ANO B
SOLENIDADE DA ASCENSÃO DO SENHOR
Ano B - Branco
“O ressuscitado continua conosco.”
58º O DIA MUNDIAL DAS COMUNICAÇÕES SOCIAIS
“DIA DAS MÃES”
a Inteligência artificial e sabedoria do coração: por uma comunicação plenamente humana.
Mc 16,15-20
Ambientação
INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: Após uma vida de entrega e doação aos irmãos,
está a comunhão plena com Deus. Ele não nos deixa
só, promete o Divino Consolador para que cada um
dos batizados tenha o compromisso de continuar no
mundo sua missão. Ao voltar glorioso para o céu, o
Senhor glorifica o ser humano, pois um dia, todos
estaremos, lá, com ele.
INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: Irmãos e irmãs, neste domingo, celebrando a Ascensão do Senhor, agradeçamos a
Deus Pai a elevação de seu Filho.
Com Maria e os apóstolos, aguardemos a vinda do Espírito Santo,
conforme a promessa de Cristo.
Iniciamos também hoje a Semana
de Oração pela Unidade dos Cristãos; que o Senhor nos conceda a
graça de vivermos unidos em Seu
amor. Neste dia, em que recordamos nossas mães, rezemos por
todas elas - pelas que estão conosco e pelas que já se encontram
com Deus no céu. Rezemos ainda
pelos meios de comunicação social, para que sejam orientados
para promover uma vida mais
plena para a pessoa humana.
INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: A Solenidade da Ascensão de Jesus que hoje celebramos sugere que, no final do caminho percorrido no amor e na doação, está a vida definitiva, a comunhão com Deus. Sugere também que Jesus nos deixou o testemunho e que somos nós, seus seguidores, que devemos continuar a realizar o projeto libertador de Deus para os homens e para o mundo. Olhamos para o alto, não para fugir às responsabilidades terrenas, mas para acolher a graça que nos faz caminhar na terra como cidadãos do Céu.
Fonte: https://diocesedeapucarana.com.br/portal/userfiles/pulsandinho/13-de-maio-de-2018---ascensao-certo.pdf (13/05/2018)
INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: Neste dia solene, o Povo Santo de Deus se reúne ao redor do altar para celebrar o dia em que o Senhor Jesus, vencendo o pecado e a morte, subiu ao mais alto dos céus, tornando-se o mediador entre nós e o Pai. Subiu aos céus, não para afastar-se de nós, mas para dar-nos a certeza de que nos faria experimentar de sua glória. Agradeceremos a Deus também por todos aqueles que promovem a verdade nos meios de comunicação. Colocaremos no altar do Senhor todas as nossas mães, vivas e falecidas, e pediremos ao Senhor que aceite a vida de cada uma delas como oferenda agradável.
INTRODUÇÃO DO WEBMASTER: Celebramos a ascensão de Cristo e o Dia Mundial das Comunicações Sociais, tendo como eixo a família, donde brota o dom da comunicação, porque ela é o ambiente privilegiado do encontro na gratuidade do amor. Preparemo-nos para o Pentecostes, participando ativamente das celebrações na certeza de que "todos seremos transformados pela vitória de nosso Senhor Jesus Cristo" (cf. 1Cor 15, 51-58).
Fonte: NPD Brasil em 13/05/2018
E A HISTÓRIA CONTINUA...
A obra estava inaugurada, mas
não estava pronta. O Verbo Encarnado veio e cumpriu sua missão, mas o ser humano não tinha
sido exilado de seu protagonismo
histórico. Deus entrou na história
humana, tanto quanto entrou na
vida e história pessoal de Maria,
mas sem violá-los. O ser humano
terá uma tarefa histórica, e a Igreja será a herdeira dessa missão. O
indivíduo terá uma tarefa pessoal,
e ninguém poderá acolher o Reino
de Deus no seu lugar. Daí, então,
correspondem missões específicas
para cada pessoa e para a Igreja
Missionária. Para a Igreja virá um
mandato, uma ordem, uma obrigação: “Ide pelo mundo inteiro e
anunciai o Evangelho a toda criatura!” Para cada pessoa virá, da
parte de Jesus, uma proposta, um
convite, uma exortação: “Quem
crer e for batizado será salvo.
Quem não crer será condenado”.
A Igreja tem a obrigação de anunciar, mas não tem a obrigação de
converter as pessoas. A Igreja oferecerá os sacramentos propondo
a fé que salva, mas para ser batizado, é preciso que cada um creia
primeiro. Quem crer e for batizado
será salvo. De nada adiantará receber o Batismo sem crer. Portanto,
a Igreja não pode ser instrumento
de salvação para quem não queira
se converter.
Então, como é que a Igreja aceita
batizar crianças, que ainda não
são capazes de crer? Ela somente o faz mediante o compromisso
dos pais e padrinhos que diante
de todos afirmam que as crianças
vão crer quando chegar a hora.
Por isso batizamos na fé dos pais
e padrinhos. Por isso também,
quando pais e padrinhos não são
capazes de garantir minimamente que seus filhos e afilhados vão
crer, então, a Igreja é conclamada
a adiar o Batismo para quando as
crianças puderem entender, crer
por elas mesmas e pedir pessoalmente o Batismo. Não é questão
de negar sacramentos, mas de fazer com que os sacramentos não
sejam jogados ao vento.
Hoje em dia, às vezes, se tem a
impressão de que se trata apenas
de um gesto ritual ao qual todos
os que nascem têm direito de receber. Mas, não é bem assim. O
Batismo é o ato decisivo de quem
crê em Jesus Cristo e deseja viver
o que Ele ensinou. Também não é
verdade que seja necessário quase que “um processo de canonização” da pessoa, dos pais ou dos
padrinhos para que se possa oferecer o Batismo.
A verdade é que a Igreja tem um
mandato para que anuncie o Evangelho e batize aqueles que crerem
nele. Num mundo onde parece
que todo mundo quer se refugiar
nos extremos, seria bom que todos conhecessem os verdadeiros
motivos e as intenções salvíficas
que levaram Jesus a conferir uma
missão à Igreja, sem com isso desejar que a Igreja substituísse as
consciências e as liberdades. Se o
ser humano é livre, e cremos nisso,
deve fazer suas escolhas; se faz as
escolhas, deverá ser capaz de assumir as condições, as consequências e os compromissos que delas
derivam. A vida funciona assim. E
não é de se esperar que Deus não
respeitasse e não aproveitasse
esses traços humanos para manifestar sua graça e sua salvação. Foi
isso que Jesus manifestou no dia
de sua Ascensão: Ele sai da cena
da história humana para dar lugar
à história da Igreja, sua mandatária. E a Igreja deverá realizar sua
missão, deixando depois para cada
indivíduo a tarefa de fazer suas escolhas e assumir seus compromissos. Falando assim, não parece tão
complicado. Na prática, a história
é bem diferente!
Dom Rogério Augusto das Neves
Bispo Auxiliar de São Paulo
ASCENSÃO DO SENHOR
Quando pessoas que amamos separam-se de nós, angustiamo-nos, mesmo sabendo que terão sorte melhor. Poderíamos assim pensar que a Igreja nascente contemplou a ascensão do Senhor com sentimento de tristeza, porém a verdade é outra: a subida de Cristo aos céus é causa de grande júbilo! Uma dupla alegria: alegramo- nos pelo Senhor e por nós mesmos.
O dia da Ascensão é um triunfo do Cristo, uma festa de vitória. Depois de, livremente, assumir a condição humana (Fl 2,6-11), tornando- se, por amor, em tudo igual a nós, menos no pecado, Cristo nos resgata do poder da morte e nos reintroduz na pátria celeste. O Filho volta à casa paterna (Mc 16,19), é recebido com alegria pelo Eterno Pai e apresenta-Lhe novos irmãos e irmãs: a humanidade redimida.
Esta solenidade, como dito anteriormente, é também dia de alegria para nós. A glorificação do Filho em sua ascensão é também a elevação da natureza humana; nos glorifica, fazendo-nos participar da vida divina. Por isso diz o enredo do Prefácio II da festa, de maneira mais significativa: “Ele, após a ressurreição, apareceu aos seus discípulos e, à vista deles, subiu aos céus, a fim de nos tornar participantes da sua divindade”.
A atitude de cada um de nós perante tão grande mistério é vivenciar no cotidiano a fé, é o que nos exorta o Papa Francisco: “Na festa da Ascensão, enquanto dirigimos o nosso olhar para o Céu, onde Cristo subiu e está sentado à direita do Pai, fortaleçamos os nossos passos na terra para prosseguir com entusiasmo e coragem o nosso caminho, a nossa missão de dar testemunho e de viver o Evangelho em todos os ambiente”.
Diácono Lucas Endo Arruda Nitsche
Fonte: https://diocesedeapucarana.com.br/portal/userfiles/pulsandinho/13-de-maio-de-2018---ascensao-certo.pdf e NPD Brasil em 13/05/2018
ASCENSÃO DO SENHOR
Ascensão do Senhor já é nossa garantia de vida eterna. Essa é a verdade que nos foi comunicada plenamente em Cristo. Se o mistério da encarnação encheu de alegria aos pastores, e trouxe de longe os magos, a ascensão encheu os discípulos de esperança e fez com que espalhassem essa boa nova por toda a terra.
O mistério da cruz causou profunda dor e sofrimento aos discípulos, que num primeiro momento fugiram e se esconderam, mas depois do encontro com o Ressuscitado tudo foi transformado. O medo foi vencido e a vida venceu a morte. Que outra maior notícia poderia encher de alegria a vida dos discípulos?
Mas agora é um novo tempo, e chegou o momento de deixar o cenáculo, sair pelas ruas, pelas cidades, até os confins do mundo, fazendo novos discípulos, “como Igreja em saída”. Comunicar a boa nova da vida, essa é a tarefa e missão dos discípulos de ontem e de hoje.
Na festa da ascensão do Senhor é também a ocasião em que acontece a coleta pela Rádio 9 de Julho, em toda a Arquidiocese de São Paulo. A coleta é uma forma de colaboração e ajuda dos fiéis, com a evangelização. O rádio é uma importante ferramenta de comunicação, que leva esperança e palavra de vida a muitas pessoas. Participe da coleta em sua paróquia ou comunidade, ou visite nossa página e associe-se à “Família dos amigos” - https://radio9dejulho.com.br/
Dom Devair Araújo da Fonsceca
Bispo Auxiliar de São Paulo
Fonte: https://arquisp.org.br/sites/default/files/folheto_povo_deus/af_32_ascensao.pdf e NPD Brasil em 13/05/2018
Comentário do Evangelho
A missão é o testemunho do amor misericordioso
O evangelho de Marcos originalmente terminava em Mc 16,8 com o anúncio do anjo às mulheres, dizendo que Jesus ressuscitara e precedia os discípulos na Galileia. Provavelmente no segundo século, a Igreja, já estruturada, julgou inconveniente a falta das narrativas das aparições do Ressuscitado neste evangelho. Foram, então, acrescentadas três narrativas de aparições, que são resumos das narrativas de aparições dos outros evangelhos, particularmente de Lucas e João.
Nesta elaboração tardia, tipicamente institucional, a fala atribuída a Jesus, após as três aparições, vai no sentido de afirmar o poder excludente da Igreja, na qual a profissão de fé seguida do batismo já estava consagrada como caminho único e absoluto da salvação. Também ficam afirmados poderes excepcionais conferidos ao crente, como sinais da sua fé, o que contraria a realidade da simplicidade da fé a ser vivida no dia a dia pelos comuns dos mortais. Com uma visão amadurecida, compreende-se que não cabe à missão impor, condenar ou praticar ações espetaculares. A missão é o testemunho do amor misericordioso, a valorização e o cultivo das manifestações de vida encontradas nas diversificadas comunidades, vendo nelas o sinal da presença de Deus entre os povos, sem exclusões.
Os últimos versículos fazem alusão à ascensão aos céus, conforme narrada por Lucas em seu evangelho e mais desenvolvida nos Atos dos Apóstolos (primeira leitura), com um sumário de missão. A exaltação do Ressuscitado retirado da terra e glorificado no céu (segunda leitura) foi resultado da influência do messianismo escatológico nas mentes dos discípulos de origem no judaísmo. Esta visão, que relegou a segundo plano a revelação e a comunicação de Deus na vida e no testemunho de amor do Jesus histórico, influenciou durante séculos a teologia, a espiritualidade e a pastoral da Igreja, remetendo a fé em Jesus a uma recompensa na vida gloriosa futura e celestial. Hoje, resgatando-se as memórias de Jesus de Nazaré, na sua humanidade plena, a fé na sua presença, vivo, nas comunidades nos move ao alegre empenho em construir um mundo novo solidário e fraterno, em que todos se unam em torno do projeto da vida plena para todos, sem restrições.
José Raimundo Oliva
Oração
Senhor Jesus, contemplando tua ascensão para junto do Pai, assumo a tarefa de levar, ao mundo inteiro e a toda criatura, a mensagem do teu Evangelho.
Fonte: Paulinas em 20/05/2012
Comentário do Evangelho
Anunciai a Boa-Nova a toda criatura!
A solenidade da Ascensão, celebrada quarenta dias depois da Páscoa, conclui a série de aparições de Jesus ressuscitado. Na oração da coleta desse dia, rezamos: “Ó Deus, a ascensão do vosso Filho já é nossa vitória”. Celebramos a vitória de Jesus Cristo sobre o mal e todas as suas manifestações e sobre a morte. Dessa vitória todos somos herdeiros, pelos méritos de Cristo. Essa vitória de Cristo nos faz compreender que o mal e a morte não têm mais poder, eles foram vencidos pelo Senhor ressuscitado dentre os mortos. O trecho dos Atos dos Apóstolos, de hoje, é de capital importância para compreender a mensagem da ascensão do Senhor. Ao longo de quarenta dias, depois da ressurreição, o Senhor apareceu aos discípulos e os instruiu pelo Espírito Santo. O Senhor continua presente e a falar com os seus, mas agora não de viva voz e em carne e osso, podemos dizer, mas pelo Espírito Santo (cf. At 1,2). O Espírito Santo torna o Cristo presente aos seus discípulos e atual as suas palavras. Agora, é através do Espírito Santo que o Senhor continua a revelar o desígnio salvífico de Deus. O relato da ascensão não se oferece ao nosso olhar; trata-se de uma profissão de fé: ressuscitado dos mortos, Jesus Cristo foi elevado ao céu onde está sentado à direita do Pai. O relato tem por finalidade ser um apoio para a intelecção da fé e o aprofundamento do mistério da ressurreição. O passivo divino usado para dizer da elevação de Jesus indica que é o Pai quem o elevou. A nuvem que envolve o Ressuscitado é, para a tradição bíblica, símbolo da presença de Deus que acompanha o seu povo (cf. Ex 13,22). A nuvem que envolve o Senhor é um modo de dizer que Jesus ressuscitado entra no mistério de Deus, no que é seu, antes da criação do mundo. Os dois mensageiros celestes são um apoio para compreender que, agora, com seu corpo glorioso, o Senhor não é encontrado no alto, mas na nossa própria humanidade, em todos os lugares e situações, no cotidiano da existência humana. É pela fé que vemos e encontramos o Senhor, em meio às vicissitudes da história. Pela fé a elevação de Jesus Cristo não é sentida como ausência, mas como uma forma de presença. A ascensão é, para nós cristãos, o momento a partir do qual, ao invés de ficar olhando o céu, devemos cumprir a missão que o Senhor ressuscitado nos confiou, a saber, a de sermos testemunhas do seu amor (cf. At 1,8). Na conclusão do evangelho de Marcos, depois de confiar aos discípulos a missão de expandir o evangelho por toda a terra, Jesus foi elevado ao céu e sentou-se à direita de Deus. Mas essa missão tão grande não pode ser realizada a não ser com a força que Deus mesmo concede (cf. Mc 16,20).
Pe. Carlos Alberto Contieri
Oração
Senhor Jesus, contemplando tua ascensão para junto do Pai, assumo a tarefa de levar, ao mundo inteiro e a toda criatura, a mensagem do teu Evangelho.
Fonte: Paulinas em 17/05/2015
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
Proclamai o Evangelho a toda criatura
Jesus deu aos apóstolos suas últimas recomendações. Foi em seguida arrebatado ao céu e sentou-se à direita de Deus. Entramos na última semana do Tempo Pascal com a celebração da solenidade da Ascensão de Jesus ao céu. Ele sobe ao céu e envia o Espírito Santo. A solenidade de Pentecostes será a próxima celebração. O Livro dos Atos nos conta que Jesus foi levado para o céu e uma nuvem o encobriu, mas um dia ele voltará e será o fim dos tempos. Foi Deus quem o ressuscitou dos mortos e o fez sentar-se à sua direita nos céus, lemos na Carta aos Efésios.
Com o salmista cantamos: “Que todas as nações batam palmas ao Senhor que se eleva ao toque da trombeta”. E agora nos resta cumprir o que ele nos mandou: “Vão pelo mundo inteiro e anunciem o Evangelho a toda criatura”. O Pai ressuscitou Jesus Cristo dos mortos e o fez sentar-se à sua direita no céu. Jesus agora está acima de tudo, neste mundo e no futuro. Deus o fez cabeça da Igreja, que é o seu corpo. Antes, porém, de subir ao céu, Jesus deu aos apóstolos suas últimas recomendações: que não se afastassem de Jerusalém e esperassem a realização da promessa do Pai, e receberiam então o poder do Espírito Santo para serem suas testemunhas em todo o mundo.
Nessa última conversa, Jesus envia a sua Igreja em missão: “Vão pelo mundo afora e anunciem o Evangelho a todas as pessoas”. A ordem é muito clara e direta. O campo de trabalho dos apóstolos e, com eles, de todos os discípulos de Jesus, é o mundo inteiro. Estas palavras dão à Igreja um dinamismo próprio. Os membros da Igreja não são estáticos, não ficam parados. Movimentam-se e movimentam-se. São como o vento. Não se cansam. Expulsam demônios, falam novas línguas, curam doentes.
São capazes de ir até os confins da terra por causa de Cristo e de seu Evangelho. Depois da Ascensão do Senhor, seus discípulos missionários caminham com a certeza de que já estamos com ele no céu, porque junto dele está o que é próprio nosso, nossa humanidade. Ele era só divino; fez-se humano e, quando voltou ao Pai, levou consigo o que era humano. Por isso sua Ascensão já é nossa vitória. Nós, de certa maneira, já estamos com ele na glória. Que o Pai nos dê o Espírito da sabedoria e da revelação!
Cônego Celso Pedro da Silva,
Fontes: https://catequisar.com.br/liturgia/proclamai-o-evangelho-a-toda-criatura-7/ e https://www.comeceodiafeliz.com.br/evangelho/indo-por-todo-o-mundo-proclamai-o-evangelho-a-toda-criatura-12052024
Vivendo a Palavra
Assim termina o Evangelho escrito pela Comunidade de Marcos: “o Senhor Jesus foi levado ao céu, e sentou-se à direita de Deus.“ Mas, conforme sua promessa, Ele está e estará conosco até o fim dos tempos: pela fé e pelo Espírito, nos sinais que instituiu; concretamente, na pessoa do nosso próximo, especialmente do pobre.
Fonte: Arquidiocese BH em 20/05/2012
VIVENDO A PALAVRA
Eis que é chegada a hora: cheios de confiança os apóstolos começam a pregar por toda parte que o Reino de Deus já chegou – está dentro de nós! E, como prometido, os sinais aconteciam, provando que o anúncio deles é verdadeiro. A mesma missão cabe hoje a nós. Que o Espírito nos inspire e nos encoraje a cumpri-la!
Fonte: Arquidiocese BH em 13/05/2018
Reflexão
Pe. Jacir de Freitas Faria, ofm
ASCENSÃO DO SENHOR
IDE POR TODO O MUNDO
I. INTRODUÇÃO GERAL
Celebramos hoje a Ascensão de Jesus. Ascensão tem a ver com a ressurreição e com o tempo da Igreja. Jesus volta para a casa do Pai, a morada eterna onde todos nós esperamos estar após nossa morte. Jesus viveu no meio de nós como ser humano e agora volta para Deus. Somos privados de sua presença física e chamados a eternizá-lo na vida da Igreja, representada, primeiramente, pela comunidade de Jerusalém. Ao mesmo tempo, tornamo-nos participantes da divindade do mestre Jesus de Nazaré. O sentido último de nossa vida é Deus, autor e doador da vida plena. O humano Jesus leva consigo a natureza humana para a glória de Deus. Jesus ressuscitado permanece no meio de nós, na vida de fé da comunidade e no anúncio do reino.
II. COMENTÁRIO DOS TEXTOS BÍBLICOS
1. I leitura (At 1,1-11): Jesus não foi embora, ele está vivo na comunidade
A primeira leitura de hoje, tirada dos Atos dos Apóstolos, tem sua ligação com o Evangelho de Lucas, duas obras que se entrelaçam, pois teriam saído da pena do mesmo escritor ou comunidade. O evangelho não termina, mas continua com a ação da comunidade de Jerusalém, Antioquia, Samaria etc. Nesse trecho, introdução de toda a obra, Lucas se propõe escrever uma narração ordenada dos fatos que se cumpririam entre eles. Ele dedica a sua obra a Teófilo (Lc 1,1-4) – nome grego que significa o amigo de Deus. No fim do Evangelho de Lucas, Jesus promete o Espírito Santo e convoca os seus seguidores a permanecer em Jerusalém para a realização das promessas (Lc 24,49). Já no início dos Atos, a nossa leitura de hoje, os discípulos perguntam a Jesus: “é agora que vais restabelecer o reino de Israel?” (At 1,6). Jesus responde dizendo que eles não devem se preocupar com a data, pois esta compete ao Pai (At 1,7). O Espírito Santo continuará a realização do prometido (1,8a), que não é a restauração de Israel, mas o ser sua testemunha em Jerusalém, na Judeia, na Samaria e nos confins do mundo (At 1,8b).
A ascensão em At 1,9-11 é narrada para mostrar que Jesus não foi embora, mas continua vivo dentro de cada apóstolo(a) que testemunha o Ressuscitado e entre eles. Jesus não foi embora. Só assim podemos falar teológica e historicamente de “Igrejas” de Jerusalém. Tivemos, na origem, como resultado da ação do Espírito Santo, vários núcleos do seguimento de Jesus, embora Lucas tenha, nos Atos, idealizado e privilegiado a comunidade de Jerusalém.
A ascensão somente tem sentido à luz de sua relação estreita com a comunidade de Jerusalém, a qual passará a ser o símbolo da Igreja, que se expandirá, na sequência, para as regiões da Judeia, da Samaria e da Galileia e daí para os confins do mundo, isto é, para o então centro daquele mundo, Roma.
Segundo o relato dos Atos, depois da ascensão, os discípulos e discípulas de Jesus voltam do monte das Oliveiras para Jerusalém. O livro dos Atos dos Apóstolos usa dois termos para falar da cidade de Jerusalém: o nome bíblico e sagrado Jerusalém (36 vezes) e o nome grego como designação geográfica Jerosolyma (23 vezes). At 1,12 fala de voltar para Jerusalém, o que significa, então, voltar para o lugar sagrado do judaísmo, para o lugar da missão, da salvação. É como um católico dizer: “Vou a Aparecida”. Na cabeça de quem escreve os Atos estaria, com certeza, o sonho da nova Jerusalém, pois a Jerusalém cidade já tinha sido destruída pelos romanos quando os Atos foram escritos.
A comunidade de Jerusalém é judaica de origem e, por isso, fiel observante da Torá (lei, conduta, caminho, modo de vida baseado no Decálogo); ela celebra a eucaristia como memória do martírio redentor e profético de Jesus (At 2,42-46); partilha os bens (At 2,44-45) como expressão de uma espiritualidade comprometida com a justiça; está em conflito com as autoridades locais (At 3,11-4,22); está centrada no grupo dos doze apóstolos e unida em torno deles (At 2,42; 4,23-31); tem conflitos (At 5,1-11); opera prodígios e milagres (At 3,1-10).
Nessas características encontramos o rosto, às vezes idealizado, da comunidade de Jerusalém. Esse modo de viver a fé na comunidade de Jerusalém foi o jeito que os primeiros cristãos encontraram para exprimir a utopia do reino de Deus anunciado e vivido por Jesus na sua integralidade e com a sua ascensão. A ascensão de Jesus no monte das Oliveiras teria sido a sua glorificação e a certeza da sua presença definitiva na comunidade de Jerusalém de forma histórica (presente), escatológica (futuro) e pneumática (plena do Espírito Santo). Tendo Jerusalém como referência e origem da comunidade judaico-cristã, os discípulos devem partir em missão até os confins do mundo, anunciando que Jesus ressuscitou e não morreu. Esse foi o grande segredo do cristianismo; caso contrário, teria se perdido, como tantas religiões do mundo antigo.
2. Evangelho (Mc 16,15-20): Atitudes que nos põem no caminho do anúncio da boa notícia: Jesus ressuscitou
O evangelho de hoje nos mostra o movimento de Jesus ressuscitado, que aparece aos onze discípulos, enquanto comiam, e desaparece por meio da ascensão, após os instruir para a evangelização. Jesus foi levado ao céu e sentou-se à direita de Deus. Sentar-se numa cadeira é sinal de poder. Daí que um professor se torna catedrático. O bispo tem a sua catedral e profere sua homilia, normalmente, sentado. O poder de Jesus é transferido aos discípulos, que devem se pôr de pé e sair mundo afora, anunciando a sua ressurreição em movimento de ascensão, de subida.
A ação de ascensão, isto é, de movimento de permanência de Jesus, consiste em sete atitudes: 1) anunciar a boa-nova a toda a humanidade; 2) batizar; 3) salvar; 4) condenar; 5) expulsar demônios em nome de Jesus; 6) falar novas línguas; 7) impor as mãos para curar doentes. Essas atitudes vêm acompanhadas da certeza de que nem serpentes nem venenos serão causa de morte para os discípulos. Anunciar, crer e salvar interagem num crescendo na ação ascensional dos discípulos. É a nova língua; não novo idioma, mas novo modo de comunicar a libertação, a vida nova do reino. Trata-se da linguagem da evangelização, não obstante as tantas línguas (idiomas) presentes. Quem caminha visando ao alto, isto é, às coisas do reino, vai deparar com venenos e serpentes e deles não deverá ter medo. Assim como Jesus venceu a morte, os seus discípulos serão amparados pela vida que não morre mais, a de Jesus ressuscitado, que os acompanhará por todo o sempre. Amém!
3. II leitura (Ef 1,17-23): Igreja, sinal do reino no movimento de fé e constante conversão
Paulo ficou sabendo que a comunidade de Éfeso estava sendo fiel a Deus na fé, no testemunho e na resistência às adversidades da evangelização. Na perspectiva da ascensão, o apóstolo reconhece que “Deus colocou tudo debaixo dos pés de Cristo e o colocou acima de todas as coisas, como cabeça da Igreja, a qual é o corpo, a plenitude daquele que plenifica tudo em todas as coisas” (v. 23). A teologia paulina reforça a caminhada da Igreja, sinal do reino em movimento de conversão contínua e testemunho de fé em Jesus ressuscitado.
III. PISTAS PARA REFLEXÃO
– Levar a comunidade a perceber que a ascensão é um movimento de ação transformadora do mundo com base em nossa fé em Jesus ressuscitado e na ação libertadora da Igreja.
– Viver a ascensão significa não ficar olhando para o alto, esperando Jesus, mas pôr-se a caminho, no anúncio do reino, na evangelização. É tornar-se um bem-aventurado.
– Evangelizar é falar a mesma linguagem – anunciar a todos a vida nova do reino –, e não falar a mesma língua (idioma). É expulsar demônios e não ter medo de serpentes e venenos, que nos impedem de caminhar.
Fonte: Paulus em 20/05/2012
Reflexão
Marcos conclui seu evangelho, mostrando Jesus que aparece aos onze discípulos e os envia em missão pelo mundo. Eles são convidados a realizar tudo o que o Mestre fazia: expulsar demônios, falar novas línguas, curar os doentes, enfrentar os obstáculos (serpentes e venenos)… Depois de Jesus ser “elevado ao céu”, os discípulos partiram e pregavam por toda parte. A adesão a Jesus é confirmada pelo batismo que conduz à salvação. Assim, a história de Jesus continua na vivência e no testemunho da comunidade. O fim do caminho de Jesus se constitui no início do caminho (missão) da Igreja. As pessoas que conviveram mais próximas a Jesus provavelmente sentiram-se desnorteadas com o desaparecimento dele. Essas pessoas o escutaram, foram aprendendo com ele e de repente perderam o chão. Alguém disse que a “Ascensão é uma maneira de morrer aos olhos e de nascer ao coração”. Jesus se retira fisicamente deste mundo para se tornar presente aos olhos da fé e iluminar todos os que o Espírito de Jesus habita. Ou no dizer de santo Agostinho: “Cristo não deixou o céu quando desceu até nós, nem nos deixou quando subiu ao céu”.
(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 13/05/2018
Reflexão
As últimas informações do Evangelho de Marcos parecem refletir a realidade que a Igreja primitiva estava vivendo. O breve texto registra o envio dos onze discípulos para proclamarem o Evangelho em todo o mundo; elenca alguns sinais prodigiosos que vão acompanhar os missionários; resume o relato da ascensão de Jesus; finalmente, menciona a confirmação das anteriores promessas de Jesus: “O Senhor agia com eles e confirmava a Palavra, por meio dos sinais que a acompanhavam”. A ascensão de Jesus não o afasta do nosso mundo; ao contrário, torna-o sempre presente, de modo ilimitado. Cabe a nós prolongarmos a prática de Jesus, com a garantia de sua constante e animadora presença, utilizando todos os meios e técnicas que o progresso humano põe à nossa disposição.
(Dia a dia com o Evangelho 2024)
Reflexão
«O Senhor Jesus foi levado ao céu e sentou-se à direita de Deus»
Fray Lluc TORCAL Monje del Monastério de Sta. Mª de Poblet
(Santa Maria de Poblet, Tarragona, Espanha)
Hoje, nesta solenidade, é-nos oferecida uma palavra de salvação como nunca poderíamos ter imaginado. O Senhor Jesus não só ressuscitou, vencendo a morte e o pecado, mas foi também elevado à glória de Deus! Por isso, o caminho de regresso ao Pai, aquele caminho que tínhamos perdido e que se nos abria no mistério do Natal, ficou irrevogavelmente oferecido no dia de hoje, depois de Cristo se ter dado inteiramente ao Pai na Cruz.
Oferecido? Sim, oferecido! Porque o Senhor Jesus, antes de ser elevado ao céu, enviou os seus amados discípulos, os Apóstolos a convidar todos os homens a acreditar n’Ele, para poderem chegar onde Ele está. «Ide pelo mundo inteiro e anunciai a Boa Nova a toda a criatura! Quem crer e for batizado será salvo» (Mc 16,15-16).
Esta salvação que se nos dá consiste, afinal, em viver a própria vida de Deus, como diz o Evangelho segundo S. João: «Esta é a vida eterna: que Te conheçam a ti, o Deus único e verdadeiro, e a Jesus Cristo, aquele que enviaste» (Jo 17,3).
Mas aquilo que se dá por amor deve ser aceite com amor para ser recebido como dom. Pois Jesus Cristo, a quem não vimos, quer que lhe ofereçamos o nosso amor através da nossa fé, que recebemos escutando a palavra dos seus ministros, que realmente podemos ver e sentir. «Nós acreditamos naquele que não vimos. Anunciaram-no aqueles que o viram. (...) Quem prometeu é fiel e não engana: não te falte confiança, mas espera antes na sua promessa. (...) Conserva a fé! (Santo Agostinho). Se a fé é uma oferta de amor a Jesus Cristo, conservá-la e fazê-la crescer aumenta em nós a caridade.
Ofereçamos, então, ao Senhor a nossa fé!
Pensamentos para o Evangelho de hoje
- «Aquele que por nós se fez homem, sendo o Filho único, quer fazer-nos seus irmãos e, para isso, faz chegar a sua própria humanidade ao verdadeiro Pai, levando nela consigo a todos os da sua mesma raça» (São Gregório de Nissa)
- «Na nossa vida nunca estamos sós: temos este advogado que nos espera, que nos defende. O Senhor crucificado e ressuscitado nos guia» (Francisco)
- «O Batismo é o sacramento da fé. Mas a fé tem necessidade da comunidade dos crentes. Só na fé da Igreja é que cada um dos fiéis pode crer. A fé que se requer para o Baptismo não é uma fé perfeita e amadurecida, mas um princípio chamado a desenvolver-se. Ao catecúmeno ou ao seu padrinho pergunta-se: ‘Que pedis à Igreja de Deus?’ e ele responde: ‘A fé!’» (Catecismo da Igreja Católica, nº 1.253)
Reflexão
A Ascensão de Cristo: o ser humano entra de um novo modo na intimidade de Deus
REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)
(Città del Vaticano, Vaticano)
Hoje, Jesus despede-se dos Apóstolos. Imediatamente depois, "se elevou” à vista deles e uma nuvem subtraiu-o a seus olhos. É o mistério da Ascensão. O uso do verbo "elevar" é de origem veterotestamentária, e refere-se à tomada de posse da realeza: a Ascensão de Cristo significa a tomada de posse do Filho do homem crucificado e ressuscitado na realeza de Deus sobre o mundo.
Porém, existe um sentido mais profundo, imperceptível imediatamente. A presença da nuvem, que "o subtraiu aos seus olhos" (At 1,9), evoca uma antiquíssima imagem da teologia veterotestamentária (da nuvem do Sinai..., até à nuvem luminosa sobre o mundo da Transfiguração): evoca o mesmo mistério expresso pelo simbolismo do "sentar à direita de Deus”.
Em Cristo, que subiu ao céu, o ser humano entrou de modo inaudito e novo na intimidade de Deus; o homem já encontra para sempre espaço em Deus.
Comentário sobre o Evangelho
Jesus entra triunfalmente no céu, onde é recebido como o Filho amado de Deus
Hoje, o evangelista S. Marcos narra a Ascensão de Jesus Cristo. Agora o Senhor ocupa no céu o lugar que Lhe pertence: está sentado à direita de Deus Pai. Dizer que Jesus recebe as felicitações e o agradecimento de todos os que aí estão: Deus Pai, Deus Espírito Santo, S. José, todos os anjos (milhões de milhões) e os santos, é um modo de falar.
- Qualquer dia, também nós iremos para ali. Entretanto, Jesus pede-nos que vamos pelo mundo inteiro proclamar a Salvação a toda a humanidade.
Meditando o evangelho
IDE PREGAR O EVANGELHO
A ascensão de Jesus foi um marco importante na vida da primitiva comunidade cristã. Após longo processo de formação, os discípulos tinham diante de si a missão de evangelizar o mundo inteiro, não contando mais com a presença física do Mestre.
Desde que convocou os primeiros discípulos para segui-lo até o momento de sua subida para junto do Pai, Jesus não descurou a tarefa de preparar o pequeno grupo de seguidores para o serviço da evangelização. As longas caminhadas permitiram-lhe ir explicitando para eles a mensagem evangélica. Os discursos dirigidos às multidões e os debates com seus adversários foram, também, ocasiões propícias para tornar conhecido seu pensamento. Não bastava, porém, a formação intelectual. Era preciso uma preparação em nível existencial. Isso se deu mediante o exemplo de vida do Mestre. Seu modo de tratar as pessoas, especialmente os pecadores e marginalizados, seu relacionamento íntimo com o Pai, sua liberdade diante da Lei, sua ação enérgica contra toda sorte de injustiça e exploração da boa-fé do povo serviam de alerta para os discípulos, em vista da atitude que deveriam tomar, no exercício da missão.
Com a volta de Jesus para junto do Pai e a conclusão de sua missão terrena, chegou a hora de os discípulos assumirem sua tarefa. Doravante, Jesus passaria a agir por meio deles.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Senhor Jesus, contemplando tua ascensão para junto do Pai, assumo a tarefa de levar, ao mundo inteiro e a toda criatura, a mensagem do teu Evangelho.
Fonte: Dom Total em 17/05/2015 e 13/05/2018
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
1. A SUBIDA AOS CÉUS
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês)
O Evangelho de Marcos, em sua redação original, encerrava-se no versículo 8 do capítulo 16, com o encontro do túmulo vazio pelas mulheres. Os versículos 9 a 20, que o concluem, são um acréscimo tardio. A Igreja já estruturada teria julgado inconveniente a falta de narrativas das aparições do ressuscitado neste Evangelho. Foram, então, acrescentadas três narrativas, resumos das narrativas de aparições dos outros Evangelhos. A fala atribuída a Jesus, após as três aparições (v. 16), é no sentido de afirmar o poder excludente da Igreja, na qual a profissão de fé seguida do batismo já estava consagrada como caminho único e absoluto da salvação. Também ficam afirmados poderes excepcionais conferidos ao crente, o que contraria a simplicidade da fé a ser vivida no dia-a-dia pelos comuns dos mortais. Hoje se compreende que a prática missionária não é condenatória nem marcada por ações espetaculares. A missão é o testemunho do amor misericordioso e o reconhecimento, a valorização e o cultivo dos sinais de vida encontrados nos diversos povos e culturas. A subida aos céus está associada à narrativa de Lucas em seu Evangelho e mais desenvolvida nos Atos dos Apóstolos (primeira leitura). A exaltação do ressuscitado, retirado da terra e glorificado no céu (cf. segunda leitura), foi resultado da influência do messianismo escatológico davídico, presente nas mentes dos discípulos de origem judaica. Hoje, a fé na presença de Jesus vivo nas comunidades nos move ao alegre empenho em construir um mundo novo, solidário e fraterno, com união em torno do projeto de vida plena para todos, sem restrições.
Fonte: NPD Brasil em 20/05/2012
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. NOVO HOMEM
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
Meu grupo imaginário de debatedores do evangelho aspirantes a teólogos, se reuniu para refletir o evangelho desse domingo, Festa da Ascensão do Senhor. O Mota, que é o homem encarregado de comprar as hóstias e partículas da paróquia deu início a conversa. “Bom, nessa não caio mais, a apoteótica subida de Jesus ao céu é coisa secundária, os holofotes estão voltados para os discípulos, que recebem a missão, que será acompanhada de sinais prodigiosos”. Certo? Nem mal havia perguntado, o Ernesto, aquele que é líder em uma empresa, retrucou: “Epa! Se é festa da ascensão, a cena principal é Jesus subindo ao céu, pode conferir, vamos ver aqui...” O grupo abriu o Novo Testamento e a Dona Maria, empregada doméstica, observou “Olha, acho que esqueceram de avisar o Marcos que esse domingo é a festa da ascensão, tem três ou quatro palavras dizendo que Jesus foi elevado ao céu e mais nada”
E antes que o grupo esquentasse ainda mais a conversa, eu convidei todos a lerem o capítulo 16 , onde está inserido esse evangelho. A constatação foi a que eu já esperava “Se a ascensão fosse uma prova final, os coitados dos discípulos tomariam zero e seriam reprovados...” - comentou a catequista Roseli. De fato, o quadro que Marcos descreve, antes desse evangelho é meio tenebroso, as mulheres cheias de medo não disseram nada a ninguém, embora tivessem recebido do jovem vestido de branco, a missão de anunciar aos discípulos, Maria de Magdala até que anunciou aos discípulos, mas eles estavam aflitos e choravam, ouviram dizer que Jesus estava vivo, porque ela o tinha visto, mas não acreditaram. Quanto aqueles dois na estrada de Emaús, demorou para “cair a ficha” e perceber que Jesus caminhava com eles, daí foram anunciar ao restante, mas eles duvidaram. Quando Jesus se manifestou aos onze censurou-lhes a incredulidade e a dureza de coração, por não darem crédito ao anúncio. “É isso aí, tomaram a maior esfrega, foi bem feito!” – concluiu o Ernesto. “Eu é que não seria louco de confiar uma missão tão importante a um grupo desse!” – exclamou o Mota decepcionado.
Os discípulos não tinham poderes sobrenaturais, Jesus não confiou a missão a super-homens, o texto anterior nos mostra isso, e aí é que está o bonito da história, nós também muitas vezes temos dúvidas, não acreditamos, e diante de certos acontecimentos, demora para “cair a nossa ficha”, por isso a ascensão de Jesus marca o início da missão da Igreja, e daí a gente começa a se ver nesse evangelho, e principalmente no relato de Lucas em Atos, primeira leitura, quando vivenciamos uma fé da magia e ficamos olhando para o céu, esperando que Jesus volte para consertar tudo o que está errado.
“Olha, confesso que estou meio boiando” – comentou o Mota. “se é a Festa da Ascensão, ou em outras palavras, é a festa da subida de Jesus ao céu, é a sua volta para o Pai, como então descartarmos aquilo que no evangelho parece essencial?”, perguntou a esperta Roseli. De alguém que subiu na vida., a gente afirma que está em ascensão, na encarnação Jesus desceu, e esvaziando-se de si mesmo rebaixou-se á condição de escravo ao morrer na cruz, mas estando no fundo do poço, como podemos dizer, ele fez da condição humana o ponto de apoio para subir e alcançar a glória no mais alto do céu.
E assim, a natureza humana tão frágil e decaída, dominada pelo mal, se vê resgatada em sua dignidade maior, porque o Divino vem ao encontro do humano e se entrelaça na comunhão. Em Jesus toda a humanidade sobe, porque o céu se abre, o ser humano atinge a sua plenitude resgatando o paraíso do Eden que havia perdido. “Então esse “Sobe e Desce” de Jesus, nos evangelhos é apenas uma força de expressão?” – perguntou o Ernesto.
Na verdade Jesus nunca saiu do lado do Pai, mas também nunca nos deixou, esse entrelaçamento do Divino e humano, por livre iniciativa de Deus, é o mistério do Verbo encarnado, onde uma pessoa histórica e real, Jesus de Nazaré, dá um novo significado á vida do homem, trazendo aquele paraíso que perdemos, aqui dentro de nós e podemos falar sem medo, que festa da ascensão é a nova criação que agora se concretiza e se realiza em toda a humanidade, através de Jesus de Nazaré.
O anúncio do evangelho é exatamente essa Boa Nova, de que todo o homem é em Cristo nova Criatura, redimida, liberta e salva, destinada á comunhão plena com Deus em seu paraíso, e desta vez não há o perigo de sermos ludibriados pela serpente, fomos vacinados com a graça de Deus que recebemos no santo batismo.
O mundo inteiro precisa saber dessa Boa Nova, é essa precisamente a missão primária da nossa Igreja, acreditar que o anúncio é verdadeiro, e ser batizado, é condição essencial para quem quer passar por essa renovação espiritual que chamamos de salvação, onde somos configurados a Cristo e com ele já estamos no céu, mesmo ainda estando a caminho, por esta vida terrena. Se ele é a cabeça e nós os membros, não há como duvidar disso, pois o corpo forma uma unidade da qual a nossa Igreja é a expressão mais fiel. É por esta razão que o Senhor age com o discípulo, e confirma a palavra, por meio dos sinais, atestando a sua autenticidade, mesmo vindo de homens tão frágeis como todos nós. É a chancela, o carimbo de aprovação, que o Espírito imprime em nossa missão. (FESTA DA ASCENSÃO – Marcos 16, 14-19)
José da Cruz é Diácono da
Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP
E-mail jotacruz3051@gmail.com
2. A toda criatura, anunciai!
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)
Jesus deu aos apóstolos suas últimas recomendações. Foi em seguida arrebatado ao céu e sentou-se à direita de Deus. Entramos na última semana do Tempo Pascal com a celebração da solenidade da Ascensão de Jesus ao céu. Ele sobe ao céu e envia o Espírito Santo. Será a próxima celebração, a solenidade de Pentecostes.
O Livro dos Atos nos conta que Jesus foi levado para o céu e uma nuvem o encobriu, mas um dia ele voltará e será o fim dos tempos. Foi Deus quem o ressuscitou dos mortos e o fez sentar-se à sua direita nos céus, lemos na Carta aos Efésios. Com o salmista cantamos: “Que todas as nações batam palmas ao Senhor que se eleva ao toque da trombeta”. E agora nos resta cumprir o que ele nos mandou: “Vão pelo mundo inteiro e anunciem o Evangelho a toda criatura”.
O Pai ressuscitou Jesus Cristo dos mortos e o fez sentar-se à sua direita no céu. Jesus agora está acima de tudo, neste mundo e no futuro. Deus o fez cabeça da Igreja, que é o seu corpo. Antes, porém, de subir ao céu, Jesus deu aos apóstolos suas últimas recomendações: que não se afastassem de Jerusalém e esperassem a realização da promessa do Pai, e receberiam então o poder do Espírito Santo para serem suas testemunhas em todo o mundo. Nessa última conversa, Jesus envia a sua Igreja em missão: “Vão pelo mundo afora e anunciem o Evangelho a todas as pessoas”. A ordem é muito clara e direta.
O campo de trabalho dos apóstolos e, com eles, de todos os discípulos de Jesus, é o mundo inteiro. Estas palavras dão à Igreja um dinamismo próprio. Os membros da Igreja não são estáticos, não ficam parados. Movimentam-se e movimentam-se. São como o vento. Não se cansam. Expulsam demônios, falam novas línguas, curam doentes. São capazes de ir até os confins da terra por causa de Cristo e de seu Evangelho.
Depois da Ascensão do Senhor, seus discípulos missionários caminham com a certeza de que já estamos com ele no céu, porque junto dele está o que é próprio nosso, nossa humanidade. Ele era só divino; fez-se humano e, quando voltou ao Pai, levou consigo o que era humano. Por isso sua Ascensão já é nossa vitória. Nós, de certa maneira, já estamos com ele na glória. Que o Pai nos dê o Espírito da sabedoria e da revelação!
Fonte: NPD Brasil em 13/05/2018
HOMILIA
ESPIRITUALIDADE BÍBLICO-MISSIONÁRIA
A Ascensão é a volta de Cristo para junto do Pai, depois de ter vivido entre nós. Agora, está junto do Pai que o acolhe com tanto amor, o abraça e o coloca à sua direita. Está glorioso nos céus, e é o Senhor dos céus e da terra.
A solenidade da Ascensão de Jesus vem nos mostrar que o Cristo assumiu com fidelidade a missão que o Pai lhe confiou, e agora está à sua direita, como rezamos no Símbolo Apostólico. Sua vida entregue por puro amor vem nos convocar para que sejamos agora comprometidos com a causa do Reino, continuando o projeto libertador, por Ele anunciado e vivido. Celebrar a Solenidade da Ascensão é deixar-se tocar por tão sublime missão que o Senhor, agora, a nós confia.
Contemplemos a palavra de Cristo aos Apóstolos, momentos antes de sua ascensão: “Ide pelo mundo inteiro e anunciai o Evangelho a toda criatura”. Jesus, subindo para os céus, também está presente junto dos discípulos, agora de outro modo.
É importante notar que esse mandato de Jesus: “Ide pelo mundo inteiro”, não é restrito unicamente aos Apóstolos, mas a toda a Igreja. Pelo Batismo nos tornamos um povo sacerdotal nas três grandes dimensões: sacerdote, profeta e rei, ou seja, sacerdote (serviço), profeta (anúncio) e rei (tornar vivo o reinado de Deus). A vida em Deus continua a ser oferecida pelos cristãos, principalmente por aqueles que se deixam conduzir pelo Evangelho, Palavra geradora de vida. A vida oferecida será sempre nova, pois vem de Deus, e feliz quem a acolhe sem reserva alguma. Nossa missão de cristãos é grande, porém, também é certo que podemos contar com a presença do Cristo.
Não é difícil concluirmos, de imediato, que Jesus não nos quer parados, olhando para o céu, esquecendo-nos da terra. Não! O Cristo quer ver o cristão partindo corajosamente para anunciar, proclamar as maravilhas divinas. A Igreja é enviada quando eu parto em missão. A Igreja é um corpo, e se um membro está bem, assumindo sua missão, todo o corpo está bem. Confiar no Cristo ressuscitado e agora junto do Pai é dispor-se para o atendimento solícito aos pobres, necessitados, colocados à margem da sociedade. É estar atento, vigilante na esperança e na caridade.
É animador saber que, assumindo com força e coragem nossa missão de batizados, podemos contar com a presença confortadora e infalível de Cristo. Com sua força não há mal que resista, pois o amor é sempre vencedor. O Senhor nos ajude a irmos sempre além, vencendo nossas comodidades e indiferenças.
Redação “Deus Conosco”
REFLEXÕES DE HOJE
DOMINGO
Fonte: Liturgia diária Comentada2 em 13/05/2018
HOMILIA DIÁRIA
Contemplemos em Cristo o nosso triunfo no céu
Postado por: homilia
maio 20th, 2012
Acredite nesta afirmação: você e eu já estamos com “um pé” no céu. Celebrando hoje o Domingo da Ascensão do Senhor, a Igreja nos leva a contemplar em Cristo o nosso triunfo lá no céu.
É fundamental conhecermos a Cristo para que saibamos a esperança que seu chamado nos dá, ao descobrirmos as riquezas da glória que está na herança dos santos e o imenso poder que exerceu em favor dos que creem. Essa riqueza não é algo a buscar no futuro, mas a viver já aqui – hoje e agora – na Sagrada Liturgia na qual estamos com Ele, o Sumo Sacerdote, glorificando o Pai. Seria tão bom se pudéssemos celebrar com intensidade e não simplesmente apegados a ritos, mas sim ao mistério que nos é revelado em cada celebração.
Em cada uma delas as portas do céu, no qual entramos com Cristo glorificado, se abrem. Com o Espírito que nos é dado, podemos nos alegrar com o Pai que vê seu Filho voltando com os filhos que adotou.
E nesta incontável alegria Jesus nos encarrega dessa missão: “Ide pelo mundo inteiro e anunciai o Evangelho a toda criatura!” Se por um lado estamos com Ele na glória, por outro lado estamos na história da qual é o condutor, pois Ele é o Senhor da história. Por mais que sejamos desconhecidos, Ele conduz o universo e nos deixou com a missão de, com Ele, colocar todos os Seus inimigos debaixo de Seus pés. O inimigo é toda espécie de mal. O anúncio do Evangelho retirará do mundo o poder do mal e o conduzirá a criar, já aqui na Terra, um “Novo Céu e uma Nova Terra”.
A Ascensão de Jesus não marca um fim ou uma “virada de página”. Ele continua vivo e presente, pois estamos unidos a Ele. Ele é a cabeça que atrai o Seu corpo para o Pai, vivificando-o por meio de Seu Espírito. A Ascensão coloca-o no centro de nossa vida e de nossa história. Jesus é o Senhor de todas as coisas, é a pedra angular que fora rejeitada pelos construtores. Ele é elevado junto ao Pai, com o qual se torna – na Sua humanidade vivificante – fonte do rio da vida.
Na Ascensão, Cristo não desaparece. Pelo contrário, começa a mostrar-se e a vir. Por isso, os anjos dizem: “Ele vai voltar do mesmo modo como vistes partir para o céu”. Ele está sempre vindo. Ele levou os cativos, que somos nós, para o mundo novo da Sua ressurreição e derrama sobre os homens os Seus dons, o Seu Espírito.
Sua ascensão é um movimento progressivo. Sua ascensão é para que cheguemos ao estado de homem perfeito, à medida de Cristo na sua plenitude. O movimento da Ascensão só ficará completo quando todos os membros do Seu corpo estiverem sido atraídos para o Pai e vivificados pelo Espírito.
A liturgia é o momento de Sua vinda. Em Jesus, há uma volta ao Pai em cada liturgia celebrada. Celebramos a alegria do Pai ao ver o regresso do Filho amado da parábola. Ele não volta só, mas volta na carne, trazendo os filhos adotivos: “Eis-me aqui, com os filhos que Deus me deu”. Cada filho tem a face do Filho amado. O Pai se faz acolhimento de todos os filhos. Partilhamos da liturgia eterna.
Já estamos com “um pé” no céu. Somos “um só corpo” com Jesus. Por isso, temos uma parte nossa no céu. Ele, ao deixar o mundo, no dia da Ascensão, não subiu aos céus para afastar-se de nossa condição humilde, mas para dar-nos a certeza de que nos conduzirá à gloria da imortalidade.
Meu irmão, escute o que dizem os dois anjos aos discípulos: “Por que olham para o alto?” Agora é a vez de fazer o que Cristo fazia. É a hora da nossa missão. Não estamos sozinhos. Temos o Espírito Santo. Por isso, lancemo-nos à missão e anunciemos que a nossa natureza já está lá no céu com Cristo, nosso irmão. Esforcemo-nos para ir conquistando o céu a cada dia que passa.
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova em 20/05/2012
HOMILIA DIÁRIA
Revestidos do Espírito Santo permanecemos em Cristo
Ninguém pode proclamar que Jesus é o Senhor, ninguém pode proclamar nada, na autoridade de Deus, se não for revestido do Espírito Santo de Deus!
“Mas descerá sobre vós o Espírito Santo e vós dará força; e sereis minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judeia e na Samaria e até os confins da mundo.” (At 1,8)
Nós hoje celebramos, com muita alegria e amor em nossos corações, a Solenidade da Ascensão do Senhor ao céus. Jesus passou quarenta dias com Seus apóstolos, depois da Sua ressurreição, confirmando os milagres, os prodígios e, sobretudo, Sua Palavra. E agora Jesus vai ao céu, glorioso, sentar à direita do Pai.
Algumas coisas são importantes considerarmos: o Senhor foi, mas Ele está no meio de nós, está presente entre nós e é um de nós! É Ele mesmo quem diz: “Eis que estou convosco todos os dias, até o fim do mundo” (Mateus 28, 20). Então, todos os dias, temos que ter a certeza de que Cristo Jesus caminha conosco, está na Sua Igreja e em nós!
Todas as vezes em que nós oramos em nome de Jesus, que invocamos o Seu nome, imploramos Sua presença entre nós, Ele se faz presente. Todas as vezes em que nos reunimos em Seu nome – porque onde dois ou três estão reunidos em nome do Senhor – Ele está no meio deles, conforme Ele mesmo prometeu.
O Senhor Jesus está presente em todos os sacramentos, sinais visíveis da graça invisível de Deus no meio de nós. O Senhor está presente todas as vezes em que nos amamos e em todas as vezes que fazemos o amor acontecer no meio de nós. E o Senhor confirma a Sua graça, a Sua ação no meio de nós, derramando sobre nós o Seu Espírito como Ele mesmo nos prometeu.
Para permanecer unidos a Jesus, nós precisamos do Seu Espírito! É por isso que Ele mesmo prometeu que esse Espírito desceria sobre nós. Primeiro, para nos dar força para caminharmos, para não desistirmos, para não desanimarmos, para não estremecermos diante das dificuldades, dos problemas e das resistências que encontramos ao longo do caminho.
Quem nos dá forças – para testemunharmos ao mundo que Jesus é o Senhor – é o Espírito de Deus, o Espírito Santo! Ninguém pode proclamar que Jesus é o Senhor, ninguém pode proclamar nada na autoridade de Deus se não for revestido do Espírito do alto! Esse mesmo Espírito faz de nós testemunhas fiéis de tudo aquilo que Ele fez e ensinou e, acima de tudo, nos faz testemunhar com a própria vida que Jesus está vivo e está no meio de nós.
A nossa própria vida é um testemunho ou precisa ser um testemunho de que Jesus está ressuscitado. E nós testemunhamos isso com a vida e com as palavras: anunciando, pregando, levando Deus ao coração das pessoas. É como se os anjos dissessem: “Não precisamos ficar olhando para o alto, o mesmo Cristo que foi, virá para nos buscar, para vivermos com Ele para sempre no céu” (cf. At 1, 11) .
Por entre aclamações e trombetas Ele virá para fazermos parte para sempre do Seu Reino!
Deus abençoe você!
Fonte: https://homilia.cancaonova.com/pb/homilia/revestidos-do-espirito-santo-permanecemos-em-cristo/?sDia=17&sMes=5&sAno=2015 (17/05/2015)
HOMILIA DIÁRIA
Precisamos viver a vida em nome de Jesus
Viver a vida em nome de Jesus é a maior alegria para a nossa vida
"Até agora, eles não pediram nada em meu nome. Peça e você receberá, e você terá uma alegria que será perfeita." (Jo 16:24)
O que é alegria completa? A alegria que a tristeza não conhece? A alegria que não dá razão para a nossa vida? Precisamos viver a vida em nome de Jesus, porque, se levarmos a vida em nosso nome, fazemos as coisas para que sejamos reconhecidos e valorizados.
O discípulo de Jesus traz vida em nome Dele, e tudo que ele faz é por Cristo, por Seu nome, e ter a alegria de sofrer por amor a Ele. O discípulo é capaz de resistir a decepções, lesões e situações incompreendidas da vida por causa do nome de Jesus.
O Senhor está nos dizendo: "Até agora você não pediu nada em meu nome. Eu pedi e você receberá, para que sua alegria seja completa ". Para pedir algo em nome de alguém, precisamos ter alguém em nossa vida, e esse alguém é Jesus, o Senhor da nossa vida.
Viver a vida em nome de Jesus é a maior alegria para nós. Percebemos que as situações de nossas vidas diárias, o que nós e nós sofremos, nós não entendemos, deixando-nos tristes e preocupados, causando confusão dentro do nosso coração, doenças que, muitas vezes, visitar nossa casa, precisamos Coloque tudo isso em nome de Deus, tire a vida em nome Dele.
Não é suficiente ser cristãos, precisamos ter vida em nome de Cristo, para torná-lo o maior motivo de nossa existência e de nossa vida. Temos crédito diante do Senhor, porque somos Seus amigos e discípulos; então, podemos pedir o que queremos em Seu nome.
Alguns podem dizer: "Eu perguntei e não recebi". Por que não recebemos se estamos na bênção do Senhor? Mesmo aquilo que é particular para nós, devemos colocar em nome do Senhor. Tudo pela glória do Seu nome, tudo para que o Seu nome seja exaltado, glorificado na vida que levamos.
Que vivamos em nome do Senhor Jesus!
Deus te abençoe!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 13/05/2018
Oração Final
Pai Santo, ajuda a nossa incredulidade a enxergar a tua Presença no dia-a-dia da vida: na maravilha da criação, no mistério dos seres humanos e nos sinais do tempo presente. Ensina-nos, Pai amado, a acolher-te com encantamento e gratidão, louvando-te por toda a vida. Por Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 20/05/2012
ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, que a presença do teu Reino de Amor transforme as nossas relações existenciais com o próximo e com a natureza de tal modo que o testemunho de vida, mesmo quando silencioso, seja o nosso jeito de anunciar aos irmãos o teu infinito Amor paterno-maternal. Pelo Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 13/05/2018
ORAÇÃO
DEUS TODO-PODEROSO, fazei-nos exultar de santa alegria e fervorosa ação de graças, pois na ascensão de Cristo vosso Filho nossa humanidade foi elevada junto a vós e, tendo ele nos precedido como nossa cabeça, nos chama para a glória como membros do seu corpo. Ele, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos. Amém.
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