sexta-feira, 15 de novembro de 2024

COLETÂNEA DE HOMÍLIAS DIÁRIAS, COMENTÁRIOS E REFLEXÕES DO EVANGELHO DO DIA, DE ANOS ANTERIORES - 15/11/2024

ANO B


Lc 17,26-37

Comentário do Evangelho

O bem e o mal

Concluindo a fala de Jesus sobre a chegada do dia do Filho do Homem, Lucas reúne alguns textos que são encontrados no discurso escatológico em Marcos e Mateus. São evocados dois julgamentos e castigos da tradição bíblica: o do dilúvio e o de Sodoma. Os maus perecerão. O estilo é apocalíptico e dualista, com a separação final entre o bem e o mal. A segunda parte do bloco é inspirada na fuga da cidade por ocasião da tomada e destruição de Jerusalém, à qual o evangelho é posterior. A resposta à pergunta dos discípulos sobre onde acontecerá é uma sentença enigmática. Talvez se refira aos mortos na destruição de Jerusalém.
Com o passar do tempo, a expectativa escatológica foi cedendo lugar ao compromisso da luta pela justiça, hoje, no mundo em que vivemos.
José Raimundo Oliva
Oração
Pai, dá-me suficiente sensatez para não buscar segurança e salvação nos bens deste mundo, pois só as encontro junto de ti, na obediência fiel à tua vontade.
Fonte: Paulinas em 16/11/2012

Comentário do Evangelho

Não viver a vida como se Deus não existisse.

O dilúvio é interpretado pela própria Escritura como um evento de purificação. A causa do dilúvio foi a maldade crescente da humanidade e a corrupção da obra da criação de Deus. O mesmo se diga da destruição de Sodoma e Gomorra que, em razão de sua perversidade, foram arrasadas pelo enxofre e fogo do céu. A partir desses dois acontecimentos, Jesus exorta os discípulos a não viverem a vida como se Deus não existisse, ou como se a fé não dissesse respeito aos valores da vida. A excessiva preocupação com questões relativas à vida de cada dia e com o bem-estar (Mt 6,25-34; Lc 12,22-31) pode distanciar o discípulo das coisas de Deus e fazê-lo até prescindir de Deus na organização de sua vida. As histórias de Noé e Ló servem para interpelar os discípulos a permanecerem arraigados no Senhor. A fé em Deus tem para a vida do cristão uma implicação ética: ela exige um comportamento condizente com a vontade de Deus. A vida do fiel deve ser expressão da fé que ele professa e da relação com o Deus em quem ele põe a sua confiança e esperança. Na vida do discípulo, e de toda a comunidade cristã, tudo tem de ser vivido a partir da centralidade do Reino de Deus.
Oração
Pai, dá-me suficiente sensatez para não buscar segurança e salvação nos bens deste mundo, pois só as encontro junto de ti, na obediência fiel à tua vontade.
Fonte: Paulinas em 14/11/2014

Vivendo a Palavra

O dia do Filho do Homem para cada um de nós não se fará anunciar por sinais extraordinários. Ele acontecerá na rotina do cotidiano, como foi nos tempos de Noé ou de Ló. Este é o jeito de Jesus nos alertar para que estejamos vigilantes em oração – isto é, sempre conscientes da Presença em nós do Pai Misericordioso.
Fonte: Arquidiocese BH em 16/11/2012

Vivendo a Palavra

Jesus lembra que não devemos esperar sinais milagrosos para nos converter. O fim chegará num dia aparentemente normal e nós devemos nos manter em permanente vigília e oração. Orar é nos conscientizarmos da presença amiga de Deus Pai; e vigiar é testemunhar aos irmãos com nossa vida o quanto somos todos amados por Ele.
Fonte: Arquidiocese BH em 11/11/2016

VIVENDO A PALAVRA

O ‘Dia do Filho do Homem’ para cada um de nós não se fará anunciar por sinais extraordinários. Ele acontecerá na rotina do dia-a-dia, como foi nos tempos de Noé ou de Ló. Este é o jeito de Jesus nos alertar para que estejamos vigilantes em oração – isto é, sempre conscientes e agradecidos pela Presença do Pai Misericordioso junto a nós na caminhada.
Fonte: Arquidiocese BH em 16/11/2018

VIVENDO A PALAVRA

Jesus de Nazaré, o nosso Mestre, fala sobre o ‘dia da revelação do Filho do Homem’ e nos aconselha a entrar na arca, como Noé; a olhar em frente para o caminho, como Ló; a não descermos aos andares inferiores do nosso ser em busca dos desejos menores; a não nos preocuparmos em ganhar a nossa vida, mas em entregá-la muito confiantes ao Pai Misericordioso.
Fonte: Arquidiocese BH em 13/11/2020

Reflexão

Devemos estar sempre prontos para o nosso encontro com Jesus, e este encontro, na verdade, acontece todos os dias, quando ele vem até nós na pessoa dos fracos, dos pobres, dos oprimidos, dos excluídos, dos necessitados, enfim, de todos os que não são amados, são rejeitados pela sociedade e precisam de alguém que manifeste o amor que Deus tem por eles. O dia do Filho do Homem é o dia da vivência do amor, da caridade e da fraternidade para com todos. O verdadeiro cristão é aquele que faz de todos os dias da sua vida o dia do Filho do Homem.
Fonte: CNBB em 16/11/2012, 14/11/2014 e 11/11/2016

Reflexão

Muitas pessoas, inclusive seguidoras de Cristo, levam vida focada apenas em coisas terrenas, apegadas aos bens materiais. A destruição e a morte pegaram de surpresa os conterrâneos de Noé e de Ló. Dois modelos a imitar no desapego e na renúncia a si mesmos; no zelo pelas coisas de Deus e na fé. Importa prestar atenção, porque virá também o “dia do Filho do Homem”. O caminho da salvação é um caminho de renúncia ao próprio egoísmo e de dedicação à prática da justiça. “Perder a vida”, na verdade, é orientá-la no rumo justo, coloca a serviço do Mestre. De alguma forma haverá um julgamento definitivo, coroamento e glória para quem permanecer fiel a Cristo e a seu Reino. Entretanto, a salvação de cada um acontece dia a dia na sua história pessoal.
(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 16/11/2018

Reflexão

Muitas pessoas, inclusive seguidoras de Cristo, levam vida focada apenas em coisas terrenas, apegadas aos bens materiais. A destruição e a morte pegaram de surpresa os conterrâneos de Noé e de Ló. Dois modelos a imitar no desapego e na renúncia a si mesmos; no zelo pelas coisas de Deus e na fé. Importa prestar atenção, porque virá também o “dia do Filho do Homem”. O caminho da salvação é um caminho de renúncia ao próprio egoísmo e de dedicação à prática da justiça. “Perder a vida”, na verdade, é orientá-la no rumo justo, colocá-la a serviço do Mestre. De alguma forma haverá um julgamento definitivo, coroamento e glória para quem permanecer fiel a Cristo e a seu Reino. Entretanto, a salvação de cada um acontece dia a dia na sua história pessoal.
Oração
Senhor Jesus, tuas palavras são sérias advertências que nos ajudam a refletir sobre a nossa vida. O que, de fato, é importante para nós, peregrinos neste mundo? Em que ocupamos o tempo? Qual é o nosso empenho para melhorar as relações entre as pessoas? Vem em nosso socorro, Senhor. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2020 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp (dias de semana) Pe. Nilo Luza, ssp (domingos e solenidades))
Fonte: Paulus em 13/11/2020

Reflexão

Muitas pessoas, inclusive seguidoras de Cristo, levam vida focada apenas em coisas terrenas, apegadas aos bens materiais. A destruição e a morte pegaram de surpresa os conterrâneos de Noé e de Ló. Dois modelos a imitar no desapego e na renúncia a si mesmos; no zelo pelas coisas de Deus e na fé. Importa prestar atenção, porque virá também o “dia do Filho do Homem”.  O caminho da salvação é um caminho de renúncia ao próprio egoísmo e de dedicação à prática da justiça. “Perder a vida”, na verdade, é orientá-la no rumo justo, colocá-la a serviço do Mestre. De alguma forma haverá um julgamento definitivo, coroamento e glória para quem permanecer fiel a Cristo e a seu Reino. Entretanto, a salvação de cada um acontece dia a dia na sua história pessoal.
(Dia a dia com o Evangelho 2022)
Fonte: Paulus em 11/11/2022

Comentário do Evangelho

UM PERIGOSO TORPOR

Esperar é sempre cansativo. Quanto mais a espera de algo cujo dia e hora são desconhecidos. Assim se passa com a segunda vinda de Jesus. Ele mesmo recusou-se a abordar este assunto. Certa vez, dissera: "O dia e a hora ninguém sabe, nem os anjos do céu nem sequer o Filho, mas somente o Pai". Para ele, o importante era entregar-se ao serviço do Reino, deixando de lado as preocupações apocalípticas.
Entretanto, a espera prolongada acabou gerando um perigoso torpor no coração dos cristãos. Perigoso por correrem o risco de ser surpreendidos. O desconhecimento do dia e da hora não podia justificar uma vida incompatível com a condição de discípulo do Reino.
Dois exemplos do passado serviram de parábola para o presente. Por ocasião do dilúvio, apesar das admoestações divinas, a humanidade insistiu no seu caminho de iniquidade, até que veio o castigo. Fato semelhante aconteceu quando da destruição de Sodoma. Contaminados pelo pecado, seus habitantes viveram na insensata ilusão das orgias. Seu fim foi a destruição pelo fogo.
Por nenhum motivo o discípulo de Jesus pode bandear-se para o pecado como se sua atitude fosse sem consequências. Afinal, o julgamento divino antecipa-se, e acontece no dia-a-dia, vivido na fidelidade a Deus e ao seu Reino. Aí, já se constrói a salvação.
Oração
Espírito de vigilante alerta, mantém-me sempre preparado para o advento do Senhor, vivendo, no meu dia-a-dia, a misericórdia que me assemelha ao Pai.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Deus de poder e misericórdia, afastai de nós todo obstáculo para que, inteiramente disponíveis, nos dediquemos ao vosso serviço. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Dom Total em 14/11/2014

Meditando o evangelho

MATERIALISMO INÚTIL

Ao alertar os discípulos sobre a Parusia – a vinda do Filho do Homem –, Jesus retoma antigas histórias onde o gozo materialista da vida impedia que a humanidade se desse conta dos apelos prementes de Deus. O dilúvio destruiu a Terra porque a humanidade levava uma vida dissoluta, vivendo na corrupção e na violência. Alheios aos anseios de Deus, "comiam, bebiam, casavam-se", até que veio a destruição total.
O destino de Sodoma deveu-se à semelhante insensatez. Contaminados pelos vícios e pela maldade, os sodomitas levavam uma vida de pecado e dissolução – "comiam, bebiam, vendiam, compravam, plantavam, construíam" –, prescindindo, por completo, da vontade divina. O gesto da mulher de Lot foi também recordado como exemplo de apego inútil à posse de bens terrenos. Lot e todos os seus familiares foram proibidos de olhar para trás ao se afastarem da cidade pecadora. Mas sua mulher, apegada ao que estava deixando, desobedeceu a ordem divina. Por isso, foi castigada.
Desta volta ao passado, Jesus tirou uma conclusão: "Quem procura ganhar a sua vida, vai perdê-la, e quem a perde, vai conservá-la". Portanto, supervalorizar os bens terrenos, julgando encontrar neles segurança e salvação, é uma atitude indigna do discípulo do Reino. A preparação para o encontro com o Senhor exige desapego, partilha, relativização dos bens deste mundo, de modo que seu coração fique totalmente disponível para Deus.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total)
Oração
Pai, dá-me suficiente sensatez para não buscar segurança e salvação nos bens deste mundo, pois só as encontro junto de ti, na obediência fiel à tua vontade.
Fonte: Dom Total em 11/11/2016

Meditando o evangelho

O DIA DO FILHO DO HOMEM

Muitos cristãos da comunidade primitiva, não vendo realizar-se sua esperança do fim do mundo, corriam o risco de levar uma vida acomodada e monótona, como se tivessem perdido o sentido de viver. Foi necessário chamar-lhes a atenção para o risco desta atitude inconsiderada e pessimista. O alerta visava não deixá-los esmorecer na caridade, e manter assim, viva a chama da esperança.
Os discípulos de Jesus não deveriam ser tomados de surpresa, como havia acontecido com o povo por ocasião do dilúvio. Sua vida despreocupada, centrada nos prazeres, dispensava Deus e seus apelos de conversão. Esse povo preferiu levar uma vida de impiedade, indo de pecado em pecado, como se o seu futuro já estivesse garantido.
Bem outra foi a situação do justo Noé, temente a Deus e submisso à sua vontade. Ele foi salvo por não ter se deixado corromper pelo pecado que grassava na sociedade, mantendo-se fiel a Deus e não se desviando pelo caminho do mal.
O cristão, realmente preocupado com a volta do Senhor, não se acomoda. Embora veja a fé de muita gente arrefecer, persevera na prática do amor e da misericórdia. É a forma de conservar sua vida, como Jesus recomendou.
Fonte: Dom Total em 16/11/201813/11/2020 e 11/11/2022

Oração
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Senhor Jesus, que eu não caia num estilo de vida acomodado, esquecendo-me de que é pela prática do amor e da misericórdia, que eu me preparo para o encontro contigo.
Fonte: Dom Total em 16/11/2018 e 13/11/2020

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. O TEMPLO VIVO
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

A casa onde morávamos, nos anos 60, esquina das ruas Albertina Nascimento com a Tarcísio Nascimento em Votorantim, era incompatível com a nossa classe social, meu pai era um simples operário e a casa de cinco cômodos era bonita e espaçosa, a sala era o espaço onde recebíamos as visitas. Certo dia veio a nossa casa a Dona Dita, uma senhora humilde que minha mãe gostava muito de acolher, sempre a ajudando como podia. Minha Irmã havia encerado o corredor e a sala, e a mulher, ao entrar, pedindo licença, tirou o chinelo sujo de barro, pois havia chovido àquele dia, mas minha mãe lhe disse: “Olhe Dona Dita, a senhora é muito mais importante que esta casa , e esta sala limpa e organizada, é justamente para receber a senhora, por isso pode por o chinelo e fique a vontade”
Lembro-me que nos meus nove anos, depois que a mulher se foi, perguntei à minha mãe se era mesmo verdade que a Dona Dita, tão pobrezinha daquele jeito, era assim tão importante, ao que minha mãe respondeu: ”As pessoas, ricas ou pobres, inteligentes ou ignorantes, são importantes e devem ser sempre recebidas com respeito e amizade, porque nelas mora o Deus vivo, é uma ofensa ao nosso Deus, exigir que um pobre tire o sapato ou o chinelo, para não sujar a nossa casa”. AH Dona Georgina minha primeira catequista! Como lhe sou grato por ensinar-me esta lição, apreendida com a Palavra de Deus!
O comentário simples da minha mãe, é a homilia de hoje, pois Jesus, indignado por terem feito do templo sagrado um lugar de comércio, expulsa da casa do Pai os profanadores do templo. Ao afirmar, que o zelo por vossa casa me devora, Jesus não se refere somente ao templo em si, edificação material, mas ao templo vivo que é o homem, onde, exatamente como minha mãe me ensinou, está presente o Deus vivo.
Todas as igrejas cristãs, enquanto lugar consagrado a Deus, onde o povo se reúne para o culto, deve e precisa ser respeitado como tal, porque se apresenta como sinal dessa presença real de Jesus em sua igreja. A Festa litúrgica dessa sexta feira, dia 09 de Novembro – Dedicação da Basílica de Latrão, que não quer simplesmente prestar homenagem a um lugar histórico para a igreja católica, como é a Basílica de Latrão, que no século IV, quando o imperador Teodósio decretou o Cristianismo como a Religião oficial do Império, tornou-se a residência oficial do Papa, passando depois a ser uma Basílica.
Ao celebrar essa festa tão importante, a Igreja nos oferece esta reflexão da Palavra de Deus, sobre o sentido do templo, enquanto lugar da presença de Deus, e o templo vivo onde Deus habita que é no coração do homem, conferindo-lhe uma dignidade especial, a ponto de Paulo nos dizer, diante de pecados que profanam o corpo –“ Não sabeis que vossos corpos são templos do Espírito Santo?”
É na teologia joanina que o corpo será compreendido enquanto morada de Deus, templo do Deus Altíssimo, afirmando e confirmando desta maneira, que lá nas profundezas do nosso ser existencial, envolvendo todas as nossas dimensões, Cristo Jesus se faz presente, graças a efusão do Espírito Santo, o Santíssimo, Perfeitíssimo e Todo Poderoso, vem participar da vida dos homens, não dentro de um conformismo com o domínio do mal, por causa das fraquezas e da concupiscência da carne, antes, para os resgatar, apontar-lhes o único caminho que é Ele mesmo.
Nesse sentido a morte já não existe, o homem tornou-se propriedade exclusiva de Deus, através da encarnação de Jesus, nada poderá derrotá-lo, nenhuma outra força será maior do que a graça santificante e operante, que preenche todo o seu ser. Esse resgate da dignidade humana, esta total renovação e renascimento, é o maior de todos os sinais que Jesus apresenta aos seus interlocutores neste evangelho - “Destruam este templo e em três dias eu o levantarei!”
Este Santuário que traz em si o Deus vivo e encarnado na história, em Jesus de Nazaré, vem sendo todos os dias e de todas as formas profanado, violentado, banalizado, mercantilizado, feito em ruínas. Não se discute aqui o caráter sagrado dos nossos templos cristãos, mas o que deve nos questionar é a essência daquilo que Jesus ensina-nos neste evangelho: que como cristãos deste terceiro milênio, devemos todos ter este mesmo zelo que nos devora, pela vida e dignidade dos nossos irmãos. Não estaria na hora de usarmos o “chicote da indignação”, diante de certas ideologias para quem a vida humana nada vale?. Poderíamos começar em nossas comunidades, acolhendo todos os que vêm sendo vítimas desta profanação. (Consagração da Basílica de Latrão) João 2, 13-22.

2. Quem procurar salvar a vida, vai perdê-la...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)

O Dia da manifestação do Filho do Homem será o dia do restabelecimento do Reino para Israel e para toda a humanidade. Como isso ainda não aconteceu, não sabemos como será. Enquanto não acontece, esperamos, sabendo que o Reino já está em ação no meio de nós. Jesus dirá aos Apóstolos depois da última Ceia: “Vocês são os que permaneceram constantemente comigo em minhas provações; também eu disponho para vocês o Reino, como o meu Pai o dispôs para mim, a fim de que comam e bebam em minha mesa em meu Reino e se sentem em tronos para julgar as doze tribos de Israel”. A curiosidade religiosa nem sempre fica satisfeita com as respostas de Jesus. É bom, porém, não olhar para trás. Veja o que aconteceu com a mulher de Ló! Ir para a frente, atrás de Jesus.
Fonte: NPD Brasil em 16/11/2018

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. O verdadeiro sentido do que somos e fazemos
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Como um rio, que no final do seu percurso, mergulha no infinito do mar, assim também, cada homem na caminhada de sua existência, segue para um encontro pessoal com DEUS. Muitos pensam em um terrível acerto de contas, outros já pensam que estão condenados, mas também há os que não conhecem, ou fingem não conhecer a DEUS e vivem esta vida fazendo um monte de coisas, que em si mesmas, não tem nenhum sentido.
Imaginemos alguém que trabalha por trabalhar, casou-se apenas por casar, ou então em um time de futebol, joga por jogar, tanto faz o time perder ou ganhar, não têm estímulo, entusiasmo, empenho e vibração, um homem máquina, que nada sente e nem se relaciona com os outros, esse é o tal que vive apenas por viver… Esse relativismo é muito influente nos dias de hoje, causa primeira de tantas angústias, depressões e suicídios, pois a monotonia do fazer, sem saber o porquê, e qual a razão do nosso ser, nos mata, aos pouquinhos, todo dia.
Este Evangelho, Que apresenta uma linguagem apocalíptica, não quer nos aterrorizar diante de DEUS, muito ao contrário, quer nos despertar a consciência de que, sem DEUS a nossa existência será sempre vazia e sem sentido. Não há sentido no viver e muito menos no morrer, a vida é um absurdo, se não descobrirmos que o fim último de todos nós é DEUS.
Nas entrelinhas do texto, refletido, há uma mensagem belíssima: temos que estar permanentemente preparados para esse encontro com DEUS, contudo, não é um encontro, somente no pós-morte, mas em nosso dia a dia, nos encontramos com DEUS, se estivermos de coração aberto e já tivermos feito em SUA Graça, a descoberta de que é ELE a razão de ser e o sentido de tudo o que somos e fazemos.
O encontro definitivo na pós-morte, será só uma consequência das escolhas e decisões que tomarmos no dia a dia, onde A Fé em JESUS CRISTO deve ser sempre O Fiel da Balança da nossa vida.

2. Quem procurar salvar a vida, vai perdê-la, e quem a perder, vai salvá-la - Lc 17,26-37
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)

No tempo de Noé, todos estavam vivendo tranquilamente a vida de cada dia, sem maiores preocupações, quando de repente veio o dilúvio. Assim acontecerá “nos dias do Filho do Homem”, no tempo da manifestação final de Jesus Cristo. Tudo acontecerá de repente e rapidamente, sem que saibamos exatamente como. Os fariseus perguntaram quando virá o Reino. Os discípulos perguntam onde acontecerá tudo o que Jesus está anunciando para o fim do mundo. A resposta é enigmática. Os abutres se reúnem onde está o cadáver. Veio o dilúvio e ninguém estava esperando. O dia do Filho do Homem acontecerá sem nos darmos conta. Será essa a sensação da morte? Uma luz intensa de curta duração nos envolvendo, pondo-nos em estado de êxtase à espera da ressurreição?
Fonte: NPD Brasil em 13/11/2020

HOMILIA DIÁRIA

Eis a esperança que pode transformar o mundo em que vivemos

Postado por: homilia
novembro 16th, 2012

O Evangelho quer produzir em nós uma esperança que supera os limites do otimismo, pois antes de tudo a nossa esperança nos enraíza e nos remete a Deus, e não em pensamentos positivos do tipo: “No fim dará tudo certo!” Será? Dependerá de respostas acertadas, inspiradas, evangélicas!
O evangelista apresenta a Palavra do Senhor em seu sermão escatológico (Lc 17,26-37), no qual Jesus utiliza dois antigos acontecimentos para ensinar algo urgente para o presente e o futuro. Cristo cita Noé (cf. Gn 6,5) e Ló (cf. Gn 19,19-26), pois no tempo de ambos:«comiam, bebiam, casavam-se e se davam em casamento… compravam e vendiam, plantavam e construíam» (Lc 17,27s).
Isto é o mesmo que dizer que eles viviam todos num nível apenas horizontal da vida, no comum dos mortais! Então Jesus utiliza expressões surpreendentes e que revelam uma intervenção decisiva de Deus na história passada: «até o dia em que Noé entrou na arca… Mas no dia em que Ló saiu de Sodoma» (vv. 27.29).
Para revelar que o mesmo Senhor da história um dia intervirá definitivamente, disse Jesus Cristo: «O mesmo acontecerá no dia em que o Filho do Homem for revelado» (v.30).
Jesus não “joga com palavras” e nem o evangelista, mas tudo isto é para que nos deixemos conquistar pela ação do Espírito de Cristo atuante na história presente da humanidade. Ele, antes de tudo e todos, pretende preparar os amados de Deus para o Juízo Final, o qual não tarda: «Eis que venho em breve, trazendo comigo a minha recompensa, para retribuir a cada um segundo as suas obras. Eu sou o Alfa e o Ômega, o Primeiro e o Último, o Começo e o Fim» (Ap 22,12-13).
Mas retornando um pouco atrás, nota-se que os personagens citados por Jesus, também nos recordam a realidade dos seus contemporâneos: «O Senhor viu o quanto havia crescido a maldade das pessoas na terra e como todos os projetos de seus corações tendiam unicamente para o mal» (Gn 6,5). Quanto a Sodoma, o diagnóstico não foi também muito animador para os Anjos do Senhor, perante o justo Ló: «Vamos destruir este lugar, pois grande é o clamor contra ele diante do Senhor» (Gn 19,13).
Passagens bíblicas que não nos dão o direito de julgar e condenar ninguém, tampouco querem gerar pessimismo em nós, mas podem nos chamar à interpretação dos sinais – ou contra-sinais! – dos tempos atuais, cristãos radicados na misericórdia e verdade do Senhor.
Ele virá! Maranathá! Ainda que os acontecimentos e notícias que chegam a nós não parecem compor um cenário tão diferente ao de Noé ou de Ló, não poderemos nunca datar ou precisar a volta gloriosa d’Aquele que não cessa de vir ao nosso encontro em cada situação da vida, sem nunca deixar de também chamar: «Vinde a mim, todos vós que estais cansados e carregados de fardos, e eu vos darei descanso» (Mt 11,28).
Por isso também, precisamos aproveitar este Kairós (tempo de graça), que o nosso Papa Bento XVI inaugurou, com o Ano da Fé. Nele podemos lembrar que se Noé entrou com a sua família na Arca e Ló saiu de Sodoma com os seus familiares, precisamos assumir a nossa casa e os relacionamentos familiares como o primeiro campo de missão, onde é necessário anunciar o Senhor.
Ele quer contar conosco na salvação dos nossos e outros, a começar pela intercessão. Somente em Jesus todos podem crescer no “entrar e sair”, como expressão da verdadeira liberdade no Senhor, a qual nunca significará um render-se aos modismos ou ideologias mundanas: «Eu sou a porta. Quem entrar por mim será salvo; poderá entrar e sair e encontrará pastagem» (Jo 10,9).
Ele é o Bom Pastor que, através da sua Igreja-Esposa, quer salvar e preparar a humanidade para a sua Segunda Vinda. Esta última não pode ser temida, mas profundamente suplicada e acolhida: «O Espírito e a Esposa dizem: “Vem”! Aquele que ouve também diga: “Vem”! Quem tem sede, venha, e quem quiser, receba de graça a água vivificante» (Ap 22,17).
Eis a esperança que pode transformar o mundo atual em lugar não de medo, mas de fé, esperança e amor operantes.
Padre Fernando Santamaria
Fonte: Canção Nova em 16/11/2012

HOMILIA DIÁRIA

A Palavra de Deus nos conduz pelas estradas da vida

Quando Deus nos manda alguma Palavra, não é para nos ameaçar, não é para nos deixar temerosos e medrosos, mas é para cuidar de nós, para nos advertir, para nos chamar à atenção dos perigos da vida e das estradas que caminhamos

“Quem procura ganhar a sua vida vai perdê-la; e quem a perde vai conservá-la.” (Lucas 17,33)

Hoje, Nosso Senhor Jesus vem nos falar sobre a Sua vinda, fazendo uma comparação com os dias de Noé. Está presente, no Livro dos Gênesis, o início da criação do mundo, quando Noé entrou na Arca. Muitos zombaram dele; mais do que zombar, eles levavam uma vida dissoluta, mundana, como se não houvesse importância aquilo que Noé vivia e fazia. Enquanto eles bebiam, comiam, embriagavam-se e faziam orgias, chegou o dia do Senhor. Noé entrou na Arca e os que estavam com ele foram salvos.
Sabe, meus irmãos, às vezes, nós ignoramos o tempo, a hora e o momento de Deus. Nenhum de nós pode viver nesta vida de forma desprevenida, dissoluta, entregue aos prazeres, esquecendo-se de que, a qualquer momento, nós iremos prestar conta da nossa vida. Alguns ainda zombam de Deus e de Suas coisas, não O respeitam. Muitos vivem como se Deus não existisse, acreditam que a vida é curta e vão curti-la de qualquer jeito, de qualquer forma; curtem a vida ignorando os outros e a Palavra de Deus.
Não permitamos que este sentimento tome conta de nós por meio da indiferença, quando não ligamos para Deus, para Suas coisas nem ouvimos os alertas d’Ele. Quando o Senhor nos manda alguma Palavra, não é para nos ameaçar, não é para nos deixar temerosos e medrosos, mas para cuidar de nós, para nos advertir, para nos chamar à atenção sobre os perigos da vida e das estradas que caminhamos.
Quantas pessoas, por se acharem autossuficientes, por acharem que “davam conta”, se perderam nas estradas da vida!
Certa vez, andava por um lugar onde dizia: “Perigo! Cuidado! Aqui não se entra!”. Eu, simplesmente, ignorei a placa, dei dois passos e caí num buraco. Só fui salvo pela misericórdia de Deus. Mas aviso tinha!
Nas estradas da vida há muitos avisos: “Reduza a velocidade. Cuidado, pista perigosa! Pista com alto nível de acidentes”, mas as pessoas não prestam atenção nas placas da vida. Então, como prestar se atentar nas advertências de Deus, que só quer o nosso bem, só quer cuidar de nós?
Sejamos humildes e obedientes. Que a Palavra de Deus, como luz que brilha nas estradas da vida, vá nos direcionando, iluminando-nos e tirando-nos dos caminhos que não nos levam à vida, mas à morte.
Deus abençoe você!

HOMILIA DIÁRIA

Retomemos nossa vida espiritual

Retomemos nossa vida espiritual e vigilância, retomemos a vida com prudência, a nossa vida a cada dia, como se esse fosse o nosso último dia

“Duas mulheres estarão moendo juntas; uma será tomada e a outra será deixada. Dois homens estarão no campo; um será levado e o outro será deixado.” (Lucas 17, 35-36)

A reflexão da Palavra de Deus continua na tônica da vinda definitiva de Jesus no meio de nós. Todas as preocupações e elucubrações que as pessoas fazem a respeito da volta de Jesus ao meio de nós, muitas vezes, criam realidades que nos tiram do chão e não nos mantêm centrados na essência da mensagem do Evangelho, que é viver o Reino de Deus a cada dia.
Às vezes, há pessoas, aqui e ali, que fazem loucuras, que deixam de viver a vida, vivem somente na expectativa de que Jesus está voltando amanhã. Mas Ele está voltando hoje, a cada dia!
Precisamos viver cada dia como se fosse o único de nossa vida, e tanto faz Ele chegar hoje ou amanhã, o importante é estarmos preparados. Não podemos viver a vida de improviso, pois nos acostumamos a improvisar as coisas e, muitas vezes, improvisamos a nossa própria vida pessoal, nossa vida espiritual, nossa relação com Deus. Mas quando essa surpresa final, que é a volta definitiva do Senhor, a instalação do Reino acontecer no meio de nós, quem estiver preparado estará, quem não estiver não dará para improvisar.
A realidade do mundo é assim: duas pessoas podem estar dormindo na mesma sala, um ter o espírito direcionado a Deus e a outra não. Duas pessoas podem dormir na mesma cama, marido e mulher, mas um vive de acordo com a vontade de Deus e outro nem tanto.
O Evangelho cita a nós duas mulheres que estão indo buscar água, mas pode ser duas pessoas que trabalham na mesma empresa, dois jogadores que jogam no mesmo time de futebol… Enfim, você pode pensar isso em tantas situações da vida, o importante é que, onde quer que você esteja, no que você estiver fazendo, o seu coração já viva a realidade do Reino de Deus. Que você não esteja enrolando, enganando a si mesmo.
Talvez pensemos que enganamos a Deus, depois improvisamos e Ele dá um jeito. Mas não é assim! O que acontece e não percebemos é que, muitas vezes, enganamos, enrolamos a nós mesmos, permitimo-nos viver uma cegueira e não enxergamos o essencial. Por isso a Palavra de Deus, que vem hoje ao nosso encontro, é um convite para que retomemos a nossa vida espiritual, a nossa vigilância. Retomemos, de fato, viver com prudência a nossa vida a cada dia, como se esse fosse o nosso último dia.
Quem sabe o dia que vamos ao encontro com Deus?
Oxalá, se tivéssemos vida longa! É o que desejo para cada um de nós, mas vivendo mais um dia ou mais cem anos daqui para frente, que cada dia seja único, bem vivido na presença de Deus, sem aquela falsa expectativa de que amanhã mudamos, amanhã conseguimos. Como também não podemos viver aquela ansiedade: “Não consigo mudar! Minha vida não transforma!”.
O mais importante é termos o empenho nosso de cada dia, mesmo que, às vezes, nosso empenho não seja suficiente, não produza os frutos que esperamos, não conseguimos os resultados que queiramos. O importante é o empenho, é o coração que está buscando, mesmo em meio às fraquezas, dificuldades e lutas diárias. Não podemos desanimar, não podemos deixar de vigiar, de viver com seriedade e responsabilidade a nossa vida.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 11/11/2016

HOMILIA DIÁRIA

Vigilância é estar com o coração em Deus a todo momento

Se vivermos bem a vigilância a Deus em tudo aquilo que realizamos, a chegada ao Reino de Deus não será surpresa para ninguém

“Eu vos digo: nesta noite, dois estarão numa cama; um será tomado e o outro será deixado. Duas mulheres estarão moendo juntas; uma será tomada e a outra será deixada. Dois homens estarão no campo; um será levado e o outro será deixado.” (Lucas 17,34-36)

Quando escutamos esse Evangelho de Jesus o qual fala dos acontecimentos finais, da surpresa definitiva da vinda de Deus para o meio de nós, ficamos assustados porque será de forma inesperada. Na hora em que menos esperarmos, a manifestação definitiva de Deus estará no meio de nós.
Se Deus não vem, nós vamos e a nossa ida para Ele não será com hora e nem dia marcado. Às vezes, vivemos aquela vida improvisada, de qualquer jeito, onde só nos preparamos para uma coisa na hora em que a viveremos.
Temos de estar preparados, temos de estar com as nossas “contas em dia”, com a nossa vida em dia. Não temos de estar preparados para morrer daqui há 10 ou 20 anos. Eu quero ter vida longa e quero que você, também, a tenha. Mas, a nossa vida é o hoje, o aqui e o agora bem vividos.
Tem um remédio evangélico fundamental que se chama: vigilância, ou seja, cuidar da vida a cada dia e não improvisar a cada momento da vida. Vigilância é estar com o coração em Deus a todo e qualquer momento. Alguns pensam: “Quando eu vou à Igreja, coloco o meu coração em Deus”. Mas, não é assim. Se estamos trabalhando, correndo, fazendo isso e aquilo, não podemos entregar o nosso coração para as práticas erradas, para os vícios, para os erros, para o pecado.
Temos de estar com o nosso coração preparado todos os dias. Por isso, o Evangelho diz que duas pessoas estavam no mesmo lugar, uma estava com o coração em Deus e a outra não estava. Não adianta, é aquela que está com o coração em Deus que vai.
O marido e a esposa dormem na mesma cama. Porém, um deles está o coração honesto, reto e em Deus; mas o outro pode não estar. Então, um será tomado e o outro será deixado.
Você está com seu companheiro e parceiro de trabalho, seu irmão de Igreja e de comunidade; mas estarem juntos não quer dizer que os dois têm o mesmo coração. Entretanto, se estamos juntos com o outro, é importante que o ajudemos a ter um coração em Deus e, aprendamos com ele a ter um coração fiel a Deus. É assim que se vive a espera do Senhor. É assim que vivemos para nos prepararmos para irmos ao encontro d’Ele.
Se vivermos bem, cada dia da nossa vida a vigilância e fidelidade a Deus em tudo aquilo que realizamos, a morte, a chegada ao Reino de Deus não será surpresa para ninguém.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 16/11/2018

HOMILIA DIÁRIA

Estejamos sempre com o coração em Deus

“Eu vos digo: nesta noite, dois estarão numa cama; um será tomado e o outro será deixado. Duas mulheres estarão moendo juntas; uma será tomada e a outra será deixada.” (Lucas 17,34-35)

O Reino de Deus, que chegará de forma definitiva para levar aqueles que a ele pertencem, pegará todos nós de surpresa. Existem boas surpresas e existem más surpresas, existem surpresas agradáveis e desagradáveis, mas o Reino de Deus só pode ser coisa agradável para nós, só pode ser a melhor surpresa de cada dia. Ele só não pode nos surpreender quando não estamos preparados ou não estamos vivendo nele.
Assim como Jesus diz que aconteceu nos dias de Noé, também vai acontecer. Noé preparou, mas ninguém ligou para ele. Como aconteceu nos dias de Ló, comiam, bebiam, compravam, vendiam, plantavam, construíam, ninguém deu atenção. Estamos vivendo uma geração que, muitas vezes, está da mesma forma, está todo mundo comendo, bebendo, cuidando da sua vida e não damos atenção a Deus, à Palavra de Deus, à nossa própria vida, a se cuidar e ser vigilante.

O coração daquele que teme a Deus também O ama e estará sempre n’Ele

Aqui, o cuidado não é para se ter medo, e sim o cuidado da advertência. Você vai procurar um médico e ele diz: “Tem que se cuidar porque você está comendo excessivamente e suas taxas não estão boas”. Então, preciso me cuidar e muita gente que não se cuidou perdeu a saúde, morreu de forma inesperada porque não deu atenção para aquilo que era o essencial: cuidar da saúde.
Cuidar do coração, da vida, da nossa casa, da nossa família e, sobretudo, da nossa salvação… Temos que cuidar a cada dia. Por isso, numa mesma casa a salvação não será coletiva, vão estar o marido e a mulher dormindo na mesma cama, o marido vai estar com o coração em Deus e a mulher não vai estar, ou pelo contrário, muitas vezes é a mulher que está e o marido não está. O bom é que os dois estejam com o coração em Deus, mas se não estiverem, um será levado e o outro vai ser deixado, vai ser levado para estar com Deus e o outro vai ser deixado. Duas mulheres estarão no salão arrumando o cabelo, já que é uma coisa mais moderna; uma mulher está lá em Deus, mas a outra não está. Então, não é porque estão no mesmo lugar, porque duas pessoas estarão até na igreja, uma vai estar com o coração em Deus e a outra não.
Muitas vezes, estamos até no mesmo espaço religioso, é preciso falar essa verdade, mas estar no mesmo lugar não significa que todos os corações ali estejam em Deus.
“Onde está o teu tesouro, ali está o seu coração” (Mateus 6,21). Então, se o seu tesouro é Deus, o seu coração estará n’Ele vigilante, acordado ou dormindo, trabalhando ou meditando, viajando ou em qualquer lugar. O coração daquele que teme a Deus também O ama e estará sempre n’Ele.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 13/11/2020

HOMILIA DIÁRIA

Trabalhe em favor dos pobres e necessitados

“Quem procura ganhar a sua vida vai perdê-la; e quem a perde vai conservá-la.” (Lucas 17,33)

Meus irmãos, neste dia em que comemoramos São Martinho de Tours (a cidade de Tours é a cidade onde ele morreu, na França, mas ele é nascido na Hungria). Esse santo sentiu-se chamado por Nosso Senhor a entregar a sua vida a Deus. Contemplamos este Evangelho e verificamos que ele foi esse homem desapegado, que doou a sua vida em favor, unicamente e exclusivamente, a Deus e também ao próximo e aos necessitados.
Ele nasceu por volta dos anos de 316 e 317, ou seja, nos primeiros séculos, onde a Igreja estava se expandindo, a Igreja estava sendo perseguida, mas ali São Martinho semeou o Evangelho, viveu o Evangelho, por isso, conseguiu conquistar muitas pessoas para o Reino de Deus.
“Quem procura ganhar a sua vida vai perdê-la”, a lógica do Evangelho, a lógica de Nosso Senhor Jesus Cristo não é a lógica humana. No mundo se pensa: “Quanto mais eu ganho, mais eu tenho e mais eu quero, mais eu adquiro”, mas, na lógica espiritual, devemos nos doar e nos entregar para ter mais, para ganhar mais.
Semelhante a um poço onde se tira a água — quanto mais se tira daquela água, mais se tem água naquele poço —, é assim a nossa vida em Deus: quanto mais nos entregamos mais podemos doar e mais podemos nos dar, nos entregar ao outro. Assim foi a vida de São Martinho de Tours, e assim também deve ser a nossa caminhada.

Vamos cobrir os nossos irmãozinhos pobres com os nossos mantos, vamos dar de comer aqueles que têm fome

No Evangelho de ontem, escutamos que Jesus falava a respeito da presença do Reino de Deus, da sua chegada. Jesus citou o tempo de Noé, onde o dilúvio lavou a terra, as pessoas que comiam e bebiam não se preocupavam com o dilúvio. Ao mesmo tempo, citou Ló, que também, no seu tempo, o Senhor havia dito a respeito daquilo que eles sofreriam. Mas, mesmo assim, a população não estava ligando, comiam e bebiam, mas o Senhor viria numa hora inesperada.
É assim que vai acontecer, minha gente, o Senhor virá numa hora inesperada. Por isso, devemos estar preparados. E como nós estamos preparados? Vivendo a santidade, doando-nos e entregando-nos ao irmão e ao próximo. Como fez São Martinhos de Tours e como nós ouvimos no Evangelho: “Quem procura ganhar a sua vida vai perdê-la; e quem a perde vai conservá-la”.
São Martinho, antes de se tornar cristão, ainda como soldado, sentia-se incomodado sim pelo Evangelho, pela Palavra, já haviam sementes do Evangelho ali no seu coração. Quando ele viu um pobre passando frio, ele já sentiu o toque de Deus, repartiu a sua veste para dar àquele pobre, àquele necessitado. E São Martinho naquela noite — ainda militar —, sonhou com Jesus dizendo a ele que alguém O havia coberto. Ele lembrou daquele gesto que teve.
Depois de um tempo, ele recebeu o batismo, tornou-se eremita, mas a bênção, a graça, não podia ficar lá isolada. Morreu o bispo de Tours e ele foi aclamado como bispo. Então, ele voltou para a cidade, mas não quis ir para o palácio real, continuou com a sua moradia muito simples, o seu palácio episcopal; continuou numa morada muito simples, para estar com os pobres, para estar com os necessitados. Uma vida entregue a Deus.
Meus irmãos, que a vida desse santo e que esse Evangelho possam nos provocar a também dar a vida, a entregar a nossa vida. Porque o Senhor, ao voltar, quer nos ver como? Quer nos ver doando a vida ao nosso próximo, ao nosso irmão.
Vamos cobrir os nossos irmãozinhos pobres com os nossos mantos, vamos dar de comer aqueles que têm fome, vamos dar de beber aqueles que têm sede. Que o Senhor nos encontre assim: vivendo a Sua Palavra.
Abençoe-vos o Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!
Padre Márcio Prado
Sacerdote da Comunidade Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 11/11/2022

Oração Final
Pai Santo, não permitas que nos esqueçamos, por um momento sequer, de que estás presente em nossa vida, e cuidas paternalmente de nós. E faze-nos agradecidos e generosos para anunciar aos companheiros do caminho que tu velas por nós. Por Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 16/11/2012

Oração Final
Pai Santo, nós sentimos a tua Presença carinhosa junto a nós nesta caminhada que fazemos para voltar ao saudoso Lar Paterno. Não permitas, Pai amado, que as dificuldades da vida nos levam a esquecer-te, mas faze de nós fontes de esperança para o Mundo. Pelo Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 11/11/2016

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, não permitas que nos esqueçamos, por um momento sequer, de que estás presente em nossa vida e cuidas paternalmente de cada um de teus filhos, todos nós muito amados. E nos faze agradecidos, sábios e generosos para anunciar aos companheiros do caminho que Tu velas amorosamente por toda a humanidade. Por Jesus, o Cristo teu Filho Unigênito que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 16/11/2018

ORAÇÃO FINAL
Pai amantíssimo, dá-nos discernimento para compreender a Palavra de Vida que nos enviaste por teu Filho Unigênito. Dá-nos, também, sabedoria e coragem para não buscarmos ‘ganhar’ nossa vida, mas para ‘perdê-la’ por Amor. Amor aos irmãos, Amor à natureza que criaste e nos emprestas com carinho, Amor a nós próprios, pelas maravilhas da vida e da fé e, como síntese de tudo, Amor a Ti, nosso Pai Misericordioso.
Fonte: Arquidiocese BH em 13/11/2020

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