma diferente: servindo-o ou escutando-o. Duas maneiras complementares, uma não exclui a outra. Cada uma encarna um modo de se relacionar com o Ressuscitado. Marta manifesta a alegria da presença do Mestre, servindo-o. A atitude de Maria quebra o sistema da época: não se permitia a uma mulher “estar aos pés” de um mestre para ouvi-lo e aprender. Jesus quebra o preconceito contra as mulheres: aceita Maria aos seus pés. A escuta da Palavra de Deus não tira as pessoas da ação, mas dá novo sentido ao fazer. Acolher a Palavra (contemplação) para pô-la em prática (ação). Em cada um de nós, existe um pouco de Marta e um pouco de Maria. Não somos somente Marta nem somente Maria.(Dia a Dia com o Evangelho 2025 - PAULUS)https://www.paulus.com.br/portal/liturgia-diaria/20-domingo-10/
Reflexão
«No entanto, uma só é necessária»
Rev. D. Bernat GIMENO i Capín(Barcelona, Espanha)
Hoje, vemos um Jesus tão divino quanto humano: está cansado da viagem e deixa-se acolher por esta família que tanto ama, em Betânia. Aproveitará a ocasião para nos dizer o que é “o mais importante”.Na atitude destas duas irmãs era costume ver duas maneiras de viver a vocação cristã: a vida ativa e a vida contemplativa. Maria, «sentou-se aos pés do Senhor»; Marta, atarefada com muitas coisas e ocupações, sempre servindo e contente, mas cansada (cf. Lc 10,39-40.42). —«Calma», diz-lhe Jesus, «é importante o que fazes, mas é necessário que descanses, e mais importante ainda que descanses estando comigo, olhando-me e escutando-me». Dois modelos de vida cristã que temos de coordenar e integrar: viver tanto a vida de Marta como a de Maria. Temos de estar atentos à Palavra do Senhor, e vigilantes, já que o barulho e o movimento do dia a dia escondem – frequentemente - a presença de Deus. Porque a vida e a força de um cristão só se mantêm firmes e crescem se ele permanecer unido à verdadeira vide, de onde lhe vem a vida, o amor, a vontade de continuar em frente... E de não olhar para trás.À maioria, Deus chamou a ser como “Marta”. Mas não podemos esquecer que o Senhor quer que sejamos cada vez mais como “Maria”: Jesus Cristo também nos chamou a “escolher a melhor parte” e a não deixar que ninguém no-la roube.Ele lembra-nos que o mais importante não é o que possamos fazer, mas a Palavra de Deus que ilumina as nossas vidas e assim, pelo Espírito Santo, também as nossas obras serão impregnadas do seu amor.Descansar no Senhor só é possível se gozarmos da sua presença real perante a Eucaristia. Oração diante do sacrário! É o maior tesouro que os cristãos têm. Recordemos o título da última encíclica de S. João Paulo II: A Igreja vive da Eucaristia. O Senhor tem muitas coisas para nos dizer, mais do que pensamos. Procuremos sempre momentos de silêncio e de paz para encontrar Jesus e n’Ele nos reencontrarmos a nós próprios. Jesus convida-nos hoje a fazer uma opção: escolher «a melhor parte» (Lc 10,42).
Pensamentos para o Evangelho de hoje
- «Marta, bendita sejas pelos teus bons serviços; quando chegares à porta celestial tudo isto já não existirá: lá só haverá o que Maria escolheu» (Santo Agostinho)
- «A palavra de Cristo é claríssima: nenhum desprezo pela vida ativa, muito menos pela generosa hospitalidade; apenas a chamada clara ao facto de que a única coisa verdadeiramente necessária, é ouvir a Palavra do Senhor que é eterna e dá sentido à nossa atividade cotidiana» (Bento XVI)
- «Meditar no que se lê leva a assimilá-lo, confrontando-o consigo mesmo. Abre-se aqui um outro livro: o da vida. Passa-se dos pensamentos à realidade (...). Trata-se de praticar a verdade para chegar à luz: «Senhor, que quereis que eu faça» (Catecismo da Igreja Católica, nº 2.706)https://evangeli.net/evangelho/feria/2025-07-20
Reflexão
A fé como escuta e visão
REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos do Papa Francisco)(Città del Vaticano, Vaticano)
Hoje o conhecimento da fé é apresentado como escuta, aparece associado com o ouvido. O conhecimento associado à palavra é sempre conhecimento pessoal, que reconhece a voz, se lhe abre livremente e a segue obedientemente. A fé é conhecimento ligado ao transcorrer do tempo que a palavra necessita para ser explicitada: é conhecimento que só se aprende num percurso de seguimento.A escuta da Palavra de Deus com o desejo de ver o seu rosto. O ouvido atesta não só a chamada pessoal e a obediência, mas também que a verdade se revela no tempo; a vista, por sua vez, oferece a visão plena de todo o percurso, permitindo situar-nos no grande projeto de Deus.—Acreditar é simultaneamente ouvir e ver. Juntamente com o escutar e o ver, é um tocar. Por meio da sua encarnação, Jesus tocou-nos e, através dos sacramentos, ainda hoje nos toca. Pela fé, podemos tocá-Lo e receber a força da sua graça.https://evangeli.net/evangelho-master/feria/2025-07-20
Comentário sobre o Evangelho
Jesus entrou num povoado, e uma mulher, de nome Marta, o recebeu em sua casa. Ela tinha uma irmã, Maria, a qual se sentou aos pés do Senhor e escutava a sua palavra. Marta, porém, estava ocupada com os muitos afazeres da casa...
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Hoje em dia vivemos em “alta velocidade”, estamos numa permanente corrida de “Fórmula 1”. Isto tem os seus riscos: nem todos foram treinados para isso. Corremos tanto que não sabemos nem para onde corremos. Por isso há pessoas que se “queimam” e entram em cansaço e/ou depressão.- «Marta, Marta, andas inquieta e preocupada com muitas coisas; quando uma só é necessária. Maria escolheu a melhor parte». Que parte escolheste tu? Também tens um “Fórmula 1”?https://family.evangeli.net/pt/feria/2025-07-20
HOMILIA
A PALAVRA: DOS OUVIDOS AO CORAÇÃO!
A Liturgia que rezamos hoje nos desafia a exercitar a graça da hospitalidade, valor com o qual Jesus sempre se aproximava das pessoas e pelo qual conseguia acessar o mais profundo do coração humano. As leituras nos lembram da necessidade da observância dos mandamentos e preceitos como forma de converter o coração e a alma para Deus. É preciso estar voltado a Ele para sentir sua graça nos conduzindo constantemente no cotidiano da vida.Jesus nos é apresentado por São Paulo Apóstolo, na Carta aos Colossenses, como a imagem visível do Deus invisível, pois Ele é quem revela o Amor do Pai e seu rosto misericordioso, que nos assiste e cuida a vida inteira. Ele é a Cabeça e o Corpo somos nós, Igreja. Isso significa que somos chamados a agir como Ele. Desse modo, nossas ações também serão imagem visível do Deus invisível.Para nos ajudar a ser imagem visível do Deus invisível, Jesus nos conta a parábola do Bom Samaritano. Essa é uma passagem bíblica bastante conhecida por todos nós, mas é sempre bom estarmos atentos à mensagem que Jesus quer nos passar com essa parábola. Ele destaca uma atitude: a Hospitalidade! Nessa intenção vamos pensar em dois pontos que nos questionam sobre nossa ação de hospitalidade:1 – Sensibilidade à necessidade do outro: Apenas o homem samaritano foi capaz de sentir a necessidade daquele judeu caído e machucado. Os outros homens judeus importantes não foram capazes de sentir a necessidade de seu irmão assaltado. O samaritano teria razões para desprezar aquele homem judeu necessitado, uma vez que seus povos eram rivais.2 – Atitude misericordiosa: Judeus não se davam bem com Samaritanos, porém, um samaritano venceu essa rivalidade e foi capaz de se solidarizar, aproximando-se daquele judeu ferido. Agiu com hospitalidade, salvando a vida humana que gritava por socorro.A hospitalidade nos desafia a ir muito além do comum. Não precisa ser sempre do mesmo jeito. Só porque existem diferenças culturais, religiosas e outras, não significa que deixamos de ser irmãos. A família de Deus é diversa e, por isso, tão especial. Somos parte de um todo que é construído no coração de Deus com muito amor. Se aprendermos a olhar para as pessoas como Ele, faremos esse mundo melhor: sem preconceitos de raça e sem diferenças culturais, sociais e religiosas.Deus quer nos oferecer a graça da Hospitalidade para que possamos agir como Ele e, de fato, fazer valer a verdade de que somos, realmente, sua família.Pe. Lucas Emanuel, C.Ss.Rhttps://www.a12.com/reze-no-santuario/deus-conosco?data=20%2F07%2F2025&leitura=homilia
Oração— OREMOS: SENHOR, sede propício a vossos fiéis, e, benigno, multiplicai neles os dons da vossa graça, para que, fervorosos na fé, esperança e caridade, perseverem sempre vigilantes na observância dos vossos mandamentos. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos. Amém.https://www.a12.com/reze-no-santuario/deus-conosco?data=20%2F07%2F2025&leitura=meditacao
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