sexta-feira, 2 de maio de 2025

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 02/05/2025

ANO C


Jo 6,1-15

Comentário do Evangelho

Jesus multiplica cinco pães e dois peixes


Jesus multiplica cinco pães e dois peixes porque as pessoas que o acompanhavam precisavam comer. Ele se preocupa com as necessidades básicas do ser humano. Conversa com Filipe, conversa com André e, por fim, ele mesmo dá graças, multiplica e distribui os pães e os peixes que um menino tinha consigo. Da necessidade humana da alimentação, Jesus nos leva à necessidade do alimento da vida eterna, que sacia a fome do ser humano. Quem come o alimento, que é ele mesmo, tem a vida eterna.
Cônego Celso Pedro da Silva,
Fontes: Catequisar e Comece o Dia Feliz em 12/04/2024

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

Jesus tomou os pães, e tendo dado graças, distribuiu-os aos convivas


A multidão corre ao encontro de Jesus no mar da Galileia, motivada pelos seus grandes prodígios. O texto é bastante significativo para a fé cristã, pois está presente nos quatro evangelhos. Em João, é Jesus que tem compaixão da multidão e toma a iniciativa de alimentá-la, instigando também os discípulos a tomarem uma atitude. Filipe calcula em dinheiro o que seria impossível realizar. André apresenta cinco pães e dois peixes de um menino. Jesus prossegue fazendo acomodar cinco mil pessoas. A sequência de ações em tomar os pães, dar graças e distribuir lembra a Eucaristia, prefiguração do banquete messiânico, fonte de vida da Igreja. A multidão é saciada como aconteceu no episódio do maná e no milagre de Eliseu. Ainda sobram doze cestos dos pedaços de pão, símbolo da totalidade e do povo de Deus. Se as sobras do maná se estragavam, as sobras do alimento dado por Jesus são recolhidas para não perecerem. As pessoas veem nesse sinal o profeta esperado. Saciadas, querem proclamar Jesus rei. A messianidade do Senhor não é entendida e, por isso, é preciso que ele se retire para o monte.
Pe. Jackson Câmara Silva, INJ, ‘A Bíblia dia a dia 2025’, Paulinas.

Reflexão

João prossegue com a narração de sinais realizados por Jesus que comprovam sua divindade. No trecho que hoje meditamos, relata-nos o milagre da multiplicação dos pães, presente nos quatro Evangelhos e muito estimado pelas primeiras comunidades, pois recorda a necessidade da partilha e da fraternidade. Além disso, o ato de dar a bênção e partir o pão nos recorda o significado profundo da celebração eucarística como memorial de sua paixão e ressurreição.
(Dia a Dia com o Evangelho 2025 - PAULUS)

Reflexão

«Ele sabia muito bem o que ia fazer»

Fr. Stefanus Albertus HERRY NUGROH
(Bandung, Indonésia)

Hoje, o Evangelho recorda-nos um milagre na presença de cinco mil homens, quando "Jesus tomou os pães, deu graças e distribuiu aos que estavam sentados, tanto quanto queriam. E Fez o mesmo com os peixes." (Jo 6,11). O Senhor não fez este milagre para se exibir, mas tinha um significado mais profundo. Jesus foi tocado pelo amor de Deus para com aquelas pessoas. Temos de falar de fé e de amor sempre que tentamos compreender o que move Jesus.
A multidão seguia-o pela fé e pela confiança n´Ele. Vindos de todo o lado, precisavam de saciar a sua fome e sede na verdade e no amor de Deus, que encontraram pessoalmente. E o Senhor sabia o que eles necessitavam.
Nós, os cristãos, podemos manifestar o amor de Deus sempre e em qualquer lugar onde nos encontremos. Há que começar por respeitar o próximo, perceber quais são as suas necessidades. A partir daí, podemos atuar como Jesus: esforçando-nos por melhorar a vida do nosso próximo. Estes atos não devem ser tomados de ânimo leve. Eles são, nada mais e nada menos, do que a salvação de Deus operada através das nossas pequenas mãos.
Na Bulgária, em 2019, o Papa Francisco insistiu com os jovens: "Alguns milagres só podem acontecer se tivermos um coração como o vosso: um coração capaz de partilhar, de sonhar, de sentir gratidão, confiança e respeito pelos outros".
O Senhor precisa das nossas manitas para serem seu "parceiro" na realização de milagres. Por isso, temos de pensar na responsabilidade de sermos um "partner" (um socio) do Senhor: isso pode levar outras pessoas a elogiar-nos. Se essa circunstância te permitir servir os outros, porque não? Mas, se isso te levar a não fazer nada, então necessitas retificar a intenção para continuar a missão, tal como fez Jesus. De facto, "quando percebeu que queriam levá-Lo (...) para o proclamarem rei, retirou-se sozinho para a montanha" (Jo 6,15).

Pensamentos para o Evangelho de hoje

- «Jesus não tinha bens materiais suficientes (…). O que a razão humana não ousou esperar, com Jesus tornou-se realidade graças ao coração generoso de um menino» (São João Paulo II)

- «Jesus não permite que a necessidade do homem se reduza ao pão, às necessidades biológicas e materiais. ‘Não só de pão vive o homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus’ (Mt 4,4; Dt 8,3)» (Bento XVI)

- «Ao libertar certos homens dos males terrenos da fome (297), da injustiça (298) da doença e da morte (299) – Jesus realizou sinais messiânicos; no entanto, Ele não veio para abolir todos os males deste mundo (300), mas para libertar os homens da mais grave das escravidões, a do pecado (301), que os impede de realizar a sua vocação de filhos de Deus e é causa de todas as servidões humanas» (Catecismo da Igreja Católica, nº 549)

Reflexão

«Disse isso para testar Filipe, pois ele sabia muito bem o que ia fazer»

Rev. D. Jordi POU i Sabater
(Sant Jordi Desvalls, Girona, Espanha)

Hoje lemos o Evangelho da multiplicação dos pães: «Jesus tomou os pães, deu graças e distribuiu aos que estavam sentados, tanto quanto queriam. E fez o mesmo com os peixes» (Jo 6, 11). A preocupação dos Apóstolos diante de tanta gente faminta nos faz pensar hoje em uma multidão atual, não faminta, mas ainda pior: afastada de Deus, com uma “anorexia espiritual” que impede de participar da Páscoa e conhecer a Jesus. Não sabemos como chegar a tanta gente… Alenta-nos na leitura de hoje uma mensagem de esperança: não importa a falta de meios, mas os recursos sobrenaturais; não sejamos “realistas”, mas “confiantes” em Deus. Assim, quando Jesus pergunta a Filipe onde podia comprar pão para todos, na realidade «disse isso para testar Filipe, pois ele sabia muito bem o que ia fazer» (Jo 6, 5-6). O Senhor espera que confiemos Nele.
Ao contemplar esses “sinais dos tempos”, não queremos passividade (preguiça, fraqueza por falta de luta…), mas esperança: o Senhor, para fazer o milagre, quer a dedicação dos Apóstolos e a generosidade do jovem que entrega alguns pães e peixes. Jesus aumenta nossa fé, obediência e audácia, embora não vejamos logo o fruto do trabalho, da mesma forma como o camponês não vê brotar a planta logo depois da semeadura. «Fé, portanto, sem permitir que o desalento nos desanime; sem que paremos em cálculos meramente humanos. Para superar os obstáculos, há que se começar trabalhando, empenhando-nos inteiramente na tarefa, de modo que o nosso próprio esforço nos leve a abrir novos caminhos» (São Josemaria Escrivá), que aparecerão de forma insuspeita.
Não esperemos o momento ideal para fazer a nossa parte: devemos fazê-la o quanto antes!, pois Jesus nos espera para fazer o milagre. «As dificuldades que o panorama mundial apresenta neste começo do novo milênio nos induzem a pensar que só uma intervenção do alto pode fazer-nos esperar um futuro menos obscuro», escreveu João Paulo II. Acompanhemos, pois, esse panorama com o Rosário da Virgem, pois sua intercessão se tem feito notar em muitos momentos delicados sobre quais tem deixado sua marca profunda a história da Humanidade.

Reflexão

João 6: o tema do pão

REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)
(Città del Vaticano, Vaticano)

Hoje, começamos o capítulo 6 do Evangelho segundo S. João, cujo conteúdo integral é a temática do pão. Esta questão ocupa um lugar importante na mensagem de Jesus, desde as tentações no deserto, passando pela multiplicação dos pães, até à Última Ceia.
O grande sermão sobre o pão revela o amplo espectro do significado deste tema. Inicialmente descreve-se a fome da multidão que tinha escutado Jesus e que Ele não despede sem antes lhe dar de comer. Porém Jesus não permite que as necessidades do homem se reduzam ao pão, às necessidades biológicas e materiais. «Não só de pão vive o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus» (Mt 4,4; Dt 8,3).
—O pão miraculosamente multiplicado recorda-nos o milagre do maná no deserto e, ultrapassando-o, assinala simultaneamente que o verdadeiro alimento do homem é o “Logos”, a Palavra eterna, o sentido eterno do qual vimos e em cuja espera vivemos.

Comentário sobre o Evangelho

A multiplicação dos pães e dos peixes


Hoje, vemos as pessoas a procurar Jesus porque têm necessidade de saúde. Em primeiro lugar, de saúde física, corporal. Jesus Cristo não poupa esforços para curar as suas doenças, e até faz um grande milagre para remediar a sua fome. Não há limites nem para o poder de Deus nem para o seu querer… Cinco mil homens… Trinta mil pessoas…
- Mas o Mestre também lhes dirá que se esforcem pelo pão que leva ao céu, quer dizer, pelos ensinamentos que alimentam a nossa alma.

Meditação

A Palavra: dos ouvidos ao coração!

A mensagem do Redentor deseja se multiplicar como os pães do Evangelho de hoje. Não é só fome de pão, mas de valores evangélicos que devem alimentar nossa sociedade e a vida pessoal de cada um.
Na primeira leitura, Gamaliel nos ensina a respeitar situações que ainda não conhecemos. Atitudes assim permitem que Deus aja entre nós, porque vencem preconceitos e egoísmos, e abrem oportunidades para saciar as “fomes” que existem perto de nós.
Antes de multiplicar os pães, Jesus provocou seus discípulos a buscarem soluções para saciar a fome daquele povo. Dessa maneira, o Mestre nos mostra que o pão significa cada valor importante que precisa ser multiplicado por nós e entre nós, hoje.
Na realidade em que vivemos, o que podemos oferecer uns aos outros? Se somos capazes de identificar as “fomes”, também podemos oferecer os “pães!”
Oração
Deus eterno e todo-poderoso, que nos destes no bispo Santo Atanásio um exímio defensor da divindade do vosso Filho, concedei-nos benigno que, alegrando-nos com sua doutrina e proteção, possamos conhecer-vos sempre melhor e vos amar cada vez mais. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.

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