ANO A


9 de Junho de 2014
Mt 5,1-12
Comentário do Evangelho
A vida é recebida de Deus.
Os doze primeiros versículos do capítulo 5 de Mateus são
conhecidos como “bem-aventuranças”. O gênero literário das bem-aventuranças é
bastante atestado no Antigo Testamento, sobretudo, na literatura sapiencial. Um
exemplo disso é o Salmo 1. O ensinamento de Jesus não é somente para os
discípulos, mas também para a multidão. Viver a e na esperança é a condição dos
discípulos neste mundo. As bem-aventuranças visam incutir nos discípulos e na
multidão essa virtude que é consequência da fé em Deus. A primeira
bem-aventurança, poderíamos dizer, é o fundamento de todas as demais. O
Espírito que há no ser humano, ele o recebeu de Deus; é o espírito insuflado
nas narinas de Adão por Deus e que o chamou à existência (Gn 2,7). A pobreza de
espírito deve ser compreendida em relação a Deus: a vida é recebida de Deus e,
diante dele, o ser humano está desnudo. Viver essa realidade é assumi-la com um
coração puro. A partir daqui, pode-se compreender que as bem-aventuranças são
um apelo aos discípulos a viverem a vida referida a Deus e na confiança nele.
Tudo passa e é efêmero; só Deus não passa.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, torna-me sensível aos sofrimentos dos
pobres e dos marginalizados, movendo-me a lutar para que tenham sua dignidade
respeitada, pois são teus preferidos.
FONTE: PAULINAS
Reflexão
A partir de hoje, a Igreja nos propõe a leitura
continuada do Evangelho de São Mateus nos dias de semana do Tempo Comum,
omitindo o seu início porque é apresentado no ciclo litúrgico do Natal e o seu
final, que nos é proposto para a reflexão no ciclo da Páscoa, de modo que
iniciamos com o sermão da montanha (capítulos 5, 6 e 7). O sermão da montanha
nos mostra a moral da Nova Aliança e começa com as bem-aventuranças,
apresentadas no Evangelho de hoje, e que nos mostram as motivações e as
virtudes que nos são necessárias para que assumamos os valores do Reino de Deus
e possamos viver de forma madura o que nos é proposto por Jesus.
FONTE: CNBB
Recadinho
Você
é feliz? - Você contribui para que seu próximo seja feliz? Como? - Como você
encara a realidade da pobreza, a material e a espiritual? - Você tem
consciência de que a misericórdia é tudo em nossa vida? - Qual a
bem-aventurança que mais lhe agrada? Explique-se.
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
FONTE: a12 –
santuário-nacional
Comentário
do Evangelho
No início de seu ministério, Jesus apresenta às
multidões as bem-aventuranças, que são o programa do Reino dos Céus cuja
presença entre nós já fora anunciada por João Batista (Mt 3,17). A proclamação
é feita no alto da montanha. Moisés, na montanha, recebeu de Deus os
Mandamentos. Agora é Jesus que transmite as bem-aventuranças aos discípulos que
vêm a ele, no alto. Entre a pobreza e a justiça, estão as demais
bem-aventuranças. A pobreza é a forma concreta de libertar-se da submissão aos
interesses dos ricos e poderosos. O apelo à justiça, marcante em Mateus, é o
fundamento das demais bem-aventuranças, pelas quais podemos transformar este
mundo em um mundo de fraternidade, justiça e paz.
Oração
Derramai, Senhor, sobre
nós a vossa graça, a fim de que, a exemplo do bem-aventurado José de Anchieta,
apóstolo do Brasil, sirvamos fielmente ao Evangelho, tornando-nos tudo para
todos, e nos esforcemos em ganhar para vós nossos irmãos no amor de Cristo. Por
Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
FONTE: dom total

10 de Junho de 2014
Mt 5,13-16
Comentário do
Evangelho
O
discípulo é reflexo da luz divina.
Uma das características da
vida cristã é a união entre a escuta da palavra e o agir em consonância com
essa escuta (cf. Mt 7,21.24-27). É o que sugere a parábola do sal. Para
realizar a sua dupla função de condimentar e conservar, o sal tem que preservar
sua propriedade característica. Se o sal perde sua característica, não serve
para mais nada, será lançado fora e pisoteado. Da mesma forma o discípulo, se
ele perde a sua qualidade própria de testemunha, ele não serve para mais nada
como discípulo. O sal simboliza a fé viva do discípulo; o desvirtuar-se de sua
característica equivale à perda da fé. Para evitar a perda da fé e mantê-la
viva é necessário que o discípulo permaneça unido ao Senhor. Desde muito cedo
Israel é chamado a ser luz para as nações (Is 42,6; 49,6; Lc 2,32). A luz que
resplandece no discípulo é a luz do Cristo ressuscitado e a luz da Palavra de
Deus que ilumina os seus passos. É necessário que na sua vida no mundo essa luz
apareça através do seu agir. Ela não pode ser ofuscada por qualquer outra
preocupação que não a busca do que é próprio do Reino de Deus (cf. Mt 6,33). O
discípulo é reflexo da luz divina.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, tenho diante de mim o
mundo todo a ser evangelizado. Transforma cada circunstância e cada momento da
minha vida em chance para dar testemunho do teu Reino.
FONTE: PAULINAS
Reflexão
Todos nós devemos testemunhar Jesus e os valores
do Reino dos céus a fim de que o mundo não se corrompa, mas descubra os
caminhos da santidade, da justiça e da graça. Com isso, é de suma importância
que o anúncio da Palavra seja acompanhado pela coerência de vida, pela busca da
santidade e pelo seguimento de Jesus a partir da vivência dos seus mandamentos.
O Papa Paulo VI nos falava sobre isso na sua Exortação Apostólica Evangelii
Nuntiandi, quando se referia à exigência da santidade em todo trabalho
evangelizador. Todo trabalho evangelizador deve começar pela caridade, pelo
serviço, ou seja, pela explicitação, através da vida, dos valores do Evangelho.
FONTE: CNBB
Recadinho
O
que é evangelizar? - De que modo participo da evangelização? - Minhas ações são
evangelizadoras? - Tenho oportunidade de evangelizar através da palavra? -
Procuro ser luz? Ao caminho de quem ilumino?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
FONTE: a12 –
santuário-nacional
Comentário
do Evangelho
SAL E LUZ
As parábolas do sal e da luz confrontam os
discípulos do Reino com sua responsabilidade perante a realidade humana, apelando
para a força transformadora de sua presença no mundo. Na medida em que se
revelam servidores, manifestam a profundidade de sua adesão ao projeto de Deus.
A
vocação de servidor concretiza-se na ajuda às pessoas a fim de que elas
enfrentem as insinuações do maligno que quer corrompê-las pela maldade e pelo
egoísmo.
Se,
diante da corrupção do mundo, o discípulo permanece impassivo, recusando-se a
agir, será como o sal insosso. Logo, tornar-se-á imprestável, e deverá ser
jogado fora. A cozinheira não terá por que conservá-lo. Algo semelhante
passa-se com o Pai em relação ao discípulo omisso diante da realidade a ser
transformada.
Por
outro lado, o discípulo mostra-se servidor, quando irradia a luz de Cristo para
que seus semelhantes trilhem o caminho da verdade, do amor e da justiça. Sem
esta luz, correriam o risco de descambar para a mentira, o egoísmo e a
injustiça, com uma conseqüente condenação. No entanto, ele deverá buscar a
posição adequada para que seu testemunho de vida abranja o maior número possível
de pessoas. Sua luz deve chegar a todos os seres humanos, sem distinção, de
modo a fazê-los encontrar o caminho para Deus.
Oração
Espírito de
responsabilidade, que o meu testemunho de vida tenha ajude as pessoas a
encontrarem o caminho para Deus.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório –
Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste
Portal a cada mês)
Oração
Ó Deus, fonte de todo
bem, atendei ao nosso apelo e fazei-nos, por vossa inspiração, pensar o que é
certo e realizá-lo com vossa ajuda. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho,
na unidade do Espírito Santo.
FONTE: dom total

11 de Junho de 2014
Mt 10,7-13
Comentário do
Evangelho
A
paz é a saudação característica do mensageiro de Deus.
Há no evangelho segundo
Mateus cinco grandes discursos: 5–7; 10; 13; 18 e 24–25. A perícope do
evangelho de hoje é parte do discurso missionário (c. 10), sequência do envio
dos Doze em missão (v. 5). Trata-se de uma série de recomendações dadas aos
discípulos que Jesus envia. O anúncio da proximidade do Reino de Deus deve ser
acompanhado de gestos que libertam as pessoas do mal que as aprisiona e
escraviza. Esse mal, presente no coração do ser humano, impede reconhecer a
irrupção do Reino de Deus na pessoa de Jesus, nos seus gestos e nas suas
palavras. O mal que desfigura o ser humano impede o homem de resplandecer como
reflexo da luz divina. A confiança necessária para a realização da missão não
deve estar nos meios, mas na pessoa de Jesus que está sempre presente onde quer
que os discípulos possam ser enviados (cf. Mt 28,20). Daí que o despojamento
deve caracterizar a vida daquele que aceita seguir o Senhor e ser enviado em
missão por ele. A paz é a saudação característica do mensageiro de Deus (cf. Is
52,7). Essa paz deve ser oferecida, e não imposta (cf. v. 12). A aceitação ou a
recusa dessa paz é o sinal de o dono da casa ser digno ou não, e de o
missionário dever ou não permanecer naquela casa.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, faze de mim um
instrumento para a construção da paz desejada por Jesus. Paz que se constrói na
comunicação dos bens divinos a cada pessoa humana.
FONTE: PAULINAS
Recadinho
Sou
generoso(a) como Deus é generoso para comigo? - É fácil cumprir a tarefa de
levar a paz? - Onde eu a levo? - Nosso povo em geral é generoso e sabe
partilhar. Faço parte deste grupo? - Tenho um coração acolhedor? - Preocupo-me
em valorizar os que se aproximam de mim?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
FONTE: a12 –
santuário-nacional
Comentário
do Evangelho
O REINO CHEGOU
Os discípulos foram enviados em missão com a
tarefa de dar continuidade à missão de Jesus. A dupla face do messianismo de
Jesus se expressaria no ministério dos apóstolos. Não somente com palavras, mas
também com obras eles se poriam a serviço do Reino.
Aos
apóstolos competia proclamar a chegada do Reino dos Céus na pessoa de Jesus. De
que modo? Deus foi plenamente Senhor da vida de Jesus. Nada nem ninguém jamais
o desviou do caminho traçado pelo Pai. Somente ao querer do Pai ele se
submeteu. Jamais cedeu a qualquer tipo de tentação. Por isso, o Reino dos Céus
se encarnou na sua pessoa e ação. Este evento deveria ser proclamado a todos os
povos.
Por
outro lado, como sucedeu com Jesus, a pregação dos apóstolos encontraria apoio
nos milagres realizados por eles. Os quatro milagres apontados relacionam-se
com a proteção da vida humana da investida das doenças, da morte e dos
espíritos impuros. O ministério apostólico, portanto, estava destinado a
colocar-se a serviço da vida. Onde a vida fosse defendida, restaurada ou
garantida, aí estaria acontecendo o milagre do Reino, cuja presença seria
historicamente perceptível.
A vida
de Jesus é o ponto de referência da ação do apóstolo. A fidelidade à missão
acontece na medida em que realmente Jesus continua atuando na pessoa de seus
enviados.
Oração
Senhor Jesus, dá-me coragem suficiente para levar adiante tua
missão, proclamando a chegada do Reino e me colocando a serviço da vida.
(O comentário do Evangelho é
feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica,
Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Ó Deus, que designastes
são Barnabé, cheio de fé e do Espírito Santo, para converter as nações, fazei
que a vossa Igreja anuncie por palavras e atos o evangelho de Cristo que ele
proclamou intrepidamente. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na
unidade do Espírito Santo.
FONTE: dom total

12 de Junho de 2014
Mt 5,20-26
Comentário do
Evangelho
Requisitos
para a reconciliação.
“Justiça”, aqui, é o modo
de agir em conformidade com os mandamentos de Deus. Qual é o agir diferenciado
exigido dos discípulos que permite entrar no Reino de Deus? Qual é a justiça
maior que a dos escribas e fariseus? Essa “justiça maior” é formulada em seis
antíteses” (vv. 21-26; 27-30; 31-32; 33-37; 38-42; 43-47). A primeira antítese,
que diz respeito ao nosso texto de hoje, é um modo de retomar e explicitar a
bem-aventurança da mansidão (5,4). A lei diz muito mais do que não matar. É
preciso ver nesse mandamento, que preserva a vida do semelhante, a proibição de
utilizar títulos ofensivos contra o irmão. Daí que para essa primeira antítese
não se trata somente da interdição do homicídio ou fratricídio (Ex 20,3; Dt
5,7), mas de toda ofensa moral contra o irmão explicitada pela tríade: raiva,
imbecil e louco. As duas sentenças sobre a reconciliação exprimem a atitude
requerida dos discípulos e de toda comunidade cristã. O que é requerido de quem
vai apresentar a oferta a Deus é a consciência do mal cometido contra alguém
ou, então, do mal cometido por alguém contra ele. Num e noutro caso, a atitude
requerida é a disposição para a reconciliação. A comunidade cristã é uma
comunidade de reconciliados.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Espírito de reverência, dispõe
meu coração ao respeito para com a dignidade do meu próximo, de modo que jamais
eu ouse tirar-lhe, de forma alguma, a vida.
FONTE: PAULINAS
Reflexão
Todas as pessoas costumam falar em justiça ,mas
para a maioria delas o fundamento dessa justiça são princípios e valores humanos,
principalmente o que está escrito nas leis. Para nós cristãos, esse critério
não é suficiente para entendermos verdadeiramente o que é justiça. Não é
suficiente em primeiro lugar porque nem tudo o que é legal, é justo ou moral,
como por exemplo a legalização do divórcio, do aborto ou da eutanásia. Também
devemos levar em consideração que todas as pessoas, embora sejam seres
naturais, possuem um dom de Deus que faz delas superiores à natureza,
participantes da vida divina, e como Deus é amor, o amor é, para quem crê, o
único e verdadeiro critério da justiça.
FONTE: CNBB
Recadinho
Diante
de uma pessoa que erra, que tipo de atitude tomamos? - Conseguimos manter a
verdadeira fraternidade respeitando o próximo? - O que é mais fácil ouvir dos
outros, coisas boas ou ruins? - Minhas palavras dão testemunho de minha fé? -
Sou grato a Deus pelo dom da vida? O que faço para retribuir tão grande amor?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
FONTE: a12 –
santuário-nacional
Comentário
do Evangelho
RESPEITO PELO
PRÓXIMO
O desejo primeiro de Deus, ao criar os seres
humanos, é que vivam na mais perfeita comunhão, deixando de lado tudo quanto
possa dividi-los e separá-los pelo muro da inimizade. O ódio e a divisão
constituem flagrante desrespeito à vontade divina.
O
homicídio é uma forma incontestável de ruptura com o próximo, culminando com a
sua eliminação. Para evitar isto, Deus condenou peremptoriamente esse crime,
com o mandamento: "não matarás".
Todavia,
a eliminação física do próximo é antecedida por outros gestos de eliminação de
igual gravidade. Por exemplo, a simples irritação contra os outros, as palavras
ofensivas contra eles são formas sutis de atentar contra a vida alheia. O
discípulo do Reino não pode agir desta maneira.
A
reverência a Deus passa pelo respeito ao próximo. Nas ações litúrgicas, Jesus
exigia dos discípulos a reconciliação com seu próximo, antes de fazerem sua
oferenda a Deus. Se alguém estava para fazer sua oferta, e se recordava de
algum desentendimento com o próximo, deveria deixá-la ao pé do altar, para
antes ir reconciliar-se. Caso contrário, a oferta não teria valor perante Deus.
Oração
Espírito de reverência, dispõe meu coração ao respeito para
com a dignidade do meu próximo, de forma que jamais eu ouse tirar-lhe, de forma
alguma, a vida.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório –
Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste
Portal a cada mês)
Oração
Ó Deus, fonte de todo
bem, atendei ao nosso apelo e fazei-nos, por vossa inspiração, pensar o que é
certo e realizá-lo com vossa ajuda. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho,
na unidade do Espírito Santo.
FONTE: dom total

13 de Junho de 2014
Mt 5,27-32
Comentário do Evangelho
Forte
apelo ao perdão.
As seis antíteses, em que
é apresentada a “justiça maior” que a dos escribas e fariseus e que deve
caracterizar a vida dos discípulos, são, de algum modo, uma explicitação das
bem-aventuranças (Mt 5,1-12). A segunda antítese sobre o adultério (Ex 20,14; Dt
5,18) é um exemplo do que significa ser puro de coração. Não se trata
simplesmente de ter relações sexuais com uma mulher casada, rompendo a união do
lar do semelhante. Para a justiça cristã não está permitido sequer deixar
nascer o desejo de provocar essa ruptura. A integridade do lar do outro é tão
importante, podemos mesmo dizer, tão sagrada, que ela incide sobre a
integridade física, tão cara ao ser humano. Para Mateus, o repúdio da mulher
por parte do homem expõe a mulher ao adultério. A terceira antítese diz
respeito à capacidade de fidelidade e de reconciliação. O repúdio da mulher
acontece por dois motivos: o coração está dividido por outra mulher ou o mal
escondido mina a união, o amor, o respeito mútuo. O repúdio acontece quando não
há capacidade de perdão e reconciliação. O texto é um forte apelo ao perdão,
que é exigência intrínseca ao amor.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, tu exiges respeito
mútuo entre homens e mulheres. Não permitas jamais que a cupidez e a malícia do
mundo tomem conta do meu coração.
FONTE: PAULINAS
Reflexão
O valor da pessoa humana não pode ser diminuído
em hipótese alguma. O Evangelho de hoje nos mostra o valor da pessoa como
motivação para a vivência plena da Lei. Não é porque eu não fiz nada que eu não
desrespeitei. Jesus não quer apenas ato, ele exige de nós uma postura evangélica
de quem é capaz de ver o outro e a outra como seres criados à imagem e
semelhança de Deus, mas também como renascidos em Cristo para uma vida nova,
membros do Corpo Místico de Cristo, unidos a Cristo como o ramo está unido à
videira, Templos vivos do Espírito Santo e como consagrados pela graça do
Batismo, ou seja, pertencentes ao Pai, amados e amadas por ele e que devem ser
respeitados e valorizados.
FONTE: CNBB
Recadinho
Todos
nós pecamos! Com as mãos, com nossos olhares de cobiça não só de pessoas, mas
de coisas! O que tem a dizer sobre isso? - Como e quando pecados com nossos
atos? - E o que dizer de nossas omissões? - Estou atento com minhas palavras?
Tenho consciência de que uma palavra mal dita pode destruir muita coisa? - Você
procura manter a palavra dada? - Dá bom testemunho sobre o Matrimônio cristão?
Será que os casais se preocupam em crescer verdadeiramente no amor recíproco?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
FONTE: a12 –
santuário-nacional
Comentário
do Evangelho
A condenação do adultério era feita do ponto de
vista patriarcal. Aquele que adulterasse com uma mulher casada estaria ferindo
a honra de seu marido. Não havia problema para o homem casado que adulterasse
com uma mulher solteira. A condenação aplicava-se ao ato externo. Agora, com
uma finura psicológica, Jesus vai à raiz dos atos externos.
Todos estes atos procedem do coração. A cobiça, o desejo da riqueza e do poder,
o orgulho, o desejo adúltero. A bem-aventurança da pureza do coração significa
orientar todos os atos para o seguimento de Jesus. Em estilo hiperbólico e
semítico, com o corte de membros, enfatiza-se a denúncia dos atos contra o
projeto de Deus. Ao homem era permitido repudiar sua mulher. E qualquer homem
era livre para casar-se com uma mulher despedida. Valorizando o matrimônio e a
mulher, Jesus rejeita esta prática.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Deus eterno e
todo-poderoso, que destes santo Antônio ao vosso povo como insigne pregador e
intercessor em todas as necessidades, fazei-nos, por seu auxílio, seguir os
ensinamentos da vida cristã e sentir a vossa ajuda em todas as provações.
FONTE: dom total

14 de Junho de 2014
Mt 5,33-37
Comentário do
Evangelho
Outra
forma do que significa pureza do coração.
Trata-se da quarta
antítese. Pouco a pouco vai sendo explicitada em que consiste a “justiça maior”
a ser vivida pela comunidade cristã. Essa quarta antítese é explicitação do que
significa a pureza de coração. “Não jurar” (Ex 20,16; Dt 5,20; Lv 19,12) evoca
sinceridade, que é outra forma de pureza de coração. Uma pessoa livre exprime
sua liberdade no modo como fala, na autoridade de suas próprias palavras, sem
precisar recorrer a qualquer outro elemento de atestação. Essa atitude nasce da
coerência interna, da simplicidade, do desapego de si mesmo e das coisas. À
diferença das demais antíteses, essa quarta não se refere propriamente às
relações humanas, mas a um dever em relação a Deus. O juramento é uma promessa
acompanhada de uma invocação da divindade. Se Jesus condena todo tipo de
juramento (vv. 34-36; Tg 5,12), é para que a pessoa vença todo tipo de
hipocrisia. Para não pronunciar o nome de Deus, os judeus juravam pelo céu,
pela Cidade Santa, pela terra. A interdição de Lv 19,12, Jesus estende a todo juramento.
Se Jesus prescreve a não jurar por o que quer que seja, é porque o ser humano
não pode engajar na sua própria palavra o que é próprio de Deus. Jurar é uma
forma de submeter Deus ao homem.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, seja o meu sim, sim,
e o meu não, não, de forma que o maligno não contamine o meu coração com a
mentira, levando-me a ser falso no relacionamento com meu próximo.
FONTE: PAULINAS
Reflexão
Vós ouvistes o que foi dito aos antigos... Eu,
porém, vos digo. Quem quer conhecer verdadeiramente Jesus não pode se contentar
com as coisas antigas, mas deve buscar sempre a novidade do Evangelho. Isso
significa que até mesmo o Evangelho não pode tornar-se antigo, tornar-se uma
narrativa de fatos passados. O Evangelho deve ser para nós sempre uma novidade,
um desafio à descoberta de novos valores que devem marcar a nossa vida e
renovar a nossa comunidade e a nossa sociedade. A novidade do Evangelho é
sempre atual e insuperável, e aponta para todos nós novos caminhos que devem
ser trilhados a fim de que consigamos uma maturidade cada vez maior na fé.
FONTE: CNBB
Recadinho
Preocupo-me
com a sinceridade de minhas palavras? - Não acontece às vezes de omitirmos a
verdade para não magoar uma pessoa? É justo agir assim? - Procuro cumprir à
risca o que prometo? - O que você prefere: esperar pelos outros ou fazer com
que os outros esperem por você? - Você cumpre o que promete?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
FONTE: a12 –
santuário-nacional
Comentário
do Evangelho
NÃO SE DEVE
JURAR
A Lei proibia
apenas o juramento falso e exigia o cumprimento do juramento feito. Jesus foi
além, proibindo qualquer forma de juramento. Portanto, o discípulo do Reino
deveria evitar servir-se deste expediente para dar credibilidade à sua palavra.
O
rigor de Jesus visava criar no coração do discípulo um clima de sinceridade e
transparência, a ponto de não precisar recorrer ao artifício do juramento
quando falasse ou prometesse algo. A mentira e o dolo são incompatíveis com o
proceder do discípulo do Reino. Quem recorre a expedientes deste tipo, renega
sua adesão ao Senhor.
Outro
objetivo da proibição de Jesus era evitar a vulgarização de Deus. O juramento
falso infringe o mandamento que veta usar em vão do nome de Deus. O discípulo
autêntico não tem necessidade de, a cada passo, lançar mão deste recurso para
fazer-se crido. O sim do discípulo é sim e o não é não. Não lhe interessa
enganar. Tudo quanto é dito fora destes limites não vem de Deus, por isso tem
que ser evitado.
A
formulação tradicional do mandamento, no pensar de Jesus, não era suficiente
para garantir relações sadias no interior da comunidade cristã. A necessidade
de continuamente invocar o nome de Deus, para garantir o trato mútuo, podia ser
indício de que o Reino ainda não tinha chegado a transformar o interior do
discípulo.
Oração
Senhor Jesus, dá-me a graça da sinceridade e da
transparência, para que eu seja sempre honesto no trato com o meu próximo.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório –
Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado
neste Portal a cada mês)
Oração
Ó Deus, fonte de todo
bem, atendei ao nosso apelo e fazei-nos, por vossa inspiração, pensar o que é
certo e realizá-lo com vossa ajuda. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho,
na unidade do Espírito Santo.
FONTE: dom total

15 de Junho de 2014
Jo 3,16-18
Comentário do
Evangelho
Deus
se mostra como um Deus próximo de nós.
A festa da Santíssima
Trindade é, depois do ciclo Quaresma-Páscoa, a primeira festa na retomada do
Tempo Comum. O termo “trindade” não aparece no Novo Testamento; é fruto da
abstração típica da teologia que busca compreender o conteúdo próprio da fé
cristã. O que Deus é, ele nos deu a conhecer ao longo de toda a história vivida
como o lugar da manifestação da salvação de Deus. O conhecimento de Deus só
possível através da revelação, só é possível se Deus se mostra. Para a tradição
bíblica, o que Deus é só pode ser dito narrativamente, isto é, na longa
história de sua revelação ao seu povo até chegar à plenitude dos tempos em que
Deus enviou ao mundo o seu Filho único, nascido de uma mulher (Gl 4,4). Em toda
a história, Deus se revelou como um Deus próximo, que caminha, orienta e conduz
o seu povo. Na plenitude dos tempos, Deus armou a sua tenda no meio de nós (Jo
1,14). Essa peregrinação de Deus na história da humanidade foi revelando pouco
a pouco o seu rosto. Mas na plenitude dos tempos, pela encarnação do Verbo
eterno de Deus em Jesus de Nazaré, pudemos conhecer Deus sem sombra, sem véu
(Mc 15,38), pois Jesus Cristo é a imagem do Deus invisível (Cl 1,15); estando
diante dele, estamos diante de Deus mesmo (Jo 14,9-10). O que Deus é desde toda
a eternidade, só pôde ser conhecido a partir da ressurreição de Jesus Cristo e
com a graça do Espírito Santo. O que era desde toda a eternidade nós só
chegamos a compreender depois: o último na ordem da compreensão é o primeiro na
ordem do ser. Deus é amor (1Jo 4,8). A criação, a encarnação do Verbo de Deus,
a redenção, tudo é fruto do amor de Deus pela humanidade. Um amor que não
condena nem exclui quem quer que seja, mas que a todos, indistintamente,
oferece a sua salvação. Cada um dos evangelhos, cada qual a seu modo, apresenta
a dificuldade dos discípulos de entrarem no mistério de Deus revelado em Jesus
Cristo. Essa dificuldade continua a ser nossa contemporânea. O que Deus é não
se pode conhecer simplesmente por um esforço racional. A experiência própria da
fé é que permite entrar nos umbrais do mistério de Deus. O Espírito Santo, Deus
em nós, continua a missão de Jesus e, por isso, é ele nosso apoio e guia no
conhecimento de Deus.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, louvo-te e
agradeço-te por nos teres amado tanto, a ponto de oferecer-nos a salvação, por
meio de teu Filho, ao qual somos atraídos pela força do teu Espírito.
FONTE: PAULINAS
Recadinho
Você
pede que Deus lhe aumente a fé? - Você sabe distinguir o que é essencial e o
que é secundário nas coisas da fé? - Dê um exemplo de obra que manifesta muita
fé. - Mencione um bem que sua comunidade faz em favor do próximo. - Que lugar
ocupa a cruz de Cristo em sua casa?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
FONTE: a12 –
santuário-nacional
Comentário
do Evangelho
SOMOS AMADOS
POR DEUS
A contemplação
da Santíssima Trindade abre o nosso coração para o Deus amoroso, revelado por
Jesus Cristo. Consciente de ser Filho, Jesus nos falou do Pai e prometeu o dom
do Espírito Santo a quem tivesse fé. Revelou que tinha vindo do Pai e para o
Pai voltaria, confiando ao Espírito Santo a missão de dinamizar a caminhada da
comunidade de fé. Sempre que falava de Deus, referia-se à Trindade.
O
envio do Filho, por parte do Pai, foi uma prova de amor imenso ao ser humano
corrompido pelo pecado. Visando libertar da morte a humanidade, Jesus veio, na
qualidade de portador de vida eterna. Entretanto, a perfeita salvação – o dom da
vida eterna – depende de como se acolhe Jesus, e se adere à sua pessoa. Deste
modo, vive-se como verdadeiros filhos e filhas de Deus, regenerados pelo
Espírito.
Engana-se
quem atribui a Jesus a missão primordial de julgar e condenar o mundo. A
condenação depende da incredulidade em relação ao Filho enviado pelo Pai.
Rejeitar o Filho significa, por extensão, rejeitar o Pai que o enviou. Por sua
vez, recusar a este comporta a rejeição da vida eterna, que só ele pode
oferecer. Esta insensatez, em última análise, resulta do fechamento ao dom do
Espírito Santo, o único que tem o poder de atrair o ser humano para Deus.
Portanto, embora o desígnio primeiro da Trindade seja o de salvar a humanidade,
resta sempre a possibilidade de o ser humano servir-se de sua liberdade para
fazer-se prisioneiro de seu egoísmo.
Oração
Pai, louvo-te e agradeço-te por nos teres amado tanto, a
ponto de oferecer-nos a salvação, por meio de teu Filho, ao qual somos atraídos
pela força do teu Espírito.
(O comentário do Evangelho é
feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica,
Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Ó Deus, nosso Pai,
enviando ao mundo a Palavra da Verdade e o Espírito santificador, revelastes o
vosso inefável mistério. Fazei que, professando a verdadeira fé, reconheçamos a
glória da Trindade e adoremos a Unidade onipotente. Por nosso Senhor Jesus Cristo,
vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
FONTE: dom total

16 de Junho de 2014
Mt 5,38-42
Comentário do
Evangelho
Não
pagar o mal com o mal.
Nós encontramos referência
à lei do talião em vários textos do Antigo Testamento (Ex 21,24; Lv 24,20; Dt
19,21). Do latim, talis é traduzido em português por “tal”. Trata-se, grosso
modo, da reparação exigida de alguém que cometeu um delito e que devia ser
proporcional ao mal que ele causou a outro. A finalidade de tal lei era conter
a vingança e a violência, ao contrário do proposto por Lamec (cf. Gn 4,23-24).
Essa quinta antítese visa à superação da lei do talião e explicita a
bem-aventurança da misericórdia (Mt 5,7), a exigência cristã do perdão e da
reconciliação e a paz que precisa ser construída com o esforço de todos (cf. Mt
5,9). A expressão “não resistir ao malvado” é ambígua e, por isso, deve ser bem
compreendida. Em primeiro lugar, é fundamental a consciência de que é o mal que
tem de ser extirpado e a ele não se pode ceder; a pessoa, é necessário
salvá-la. Em segundo lugar, a afirmação de Jesus prescreve não pagar o mal com
o mal, não pagar com a mesma moeda, não responder à violência com a violência.
Para o cristão, é preciso considerar como Deus nos trata para poder superar
qualquer impulso à violência, à vingança ou ao revanchismo: Deus não nos trata
segundo nossas faltas. A todos, indistintamente, Ele oferece o seu perdão e o
seu amor.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, não permitas que a
violência tome conta do meu coração; antes, torna-me capaz de responder, com
gestos de amor, a quem me faz o mal.
FONTE: PAULINAS
Reflexão
Os critérios humanos não são suficientes para
resolver os problemas da própria humanidade, principalmente os que estão relacionados
com a justiça, pois a justiça dos homens não tem como centro a pessoa humana,
mas sim o que elas têm ou deixam de possuir. Os bens são comparáveis entre si,
mas as pessoas não, pois cada uma é um ser único, incomparável na sua
dignidade. Além disso, os elementos que estão presentes em um relacionamento
são por demais complexos para serem abrangidos na sua totalidade a partir de
categorias do conhecimento humano, uma vez que a própria razão é insuficiente
para a compreensão do ser humano. Jesus nos mostra que somente o amor e a
misericórdia possibilitam superar essas deficiências e construir um
relacionamento justo e fraterno.
FONTE: CNBB
Recadinho
Reconheço
que retribuir mal com mal nada constrói? - Compreendo o mandamento da caridade?
- Procuro vivê-lo? - Sou generoso como Deus é generoso comigo? - Se há mais
alegria em dar do que em receber, o que dizer então da generosidade para com
quem nos trata mal?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
FONTE: a12 –
santuário-nacional
Comentário
do Evangelho
A VIOLÊNCIA
SUPERADA
O discípulo do
Reino não pode contentar-se com a prática de retribuir olho por olho e dente por
dente. Ele se caracteriza pela capacidade de, com firmeza, quebrar a espiral de
violência através de atitudes chocantes, até mesmo, para seu agressor. Não é
fácil imaginar alguém oferecendo a face esquerda para ser esbofeteada quando já
se recebeu um bofetão na direita. Do mesmo modo, alguém que pretenda extorquir
uma túnica, em juízo, e ver o lesado oferecer-lhe também o manto. Ou, então,
quem é obrigado a fazer companhia a alguém, numa longa caminhada, para
protegê-lo dos assaltos, mostrar-se disposto a caminhar o dobro.
Estas
atitudes são, à primeira vista, insensatas e injustificáveis. Mas, são normas
de conduta para o discípulo. Que finalidade teriam? Jesus não estava pregando
uma espiritualidade da humilhação e do sofrimento. Não lhe interessava ver o
discípulo humilhado. O gesto proposto visava converter o agressor para o Reino.
Mostrar-lhe que é possível viver sem violência. Abrir-lhe os olhos para a
possibilidade de se relacionar com o próximo sem transformá-lo em objeto de seu
ódio e estabelecer relações verdadeiramente fraternas e amistosas. A
não-violência do discípulo do Reino, portanto, é vivida de forma positiva e
construtiva. O Reino vai se construindo onde a violência dá lugar ao amor.
Oração
Senhor Jesus, dá-me força para quebrar a espiral da violência
e transformar o ódio em amor
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório –
Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado
neste Portal a cada mês)
Oração
Ó Deus, força daqueles
que esperam em vós, sede favorável ao nosso apelo e, como nada podemos em nossa
fraqueza, dai-nos sempre o socorro da vossa graça, para que possamos querer e
agir conforme vossa vontade, seguindo os vossos mandamentos. Por Nosso Senhor
Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
FONTE: dom total


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