quinta-feira, 9 de novembro de 2023

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 09/11/2023

ANO A


Jo 2,13-22

Comentário do Evangelho

O verdadeiro Templo de Deus

A menção à Páscoa "dos judeus" sugere que Jesus não se identificava com tal celebração. A Páscoa judaica é a celebração da morte dos primogênitos do povo do Egito, oprimido pelo faraó, e, em continuidade, a tomada do território de Canaã, pelos "eleitos" que saíram do Egito, com o extermínio de sete povos que lá habitavam.
Jesus denuncia que o Templo de Jerusalém era usado para o comércio. Desde a sua construção por Salomão, o Templo tinha um anexo onde eram guardadas as imensas riquezas acumuladas a partir da exploração do povo fiel. A denúncia de Jesus não se limita apenas àquele momento da festa, mas a toda a história do Templo. Ele completa a denúncia com a alusão simbólica à sua destruição. Com Jesus, o Templo de Deus é o próprio corpo daqueles que adoram em espírito e verdade (Jo 4,23).
José Raimundo Oliva
Oração
Senhor Jesus, que eu tenha pelas coisas do Pai o mesmo zelo que tiveste, sabendo reconhecer as exigências práticas da minha fé.
Fonte: Paulinas em 09/11/2012

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

JESUS EXPULSA OS VENDEDORES DO TEMPLO


A Igreja celebra hoje a festa da Dedicação da Arquibasílica de São João de Latrão, catedral da Diocese de Roma e, portanto, a Sé Episcopal do Bispo de Roma, o Papa. No texto do Evangelho de hoje, Jesus sobe a Jerusalém para a Festa da Páscoa. Ele encontra os vendedores de animais e os cambistas, que faziam a troca de moedas e serviam aos peregrinos vindos dos locais mais distantes.
O problema é que isso se tornou um comércio rentável e fonte de grande exploração e corrupção. Jesus faz um gesto profético simbólico, utilizando um chicote de cordas para expulsá-los. Os sinóticos citam Isaías 56,7 e Jeremias 7,11: o Templo, que deveria ser uma casa de oração para todos, tornou-se um covil de ladrões. João faz alusão ao texto de Zacarias 14,21: “Já não haverá mercadores no templo do Senhor dos exércitos naquele dia”.
E os discípulos leem o fato a partir do texto do Salmo 69,10: “O zelo por tua casa me devorará”. Jesus, então, passa para um segundo nível da reflexão: o do templo como edifício para a pessoa como santuário do Espírito. Assim deve ser interpretada a Festa da Dedicação de uma igreja. A igreja-templo é o local onde se reúne a Igreja viva, povo de Deus e santuário da Trindade.
Dom Paulo Jackson Nóbrega de Sousa

Vivendo a Palavra

Na dedicação da Basílica de Latrão – bela construção feita de pedra – o texto de João recorda que também o corpo de Jesus e o nosso corpo são templos de Deus e merecem igual veneração. A ambiguidade do texto é apenas aparente: casa e morador são lugares para a oração, encontro com o Pai.
Fonte: Arquidiocese BH em 09/11/2012

VIVENDO A PALAVRA

Na festa de dedicação da Basílica de Latrão – bonita construção feita de pedras – o texto de João recorda que também os corpos (de Jesus e os nossos) são templos de Deus e merecem igual veneração. A ambiguidade do texto é apenas aparente: os dois – a Casa e os nossos Corpos – são lugares férteis e privilegiados onde acontece a oração, nosso encontro com o Pai.
Fonte: Arquidiocese BH em 09/11/2018

VIVENDO A PALAVRA

Jesus ensina o respeito à santidade do Lugar Sagrado. O Templo é o refúgio que buscamos, ponto de observação tranquilo de onde podemos enxergar em profundidade a nossa vida no mundo e nos inspirarmos para a caminhada de conversão, inseridos nele. Jamais será um mercado onde visamos a aumentar os tesouros que ladrões roubam e a ferrugem corrompe.
Fonte: Arquidiocese BH em 09/11/2020

Reflexão

O templo deve nos levar à reflexão sobre a realidade da morada de Deus entre os homens e a importância dessa morada. É claro que reconhecemos a presença de Deus nos nossos templos e sempre nos encontramos com ele, seja na visita ao Santíssimo Sacramento ou na participação nas diversas celebrações litúrgicas. Mas também devemos nos lembrar que o verdadeiro templo de Deus é aquele formado de pedras vivas e que tem como alicerce o próprio Jesus. Portanto, de nada adiante para nós uma religião que valoriza a presença de Deus nos templos materiais construídos por mãos humanas, construção essa muitas vezes marcadas pelo pecado e pela iniquidade, e não valorizarmos os verdadeiros templos, ou seja, os nossos irmãos e irmãs.
Fonte: CNBB em 09/11/2012

Reflexão

A basílica de Latrão é a catedral da diocese de Roma, cujo bispo é o papa. É considerada a igreja-mãe de todas as igrejas de Roma e do mundo. Chama-se lateranense porque originariamente foi construída no terreno da família dos Plauzi Laterani, na colina Célio. Foi o Papa Melquíades (311-314) que construiu a basílica e a dedicou ao Santíssimo Salvador. É chamada comumente Basílica de São João de Latrão, porque São João Batista foi escolhido como seu segundo titular (patrono). Depois foi acrescentado outro titular: São João Evangelista. Celebrar a dedicação da catedral do bispo de Roma é recordar o Senhor Jesus, que instituiu a Igreja para reunir na unidade, sob o pastoreio de Pedro e de seus sucessores, os filhos de Deus dispersos. Somos pedras vivas da Igreja.
(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 09/11/2018

Reflexão

A basílica de Latrão é a catedral da diocese de Roma, cujo bispo é o papa. É considerada a igreja-mãe de todas as igrejas de Roma e do mundo. Chama-se lateranense porque originariamente foi construída no terreno da família dos Plauzi Laterani, na colina Célio. Foi o Papa Melquíades (311-314) que construiu a basílica e a dedicou ao Santíssimo Salvador. É chamada comumente Basílica de São João de Latrão, porque São João Batista foi escolhido como seu segundo titular (patrono). Depois foi acrescentado outro titular: São João Evangelista. Celebrar a dedicação da catedral do bispo de Roma é recordar o Senhor Jesus, que instituiu a Igreja para reunir na unidade, sob o pastoreio de Pedro e de seus sucessores, os filhos de Deus dispersos. Somos pedras vivas da Igreja.
Oração
Divino Mestre, Jesus Cristo, não toleraste a exploração que se praticava na “casa” de teu Pai. Por isso, indignado, expulsaste do Templo os vendilhões inescrupulosos. Ensina-nos, Senhor, a devolver à Igreja seu verdadeiro sentido, a saber, ocasião e lugar de comunhão com Deus e com os irmãos e irmãs. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2020 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp (dias de semana) Pe. Nilo Luza, ssp (domingos e solenidades))
Fonte: Paulus em 09/11/2020

Reflexão

Laterano (Latrão) era o sobrenome de uma das antigas famílias romanas cujas propriedades foram confiscadas por Nero. No século IV, o imperador Constantino doou parte dessas terras ao bispo de Roma (papa) para edificar aí a primeira catedral cristã. É considerada a Igreja-mãe de Roma. Por suas atitudes e palavras, o Mestre esclarecia a seus discípulos que ele, Jesus, é o novo templo de Deus, a morada do Altíssimo entre nós (cf. Jo 1,14). É por Cristo, com Cristo e em Cristo que os louvores da humanidade se elevam a Deus. Naturalmente, o povo, para se congregar, necessita de igrejas físicas. Mas estas só têm sentido porque remetem à Igreja, Corpo de Cristo (cabeça e membros), animada pelo Espírito Santo. As igrejas de pedra ou tijolos são, portanto, um sinal da presença de Cristo.
Oração
Divino Mestre, Jesus Cristo, não toleraste a exploração que se praticava na “casa” de teu Pai. Por isso, indignado, expulsaste do templo os vendilhões inescrupulosos. Ensina-nos, Senhor, a devolver à Igreja seu verdadeiro sentido, a saber, ocasião e lugar de comunhão com Deus e com os irmãos e irmãs. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2021 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp e Pe. Nilo Luza, ssp)
Fonte: Paulus em 09/11/2021

Reflexão

A basílica de Latrão é a catedral da diocese de Roma, cujo bispo é o papa. É considerada a igreja-mãe de todas as igrejas de Roma e do mundo. Chama-se Lateranense porque originariamente foi construída no terreno da família dos Plauzi Laterani, na colina Célio. Foi o papa Melquíades (311-314) que construiu a basílica e a dedicou ao Santíssimo Salvador. É chamada comumente basílica de São João de Latrão, porque São João Batista foi escolhido como seu segundo titular (patrono). Depois foi acrescentado outro titular: São João Evangelista. Celebrar a dedicação da catedral do bispo de Roma é recordar o Senhor Jesus, que instituiu a Igreja para reunir na unidade, sob o pastoreio de Pedro e de seus sucessores, os filhos de Deus dispersos. Somos pedras vivas da Igreja.
(Dia a dia com o Evangelho 2022)
Fonte: Paulus em 09/11/2022

Reflexão

A basílica de Latrão é a catedral da diocese de Roma, cujo bispo é o papa. É considerada a igreja-mãe de todas as igrejas de Roma e do mundo. Chama-se lateranense porque originariamente foi construída no terreno da família dos Plauzi Laterani, na colina Célio. Foi o papa Melquíades (311-314) que construiu a basílica e a dedicou ao Santíssimo Salvador. É chamada comumente basílica de São João de Latrão, porque São João Batista foi escolhido como seu segundo titular (patrono). Depois foi acrescentado outro titular: São João Evangelista. Celebrar a dedicação da catedral do bispo de Roma é recordar o Senhor Jesus, que instituiu a Igreja para reunir na unidade, sob o pastoreio de Pedro e de seus sucessores, os filhos de Deus dispersos. Somos pedras vivas da Igreja.
(Dia a Dia com o Evangelho 2023)

Reflexão

«Destruí este templo, e em três dias eu o reerguerei»

Rev. D. Joaquim MESEGUER García
(Rubí, Barcelona, Espanha)

Hoje, nesta festa universal da Igreja, lembramos que obstante Deus não pode ser contido entre as paredes de nenhum edifício do mundo, desde muito tempo atrás o ser humano sentiu a necessidade de reservar espaços que favoreçam o encontro pessoal e comunitário com Deus. No início do cristianismo, os locais de encontro com Deus eram as casas particulares, nas que reuniam-se as comunidades para a oração e a fração do pão. A comunidade reunida era — como também é hoje—o templo santo de Deus. Com o passar do tempo, as comunidades foram construindo edifícios dedicados às reuniões litúrgicas, a predicação da Palavra e a oração. E assim como no cristianismo, com o passo da perseguição à liberdade religiosa no Império Romano, apareceram as grandes basílicas, entre elas São João de Letran, a catedral de Roma.
São João de Letran é o símbolo da unidade de todas as Igrejas do mundo com a Igreja de Roma e, por isso esta basílica ostenta o título de Igreja principal e mãe de todas as Igrejas. Sua importância é superior à da mesma Basílica de São Pedro do Vaticano, pois na realidade esta não é uma catedral, senão um santuário sobre o túmulo de São Pedro e o local de residência atual do Papa que, como Bispo de Roma, tem na Basílica Lateranense sua catedral.
Mas não podemos perder de vista que o verdadeiro local de encontro do homem com Deus, o autêntico templo, é Jesus Cristo. Por isso, Ele tem plena autoridade para purificar a casa do seu Pai e pronunciar estas palavras: «Destruí este templo, e em três dias eu o reerguerei» (Jo 2,19). Graças à entrega da sua vida por nós, Jesus Cristo fez dos crentes um templo vivo de Deus. Por esse motivo, a mensagem cristã lembra-nos que toda pessoa humana é sagrada, está habitada por Deus e, não podemos profana-la usando-a como um meio.

Pensamentos para o Evangelho de hoje

- «Quando recordarmos a Consagração de um templo, pensemos no que São Paulo disse: "Cada um de nós é um templo do Espírito Santo". Oxalá conservemos a nossa alma bela e limpa, como Lhe agrada a Deus que sejam os seus templos santos» (Santo Agostinho)

- «Hoje, festa da Dedicação da Basílica de São João de Latrão, recordemos como o Senhor deseja habitar em cada coração. Mesmo se por acaso nos afastemos Dele, a Nosso Senhor bastão apenas três dias para reconstruir o Seu templo dentro de nós» (Francisco)

- «As Igrejas particulares são plenamente católicas pela comunhão com uma de entre elas: a Igreja Romana, «que preside à caridade (...). 0 Senhor fez de Pedro o fundamento visível da sua Igreja. Deu-lhe as chaves dela. O bispo da Igreja de Roma, sucessor de S. Pedro, é «a cabeça do colégio dos bispos, vigário de Cristo e pastor da Igreja universal neste mundo» (Catecismo da Igreja Católica, nº 834 e 936)

Reflexão

Dedicação da Basílica do Laterano em Roma

REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)
(Città del Vaticano, Vaticano)

Hoje celebramos a Dedicação da basílica de São João de Latrão, chamada “mãe e cabeça de todas as Igrejas da Urbe e o Orbe”. Esta basílica foi a primeira em ser construída depois do edito do imperador Constantino (ano 313 dC), concedendo ao cristianismo a liberdade de religião. Constantino também doou ao Papa Melquíades a antiga propriedade da família dos Laterani e, ai fez construir a basílica, o batistério e a residência do Bispo de Roma, onde moraram os Papas até o período avinhonés.
O Papa Silvestre celebrou a dedicação da basílica no ano 324 e, o templo foi consagrado ao Santíssimo Salvador. Mais tarde foram acrescentados os nomes de São João Batista e São João Evangelista, de onde deriva sua denominação mais conhecida. Esta festa, a partir de 1565, estendeu-se a todas as Igrejas do rito romano.
—Honrando o edifício sagrado queremos expressar amor e veneração à Igreja romana que preside na caridade a toda a comunhão católica.

Comentário sobre o Evangelho

Vivamos em unidade com a Igreja de Roma, que preside a Igreja universal na caridade


Hoje, unimo-nos especialmente ao Bispo de Roma. Por vezes pensamos que o Vaticano é a “catedral” da Igreja Católica, mas não é assim! A Igreja Universal existe e manifesta-se nas Igrejas Particulares, ou seja, nas dioceses. Entre estas sobressai a de Roma porque “preside na caridade”. Em todo o caso, Jesus Cristo - o verdadeiro Templo de Deus - está em todas essas Igrejas Particulares.
- Jesus encarregou Simão Pedro de velar pela fé dos fiéis. Pedro estabeleceu a sua Sede em Roma e, desde então, todos os Papas que lhe sucedem exercem a sua missão desde aí, sendo a Basílica de São João de Latrão a sua catedral.

Meditação

Os quatro evangelistas narram o fato, e nenhum deles diz que Jesus tenha agido levado por cólera ou irritação. Foi um gesto de autoridade contra uma prática generalizada, e também de coragem, porque não deixaria de provocar reação. Certamente o que Jesus queria ensinar, além do respeito pelo Templo, é que podemos ser firmes sem nos deixar arrastar pela ira.
Oração
Ó Deus, que chamastes Igreja o vosso povo, concedei aos que se reúnem em vosso nome temer-vos, amar-vos e seguir-vos até alcançar, guiados por vós, as promessas eternas. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Meditando o evangelho

BASÍLICA DE LATRÃO

1. O templo, lugar santo. O antigo templo de Israel foi construído por Salomão que viveu por volta do ano de 960. O Templo está edificado com grande suntuosidade e custodiava "a arca da aliança". No deserto, Deus se encontrava com Moisés na tenda. Davi, pai de Salomão, pergunta-se, por sua vez, como é possível que ele viva num palácio e o Senhor numa tenda. Contudo, sabia-se que Javé não poderia estar contido num templo feito por obra de mão humana. Salomão mesmo na oração da dedicação do templo de Jerusalém exclama: "Mas será que Deus pode realmente morar sobre a terra? Se os mais altos céus não te podem conter, muito menos esta casa que eu construí! Mas atende, Senhor meu Deus, à oração e à súplica do teu servo, e ouve o clamor e a prece que ele faz hoje em tua presença. Teus olhos estejam abertos noite e dia sobre esta casa, sobre o lugar do qual disseste: ‘Aqui estará o meu nome!’ Ouve a oração que o teu servo te faz neste lugar." (I Re 8, 27-29). Notamos, portanto, a tensão entre a transcendência de Javé e a tentativa de colocá-lo num lugar determinado, o templo. Anteriormente Salomão já tinha escutado a seguinte advertência: "Por esta Casa que estás edificando, se caminhas segundo meus preceitos, ages segundo minhas sentenças e guardas todos os meus mandamentos para andar conforme eles, eu cumprirei minha palavra contigo, a que disse a Davi teu pai, habitarei em meio dos filos de Israel e não abandonarei meu povo Israel". Assim se tentava superar a antinomia: de fato, Javé habitará no templo, se o povo caminha segundo os preceitos e sentenças recebidas.
O templo foi para Israel a sede da presença divina. O templo da casa de Deus, especialmente quando a arca da aliança é nele introduzida. A nuvem encheu templo do Senhor (I Re 8, 10). Graças à presença de Javé, o templo é o lugar do culto e da oração. Quando Ezequias recebe a carta ameaçadora de Senaquerib, a lê e sobe ao templo, abrindo a mesma diante do Senhor, rogando-lhe (II Re 19, 14). Os salmos e outras passagens bíblicas apresentam templo como a morada de Deus (Sal 27, 4; 42, 5).
O templo também foi para Israel um sinal da escolha. Javé tinha decidido habitar naquele lugar, naquela cidade, e protegê-la do inimigo. O templo construído representava para os israelitas a fidelidade de Deus às suas promessas. Por esta razão, a destruição do templo por parte de Nabucodonosor foi um duro golpe para a fé de Israel. Esta pequena visão histórica nos ajuda a compreender melhor as características próprias do templo cristão.

2. O templo cristão. Primeiramente, é conveniente ressaltar a atitude de Jesus sobre o templo judeu. "Jesus, como os profetas anteriores a Ele, teve pelo Templo de Jerusalém o mais profundo respeito. Nele foi apresentado por José a Maria quarenta dias após o seu nascimento. Com doze anos, decide ficar no Tempo para lembrar a seus pais que deve dedicar-se às coisas do Pai. Durante os anos de sua vida oculta, subiu ao Templo a cada ano, no mínimo por ocasião da Páscoa; até seu ministério público foi ritmado por suas peregrinações a Jerusalém para as grandes festas judaicas. Jesus subiu ao templo como lugar privilegiado de encontro com Deus. O Templo era para ele a morada e seu Pai, uma casa de oração, e se indigna pelo fato de seu átrio externo ter-se tornado um lugar de comércio. Seus discípulos lembram-se do que está escrito: ‘O zelo por tua casa me devorará’ (Sl 69,10). (Jo 2,16-17). Depois de sua ressurreição, os apóstolos mantiveram um respeito religioso pelo Templo. Contudo, no limiar de sua Paixão, Jesus anunciou a ruína desse esplêndido edifício, do qual não restará mais pedra sobre pedra. Há aqui o anúncio de um sinal dos tempos finais que vão abrir-se com sua própria Páscoa. Esta profecia, porém, pôde ser relatada de modo deformado por testemunhas falsas no momento do interrogatório de Jesus diante do sumo sacerdote, sendo-lhe atribuída como injúria quando ele foi pregado à cruz. Longe de ter sido hostil ao Templo, local que aliás, ministrou o essencial de seu ensinamento, Jesus fez questão de pagar o imposto do Templo, associando este a Pedro, que acabara de estabelecer como fundamento de sua Igreja futura. Mais ainda: identificou-se com o Templo ao apresentar-se como a morada definitiva de Deus entre os homens. Eis por que sua morte corporal foi decretada anuncia a destruição do Templo, (destruição) que manifestará a entrada em uma nova era da História da Salvação: ‘Vem a hora em que nem sobre esta montanha nem em Jerusalém adorareis o Pai’ (Jo 4, 21)." (Catecismo da Igreja Católica, 583-587)
Portanto, Jesus respeita e venera o templo, mas sua paixão, morte e ressurreição indicam a destruição definitiva do templo, pois ele mesmo é o novo templo, onde verdadeira e definitivamente está a plenitude da divindade (cf. Col 2, 9). Diz o cardeal Ratzinger: "O culto cristão, ao contrário, considera definitiva e teologicamente necessária a destruição do templo de Jerusalém: no lugar dele está agora o templo universal de Cristo ressuscitado, cujos braços estendidos na cruz se dirigem para o mundo para atrair todos ao abraço do amor eterno" (Ratzinger J. Introduzione allo spirito della liturgia, p. 45). Em Jesus existe um novo templo e um novo e definitivo sacrifício. De agora em adiante existe um único sumo sacerdote com um único sacrifício. Tudo isso nos diz que a liturgia cristã é, por essência, universal, e se dirige a todos os povos da terra.
Na maioria das religiões os templos não são lugares de reunião, mas espaços culturais reservados à divindade. No caso do templo cristão é diferente. O templo tomou o nome de domus ecclesiae (casa da igreja, casa da assembléia que se reúne). Assim, a palavra Igreja chega a significar não somente a comunidade reunida, mas também o edifício. Isso significa que é o próprio Cristo que celebra o culto. Ele é o culto dos fiéis nos momentos em que eles se reúnem.
Hoje celebramos a dedicação ou consagração da domus ecclesiae por excelência, já que se trata da catedral do bispo de Roma, de modo que é "mãe e cabeça de todas as Igrejas de Roma e do mundo". A basílica de Latrão hospedou todos os papas a partir de Constantino até o ano de 1304. Nela realizaram-se cinco concílios (os dos anos 1123,1139,1179,1215, e 1512).

3. O cristão, templo de Deus. A segunda leitura retirada da primeira carta aos Coríntios nos diz: Não sabeis que sois templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós? O amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado. O templo de Deus é sagrado e vós sois este templo de Deus. Que grande dignidade tem o cristão: foi configurado com Cristo, pertence ao corpo de Cristo, é templo de Deus! O cristão é o lugar da manifestação de Deus. Quando lembramos hoje a dedicação da Igreja mãe de todas as Igrejas do mundo, lembremos também nossa condição de "Templo de Deus".
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Senhor Jesus, que eu tenha pelas coisas do Pai o mesmo zelo que tiveste, sabendo reconhecer as exigências práticas da minha fé.
Fonte: Dom Total em 09/11/2018

Meditando o evangelho

AS COISAS DE DEUS

A imagem de Jesus com o chicote em punho, expulsando do templo de Jerusalém cambistas e comerciantes, não bate com a do Jesus manso e humilde transmitida, pelo imaginário cristão. Não é fácil pensá-lo irado e violento. Por que Jesus se indignou tanto diante do templo profanado?
A resposta, à primeira vista, poderia ser: porque a casa do Pai foi transformada em mercado. A motivação, porém, parece ser outra: porque a religião estava sendo instrumentalizada e acabava acobertando injustiça e extorsão, especialmente, contra os mais pobres; porque o Pai havia sido transformado num deus conivente com a maldade; porque o templo, enquanto lugar da fraternidade e da acolhida, tinha sido transformado em ponto de exploração e enriquecimento ilícito; porque, enfim, a fé perdera a sua profundidade e os fiéis tinham-se tornado vítimas da ganância dos ricos. Nisto consistia a profanação da casa de Deus e da religião. E Jesus não suportava que as coisas do Pai fossem tratadas assim.
A profanação das coisas divinas, porém, iria atingir seu grau mais elevado, com a morte ignominiosa de Jesus na cruz. Matar o Filho de Deus correspondia à determinação de destruir o verdadeiro templo. Jesus, porém, estava seguro de que o templo-Filho seria reconstruído. O templo material, ao invés, estava fadado à ruína completa.
Fonte: Dom Total em 09/11/2020, 09/11/2021 09/11/2022

Oração
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total)
Senhor Jesus, que eu tenha pelas coisas do Pai o mesmo zelo que tiveste, sabendo reconhecer as exigências práticas da minha fé.
Fonte: Dom Total em 09/11/2020 e 09/11/2021

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

1. Tirai daqui essas coisas!
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)

A basílica de São João de Latrão, São João Evangelista e São João Batista é a catedral de Roma. Sendo Roma a sede de Pedro, a basílica de Latrão é considerada a mãe de todas as igrejas. Latrão é o nome do lugar onde se construiu a residência do Papa e a igreja dedicada ao Divino Salvador. O nome vem da família dos Lateranos, que tinha aí uma propriedade. Hoje celebramos o dia da consagração ou dedicação da igreja pelo Papa São Silvestre I, em 324. O verdadeiro Templo de Deus, porém, é o Corpo de Cristo, do qual ele é a cabeça e nós, os membros. Podemos viver a vida cristã sem templos e sem igrejas, embora a natureza humana precise de abrigo e proteção e de sinais visíveis.
Fonte: NPD Brasil em 09/11/2018

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. O TEMPLO VIVO
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

A casa onde morávamos, nos anos 60, esquina das ruas Albertina Nascimento com a Tarcísio Nascimento em Votorantim, era incompatível com a nossa classe social, meu pai era um simples operário e a casa de cinco cômodos era bonita e espaçosa, a sala era o espaço onde recebíamos as visitas. Certo dia veio a nossa casa a Dona Dita, uma senhora humilde que minha mãe gostava muito de acolher, sempre a ajudando como podia. Minha Irmã havia encerado o corredor e a sala, e a mulher, ao entrar, pedindo licença, tirou o chinelo sujo de barro, pois havia chovido àquele dia, mas minha mãe lhe disse: “Olhe Dona Dita, a senhora é muito mais importante que esta casa , e esta sala limpa e organizada, é justamente para receber a senhora, por isso pode por o chinelo e fique a vontade”
Lembro-me que nos meus nove anos, depois que a mulher se foi, perguntei à minha mãe se era mesmo verdade que a Dona Dita, tão pobrezinha daquele jeito, era assim tão importante, ao que minha mãe respondeu: ”As pessoas, ricas ou pobres, inteligentes ou ignorantes, são importantes e devem ser sempre recebidas com respeito e amizade, porque nelas mora o Deus vivo, é uma ofensa ao nosso Deus, exigir que um pobrezinho tire o sapato ou o chinelo, para não sujar a nossa casa”. AH Dona Georgina minha primeira catequista! Como lhe sou grato por ensinar-me esta lição, apreendida com a Palavra de Deus!
O comentário simples da minha mãe, é a homilia de hoje, pois Jesus, indignado por terem feito do templo sagrado um lugar de comércio, expulsa da casa do Pai os profanadores do templo. Ao afirmar, que o zelo por vossa casa me devora, Jesus não se refere somente ao templo em si, edificação material, mas ao templo vivo que é o homem, onde, exatamente como minha mãe me ensinou, está presente o Deus vivo.
Todas as igrejas cristãs, enquanto lugar consagrado a Deus, onde o povo se reúne para o culto, deve e precisa ser respeitado como tal, porque se apresenta como sinal dessa presença real de Jesus em sua igreja. A Festa litúrgica dessa sexta feira, dia 09 de Novembro – Dedicação da Basílica de Latrão,  que não quer simplesmente prestar homenagem a um lugar histórico para a igreja católica, como é a Basílica de Latrão, que no século IV, quando o imperador Teodósio decretou o Cristianismo como a Religião oficial do Império, tornou-se a residência oficial do Papa, passando depois a ser uma Basílica.
Ao celebrar essa festa tão importante, a Igreja nos oferece esta reflexão da Palavra de Deus, sobre o sentido do templo, enquanto lugar da presença de Deus, e o templo vivo onde Deus habita que é no coração do homem, conferindo-lhe uma dignidade especial, a ponto de Paulo nos dizer, diante de pecados que profanam o corpo –“ Não sabeis que vossos corpos são templos do Espírito Santo?”
É na teologia joanina que o corpo será compreendido enquanto morada de Deus, templo do Deus Altíssimo, afirmando e confirmando desta maneira, que lá nas profundezas do nosso ser existencial, envolvendo todas as nossas dimensões, Cristo Jesus se faz presente, graças a efusão do Espírito Santo, o Santíssimo, Perfeitíssimo e Todo Poderoso, vem participar da vida dos homens, não dentro de um conformismo com o domínio do mal, por causa das fraquezas e da concupiscência da carne, antes, para os resgatar, apontar-lhes o único caminho que é Ele mesmo.
Nesse sentido a morte já não existe, o homem tornou-se propriedade exclusiva de Deus, através da encarnação de Jesus, nada poderá derrotá-lo, nenhuma outra força será maior do que a graça santificante e operante, que preenche todo o seu ser. Esse resgate da dignidade humana, esta total renovação e renascimento, é o maior de todos os sinais que Jesus apresenta aos seus interlocutores neste evangelho - “Destruam este templo e em três dias eu o levantarei!”
Este Santuário  que traz em si o Deus vivo e encarnado na história, em Jesus de Nazaré, vem sendo todos os dias e de todas as formas profanado, violentado, banalizado, mercantilizado, feito em ruínas. Não se discute aqui o caráter sagrado dos nossos templos cristãos, mas o que deve nos questionar é a essência daquilo que Jesus ensina-nos neste evangelho: que como cristãos deste terceiro milênio, devemos todos ter este mesmo zelo que nos devora, pela vida e dignidade dos nossos irmãos. Não estaria na hora de usarmos o “chicote da indignação”, diante de certas ideologias para quem a vida humana nada vale?. Poderíamos começar em nossas comunidades, acolhendo todos os que vêm sendo vítimas desta profanação. (Consagração da Basílica de Latrão) João 2, 13-22.

2. O zelo por tua casa me há de devorar - Jo 2,13-22
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)

Basílica é um edifício com estilo próprio. Esse tipo de arquitetura foi muito conveniente para a liturgia e as assembleias da Igreja desde o início do cristianismo. Há quatro Basílicas Maiores em Roma: São Pedro, Santa Maria, São Paulo e São João de Latrão. Hoje celebramos a festa da Dedicação da Basílica de Latrão, o dia em que ela foi consagrada para o serviço divino. É a catedral do Papa, por isso todas as Igrejas do mundo latino celebram a festa. Basílicas menores são igrejas que foram honradas com esse título dado pelo Papa, sobretudo pela grande afluência do povo. A construção de material sólido tem sua importância, sem nos esquecermos de que cada cristão é templo vivo do Espírito Santo.
Fonte: NPD Brasil em 09/11/2020

HOMILIA DIÁRIA

Sejamos corajosos profetas em favor da dignidade humana

Postado por: homilia
novembro 9th, 2012

Um primeiro ponto a considerar perante a perícope (trecho de um livro ou de um texto bíblico) joanina de Jo 2,13-22 será o fato de que os sinóticos (Mt, Mc e Lc) apresentam a mesma narrativa localizada no final do ministério de Jesus e não no princípio – como fez o quarto evangelista. Assim, este último coloca o sinal profético de Jesus, a expulsar o comércio do Templo, dentre os primeiros sinais de um Messias que não veio para agradar a todos, mas sobretudo o Pai: «Não façais da casa de meu Pai um mercado!» (Jo 2,16).
Enquanto os demais evangelistas contextualizam o acontecido, como uma realidade decisiva para quem queria a eliminação de Jesus Cristo: «Os sumos sacerdotes e os escribas ouviram isso e procuravam um modo de matá-lo» (Mc 11,18). Agora, uma das coisas convergentes entre estas narrativas é a possível relação do Templo-construção, Templo–Corpo ressuscitado e Templo-pessoas, mediante a palavra: dignidade.
A dignidade do Templo Sagrado, não permitia aquela instrumentalização comercial do lugar chamado “Pátio dos Gentios”, local apropriado para a oração e não para outros fins. Também a dignidade central do Corpo glorioso, à qual diz da Pessoa e grandeza do próprio Jesus Pascal, centro da Verdadeira Religião, onde as pessoas são chamadas a descobrirem e se tornarem, n´Ele, Templos vivos… de uma dignidade merecedora do zelo múltiplo, não faltando o argumento até das “ameaças” que responsabiliza a todos: «Acaso não sabeis que sois templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós? Se alguém destruir o templo de Deus, Deus o destruirá, pois o templo de Deus é santo, e esse templo sois vós» (1Cor 3,16-17).
Ainda hoje, este sinal profético de Jesus pode ser causa de tropeço e contradição, principalmente num mundo que instiga as pessoas ao capitalismo selvagem, fazendo do consumo e lucro desmedido um valor supremo em detrimento e instrumentalização de tudo e de todos. Por isso, a atualidade dos atos proféticos do verdadeiro Messias foram livres, conscientes e plenos de autoridade: «Então fez um chicote [livre] com cordas e a todos expulsou do templo, juntamente com os bois e as ovelhas; jogou no chão o dinheiro dos cambistas e derrubou suas bancas e aos vendedores de pombas [consciente] disse: “Tirai daqui essas coisas” [cheio de autoridade]» (Jo 2,15-16).
Um sinal que também ensina quanto a coragem profética de Jesus Cristo perante a ignorância e ameaças à propagação da Boa Nova. De fato, os próprios discípulos precisaram do Mistério Pascal (Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo), tempo e auxílio do Espírito Santo para, então, compreenderem o alcance e significado dos gestos do Senhor e Salvador: «Depois que Jesus fora reerguido dos mortos, os discípulos se recordaram de que ele tinha dito isso, e creram na Escritura e na palavra que Jesus havia falado» (v. 22).
Também nós, no tempo atual, precisamos nos abrir mais e mais ao Espírito Santo, para que corajosamente o nosso contributo na Nova Evangelização possa conjugar pensamentos, palavras e gestos com aquela tríplice dignidade: espaços sagrados, centrados no Cristo Pascal e promotores da imensurável dignidade humana.
Padre Fernando Santamaria – Comunidade Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 09/11/2012

HOMILIA DIÁRIA

Tenhamos zelo pela casa do Senhor

Que Deus nos dê um espírito zeloso para cuidarmos da casa do Senhor para que ela seja o lugar do nosso encontro com Ele

“E disse aos que vendiam pombas: ‘Tirai isto daqui! Não façais da casa de meu Pai uma casa de comércio!’” (João 2,16)

Os vendedores, os cambistas, os negociantes aproveitaram a grandeza daquele templo, a afluência de pessoas para fazerem os seus negócios, suas negociatas, seus comércios.
A casa de Deus não é casa de bagunça, não é casa de comércio e nem casas de negociatas. A casa de Deus é a casa de oração, é o lugar do homem, da mulher, de todos nós para nos encontrarmos com Deus. É preciso que o templo, a Igreja, seja o lugar do encontro com Deus.
Hoje, celebramos a dedicação da Basílica de São João de Latrão, é a catedral de Roma, é a catedral do Bispo de Roma, o nosso amado Papa Francisco.
“Cátedra”, catedral, quer dizer a Igreja Mãe. Se temos em cada uma de nossas dioceses, a Igreja Catedral, que é a mãe das outras catedrais, temos uma Igreja: a catedral e mãe de todas as igrejas: a basílica de São João de Latrão em Roma.
O que queremos expressar com isso? Primeiro, a comunhão de todas as igrejas com a Igreja Mãe, com a Igreja cabeça. A comunhão de toda a Igreja com fidelidade à Santa Mãe Igreja.
Queremos, cada vez mais, sermos Igreja, a Igreja de Cristo. Unidos a Pedro e ao Papa Francisco, queremos viver esse espírito de comunhão, isso precisa ser vivido e celebrado em cada uma das nossas igrejas particulares, das nossas capelas, oratórios, santuários, catedrais, basílicas, nossas igrejas grandes ou pequenas. Em cada uma delas é o lugar da morada de Deus, em cada uma delas Ele se faz presente.
Que Deus nos dê um espírito zeloso para cuidarmos da casa do Senhor para que ela seja o lugar do nosso encontro com Ele.
Às vezes, vamos em nossa Igreja e as pessoas estão o tempo inteiro tirando fotos, conversando umas com as outras, fazem tudo menos uma oração verdadeira e sincera. Como eu quero e desejo que cada vez mais nossas igrejas sejam silenciosas, que sejam realmente o espaço de nos encontrarmos com Deus na Liturgia e em todo o tempo que buscarmos a casa do Senhor.
Eu te peço que vá à sua Igreja, mas não seja um promotor de bagunça. Precisa conversar com alguém? Converse fora da igreja. Precisa resolver alguma coisa? Resolva do lado de fora do templo, mas deixe o templo ser templo, que seja um lugar onde as pessoas possam contemplar e entrar em comunhão com Deus.
Não sejamos empecilhos e nem aqueles que tiram o zelo da casa do Senhor.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 09/11/2018

HOMILIA DIÁRIA

Cristo é a cabeça da nossa Igreja

“Fez então um chicote de cordas e expulsou todos do Templo, junto com as ovelhas e os bois; espalhou as moedas e derrubou as mesas dos cambistas. E disse aos que vendiam pombas: ‘Tirai isto daqui! Não façais da casa de meu Pai uma casa de comércio!’” (João 2,15-16)

Hoje, celebramos com muito amor a Dedicação da Basílica de Latrão. São João de Latrão é uma das quatro basílicas mães lá em Roma, juntamente com a Basílica de São Pedro, a Basílica de Santa Maria Maior e a Basílica de São Paulo, são as quatro principais Igrejas de Roma ou as Igrejas Mães.
A Basílica de São João de Latrão é a catedral de Roma, é a Igreja como se fosse a mãe da Igreja de Roma. Uma vez que Roma é a Igreja primeira e exerce uma primazia sobre as outras igrejas, estamos celebrando nela, com certeza, a Igreja Mãe que está na cabeça de todas as Igrejas.
Queremos, com essa celebração de hoje, celebrar a nossa união com a Igreja em Roma na pessoa do Papa. Não é exaltar a pessoa do Papa, mas a unidade e a comunhão que a Igreja vive. A Igreja que está aqui, na África, Ásia e em qualquer lugar do mundo é uma só Igreja, a Igreja Una, a Igreja de Cristo. É muito importante sempre fazer prevalecer isso, porque cada um quer a sua Igreja segundo a sua cabeça.

A cabeça invisível é Cristo Jesus nosso Senhor; e a cabeça visível é o Papa, que está à frente

Na Igreja, só há uma cabeça: Cristo Jesus. Ele é a cabeça e nós somos os membros, e é óbvio que para um corpo estar governado precisa ter alguém sempre à frente. Não pode numa casa todo mundo ser o pai da casa, porque essa casa é uma bagunça! E tem pai que quer ser democrático: “Aqui todo mundo manda”; e a casa é um desmando. Todo mundo participa, é diferente, mas a cabeça é o pai e a mãe.
Na igreja é da mesma forma, pois todos nós participamos, todos nós temos o nosso lugar, mas a cabeça da Igreja é a Igreja de Roma, e o Papa que está ali não é menos ou mais importante, mas ele tem uma responsabilidade: ser o pai de todos.
Hoje, celebramos essa comunhão da Igreja e, graças a Deus, essa Igreja tem uma cabeça. A cabeça invisível, que é Cristo Jesus nosso Senhor; e a cabeça visível, que é o Papa. Nossa comunhão com ele e com a Igreja presente em todos os cantos do mundo.
Estando, hoje, na capelinha da sua cidade, na basílica que tenha próximo a você, na catedral, na igreja matriz, não importa, é o mesmo Cristo Jesus que está em todas as igrejas. O que temos que ter é zelo e amor para com a igreja templo, porque é no templo que Deus se faz presente como lugar da manifestação do Seu amor e da Sua misericórdia.
Não participemos da igreja nem vamos à igreja como se fossemos a uma feira, porque igreja nunca pode ser feira. Vamos para o nosso encontro com o Senhor, por isso o zelo e o amor pela igreja como um todo, mas um zelo e amor pela igreja na qual participo e faço parte. É assim que expresso o meu amor a Cristo Cabeça, cabeça dessa Igreja a qual nós somos o corpo.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 09/11/2020

HOMILIA DIÁRIA

Todo templo é lugar da presença de Deus

“Tirai isto daqui! Não façais da casa de meu Pai uma casa de comércio!” (João 2,16)

Temos a alegria de, no dia de hoje, celebrarmos a dedicação da Basílica de São João de Latrão. Ela é a catedral de Roma, e por ser a catedral de Roma é mãe das outras igrejas, porque Roma é a Igreja Primaz ou a Igreja Primeira, é lá que está o Papa, aquele que é a cabeça visível de toda a Igreja.
Veja que beleza a importância que a Igreja dá para essa Igreja Templo, o Templo como o lugar da presença de Deus. Talvez muitos de nós nos esquivemos ou tenhamos uma visão distorcida sobre a importância que tem cada igreja, cada templo, cada santuário. É claro que o primeiro santuário sou eu, eu sou lugar da morada de Deus, o Espírito de Deus habita em mim. Não posso destruir esse templo, porque ele é o lugar da morada de Deus, foi essa graça que o batismo realizou na vida de cada um de nós, tornando-nos o lugar da morada de Deus. Então, o quanto é importante ter o respeito pelo sagrado, e o quanto sou sagrado, quanto preciso respeitar e cuidar desse corpo que sou eu! Não é culto ao corpo, é respeito a esse corpo como o lugar da morada de Deus, porque não posso cultuar o corpo pelo corpo, mas tenho que cultuar o Deus que habita em mim, inclusive, faz morada em mim.

Cada templo é o lugar da presença de Deus e nos faz ter a certeza e a convicção de que Deus habita e está no meio de nós

Não vou à igreja para cultuar o templo pelo templo, porque, muitas vezes, o templo fica apenas como uma obra faraônica, um lugar de visitas, como se tornaram muitas igrejas no mundo. A igreja não é simplesmente uma obra de arte, ainda que tenha sido feita e concebida por bons e renomados artistas e representa realmente como uma figura arquitetônica singular.
O essencial e fundamental no qual não podemos nos perder não é a beleza simplesmente visível, mas é a graça invisível que habita em nossas igrejas, o lugar da morada de Deus.
Às vezes, assim como tratamos Deus em nós, também tratamos Deus no templo, tratamos Deus nas igrejas. Assim como as coisas estão bagunçadas e barulhadas dentro de nós, fazemos a mesma coisa, o mesmo barulho dentro dos templos onde estamos. O respeito que esse lugar merece, a consideração e, sobretudo, o lugar da comunhão com o Sagrado.
Tornamo-nos pessoas profanas porque o pecado nos profana, mas purificamos esse templo que sou, e o lugar de purificar esse templo é no “templo igreja”. É por isso que vou para o tempo para me purificar, para me arrepender, para pedir perdão dos meus pecados, mas para glorificar a Deus, para contemplar a glória de Deus, para viver a comunhão com Ele, inclusive com os irmãos, quando vou para o culto sagrado. É essencial e fundamental que não percamos a importância do Sagrado.
Cada igreja, a menor capelinha ou santuário que você participa, aos grandes templos e catedrais, a Igreja mãe de Roma, São João de Latrão, que celebramos hoje; cada templo é o lugar da presença de Deus e nos faz ter a certeza e a convicção de que Deus habita e está no meio de nós. É preciso que eu respeite e viva intensamente essa presença.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 09/11/2021

HOMILIA DIÁRIA

Deus deseja habitar em seu coração

“Fez então um chicote de cordas e expulsou todos do Templo, junto com as ovelhas e os bois; espalhou as moedas e derrubou as mesas dos cambistas. E disse aos que vendiam pombas: “Tirai isto daqui! Não façais da casa de meu Pai uma casa de comércio!” (João 2,15-16)

Meus irmãos, hoje nós comemoramos a dedicação da Basílica de São João de Latrão. Essa basílica é dedicada aos dois “Joãos”: João Evangelista e João Batista. Latrão é por causa da família Lateranense que edificou o templo, que era dona desse templo.
Esse edifício se tornou a primeira igreja, a primeira construção, o primeiro templo. E por que é importante nós comemorarmos o templo ou olharmos para o templo? Porque lá é onde acontece a Eucaristia, onde se partilha a Palavra. É o local onde a comunidade se reúne, o povo de Deus se reúne. No templo, acontecem os Sacramentos, a Eucaristia, o Batismo, o Matrimônio.
Na igreja, nascem muitos fiéis através do batismo, muitos são alimentados pela Eucaristia, pela Palavra. O templo é o local de encontro por excelência com Deus, onde se fala com Deus, ouve-se Ele. Por isso nós comemoramos, e que os nossos templos sejam belos por fora e por dentro. Que eles possam ter a sua dignidade, sejam bem cuidados. Mas eu e você também somos templos do Senhor.

Deus habita no nosso coração, e onde Ele habita é preciso haver pureza e santidade

O Senhor fez um chicote e expulsou aqueles vendilhões, aqueles que estavam fazendo da casa do Senhor uma casa de comércio. Ora, o templo é o local do encontro com Deus, é o local do sacrifício, onde nascem novos cristãos, onde somos alimentados. Não é o local para barganha, para trocas, para comércios; é um lugar para encontrar-se com Deus, para alimentar-se d’Ele, e é para ser enviado também por Ele a testemunhá-Lo.
Meus irmãos, cuidemos dos nossos templos físicos, das nossas edificações, cuidemos também de nós, pois somos os templos do Senhor. Assim como o edifício precisa estar limpo, nosso coração precisa estar limpo.
Que hoje, na comemoração de São João de Latrão, alegremo-nos com os nossos templos, com as nossas igrejas, paróquias, capelas, oratórios, santuários, porque nós também somos os templos do Senhor.
Que Deus purifique, então, o nosso templo, o nosso coração, que não haja mais comércio, que não haja mais mal em nosso coração, em nosso interior, porque Deus habita em nós, e onde Ele habita é preciso haver pureza, é preciso haver santidade.
Que haja santidade no meu e no seu coração. Cuidemos, pois somos os templos do Senhor!
Abençoe-vos o Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!
Padre Márcio Prado
Sacerdote da Comunidade Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 09/11/2022

Oração Final
Pai Santo, abençoa os nossos templos, casas construídas com carinho como abrigo para nossos encontros comunitários de louvor e ação de graças pelos inefáveis dons que nos ofereces. E abençoa nossos corpos, para que sejam meios eficazes para comunicarmos nossa fé no Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 09/11/2012

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, abençoa os nossos templos, casas construídas com carinho como abrigo para nossas celebrações comunitárias de louvor e ação de graças pelos inefáveis dons que nos ofereces. E abençoa também os nossos corpos, para que eles sejam meios eficazes para comunicarmos aos irmãos a nossa fé no Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 09/11/2018

ORAÇÃO FINAL
Pai, nós temos consciência e somos agradecidos por tua Compaixão! Ensina-nos a cultivar especial veneração pelos lugares sagrados, os Templos que com muito amor dedicamos ao teu Nome. Inspira-nos, amado Pai, para que sintamos neles a tua Presença amiga, dentro de nós e da Comunidade reunida. E nos guies na caminhada por este mundo encantado, seguindo ao Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 09/11/2020

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